Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 46
Conhecendo os Malfoy


Notas iniciais do capítulo

HEEEEELLOOOOO POTTERHEADS! Viram que estamos de cara nova??? Yeah, trocamos a capa de LAMN! Pessoas, sorry pela demora, eu não tive tempo para fazer o capítulo! KKKK' Mas bem, aqui está e eu particularmente gostei bastante dele, dei algumas risadas e.e Hora de ver como estão Draco e Astoria!

Boa leitura!

XOXO >> Angie *-*

P.S: Na fic eu imagino a Astoria como a Natalie Portman desse jeitinho da foto abaixo! Ela está no banner!

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P.O.V: Rose.

Eu firmei a minha mão na de Scorpius ao ver a grande mansão dos Malfoy a nossa frente. A última vez em que estive aqui foi no dia seguinte àquela noite desastrosa na boate, quando Scorpius me trouxe para sua casa e, mais precisamente, para o seu quarto. Eu me lembrava vagamente de como era, mas é como se fosse uma casa totalmente diferente dessa vez.

Espera... Mas é uma casa totalmente diferente!

Olhei para Scorpius confusa.

— Essa não parece a sua casa.

— Essa é a casa de inverno, a em que eu te levei era a de outono, por que sabia que o meu pai não estaria lá. — ele me explicou.

Ergui as sobrancelhas alto, um tanto quanto chocada.

— Você tem uma casa para cada estação do ano?!

— Na verdade, a minha mãe gostou tanto da casa de primavera que tornou ela a casa de primavera e de verão. — ele falou tão casualmente como se não fosse extremamente surpreendente ter casas para cada estação!

De repente senti o meu estômago revirar e apertei a mão de Scorpius tão forte que ele chegou a me olhar preocupado.

Essas pessoas são tão diferentes... Quer dizer, os meus pais têm uma boa condição financeira, é claro, mas eu fui criada como a maioria das pessoas. Eu não tive as mais caras aulas de etiqueta, e se eu pisar na bola e estragar tudo? E se eles não me acharem boa o suficiente para Scorpius? Céus, e se o proibirem de ficar comigo?

— Rose? — só então percebi que Scorpius estava na minha frente, e que eu encarava seu cachecol quase sem ponto fixo.

Pisquei algumas vezes.

Eu sabia que ele precisava do meu apoio, eu sabia bem. Eu podia ver que ele estava tão nervoso quanto eu, seus olhos verdes não transmitiam a confiança de sempre. Ele estava ansioso, preocupado, mas fazia de tudo para empurrar isso no lugar mais fundo de si, simplesmente pois via estampado em mim o quão totalmente aterrorizada eu estava.

Respirei fundo e fechei os olhos.

— Se a coisa ficar muito feia, podemos aparatar direto da sala de jantar? — indaguei com uma expressão brincalhona.

Ele sorriu levemente e ajeitou o meu cabelo, tirando a neve que caiu ali. Surpreendentemente, de alguma forma ali não era frio, talvez tivesse algum tipo de feitiço para manter aquela área quente, mas a neve ainda caía. Difícil explicar.

— Eu com certeza adoraria a saída dramática. — ele se inclinou para me beijar e quase instantaneamente eu fiquei nas pontas dos pés para que ele não precisasse se curvar tanto. Quando nossos lábios estavam quase se tocando, ouvimos um pigarrear.

Nos afastamos imediatamente e olhamos juntos em direção ao som. Ali estava uma mulher linda. Ela trajava um lindo vestido longo, sua cor era um vermelho sangue que se destacava lindamente na neve branca, o tecido era claramente feito de veludo. Seus cabelos eram castanhos escuros, com ondas comportadas e elegantes caindo por seu ombro direito e deixando exposta uma parte de seu pescoço, emoldurado por um belíssimo colar dourado. Em suas orelhas dois lindos rubis brilhavam graciosamente. Seu rosto tinha traços suaves; pele alva, lábios avermelhados e bochechas coradas. Seus olhos eram de um castanho claro, iluminados pela pouca luz do céu nublado.

Por Merlin...

— Olá, mãe. — Scorpius diz, me surpreendendo imensamente.

Ele realmente era a cara do pai.

Scorpius segurou minha mão ainda mais firme e caminhou comigo em direção a morena. Ela tinha os olhos fixos no filho e um sorriso largo brotou em seus lábios à medida que nos aproximávamos. Ela o abraçou forte e ele teve que soltar a minha mão por alguns instantes. Notei como ela fechou os olhos ao abraçar e respirou fundo, como se não pudesse estar mais feliz por tê-lo em seus braços.

