Chace era sem dúvida o maior ídolo da escola. Antes de qualquer outro ele tinha sido o primeiro jovem com menos de dezesseis anos a ser chamado para as olimpíadas de Jump Contact. Porém ele também tinha tido sua cota de decepção nacional, já que não havia comparecido logo a primeira partida.

De qualquer forma isso não diminuía sua fama na escola. Ele havia sido o capitão de Jump Contact por muito tempo, ele participava de diversos outros clubes espontaneamente, sem qualquer obrigação e sempre era o melhor jogador. Ele era sem dúvida assombroso por isso. Era estranho e sobrenatural a facilidade que ele tinha de aprender as coisas.

Já havia um tempo que ele tinha parado de frequentar os clubes e desistido do Jump Contact.

Da sua mesa, Isadora olhava para aquela garota ridícula, depois de sua performace no refeitório, sentada à mesa dos meninos ao lado da delas, ainda pendurada no Chace. Não podia aguentar isso e não iria só ficar sentada ali assistindo.

Queria que Emilly estivesse ali com elas, então poderiam ir as duas até a outra mesa, como quem não quer nada, só porque o namorado da Emilly está lá. Então ela poderia dar “oi” para ele e as duas poderiam ficar almoçando lá. Seria a desculpa perfeita. A solução perfeita, para tirar essa parasita dele.

Não sabia que o Chace tinha entrado para o grupo de teatro. Pensou em ir até lá falar com ele mesmo assim, estava fuzilando a mesa ao lado com os olhos e sabia que não aguentaria ficar só vendo por muito tempo.

Se fosse sério mesmo que ele entrou para esse clube, dessa vez ela daria um jeito de entrar lá também. Então se levantou e foi seguir em direção a mesa ao lado, antes que as garotas de sua mesa pudessem lhe perguntar o que estava fazendo.

No entanto, nesse momento, Chace também levantou se afastando da mesa. Isa o seguiu até lá fora. Ele estava andando rápido e ela gritou por ele.

– Chace! Oi! Onde vai com tanta presa?

– Tenho umas coisas para fazer.

Ele não tinha nem almoçado. Isa estranhou enrugando a testa sutilmente.

– Ah, sei. Você não quer ir lá em casa mais tarde? Vou chamar o pessoal para ir na piscina, está fazendo muito calor...

– Não posso. Vou estar ocupado. – Ele abaixou o rosto tentando olhar nos olhos dela. – Mas a gente se vê depois, Isa.

Ela olhou para ele e sorriu. Ele sorriu também e voltou a andar apressadamente.

Nada, NADA a deixaria mais curiosa que isso. Ela precisava saber o que ele ia fazer. E ela iria dar um jeito de descobrir.

Ou senão ela ia simplesmente morrer. Porque...

– Eu realmente acredito que isso acontece com os gatos... – Pensou Isa em voz alta enquanto voltava ao refeitório.