As Marotas IV escrita por Laura Dias


Capítulo 20
Capítulo 20 - A Primeira Tarefa


Notas iniciais do capítulo

Gente, não revisei o capítulo então, qualquer erro avisem. Fiz rápido porque vou viajar quatro horas da manhã no sábado e véspera de viagem é uma loucura né. Não consegui adiantar os capítulos que eu disse que tentaria porque tive bloqueio criativo. Mas, mar, areia, tranquilidade, praia é muito bom e relaxante, aposto que vão surgir muitas ideias, vou levar meu caderno de fics e escrever, aí quando chegar é só digitar e postar (: Enfim, leiam, comentem, etc, quero muito a opinião de vocês, beijinhos.
ps: baile de inverno chegando



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Adam entrou no dormitório batendo as portas, para a sua sorte ou azar, Trevor e Nicholas já estavam de pé. Eles o olharam.
― Aconteceu alguma coisa? ― Nick perguntou.
― Aquele maldito repórter! ― esbravejou Adam ― Ele começou com perguntas sobre o Torneio e nossas escolas, mas no final ele só queria saber de coisas pessoais, disse que isso era que dava boa notícia!
― E qual o problema? ― Nick insistiu. Adam olhou para Trevor e silenciosamente eles se entenderam ― Alguma coisa você não me contou?
― Ele acha que está gostando de uma garota ― Trevor disparou e Adam quase avançou em cima dele ― É uma Lufana.
― Quem é? ― Nick perguntou com entusiasmo ― Você sabe de tudo sobre nós e não sabemos nada sobre você!
― Eu não tenho certeza e eu também não quero ― Adam afirmou ― A última coisa que eu ia querer era ficar apaixonado como você e Trevor!
― Isso não nos impede de saber quem é! ― Nick argumentou
― Não importa, Nicholas! ― Adam afirmou erguendo a voz.
― Ok, você quem sabe ― ele respondeu fechando o zíper da jaqueta ― Vou me encontrar com Marabella na cabana de Hagrid, vejo vocês no almoço ― assim que ele saiu, Trevor olhou para Adam.
― Certo, me conte realmente o que aconteceu ― disse.
― Acho que Patrick percebeu porque ele fez uma pergunta e eu não reagi tão bem, respondi rápido ― contou Adam ― Mas não importa porque eu não vou fazer de novo.
― Você gosta dela, qual o problema?
― Eu já disse um milhão de vezes que eu não tenho certeza, é só que, ela tem qualidades interessantes: coragem, determinação. Mas, ela também parece uma leoa quando quer, isso é difícil de lidar, sabia? Safira é gentil, Marabella é doce. É só eu não ficar perto dela e tudo vai ficar bem.
― Como não vai ficar perto dela, vocês estão juntos no Torneio!
― É, tem esse detalhe que impede... Mas, vou fazer o possível.
***
A semana que se passou foi a mais longa de todas. Com a primeira prova sendo no próximo fim de semana, demorou muito tempo para chegar. Quando não estava nas aulas ou fazendo as lições, Madison ficava pensando no que poderia fazer na prova, se não poderia usar os poderes talvez coisas trouxas serviriam. Quando finalmente chegou o dia da primeira prova, Madison colocou a roupa que McGonagall lhe deixara e no mesmo instante percebeu que sentiria muito frio.
― Eu vou morrer de frio ― reclamou enquanto acaba de calçar seus tênis
― Vá com uma jaqueta, na hora da prova você tira ― aconselho Emma ― Agora vamos logo.
Madison colocou a varinha nas vestes só por garantia e se direcionou para a orla da floresta negra. Como era de se esperar, todos os alunos e professores estavam lá. Deixou as garotas no meio da multidão e foi para frente se juntar aos outros campeões. Os garotos usavam as roupas bem parecidas com a dela, mas nenhum deles usava jaqueta.
― Srta. Potter, por favor, tire a jaqueta ― pediu McGonagall. Madison olhou para ela com um olhar que exigia piedade mas não a comoveu ― Por favor.
Madison bufou e tirou a jaqueta, já sentindo os arrepios de frio. Tirou do bolso da jaqueta a varinha e um grampo de cabelo que prendeu na franja.
― Todos os campeões me entreguem suas varinhas ― disse McGonagall pegando um caixote do tamanho das varinhas e abrindo ― Coloquem aqui.
Um a um os campeões foram deixando as varinhas e McGonagall logo depois fechou o baú. Ela pediu para pegar as armas que usariam na prova dentro de um outro baú grande que estava diante de todos. Os garotos foram os primeiros a se jogarem na frente do baú, deixando Madison com a única arma que sobrara: um arco e uma aljava cheia de flechas.
― Eu acho que ninguém aqui conhece a expressão: "Primeiro as damas" ― disse Madison colocando a aljava nas costas e pegando o arco.
― Você não pode ir com essa arma ― Felipe Phelps tomou o arco da sua mão
― Por que não?
― Porque sua mãe foi amaldiçoada e quase matou muita gente com um arco!
― Ela estava amaldiçoada pela horcrux do seu cordão, não tem nada a ver com o arco! ― Madison tomou o arco das mãos dele.
― Vou dar as últimas instruções ― McGonagall anunciou ― Vocês vão atravessar a Floresta e no fundo vão ter quatro troncos de árvore muito altos, no topo de cada um vai ter uma caixinha. O objetivo de vocês é pegarem as caixinhas e voltar até aqui. Lembrando que vão ter desafios para vencer durante o trajeto e vocês podem só usar as armas e conhecimentos gerais. Nada de magia. Boa sorte a todos.
Adam estava com duas adagas nas mãos, Caleb segurava uma espada e Miguel tinha uma lança. Madison sentiu uma ligeira sensação de que sua arma não poderia ser muito útil. Quando McGonagall anunciou o início da prova, todos sairam correndo.