— Não pode desaparecer dessa forma, sabe o quanto sinto a sua falta. — ela passou os dedos nos cabelos de Scorpius, se afastando apenas para pegar seu rosto entre as mãos e olhá-lo com um sorriso orgulhoso no rosto e olhos atentos, captando cada detalhe. — Olha só para você. Cada vez mais parecido com o seu pai. Isso é barba? — ela passou os dedos em seu queixo.

Sim, é uma barba e o deixa apenas mais sexy.

Scorpius sorriu para a mãe e eu notei suas bochechas ganharem um tom levemente vermelho. Imagine a minha surpresa ao ver que ele na verdade pode corar.

— Mãe... — ele começou e Astoria soltou uma risada melodiosa.

— Não vamos te envergonhar na frente da sua garota, certo? — então seus olhos passaram para mim.

Eu pensei que ao conhecer Astoria Malfoy, seus olhos fossem correr por todo o meu corpo antes de atingirem meus olhos, mas na verdade não. Ela continuou sorrindo após me ver, um sorriso tão genuíno quanto o que ela dera a Scorpius. Seus olhos não correram por todo o meu corpo, pelo contrário, eles se fixaram em meu rosto, como se a olhar para meus olhos ela tentasse desvendar se eu seria uma boa garota para o seu único filho.

— Olá Rose, é encantador finalmente conhece-la! Ouvi coisas estupendas a seu respeito. — ela veio me abraçar e logo correspondi, aliviada que estivesse correndo tudo bem.

— É um prazer imenso, sra. Malfoy. Eu também já ouvi bastante sobre seu carisma, vejo que não eram apenas rumores. — tentei soar o mais delicada e gentil possível, um sorriso brotou em meu rosto.

Astoria se afastou de mim com uma risada suave e depois olhou para Scorpius.

— Oh, ela é um doce! — seus olhos voltaram para mim. — Aliás, me chame de Astoria, por favor.

Eu corei com isso, abaixando o olhar meio tímida. Scorpius sorriu levemente e pegou a minha mão, o que fez Astoria nos fitar com uma expressão um tanto encantada.

— Onde está o meu pai? — Scorpius indagou enquanto acariciava os meus dedos com o polegar.

— Já nos espera na mesa, me acompanhem. — Astoria foi entrando na frente, o vestido dançava em seu corpo magro, acompanhando suas curvas.

Certamente eu não me importaria de ter o corpo dela após ter um filho!

Nós adentramos a grande mansão, era linda! Logo a nossa frente, quando Astoria abriu as portas, haviam duas escadas que davam no mesmo corredor e logo acima de nós havia um lustre enorme. Porém, não subimos pelas escadas. Ao invés disso seguimos por um corredor meio escuro. Haviam vários quadros ali de homens e mulheres com olhares rígidos. Seus olhos frios pareciam me seguir enquanto eu caminhava, o que me fez agarrar o braço de Scorpius e me encolher um pouco.

Ele olhou para mim e chegou os lábios próximos ao meu ouvido.

— São apenas pinturas de várias gerações dos Malfoy. Relaxe. — ele murmurou e assenti.

Astoria abriu outra porta, revelando uma enorme sala de jantar. Creio que ela também sirva para almoçar, desde que a comida está servida aos montes e Draco Malfoy está ao lado da cadeira da ponta.

Ele tem uma postura ereta e formal. Ele é como o meu pai descreveu. Draco parece ser o total oposto de Astoria. Enquanto a moça tem feições suaves, ele tem um rosto pontudo, lábios mais finos que os de Scorpius, cabelos também loiros e olhos cinzentos, frios. Ele sim me avaliou dos pés à cabeça, como se avaliasse cada mínimo detalhe do meu vestido, postura, corpo, e por fim, no meu rosto.

Minha mãe sempre me disse como lidar com pessoas assim. Enquanto tia Gina afirmava que deveríamos dar um olhar tão frio quanto, ela me dizia para responder com um sorriso gentil, para mostrar que eu não me sinto intimidada por sua falta de expressão.

E foi exatamente o que eu fiz, dei o sorriso mais gentil do meu estoque, algo que pareceu surpreendê-lo.

— Draco, querido! Venha! — Astoria chamou o marido, animada.

Draco andou até nós, seus olhos fixaram em Scorpius e sua expressão se suavizou um pouco.

— Filho. — ele se aproximou de Scorpius e o abraçou forte.

Percebi o olhar de Astoria sobre os dois, ela não podia conter o sorriso. Os fitava como se fossem as melhores coisas de sua vida e eu não duvidava que fossem.

