Londres Chuvosa escrita por Lady Naru


Capítulo 2
Capítulo 2 - Águas Inconvenientes


Notas iniciais do capítulo

Bom já que andaram pedindo tanto para minha continuar, decidi que vai ser três capítulos, se pedirem mais vão ser três capítulos e um especial de Natal!!

Boa Leitura.



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Fazia mais de três meses que aquele garoto estava morando ali. E ele ainda não conseguia entender o porque do dono do apartamento ser tão gentil. Ele era um total desconhecido, podia usar drogas, ou ser um traficante se fingindo de coitado para que algum idiota estendesse a mão e ele pudesse levar tudo desse pobre coitado. Mas acontece que aquele homem loiro, alto e forte, era tão amigável, tão gentil, que qualquer vontade de lhe fazer mal desaparecia, e ele com certeza fazia seu tipo.

Porém a relação de ambos não era um mar de rosas, e o garoto franzino e baixinho não era um hospede. Era tipo uma governanta do lugar. Estava trabalhando ali para ter onde viver, o que comer e acima de tudo poder cuidar do bem estar da sua gatinha. A mesma ficara tão doente, já que Gripe do Gato é fatal, porém o médico conseguiu fazer todo o tratamento e com muito amor ela melhorou. E foi então a vez do garoto ficar doente, já que estava exausto, não comia direito á dias e tomou muita chuva, acabou ficando gripado e fazendo o veterinário cuidar de si. O homem mais velho ainda se lembrava da conversa que tiveram. Foram grandes revelações que chegaram até si. Aquele pequeno garoto passou por muitos problemas.

Flashback

Sentados na sala um de frente para o outro o garoto começou a contar a sua história com certo bom humor. Contou tudo, desde quando descobriu que era gay, quando a mãe os abandonou para ficar com outra mulher e quando o pai o expulsou de casa. Esta ultima fazendo o jovem médico ficar um tanto quanto furioso.

- Então quando meu pai descobriu que eu era gay, ele ficou louco. Eu tomei a maior surra da minha vida. Ainda tenho algumas das marcas. Porém a pior parte não foi á surra que eu tomei. A pior parte foi o que ele teve coragem de fazer comigo, com o seu próprio filho. – dizia o jovem com os olhos molhados.

- O que o seu pai... – o homem loiro pensou nas palavras, temendo a resposta. – O que ele fez com você?

- Você nem ao menos desconfia? – perguntou com um tom magoado.

O homem acenou positivamente. O homem que se intitulava pai do jovem pequeno a sua frente havia abusado do próprio filho. Pensando em algo para mudar de assunto o mesmo se lembrou que nem ao menos sabia o nome do menino.

- Olha, eu ainda não sei o seu nome – disse o homem loiro – e nem você sabe o meu. Muito prazer eu me chamo Erwin Smith. – disse o loiro estendendo a mão direita.

O rapaz franzino o olhou e depois de algum tempo estendeu a mão apertando a que lhe fora estendida.

- Prazer, pode me chamar de Levi, já que não tenho mais sobrenome. – disse ele com um sorriso triste. – Bom obrigado por me abrigar aqui e por cuidar da Jeena.

- E você tem um lugar para ficar? – perguntou o homem.

- Na verdade, vou procurar algum albergue. Já estou acostumado a ficar na rua mesmo. – disse o jovem.

- Você pode ficar aqui por alguns dias se quiser, ao menos até a gata melhorar, já que ela vai precisar tomar remédios e eu duvido muito que você tenha dinheiro para pagar. – ofereceu o loiro.

- Mas eu ficaria em divida com você. – disse o pequeno.

- Bom você pode me pagar fazendo algum tipo de serviço na casa. – disse o mais alto.

- Por exemplo? – perguntou o mais novo.

- Por exemplo, limpar a casa. Minha ultima governanta se demitiu e minha ex-noiva era quem limpava a casa. Talvez você possa limpar a casa para pagar sua estádia aqui. Os remédios da gata e tudo mais. – disse o mais velho.

- Eu não sei o que falar. – o garoto parecia grato, mas envergonhado por estar grato.

Flashback

E nisso já haviam se passado pouco mais de três meses. Tanto o garoto quanto a gata estavam bem de saúde, ele era tipo a governanta do apartamento, cuidava de tudo, até mesmo das roupas do veterinário, começara a faculdade de artes que sempre quis cursar. E fazia questão de trabalhar todos os dias sem um final de semana de folga. Com o salário alto ele pagava a faculdade e comprava roupas novas uma vez por mês. Tudo estava na mais perfeita ordem. Estava.

Foi numa quente tarde de verão que Erwin voltou para casa mais cedo, como era sexta-feira, certamente o garoto estaria no mercado como sempre a julgar pelo horário. O mais velho queria apenas tomar um banho gelado e dormir um pouco até o jantar. Porém logo que adentrou o apartamento notou o cheiro de um perfume másculo, mas não era dele e nem do pequeno ser que residia junto com ele. Ele seguiu o cheiro forte e se viu parado em frente á porta do quarto de Levi. Logo escutou um barulho que lhe deixou receoso.

- Eu já disse para você. Eu não vou voltar. – pelo tom de voz ele já sabia que o garoto discutia com alguém. Mas quem?

- Olha aqui Levi, eu sou seu pai. Eu ainda mando em você, volte para casa agora. – disse uma voz mais grossa que a do pequeno.

- Para que? – perguntou o garoto. – Pra você abusar de mim de novo? Para eu ser escorraçado da minha própria casa de novo? Não obrigado, estou muito bem aqui. – o jovem parecia decidido.

- Olha aqui seu garoto estúpido... – começou o homem sendo interrompido pela porta do quarto que se abrira brutalmente.