Madison saiu correndo pisando nas folhas secas com o arco nas mãos e aljava nas costas. "Eu nunca atirei uma flecha na minha vida" pensou ela com tristeza. Não via nada que poderia ser ameaçador então continuou andando. Parecia muito fácil, entretanto, ela continuou andando sem se preocupar. Quando ela deu um passo e pisou num amontoado de folhas, ela percebeu que as coisas não poderiam ser tão simples. Havia uma armadilha, um buraco, e ela caiu.
― Droga! ― gritou ela levantando-se do chão.
O buraco tinha uns três metros de profundidade e não tinha como escalar. Ela bem que tentou apoiar-se em algumas pontas de pedras que viu na parede do buraco mas não conseguiu subir. Sentou-se no chão e apoiou a cabeça nas mãos pensando no que fazer. Olhou para o arco ao seu lado e viu que do lado dele havia um cipó, um cipó bem grande e firme aliás. Foi como se uma luz acendesse na cabeça de Madison.
Ela pegou uma das flechas e colocou no chão, pegou a ponta do cipó e amarrou bem firme na flecha. Colocou a flecha no arco e atirou para cima. De acordo com a física trouxa, a flecha jogada para cima ia cair no chão em formato de parábola e como a energia cinética seria maior, atingiria com força o chão e cravaria na terra. Foi exatamente isso que aconteceu.
O restante do cipó ficou no buraco. Madison deu uma puxada para garantir que estava firme e constatou que estava. Colocou o arco nas costas e segurou o cipó com as duas mãos; foi subindo pelas paredes do buraco e quando finalmente chegou ao topo, deitou no chão e respirou fundo. Foi aí que percebeu como estava sua aparência. Seu lábio estava cortado e seus braços estavam doendo. Havia alguns arranhões na perna também. Entretanto, o grampo continuou fixo na sua franja. "É por isso que tinhamos que estar expostos, para machucarmos e talvez a dor nos impedir de continuar" pensou enquanto continuava a andar.
Não via mais nenhum dos seus concorrentes, esperava que eles estivessem em buracos e não conseguissem sair. Continuou andando e demorou algum tempo para perceber que os únicos perigos naquela prova eram armadilhas e não haveria animais ou seres mágicos o que era extremamente gratificante, já que as flechas na aljava de Madison não eram infinitas e algumas coisas necessitavam de magia.
Ela estava distraída demais pensando quando caiu em outra armadilha. Ela pisou em cima de alguma coisa no chão e num piscar de olhos ela estava presa numa gaiola muito apertada. Madison não xingou de novo porque não conseguiu pensar num xingamento que expressasse toda a sua indignação por ter caído em outra armadilha.
A gaiola tinha uma fechadura por dentro, o que tudo indicava que era deveria ser capaz de se libertar sozinha. Com uma varinha, um "Alohomora" seria suficiente entretanto, sem varinha ela não tinha muitas opções. Madison pela primeira vez na sua vida sentiu vontade de chorar numa situação que não parecia ter saída. Quando ela abaixou a cabeça, o grampo que prendia sua franja caiu no fundo da gaiola.
Nos filmes trouxas, uma pessoa conseguia abrir uma fechadura com um grampo de cabelo, ela poderia tentar. Ela pegou o grampo com as mãos, respirou fundo e colocou-o dentro do buraco da fechadura. Girou umas três vezes até que a gaiola se abriu e Madison despencou para o chão. Machucou novamente com a batida, tentou cair de pé, mas seus pés agora estavam doloridos.
Pela sua cabeça, já havia se passado muito tempo desde o início da prova, ela precisava correr se quisesse ter uma chance, não tinha ideia de como os outros campeões estavam indo. Com os pés doloridos e as pernas arranhadas ela correu o mais rápido que pôde, só que dessa vez ela observava o chão com cautela. Pulou por cima de três partes do trajeto que ela considerou suspeita. Foi assim que chegou diante aos quatro troncos descritos por McGonagall.
Em um dos troncos estava escrito seu nome com uma tinta vermelha: "Madison Potter" e bem lá no topo havia uma caixinha. O tronco não tinha coisas para escalar e não dava para Madison fazer como tinha feito naquele buraco porque não havia cipó, nem lugar para a flecha se cravar. Quando ela olhou para o lado, viu Adam surgir correndo e encarar o tronco com seu respectivo nome. Ele olhou para ela e piscou. Com as duas adagas, ele ficou o tronco e começou a subir, tirando uma adaga e fincando um pouco acima. Fazendo isso muitas vezes.
Foi aí que Madison teve uma ideia, pegou uma flecha e atirou no tronco. Logo em seguida atirou outras, formou uma espécie de escada. Ela começou a subir rapidamente e chegou no topo primeiro que Adam. Pegou a caixinha e tentou puxar mas ela parecia estar presa em raízes muito fortes. Suas flechas haviam acabado, não havia como ela cortar as raízes usando uma flecha. Ela segurou firme a caixa e colocou seu peso todo para trás. A caixinha se soltou do tronco mas a garota caiu de costas direto no chão.
Agora até suas costas doiam. Ela segurou a caixa com firmeza, reuniu todas as forças que tinha e correu na direção em que viera. Ela foi a primeira a voltar, todos aplaudiram quando ela chegou. O segundo foi Adam, o terceiro Caleb e por último Miguel. Todos estavam feridos e cansados, e todos no fim, voltaram sem as armas.


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