— Pai. — Scorpius falou de volta, retribuindo o abraço.

A forma como se abraçaram me fez notar algo: Draco Malfoy talvez não seja como todos dizem. Scorpius já me deu alguns motivos para pensar que seu pai talvez fosse rígido demais com ele, mas com um abraço assim... É bem claro o quanto Draco o ama, e como sentiu sua falta.

Ao se afastar, o loiro mais velho me olhou então. Eu ofereci novamente o meu sorriso.

— É um grande prazer conhece-lo, sr. Malfoy. O senhor tem uma bela casa, é maravilhosa.

— Rose Weasley. — disse ele, e para o meu total choque, ele sorriu. Um sorriso não tão largo quanto o de Astoria, mas com certeza tão verdadeiro quanto. Eu não esperava sequer um olhar gentil, e ele me dá um sorriso! — Ouvimos muito sobre você. Tenho que dizer, o que ouvimos parecem lhe fazer jus. Bonita, educada, gentil... — ele olhou para Scorpius então. — Não existem mais muitas assim.

Scorpius sorriu levemente.

— Vamos nos sentar? — meu namorado ofereceu, indicando a mesa cheia de coisas com exatos quatro lugares.

Draco assentiu e puxou uma cadeira para Astoria, a qual se sentou grata. Scorpius fez o mesmo comigo, mas no processo a cadeira se arrastou e fez um som agudo, o que me fez abaixar a cabeça corando arduamente.

Scorpius soltou uma risada e se sentou ao meu lado enquanto eu me ajeitava.

Céus, meu primeiro vexame! E nem fazem quinze minutos desde que cheguei!

— Então... — Astoria começou enquanto começava a se servir. — Rose, querida, conte-me como exatamente você e Scorpius se conheceram. Eu soube que se trata de algo mais antigo do que eu e Draco sabemos.

Minta. Minha consciência me disse. Minta como se não houvesse amanhã ou vão te odiar!

Eu não posso mentir! Eles precisam me conhecer por quem eu sou!

Quem você é não é o suficiente!

Nesse instante, Scorpius pegou a minha mão outra vez embaixo da mesa. Eu fico feliz por ele estar sempre com a mão na minha, é um conforto a mais. Procurei seus olhos e os encontrei, eles me fitavam com expectativa, esperando que eu contasse.

Eu sou o suficiente para ele, então eu terei que ser o suficiente para seus pais.

— Ah, foi ódio à primeira vista! — exclamei, mas num tom não muito alto.

Astoria ergueu as sobrancelhas e Draco quase engasgou com seu vinho.

Scorpius riu, acariciando meus dedos. O som de sua risada me fez sorrir.

— Eu e Rose nos conhecemos ainda no primeiro ano de Hogwarts, e a verdade é que fomos inimigos até então. Eu tenho que dizer, as pegadinhas dela e os sermões eram os piores!

Olhei para ele completamente ofendida.

— Diz o cara que se limita a me jogar bolinhas de papel nas aulas de poções!

Ele rolou os olhos.

— Não vamos entrar em detalhes, certo, Rosie? Houveram apostas bem piores que as pegadinhas.

Corei ao me lembrar do incidente na boate.

— Claro...

Scorpius soltou a minha mão para se servir e me ofereceu um pouco do que me parecia Caviar. Não tenho certeza. Apenas aceitei em pequena quantidade.

Astoria riu, o som bonito encheu a sala.

— Oh meu Deus, e como esse ódio se transformou em namoro?

Scorpius soltou um suspiro pesado.

— Não foi nada fácil, eu garanto. Mas aos poucos o que eu pensava só se concretizou, o meu charme é totalmente irresistível. — ele sorriu torto e convencido.

— Mais um pouco e o seu ego vai nos sufocar. — brinquei.

— Vai dizer que não concorda? — ele indagou. — Por que, sabe, ontem...

— Scorpius, modos! — exclamei antes que ele pudesse continuar, com as bochechas em chamas e um olhar de advertência.

O loiro se calou imediatamente, voltando a comer enquanto fitava o próprio prato com um sorriso irritante.

Céus, não acredito que ele iria mesmo dizer o que houve ontem! Como se isso fosse coisa para se dizer justo no almoço em que eu conheço os pais dele! Um pouco mais e achariam que sou uma puta qualquer, isso se já não acharem.

— Perdão por isso. — falei rapidamente.

— Perdão? Ele não se cala dessa forma nem quando eu mando! — Draco disse parecendo impressionado. — Parabéns, Rose. Você com certeza o enlaçou.

