Há pouco mais de 100 anos, surgiu o primeiro predador da humanidade. Havia uma diferença de força esmagadora entre eles e a humanidade. De repente a humanidade foi ameaçada de extinção. Os sobreviventes ergueram três muralhas: Maria, Rose e Sina. Isso lhes garantiu 100 anos de paz.

No ano de 840 a tropa de reconhecimento encontrou um vilarejo com poucos sobreviventes. Que fomos levados para a muralha de Maria, sendo forçados a largar pessoas que não estavam no local. Após anos a humanidade sobreviveu da agricultura, no ano de 845 a muralha foi destruída por 2 titãs que desapareceram de repente. A perda de uma cidade gerou grandes gastos para o governo, que pós em pratica um plano para superlotação na cidade de Rose.

~~ Ano de 840 ~~

Após o retorno da tropa de exploração todos se reúnem na entrada dos portões para ver seu o retorno, Eles ficam surpresos ao verem pessoas que vieram de fora da muralha. Após o cadastro deles como novos moradores, todos são designados a seus lugares dentro da muralha.

~~ Escola publica para órfãos de Maria ~~

A turma 106 estava em aula quando interrompida por guarda da tropa de Reforço, em mãos ele carregava documento e ao seu lado estava um menino, de pele clara olhos azuis e cabelos loiros desviados ate os ombros.

- Professor Dago! Venho aqui lhe apresentar seu novo aluno. - Grita o guarda enfrente a porta da sala.

- Senhor. Alunos de pé para receber seu novo colega de classe! - Diz Dago enquanto presta continência ao Guarde.

- Aqui está a ficha do novo aluno. - Diz o Guarda que presta continência e vai embora.

- Deixe me ver... Mayles Hugs, 10 anos, ele tem albinismo ocular 50% no olho direito, 1m e 10c, pele branco arroz, cabelo loiro mel, olho esquerdo azul, personalidade forte... Code: o1.- Daga se surpreende ao ler Code 01 – Então você é um Code 01, você veio de fora da muralha!? - pergunta Dago surpreso.

- Sei bem o que é Code 01, mas eu vim de fora das muralhas - confirmou Mayles demonstrando timidez.

Mayles vai para a sua cadeira enquanto a aula procede, todos olham para ele sem saber como reagir todos com muita curiosidade, medo, intere-se e ate mesmo raiva.

- Hoje aproveitando a chegada do nosso novo amigo, vamos aprender sobre o surgimento do Code 01, Esse código inicialmente era uma missão da tropa de exploração, a fim de encontra suprimentos, tesouros e entre outras coisas para nós que vivemos aqui nas muralhas. Em uma dessas missões a tropa de exploração encontrou um acampamento de nômades pessoas que viviam fora da muralha, porém eles já não se encontravam lá. À partir desse dia a missão Code 01 se tornou um código que diz que todo ser humano deve ter seu lugar dentro da muralha e a tropa de exploração recebeu uma nova missão a chamada Matriz, se trata de seguir os vestígios e tentar de algum jeito unir a humanidade sendo dentro ou fora da muralha. – Dago prossegue a aulas ate que se inicie as duvidas.

- Professor isso não é arriscado? Trazer pessoas de fora da muralha. – pergunta uma aluna.

- Claro que não Yue, só para a tropa de exploração, devemos nos unir para vencer a guerra contra os titãs. – Diz Dago sorrindo.

- Não precisamos sacrificar nosso povo para procurar outro perdido, se eles quiserem, eles que venham. - protestou Yue com medo.

- Yue não é assim. Aqui temos a proteção das muralhas lá fora isso não existe, eles precisam de nós. – Dago tenta explicar meio sem jeito.

- Proteção… tudo isso não passa de mentira, esse lugar não passa de um chamariz pra titãs, como vocês conseguem viver tão felizes sabendo que outros morrem para sua segurança. Como conseguem dormir? Eu tenho nojo de todos vocês – gritou Males com uma expressão de raiva. Todos a sua volta olham para ele espantados, e se afastam com medo. O professor Dago pede para o coordenador da para escola entrar em contato coma irmã mais velha de Mayles, Tracey que rapidamente vai à escola.

