Wake Me Up escrita por Camila Rebeca


Capítulo 11
End In Fire




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433783/chapter/11

Era como a personificação de um sonho que eu tive com doze anos, minha ultima noite no reformatório, antes de fazer parte de uma família. Quando eu era considerada posse do governo.

Eu não faço ideia de como esse sonho voltou na minha cabeça, mas veio como uma imagem real, como se eu estivesse lá. Abri a porta da casa que antes tinha um cheiro agradável de começo de outono, agora só cinzas.

Nick andou a nossa frente e cumprimentou os policias como se já os conhece. Gesticulava e apontava para a casa. Deu a volta e o policial de bigode veio junto enquanto caminhava ajeitava uma pistola.

Policias e bombeiros estavam do lado de fora, tinham passado fitas em toda a casa. Segundo as explicações que deram ao Nick “a família foi morta no atentado que aconteceu a dois meses na frente da biblioteca publica e a casa foi incendiada na noite anterior. Não se sabe a razão mas embora não haja vestígios de uma culpado tudo indica que foi um incêndio criminoso. Como não foram encontrados parentes próximos tomaram conta dos corpos.”

As casas vizinhas foras levemente atingidas, o fogo começou no porão dando tempo para se alastrar entes de ser percebido. Quando virão a casa já tinha sido tomada pelas chamas. Eu escutava tudo mas a minha cabeça não estava ali.

Em algum lugar, em uma hora eu vou acordar, eu vou acordar.

– Vem, agora nós podemos entrar. – Nick segurou o meu braço me puxando para dentro.

– Eu não consigo.

– Eu não gostaria que você passasse por isso mas pode ser a sua ultima chance, eu e James entramos logo atrás.

– Se eu posso entrar me deixa ir só. – ele assentiu com a cabeça.

A porta estava aberta - na verdade a porta cor salmão estava preto/cinza quase irreconhecível – na entrada a sala não era mais sala. Tinha um ar pesado bem diferente do que a Dora fazia parecer. A cozinha sem o cheiro de menta. Não tinha mais.

Parei em frente as escadas olhei para porta e o James estava encostado de costa. Subi os degraus o mais rápido e corri para o meu aurto que stava completamente vazio. Só haviam alguns brinquedos queimados que reconheci ser do Jeremy e mais nada. Nem cama nem rpouas só passou pela minha cabeça que alguem pode ter roubado mesmo não acreditando que eu tenha alguma coisa de valo para isso. Tudo o que eu tinha de valor estava no meu pescoço e eu apertei forte contra o peito para continuar.

Passei pelo quarto doe Dora e vi que não sou fraca o suficiente para dar um passo a frente, entrei no quarto do Jeremy que como sempre estava aberto porque ele sempre teve pavor a lugares fechados. Mas não tinha a mesma graça o azul da parede sumiu junto com os desenho que eu fiz. Ao cama dele que tinha o lençol de super-herói não era mais reconhecível.

Fui descendo conforme as lagrimas caiam na parede.

Lembrei que na ultima semana nessa casa eu desenhei com o Jeremy, e ele costumava guarda tudo em uma caixa embaixo da cama. Vasculhei tudo e encontrei a caixa, dentro tinha os desenhos dele e os meus. Fechei antes que eu molhasse os desenhos. Dentro também estava o meus óculos que porá algum motivo eu não sentia mais falta. Nick apareceu na portado quarto e sussurrou que precisávamos ir.

Olhei na janela e a noite já aparecia.

– Você disse que tinha o tempo que precisasse.

– Tem uma coisa que você precisa saber. – passou a mão na testa como se não soubesse como contar – para eles você não existe. É como se..se você nunca estivesse entrado nessa família. No atentado contaram apenas três mortos. Jeremy, Dora e John que segundo eles estava onde a bomba foi caída. Mas só.

– Você quer dizer que..

– Para ele, você ainda é propriedade do governo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Oi :)
Vou contar uma historinha p/ vocês, essa foi a minha ultima semana de aula – terceirão e tals – e foi aquele chororô. Eu tenho uma professora de português e é meio/muito chata as vezes mas graças dita cuja eu comecei a escrever e organizar as palavras, eu não tinha chorado só fiquei emocionada mas quando olhei p/ cara dela cai no choro contando que comecei a escrever depois dos puxões de orelha dela. FIM