Eu sorri e fui pegar algo que parecia frango, mas claramente não era, o que ficou evidente quando notei que a coisa era escorregadia e simplesmente voou do meu prato direto no lindo vestido de Astoria, deixando uma trilha de um tipo de caldo ou gosma.

Eu congelei no meu lugar, olhando com os olhos arregalados para o vestido tão lindo e agora arruinado pela minha estupidez.

— Pelas cuecas de Merlin! Eu sinto muito! — EU DISSE MESMO “PELAS CUECAS DE MERLIN”?!

Coloquei a mão na boca automaticamente.

Alguém me socorre, eu preciso me enterrar em um buraco escuro e nunca mais sair!

Astoria apenas pegou um pedaço de papel e tirou o pedaço de "não sei o que" de seu vestido, se levantando.

— Está tudo bem! Eu vou me limpar e volto em alguns instantes. Rose, gostaria de me acompanhar? Deixemos os homens na mesa.

Olhei para Scorpius chocada e notei que ele se segurava para não rir, estava vermelho e os cantinhos de seus lábios ameaçavam levantar. Meu olhar se tornou raivoso e minhas bochechas se esquentaram de ódio.

Fui me levantar e acabei por derrubar a cadeira e quase cair junto.

Merlin, isso é um pesadelo! Não pode ser real!

Respirei fundo e levantei a cadeira, a ajeitando a mesa.

— Perdão novamente e com licença. — falei rapidamente, quase gaguejando e seguindo Astoria o mais rápido que eu pude para longe dali.

Assim que passamos pelas portas, Astoria soltou uma gargalhada alta e eu abaixei a cabeça.

Ela está rindo de mim, do meu jeito desastroso e da minha falta de educação. Ah, eu quero morrer! Isso é um desastre...

Astoria tocou o meu ombro.

— Querida, você precisa relaxar!

Olhei para ela como se fosse louca. Isso não pode ser sério!

— Relaxar?! M-Mas...! O seu v-vestido! — acabei gaguejando sem poder evitar e olhando para o maravilhoso vestido agora manchado.

— É apenas um vestido! Acredite ou não, já aconteceu mais do que eu gostaria. Venha comigo, eu vou aproveitar e te mostrar um pouco da casa. — Astoria pegou a minha mão como se fôssemos grandes amigas e me conduziu para o salão de entrada, subindo comigo por uma das escadas que dava para corredores e mais corredores.

Ela foi me mostrando alguns lugares da casa e conversando comigo. Surpreendentemente, Astoria conseguiu com que eu me acalmasse. Sua gentileza e seu jeito extrovertido me fizeram sentir basicamente em casa... exceto pela hora em que eu acabei quebrando um vaso da família, graças a Merlin não era o original ou eu nunca me perdoaria!

Em seguida eu a esperei do lado de fora do seu quarto enquanto ela se trocava. Eu estava apoiada no corredor, olhando para minhas próprias mãos e amaldiçoando-as por não conseguirem apenas serem normais. Foi quando eu ouvi:

— Rose! Estão demorando. — Scorpius disse vindo até mim do final do corredor.

Suspirei.

— Sua mãe me mostrou a casa e agora está se trocando. — falei meio fria, ainda puta por ele estar rindo da minha cara na hora em que sujei o vestido de Astoria.

Ele me deu aquele sorriso torto e maroto, o sorriso que me derretia por inteiro e ele sabia bem disso. Conhecia bem os efeitos que causava em mim, em meus sentimentos e em meu corpo.

Ele se aproximou, me prensando contra a parede antes que eu pudesse piscar. Seu corpo quente de encontro ao meu foi quase um alívio depois de tanto tempo apenas segurando as mãos, mas ainda assim eu coloquei as mãos em seu peito para afastá-lo.

— Scorpius, se manda. — falei sem olhá-lo nos olhos e usando o meu tom de “vai se ferrar, não quero falar com você agora”.

— Nós dois sabemos que você não quer isso. — sua voz tinha o tom convencido de mais cedo e ele aproximou os lábios de meu pescoço.

Arregalei os olhos e o empurrei, mas ele de alguma forma continuou no mesmo lugar.

— Está louco?! Sua mãe pode sair a qualquer instante! Seu pai pode aparecer! — exclamei baixinho, só para nós.

Ele riu brevemente.

— Minha mãe demora ao menos de vinte a trinta minutos para se trocar e o meu pai sabe, então ele sempre espera lá embaixo. — ele enlaçou minha cintura firmemente, nossos corpos se colidiram com um baque surdo e minhas mãos se espalmaram em seu peito novamente.