- O que? Você não sabe de nada nenhum titã e mais forte que essas muralhas, você só diz isso por que seu povo não tem um lugar pra morar – grita Yue indignada com as palavras de Mayles.

- Vocês nunca vão saber qual e a sensação de perder toda sua família e amigos, eu nunca quis vir pra esse lugar, a tropa de exploração me fez abandonar meu pai e os outros adultos que saíram pra caçar. Eu odeio você tanto quanto odeio os titãs, vocês nunca vão saber o que é viver sem ter um lugar fixo pra morar, perder inúmeras noites de sono tendo que fugir de titãs, eu não vou confiar a minha segurança em muralhas sem vida - grita Mayles com os olhos cheios d’água.

- Como você pode dizer que essas muralhas não tem vida. Elas carregam os sentimentos e as almas de muitos que morreram para erguê-las, se você não pode confiar nelas pelo menos confie em mim – pediu Tracey que entra na sala sorrindo em direção ao seu irmão. Ela lhe deu um abraço carinhoso e os dois deixaram a escola.

Em casa, Tracey sentou-se com Mayles na mesa e durante o jantar disse:

- Mayles, saiba que eu concordo com você, mas nem todos são obrigados a ouvir nem a concordar com sua opinião, a escolha mais sabia é se calar. Esse tipo de coisa não pode ser falada assim. Além do mais você não conhece as histórias dessas pessoas, não sabem o que elas passaram assim como elas não nos conhecem. Tente se controlar.

- Farei isso por você. Acho que você tem razão – disse Mayles de cabeça baixa, ele obedeceria sua irmã, mas não se arrependia do que tinha feito.

~~ Ano de 845 ~~

Neste ano aconteceu a primeira aparição do titã colossal. Neste dia, Tracey correu até a escola de Mayles e o levou junto com seus amigos para um lugar seguro. Eles já tinha noção de como sobreviver aos titãs então não era uma coisa difícil. Assim, eles conseguiram escapar para a cidade de Rose. Porém muitas pessoas morreram devoradas nessa catástrofe histórica. O caos se espalhou pelas muralhas era algo novo e surpreendente. Todos os estudantes da escola foram transferidos e enfim, Mayles e Tracey teriam que se virar novamente para sobreviver, sem casa e sem a agricultura. As coisas ficaram difíceis, mas conseguiam ficar vivos com o novo estilo de vida.

Num dia normal como os outros Tracey sentou-se ao lado do irmão com uma cara extremamente séria. Tinha algo muito importante a dizer:

- Preciso te avisar de uma coisa – ela respirou fundo e continuou – Fui convocada para uma força tarefa na muralha de Maria. Juntaram um exército de pessoas para tentar recuperar o espaço perdido.

- O que? Mas você não é um soldado! Eles estão loucos?

- Fica calmo. Vão muitas pessoas, com certeza as muralhas vão ser recuperadas. E eu sou forte! Não me subestime – Mayles sorriu, mas estava preocupado. Sua irmã iria enfrentar diversos titãs. Mesmo que eles já estivessem acostumados com esse tipo de batalha, qualquer luta contra um titã é perigosa.

- Volte viva ok? – Tracey tirou a franja da frente do rosto do irmão. Ele abriu os dois olhos deixando amostra a coloração diferente.

- Não se preocupe.

Tracey saiu da muralha de Rose alguns dias depois. Mayles tentou se virar o máximo possível nos dias de ausência. Mesmo preocupado, cuidava da casa e estudava, conseguia alimentos como podia. Porém tudo acabou quando viu sua irmã voltando para a cidade com poucos sobreviventes. Tinha sido um desastre, mas Mayles não se importava, ela estava viva. Ele o abraçou com força e estranhou o objeto preso no seu olho esquerdo.

- O que é isso? Você se feriu?

- Isto é um tapa-olho. Meu olho direito está ferido e perdi a visão.

- Mas isso não tem cura? Porque você não se curou?

- Cegueira não tem cura! Nem mesmo para nós. Vamos para casa? Quero tomar um banho e descansar.

- Sim! Eu fiz um jantar especial para nós!

