Ninguém está pronto para a vida escrita por Kori Hime


Capítulo 3
Ninguém está pronto para: Assumir Responsabilidades


Notas iniciais do capítulo

res·pon·sa·bi·li·da·de
substantivo feminino
Obrigação de responder pelas .ações próprias, pelas dos outros ou pelas coisas confiadas.



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Ah! O amor .

Como o amor muitas vezes nos faz crescer e desenvolver. Transforma para o bem ou para o mal.

Seja qual for o seu caso, existe um sentimento tão conturbado e desestruturado que pode fazer qualquer pessoa, até mesmo um semideus, perder o controle de seu raciocínio e lógica.

Acho que todos devem conhecer o Ciúme.

Muito Prazer!

Nico di Ângelo, mais do que ninguém, conhece o ciúme. E está aprendendo a controlar esse sentimento que já o fez perder a cabeça diversas vezes. A parte boa é que Percy Jackson sempre dizia que ele ficava bem bonito quando estava todo vermelho de ciúmes. Isso era mesmo bom?

Mas não era nada engraçado quando Nico sentia seu coração disparar acelerado e apertar dentro do peito causando uma dor lancinante. E quando sua respiração parecia falhar, ou quando seu sangue fervilhava nas veias. Era desesperador.

Ele queria mudar. Não, não a pedido de Percy. O que Nico queria era não ser controlado por um sentimento tão confuso. Desejava ser como Percy. Quando conversavam sobre o assunto, Percy apenas dizia para ele não se preocupar. Pedia para que confiasse nele.

Mas Nico confiava. Confiava de olhos fechados. Confiava tanto que se sentia a vontade em viajar pelo mar de monstros numa boia furada, sabendo que Percy estaria ao lado dele.

Uau, isso sim é confiar.

Durante o último ano, aproveitando o momento quero avisar que se passou um ano desde aquele primeiro beijo no acampamento, e também quero te contar que você ainda vai ler muito essa frase ser narrada por aqui. Então, durante o último ano, Nico se esforçou bastante.

Ele tentou várias técnicas para controlar o ciúme. Se o problema fosse só ficar esquentadinho e bonitinho, antes seria mais fácil. Mas a cada nova sensação de ataque de ciúmes, Nico despertava uma aura negra onde repelia qualquer pessoa que se aproximasse dele, incluindo Percy. Sem contar os mortos que ressuscitavam em plena calçada da Times Square.

Não era nada, nada bom.

Percy ficava tão preocupado com isso que evitava ao máximo criar alguma situação onde Nico pudesse sentir ciúmes. E isso deixava Di Ângelo triste, porque ele não queria que Percy deixasse de ser quem era, falar com seus amigos ou conhecer pessoas novas. Por fim, ele não sabia como poderia resolver o problema.

Que complicação.

— Dizem que ioga faz bem. — Comentou Percy uma vez. — Eu pesquisei e baixei alguns vídeos na internet para você dar uma olhada.

Apesar da ideia parecer boba, Nico não conseguia falar não para o namorado. O resultado da ioga não foi bem o esperado. Uma tarde, enquanto faziam um pique nique no Central Park, Percy estava jogando frisbee com a Sra. O'Leary, quando um cara achou que seria uma boa ideia mexer com ele. Vamos dizer que Percy Jackson é o tipo que atraia as pessoas.

Sentado na grama, Nico ouvia a conversa. Contava até dez e trabalhava sua respiração, focando-se em algum ponto de equilíbrio. Estava tudo indo muito bem, até o folgado pedir o telefone de Percy e falar que ele possuía belos e misteriosos olhos verdes.

Francamente! Os olhos misteriosos de Percy já tem dono!

As sombras demoníacas se alastravam pela grama verdinha. Percy dispensou o cara, porque ele mesmo não curtia esse tipo de assédio. Assim que notou que Nico estava envolvido numa aura negra, ele se aproximou, mas foi repelido, sendo arremessando alguns metros. Percy caiu de bunda na grama, Sr. O'Leary foi ao seu resgate. Ele não desistiu, levantou-se com a ajuda dela e gritou para Nico se controlar. O filho de Poseidon olhou ao redor e viu diversas crianças brincando no parque. Enquanto isso, a terra tremia e mãos esqueléticas dos mortos apontavam para fora.

Percy não podia se aproximar de Nico. Ele sabia também que aqueles mortos não o obedeceriam. E mais uma coisa, Percy sabia que não tinha muitas chances contra o filho de Hades. Isso mesmo. Ele respeitava e acreditava que Nico era tão forte que não sabia ainda controlar todo o seu poder ainda guardado.

Resumindo, estavam fodidos.

Percy pensou, mas não havia tempo para isso. Ele gritou, alto e claro para que Nico pudesse lhe ouvir dentro daquela massa negra que o cobria.