— Scorpius... — comecei, resistindo a seu calor. — Eu não quero falar com você. Estou brava, caso seja tão estúpido a ponto de não notar. E estamos na casa dos seus pais! — me afastei, cruzando os braços.

Ele levou a mão ao meu queixo e me fez erguer os olhos para os dele. Bendita expressão de cachorrinho!

Apertei os olhos.

— Você é tão feio quanto uma mandrágora.

Ele me olhou falsamente ofendido e colocou a mão no peito.

— Ai! Essa até doeria se eu NÃO SOUBESSE QUE ONTEM... — ele começou a gritar e eu arregalei os olhos e tapei a sua boca com a mão, acabando por prender ele contra a parede enquanto o idiota ria.

Ele lambeu a minha mão e eu a tirei dali com uma careta de nojo.

— Cale a boca! — exclamei baixinho.

— Vem calar. — ele desafiou com o sorrisinho irritante.

Bufei alto, limpando a mão babada em sua camisa enquanto cogitava.

Conhecendo essa doninha enjoada, eu sei que ele não vai parar até conseguir um beijo, e eu já passei vexames demais por conta própria, imagina se essa besta quadrada ficar tentando me beijar no meio do almoço.

Olhei para ele.

— Se você estiver com hálito de caviar, eu juro que faço greve de beijo por dois dias.

Ele riu brevemente.

— É falta de educação comer sem as damas na mesa. — ele me tranquilizou e foi envolvendo a minha cintura pela terceira vez.

— Só um beijo... — impus a condição.

Ele apenas assentiu, me colocando na parede de novo, mas dessa vez de forma mais suave enquanto colava os lábios nos meus. Eu não senti mesmo gosto de nada além de um sabor suave de vinho, daqueles doces e aveludados. O gosto combinado com a maciez dos lábios dele acabou por me fazer perder um pouquinho a cabeça. Eu subi as mãos de seu peito para sua nuca, acariciando seus cabelos e ficando nas pontas dos pés para aprofundar o beijo.

Scorpius desceu uma das mãos para o meu quadril e eu peguei sua mão e a subi novamente para minha cintura, separando nossos lábios só para soltar um som de advertência, o qual foi breve, pois ele logo me beijou novamente.

Enquanto seus lábios se moldavam aos meus cada vez mais rapidamente, o calor em meu corpo começava a aumentar, meus joelhos iam ficando cada vez mais fracos, meus batimentos cardíacos e minha respiração iam ficando mais rápidos.

Scorpius deixou os meus lábios para beijar meu pescoço, fechei os olhos sem poder evitar e levei as mãos para os seus cabelos, a sensação de êxtase não me deixava pensar em nada a mais... Até que ouvimos a porta do quarto de Astoria se destrancar.

O choque foi tão grande que eu empurrei Scorpius para longe de mim com uma força que definitivamente não era minha! Ele bateu na parede do outro lado do corredor e quase caiu no processo, o que me fez rir brevemente de sua cara.

— Scorpius! — Astoria disse surpresa. — Já íamos descer, não precisava vir aqui em cima. — ela avaliou os cabelos desgrenhados do filho, e seus lábios inchados. Em seguida olhou para mim, que provavelmente não estava melhor. — Mas bem, eu vejo que teve seus próprios motivos.

Corei pela centésima vez no dia e notei que agora ela usava um vestido bem diferente do outro. Esse era branco e tão elegante quanto, era justo em suas curvas, mas ela parecia estar tão confortável quanto se estivesse de pijamas.

— Vamos... descer. — Scorpius disse.

— Ah sim, mas querido, aposto que antes vai querer limpar o batom de Rose em sua boca. — ela disse e depois olhou para mim, indicando os lábios.

Eu me esqueci do bendito batom! Minha boca deve estar toda borrada!

Meio desesperada, eu limpei as bordas dos lábios e ela sorriu levemente, achando graça da situação.

Droga, como um almoço inofensivo se tornou tão vergonhoso?

Ah, certo, eu esqueci! Eu sou eu no fim das contas.


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Notas finais do capítulo

Ayn gente, quem não queria uma sogra como a Astoria??? KKKKK' No próximo capítulo eu pretendo mostrar um pouco mais do Draco, então não se preocupem com o fato de ter tido pouco dele!

CINCO COMENTÁRIOS ATÉ O BÔNUS *O* Eu espero que quando eu for postar o próximo já tenhamos todos os 300 comentários! Assim postarei o bônus junto com o capítulo! >
XOXO >> Angie *--*