A fama da corajosa mulher que lutou bravamente nas muralhas de Maria se espalhou, Tracey logo foi convocada para o treinamento de soldados das muralhas. Ela ficou honrada com convite e aceitou o treinamento com a condição de que seu irmão tivesse uma mordia melhor e alimentação em sua ausência. Estava combinado, Tracey passou dois anos em treinamento enquanto Mayles estudava e vivia sonhando com o dia que pudesse entrar no mesmo treinamento que a irmã estava realizando. Ele queria se tornar um soldado

~~ Ano de 1847 ~~

- Então irmãozinho? Sentiu saudades?

- Você voltou! Seu uniforme é muito legal! – O olho de Mayles brilhava com a vestimenta da irmã que não perdia o momento para se exibir.

- Tudo lá é muito fácil. Fui a primeira da turma e por isso, amanhã nos mudaremos para as muralhas de Sina – A notícia criou um sorriso enorme no rosto do jovem que agora estava ansioso para passar pelo o mesmo que sua irmã e finalmente se tornar um soldado como ela.

A dupla acabou se mudando para Sina onde o ódio de Mayles pelos humanos aumentou, eles eram ainda mais relaxados que as pessoas que moravam em Maria e Rose juntos, então não perdeu tempo e se inscreveu para o treinamento. Queria se tornar um soldado como a irmã e lutar pelos valores humanos.

Todo o treinamento foi duro, dois anos de puro esforço não era para qualquer um. Mas ele não se importou, já sentiu a dureza da vida diversas vezes e superou todas. Ele sempre dava o seu melhor em tudo, nos treinamentos de equilíbrio, na malhação, no treinamento de saltos e lutas corporais. Eram poucos os soldados corajosos e dispostos a lutar contra os titãs e por isso, Mayles também foi o primeiro da turma. Suas habilidades sempre lembravam as de sua irmã. Os dois eram soldados exemplares.

- Que orgulho de você moleque – disse Dago no bar comemorando a entrada do jovem na polícia militar – Nunca pensei que aquele garoto estranho pudesse passar em primeiro lugar.

- Sim, mas não quero ficar parado como esses soldados preguiçosos, sempre procurarei o que fazer e participar das missões – disse Mayles com determinação – Não entrei para as tropas a toa.

- É assim que se fala irmãozinho – disse Tracey abraçando orgulhoso o novo soldado da família.

- Semana que vem terá uma missão e fui convocado para chamar os soldados. Vocês estão interessados? Serão de grande ajuda.

- Aceito! – disse Mayles sem nem pensar no assunto.

- Calma menino! Isso é mais perigoso que você pensa. São muitos gigantes – disse Tracey tentando acalmá-lo com um sorriso – Quem você já recrutou?

- Esses soldados aqui – o homem jogou as fichas em cima do balcão de bebidas – Apenas preciso de mais dois soldados e pensei em você como a melhor líder para essa missão.

- Entendo. Aceitamos. Estamos dentro – disse Tracey apertando a mão do homem. Mayles sorriu ansioso para que o dia da missão chegasse.

Ele contou os segundos para o dia de sua primeira missão: Ele iria acompanhar as tropas de exploração nas muralhas de Maria até certo ponto. Todos estavam nervosos no dia, mas ele estava empolgado. Ele tremia de ansiedade diante dos portões. As trombetas tocaram e as tropas finalmente saíram. Tracey então começou o discurso:

- Nossa missão é não permitir que nenhum titã destrua a formação da tropa de exploração. Continência! – Todos colocaram a mão direita no peito e a esquerda nas costas – Avançar! – As habilidades começaram a surgir nos saltos e na velocidade que estavam se movimentando no ar. Mayles conhecia alguns dos soldados, um deles desde a infância. O soldado olhava para todo lado atento, nada podia dar errado.