— Nico! Controle-se por favor. — Gritou isso mais algumas vezes e percebeu que não estava resolvendo o problema. — Nico! Lembre-se do que eu te disse. Por favor. Eu vou estar ao seu lado. Sempre! Sempre. — Percy trincou os dentes irritado. Sra. O'Leary latia. — Eu te amo! Nico, eu te amo. Não se esqueça disso nunca.

As sombras formaram um casulo ao redor de Nico e o chão tremeu. Percy gritou, estendendo a mão, como se pudesse alcançá-lo. E então as sombras voltaram para o mundo inferior, assim como os esqueletos.

Percy e Sra. O'Leray estavam de queixo caído, quando a cena finalizou. Nico, parado no gramado, parecia envergonhado. Pudera né? Ele quase destruiu o Central Park inteiro porque alguém ousou olhar naquele par de olhos verdes.

— Você controlou! — Percy correu na direção do moreno. — Você conseguiu controlar.

Percy o abraçou, segurando-o pela cintura e girando. Nico agarrou-se no pescoço de Percy para não cair no chão. Ainda estava tonto.

— Acho que consegui. — ele disse baixinho. — Graças a você.

Percy colocou Nico no chão e arrumou o cabelo bagunçado dele, depois, olhou-o com carinho. Sorrindo docemente.

— Não, não fui eu. Foi você. — Ele acariciou o rosto de Nico. — Você é forte, tão forte que eu não sabia o que fazer. Além do mais, eu disse apenas a verdade.

Percy encostou a testa na de Nico, olhando-o diretamente nos olhos, de uma maneira em que podia sentir e ver as sombras se moverem em sua pupila. Era atemorizante e muito misterioso. Mas sedutor. Percy o amava, era verdade. E finalmente estava pronto para dizer aquela frase.

— Eu não sei o que dizer. — Nico sentia as bochechas corarem.

— Que tal um obrigado, ou “você também é legal”. — Percy riu, trazendo Nico para um outro abraço, sentando novamente na grama verdinha e sem mortos ressuscitando.

— Obrigado, então!? — Nico era péssimo com certas palavras, está obvio isso. Tão óbvio que ele amava Percy, desde muito antes. Era preciso falar?

Como eu disse, o amor muda as pessoas para o bem e para o mal.

No caso de Nico, o bem e o mal está dentro de seu coração. E é possível sim controlar.

***

Percy estava organizando as xícaras e copos descartáveis no balcão antes de abrir as portas do Café Crepúsculo dos semideuses. Sim, um nome bem impactante, não acham?

Algumas semanas atrás, ele foi ao Banco Grego, como sugerido por D.

Percy foi atendido por Moros, o deus da sorte e do destino. Para abrir uma conta não foi precisa muita coisa. Apenas sua identificação como semideus e uma procuração assinada pelo seu pai ou mãe divino. Ele precisou ir até Long Beach para se encontrar com Poseidon e fazê-lo assinar aquela procuração. Assim que a conta no Banco Grego estava feita, Percy conseguiu um empréstimo, e como garantia, assinou uma solicitação de que, independente de sua saúde física ou mental, estaria disposto a realizar qualquer uma tarefa imposta pelos diretores do banco. Foi como mergulhar no rio do mundo inferior. Ele possuía um ponto vulnerável. Percy não contou isso para sua mãe, ou ela iria dar para trás. Afinal, que mãe aceitaria hipotecar a vida do filho?

Deixando de lado um trato de más intenções e voltando a cafeteria.

Sally estava tão feliz com seu novo ambiente de trabalho, que se sentiu animada em escrever um novo livro. Ela decorou o local com aquele ar agradável para ler e escrever, enquanto saboreava uma infinidade de cafés. Esse ambiente agradável levou alguns semideuses famosos à frequentar o lugar. Entre eles estava a filha da sabedoria, Annabeth.

Assim que Percy abriu a cafeteria, Annie estava na porta o aguardando.

— Você trouxe os livros? — Percy a saudou com um belo sorriso de bom dia, batendo a mão na aba do boné dela. — Precisa de ajuda? Vou ligar as máquinas e já te ajudo.

Annabeth queria ajudar Sally. Afinal, elas eram amigas. Oh! Sim, eu já conto tudo.

O fim do relacionamento com Percy não significava que eles não seriam mais amigos. Em que mundo você vive para pensar nisso? Imagine só.

Eles compartilharam muitas aventuras e passaram por problemas sérios para virarem as costas um para o outro. E, além do mais, Annie estava contente e surpresa com o bom andamento do romance de Percy e Nico. Ou você acha mesmo que Percy Jackson baixou sozinho aqueles vídeos de ioga para o namorado? Annabeth quem os baixou direto do laptop de Dédalo e gravou no CD para Percy. Mas ela o fez prometer que jamais contaria para Nico, ou ele poderia ter algum tipo de crise e destruir metade da cidade de New York. Veja só, a menina é sabidinha mesmo.