- Quem é esse, Levi? – perguntou o loiro para o pequeno.

- Erwin. Que susto. – disse o pequeno colocando a mão sobre o coração. – Esse é o meu pai. – disse o garoto. – Pai esse é o Erwin, ele é o dono da casa e... – o garoto fora interrompido.

- E marido do Levi. – disse entrando no quarto e se postando ao lado de seu “marido” – Muito prazer. – disse estendendo a mão ao “sogro”.

- Então você continua com essa coisa de “gay” – disse o homem com desprezo. – Não vejo prazer nenhum em conhecer o homem que certamente desviou o meu filho do caminho dele.

- Meu caro senhor, eu também não vejo o mínimo prazer em conhecer o homem que abusou do próprio filho, acredite em mim. – disse o veterinário. – E se o senhor não sair da minha casa, temo que terei que chamar a policia. – disse com um tom um pouco mais sério.

- Como se a policia permitisse que um aliciador de menores como você saísse livre. – disse o pai de Levi.

- Caso o senhor não saiba, abuso de menores é crime. – disse o loiro andando na direção do homem o forçando a caminhar para trás, na direção da porta e depois a porta de saída da casa.

- Como ousa me ameaçar? – indignou-se o mais velho.

- Estou apenas dizendo, que se voltar a atormentar Levi, você será preso e não vai ter ninguém que te tire de lá. – disse o loiro. – Passar bem – disse fechando a porta com tudo na cara do homem e trancando-a em seguida.

Depois de alguns minutos de silêncio se seguiu um pequeno choro, baixinho e soluçante. O homem loiro voltou para o quarto de Levi e o encontrou sentando no chão do quarto em que estava á três meses chorando. Sem saber o que fazer direito Erwin se aproximou e se sentou no chão próximo do jovem e passou as mão grandes nos cabelos pretos do menino.

- Ele já foi. Não precisa se preocupar. – disse o loiro.

- Obrigado. – disse o pequeno secando o rosto com as costas das mãos rudemente. – Mas acho que já está na hora de eu ir não?! – disse o pequeno confuso.

- Eu não acho. – disse o mais velho. – Você pode ficar aqui o quanto quiser. Você sabe disso. – disse ao pequeno.

- Eu só estou te atrapalhando. Eu só trago problema, você não pode nem transar mais na sua casa. – disse o menino.

Aquilo era óbvio, não que ele fosse adepto de transar todo dia, mas fazia algum tempo que não fazia um bom e velho sexo. Ficar só batendo não era legal. Ainda mais quando enquanto você bate vem na sua mente uma imagem muito erótica, tipo um garoto franzino de pele alva, cabelos pretos e um sorriso malicioso, sem um único tecido escondendo sua nudez.

O mais velho tinha um segredo, á tempos vinha fantasiando com o garoto a sua frente, mas tinha medo de tentar alguma coisa. Afinal nunca se envolverá com algum homem, e ainda mais alguém tão novo. Mas sua libido estava praticamente implorando por aquele garoto. Até mesmo o perfume que ele usava era erótico. Uma vez o vira no banho, lógico que o menor não viu Erwin, mas o loiro o vira e por isso sabia fantasiar com perfeição os detalhes do corpo do pequeno enquanto se masturbava.

- Levi, se você for, onde vai morar? Como vai terminar a faculdade? – perguntou o mais velho.

- Eu dou um jeito Erwin, eu só não posso ficar aqui. – disse o garoto surpreendendo o mais velho.

- Por que? Foi algo que eu fiz? Algo que eu falei? – o mais velho se desesperou com a possibilidade do garoto ir embora.

- Não! – exclamou o garoto. – A culpa não é sua. É toda minha, eu que sou um estúpido, eu que me... – o garoto se interrompeu.

- Você que o que? O que aconteceu Levi? – perguntou o mais velho.

O mais novo corou, desviou o olhar e pensou em uma maneira de dizer aquilo o mais rápido possível.

- Euachoquegostodevocê. – disse rápido e baixo.

- O que? – perguntou o mais velho.

- Eu disse que achoquegostodevocê. – disse novamente rápido e baixo.

- Levi, fala devagar. – disse o mais velho se aproximando do outro.

- Eu acho quegostodevocê. – novamente resmungou.

- Porra Levi, fala mais alto cacete. – exaltou-se o loiro.

- EU DISSE QUE ACHO QUE GOSTO DE VOCÊ. – gritou o jovem, corando logo em seguida e ficando ofegante.

O loiro encarou o moreno e não soube o que responder. Afinal, ele também se sentia atraído pelo mais novo. Então uma chama muito forte se acendeu no interior do mais velho. Ele se aproximou pegando o rosto menor que o seu e se aproximando.

- O que foi? – perguntou o menor, mas sua pergunta não fora respondida, pois um beijo foi depositado em seus lábios.

No começo era apenas um roçar de lábios, mas quando o mais velho pediu passagem para a boca alheia está lhe fora cedida. O beijo era delicado, apenas um conhecimento de território, então ele começou a ficar mais desejoso, as línguas faziam massagem uma na outra. Os corpos se aproximaram mais os toques ficaram mais ousados. As mãos pequenas exploravam o tórax do mais velho, enquanto as mãos grandes passeavam pelas costas do mais novo chegando até as nádegas macias que ele fizeram questão de apertar, fazendo o mais novo soltar um gemido entre o beijo.

Se separaram ofegantes, olhando nos olhos um do outro.

- Acho que também gosto de você. – disse o mais velho com um sorriso sacana.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Estão loucas(os) pelo Lemon?
No próximo eu prometo!!

Kissus,
Lady Naru.