- Dois titãs de dez metros vindo da direita! – gritou Tracey. Mayles o avistou de longo, era emocionante lutar com então saiu da posição sem ordem na direção dos dois. Todos pensaram que ele era louco, na verdade desde pequenos tinham essa imagem do soldado. Ele lançou os cabos de aço e liberou o gás para ganhar velocidade e assim, alcançou os gigantes em segundos. Um deles abriu a boca quase o devorando. Ele deu vários giros e cortou a língua do canibal, pegou impulso em seus dentes e deu um mortal por cima de sua cabeça alcançando seu ponto fraco. Após lançar um gancho em sua nuca ele fez dois cortes paralelos no local matando-o sem chances de se defender. Logo depois saltou bem alto de forma que o segundo titã não pudesse o alcançar, encravei meu gancho em seu pescoço e desci com vários giros cortando o ponto fraco do segundo. Os dois estavam mortos. Logo depois correu o mais rápido possível para se reunir com sua equipe. Percebeu que já estavam enfrentando outro titã:

- Mayles deixa que me viro aqui, avance com os outros – gritou a comandante determinada. Mayles obedeceu e todos o seguiram. Faziam movimentos rápidos pela cidade seguindo a tropa de cavalos.

- Titã de vinte metros à frente! – gritou um dos estrategistas do grupo. Ele era do tipo raro, já que estava pulando por cima dos prédios – Outro está se aproximando pela esquerda!

- Yue venha comigo, o resto mate o titã que está vindo do oeste – Mayles escolheu uma velha colega de infância para o acompanhar, ela tinha ficado em terceiro lugar na classificação de soldados, ela era boa. O titã deveria ter quinze metros e era rápido comparado aos outros. Mayles lançou o gancho em seu braço e o puxou com força para que perdesse o equilíbrio. Yue usou seu DMT para ultrapassar o gigante, o garoto deu vários giros cortando os olhos do desequilibrado. Foi quando Yue finalizou cortando sua nuca. Ele olhou para o lado e percebeu que sua equipe toda iria acabar morrendo para apenas um titã.

- Yue!

- Sim! – ela se apressou para ajudar o resto do grupo, foi quando ele viu sua irmã enfrentando três titãs como se fosse brincadeira de criança, neste momento de distração, ele quase foi atingido com um soco de um gigante. Ele deu um mortal por cima da mão e o utilizou como ponte para seu ponto fraco. Era um titã de vinte cinco metros mais burro que uma criança e mais lento que um caracol. Por isso foi muito fácil mata-lo com um corte preciso. Após respirar fundo ele percebeu que outros titãs estavam atacando a equipe e apenas duas pessoas estavam vivas. Ele e Tracey se encontraram no caminho do desastre. Um dos soldados tentava escapar do canibal enquanto o outro titã brincava com Yue arrancando uma de suas pernas. Eram seis titãs, seria um trabalho fácil para os dois, porém Mayles estava furioso.

- Fica calmo! Está usando todo o seu gás – Ele não a escutou o conselho da irmã e matou o titã mais próximo. Tracey deu vários giros rápidos e matou dois titãs em poucos segundos. Mayles usou os telhados para ganhar velocidade e cortou os dedos do titã que devorava Yue viva, então, com os cabos de aço e usou tanta força que decapitou o gigante sem pena. Nesse momento, o soldado acabou sendo pego por outro titã. Ele tentava se libertar cortando sua mão, sem sucesso. Ele começou a apertar sua presa, ele sentia que seus ossos acabariam quebrando se Tracey não o matasse. Ele saltou de modo que já atacasse o último titã do grupo. Tracey pegou Yue mandou o outro soldado levá-la para dentro das muralhas imediatamente. Assim que ela olhou para o irmão, ele já tinha executado um gigante que não tinha mais de três metros – Acalme-se, a raiva não ajuda em nada nesses momentos, você quase foi morto – Os dois se viraram a cortina de fumaça verde indicando que sua missão havia acabado. A tropa de exploração seguiria sozinha dali em diante – Nossa missão foi um sucesso.

Aquele dia ficou marcado para sempre na vida de Mayles, Yue acabou morrendo por hemorragia e ele ficou de luto por dias por causa da equipe. As diversas missões e mortes que o soldado acompanhou, acabou diminuindo o valor das vidas humanas em sua sociedade. Então ele decidiu não se apegar a mais ninguém para que não sofresse pelas mortes já que qualquer humano morre um dia.