Depois que Percy contou sobre a tarde no Central Park, Annie sentiu-se mais a vontade para visitar o café da Sally, ou melhor, o Café Crepúsculo dos semideuses. E mais do que isso, prometeu doar alguns de seus livros.

O porta malas de seu carro estava abarrotado de livros, além do banco de trás e do banco do passageiro também.

— Acho que podemos fazer umas prateleiras aqui? — ela perguntou, analisando a parede pintada de azul.

— Eu posso ajudar. — Léo Valdez entrou no Café Crepúsculo dos semideuses.

— Oi, Léo. — Percy apertou a mão do amigo. — Bem na hora. Que bom que você veio.

— Sem problemas. Eu estava mesmo querendo conhecer o Café Crepúsculo dos semideuses. Como você vai querer as prateleiras Annabeth?

Percy olhou de Annie para Léo. Ambos tinham muito trabalho a fazer. A amiga já estava rabiscando no papel um desenho da prateleira, enquanto Léo tirava de seu cinto mágico as ferramentas.

Sabendo que não havia nada para fazer naquele lado da cafeteria, Percy resolveu voltar a cuidar do moedor de café. Em alguns minutos os primeiros clientes já entravam pela porta e gastavam suas moedas de ouro em cafés diversificados e internet segura para semideuses, idealizada e projetada por Léo Valdez.

Percy achava Léo um cara legal. Não só isso, o achava muito inteligente. Era incrível como ele possuía facilidade de construir coisas. Tinha certeza de que a prateleira que ele pediu para fazer acabaria se transformando em alguma coisa cheia de traquinagens. Enfim. Voltando ao trabalho, Percy tinha muita coisa a fazer.

Desde que se tornou sócio da própria mãe, Percy tornou-se mais responsável. Pensando no futuro. O que ele queria agora era juntar dinheiro para morar sozinho. Um grande passo para um semideus filho de Poseidon.

Falando em seu pai, ele até levantou a questão de uma colaboração financeira, mas Percy não aceitou. Queria vencer por seus próprios méritos. Isso deixou o paizão super orgulhoso. Mas também não foi motivo para ignorar seu aniversário de dezenove anos e dar de presente um carro. Claro que, com o consentimento de Sally. Visto que Poseidon jamais passaria por cima da autoridade dela. Muitas tretas, vou te falar. Outro dia eu conto sobre como Poseidon sente ciúmes de Sally e seu marido Paul.

O carro estava estacionado do outro lado da rua, mas para poder sair por aí pagando de gatão, Percy Jackson precisava trabalhar bastante. Até porque, o seguro contra monstros e acidentes divinos custava muito caro. E ele não queria sequer arranhar aquela pintura magnífica.

Duas horas depois, a tal prateleira já estava pronta. E como Percy imaginou, ela era muito extravagante. Possuía um sistema de agendamento e anotações de livros emprestados, catalogando os dados do semideus que pegasse o livro e aproveitando para atualizá-lo em suas leituras, dando dicas de novos livros de acordo com cada gosto. Annie ficou responsável pelo designer. Era uma bela estante que cobria quase toda a parede.

Assim que Sally entrou na Cafeteria, ela deu um gritinho entusiasmada. O Café Crepúsculo dos semideuses estava pronto e bombando.

***

No final do expediente, Percy estava terminando de lavar as xícaras e canecas, quando Nico bateu na porta de vidro da cafeteria e Percy foi abrir. Eles se beijaram rapidamente e assim que as luzes foram devidamente apagadas, atravessaram a rua e entraram no carro de Percy.

— Léo instalou hoje um som muito legal no carro. — Percy comentou todo empolgado, adicionando uma música. — Não ficou bom?

— É, bem legal. — Nico deu uma olhada no painel digital. — As 200 melhores de Léo Valdez?

— Sim. Eu estava sem músicas para testar então ele fez o download e deixou aí. Mas eu até curti algumas músicas.

— Deixa eu escolher uma música.

Enquanto Percy dirigia, Nico tocava na tela e passava para a próxima música. Foi uma infinidade de músicas ao qual ele não possuía muito conhecimento.

Simple Plan, Shakira, Marron 5, Justin Timberlake, The Who, The Ronettes, Elvis Presley, Black Sabbath, Madonna, Christina Aguilera, R.E.M e por ai vai.

Mas, algumas, Nico até se recordava de ter ouvido quando esteve no Hotel e Cassino Lótus. Por fim, ele acabou gostando das músicas também.

— O que você fez de bom hoje? — Percy perguntou, concentrado no trânsito da cidade. Era meia noite, mas New York não dorme nunca.

— Nada demais. — Nico olhou pela janela, era evidente que ele estava mentindo. Percy sabia disso, mas não queria forçar ele a falar nada. Não contra sua vontade. Achava mais fácil esperar que ele estivesse pronto para dizer, o que fosse. — Meu pai me levou em uma excursão pelo mundo inferior. Dizendo que tudo aquilo era um legado ao qual eu deveria aprender. Sabe, negócios de família.

— Uau. Está até parecendo O Rei Leão.

— Quem?

— Sabe... quando o Mufasa leva o Simba para conhecer tudo o que o sol toca. — Percy olhou para o lado, mas Nico não ria com ele. — Deixa para lá.

— Onde nós estamos indo?

— Pensei em comprar alguma coisa para comer lá em casa. Você pode ficar lá essa noite?

— Não sei. Talvez sua mãe não vá gostar muito da ideia.

— Ela quem sugeriu isso. — Percy estacionou o carro e pediu alguns minutos à Nico, enquanto ele pedia as pizzas para viagem. Demorou mais do que alguns minutos até ele retornar com quatro caixas de pizza. — Ela e o Paul vão passar a noite acordados, estão trabalhando em um livro. Enquanto isso, podemos assistir O Rei Leão.

— Afinal, o que é isso?

— Você vai gostar.

E Percy não poderia estar mais enganado. Enquanto ele cantava Hakuna Matata, sentado na cama, comendo pipoca e dando beijinhos no pescoço do namorado, que estava sentado nas almofadas no chão do quarto, Nico assistia ao clássico da Disney um pouco desanimado. Talvez aquela coisa de Ciclo sem fim, não agradou muito o rapaz. Ele não queria seguir os passos do pai. Veja bem. Hades, o poderoso deus do mundo inferior. Temido e respeitado. O que Nico Di Ângelo era senão uns setenta quilos de pura rebeldia juvenil?

Durante a luta de Simba e seu tio Scar, o filho rebelde do senhor dos mortos cochilou. Sua cabeça estava apoiada nas pernas de Percy. E esse só notou que Nico dormia, quando ele comentou qualquer coisa sobre a chuva conveniente no momento e o rugido do leão na pedra do reino.

Percy deitou Nico em sua cama e o cobriu. Ele foi buscar um copo de água na cozinha e encontrou Sally digitando no laptop. Ela ofereceu um pedaço de pizza, mas Percy recusou.

— Mãe. — Percy cruzou os braços, encostando-se na pia. — Eu estava pensando se não seria a hora de encontrar um lugar para morar.

— Como assim? — Sally pausou a digitação. — Você quer dizer se mudar?

— É. Bem. Isso. — Ele suspirou, não queria olhar nos olhos de Sally e ver tristeza. Mas mesmo quando moravam com seu primeiro padrasto, ela conseguia muito bem disfarçar a tristeza no olhar. — Eu quero ter minha privacidade. Acho que você me entende. Não é?

— Se é por causa do Nico... — Sally tentou argumentar que não era contra o namoro do filho, mas Percy não pensava nisso.

— Eu só quero ter o meu lugar. Mas não se preocupe, não vai ser agora. Antes quero juntar algumas dracmas de ouro.

Isso aliviou temporariamente o coração de uma mãe que estava prestes a perder seu filho. Percy retornou para seu quarto e fechou a porta. Ele tirou o moletom que vestia e as meias, enfiando-se embaixo das cobertas. Nico dormia ainda, mas seu sono era tão frágil como as porcelanas chinesas da Dinastia Han. Não demorou mais do que alguns toques em locais estratégicos para ele acordar, sentindo os beijos e carícias de Percy se espalhando pelo seu pescoço, ombros e peito.

— Aqui não. — Falou Nico, bem baixinho, com a cabeça debaixo da coberta. — Seus pais vão ouvir.

— Então eu sugiro que você não faça barulho. — Ameaçou Percy, enquanto tirava as roupas de Nico. — Eu vou deixar a televisão ligada, assim não vão ouvir a gente.

— Pelos deuses da morte, Percy. Você não tem jeito. — Nico puxou a coberta. Ele não sentia frio, muito menos calor. Mas seu corpo esquentava bastante quando as mãos de Percy lhe tocavam.

— Ainda bem. Não é? — Ele voltou para a cama, oferecendo seus lábios para Nico e de vez em quando lembrando-o de que devia gemer baixinho.

Di Ângelo queria dar uns tapas nele, mas a verdade era que ele estava se esforçando mesmo para não gemer muito alto.


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Notas finais do capítulo

Em comemoração ao aniversário da minha amiga Kisa, eu escrevi uma extensão do capítulo dois: Ninguém está pronto para a primeira vez. A história é +18 e possui cenas inapropriadas para menores:
http://fanfiction.com.br/historia/438818/Ninguem_esta_pronto_para_voce_sabe/

Beijos, conversamos mais nos comentários ^_^