Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 40
Lágrimas em falso


Notas iniciais do capítulo

HELLO! Aqui estou eu de novo depois de muito esforço! KKK' A minha inspiração realmente não estava colaborando com LAMN! Mas eu já tenho planos muito loucos para o próximo capítulo e.e KKKK' Espero que gostem do capítulo e espero que a demora tenha valho a pena!

Boa leitura amores!

XOXO >> Angie *-*



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P.O.V: Rose.

— Louis, eu estou BEM! — Louis não para de me seguir desde que descobriu que eu e Scorpius estamos namorando de forma oficial, ou seja, fazem quatro dias que estou aguentando suas faladeiras sem fim.

Aparentemente o meu primo achou tempo para se preocupar comigo e encher o meu saco sobre o meu mais novo relacionamento.

— Rose, estou falando, isso não está cheirando bem! Me escuta, esse cara “se apaixonar” por você de uma hora para a outra é muito suspeito! Ele veio se aproximando como quem não quer nada, em um dia estava te xingando inteira e no outro te chamando de meu anjo? Não acha isso suspeito? — ele continuava a insistir.

Bufei alto e parei de andar, apertando com força as bordas dos meus livros já com raiva.

— Louis, demoraram semanas até ele conseguir me convencer disso, não foi de um dia para o outro. Porque te incomoda tanto que eu esteja feliz uma vez na vida?! Por uma vez está tudo absolutamente bem comigo! Você não pode apenas ficar feliz por mim?

O olhar dele suavizou no desespero de antes e ele negou.

— Rose, eu prezo pela sua felicidade! Eu juro que o que eu mais quero é ver você feliz, mas não se essa felicidade toda for se transformar em dor depois. Só estou tentando te proteger dele, só isso. Não quero que se machuque, Rosie. E você sabe que ele é especialista em machucar garotas.

Respirei fundo.

Ok, dá para entender, Scorpius era mesmo um galinha filho da mãe e até mesmo eu riria da cara de uma pessoa se ela me dissesse que um dia eu namoraria logo ele. Mas as coisas mudaram de verdade, ele parece diferente e acho que eu também mudei um pouco. Estou com o pé um pouco atrás, eu não sou tão idiota assim, mas tenho que admitir que ele está conseguindo: meus sentimentos estão crescendo cada vez mais.

— Louis, eu estou bem, te juro, ok? Estou me cuidando, não se preocupe, vou ficar bem. — fiz de tudo para soar mais delicada.

Ele respirou fundo e me olhou meio triste, como se quisesse muito que eu mudasse de ideia. Encarei seus olhos azuis por um instante antes de suspirar.

— Estou bem. — insisti. — Como andam você e Lorcan?

Ele esfregou a nuca.

— Difícil, acho que está no fim...

— Mas porquê?

Voltamos a caminhar lado a lado.

— Ah, sabe... Não sei, ele anda muito distante e disse que sou eu quem estou me afastando, talvez eu esteja mesmo, não sei.

Assenti e suspirei.

Eles estiveram juntos por tanto tempo, eu imagino o quanto ele deve estar sofrendo com esses problemas repentinos. Os dois acima de tudo eram melhores amigos... Deve ser horrível. Notei os olhos dele marejando e o abracei sem pensar em muita coisa. Louis esteve aqui por mim quando eu estava com aquelas dúvidas malditas, ele me aconselhou da forma que achou que seria melhor e eu não posso condená-lo por isso. Ele sempre só quis ajudar.

— Sinto muito, Lou. — sussurrei e ele me apertou um pouquinho.

— Obrigado.

Nos afastamos um pouco e logo senti alguém envolver minha cintura por trás; senti um peito forte as minhas costas e um cheiro de menta invadiu minhas narinas. Eu nem precisei olhar por sobre o ombro para saber que era Scorpius ali.

— Delacour, o que quer com a minha garota? — a voz de Scorpius soou firme e o olhar de Louis se tornou duro para ele.

Rolei os olhos e me soltei dos braços dele.

— Ele é meu primo, Scorpius, vê se abaixa o tom. Vai me repreender por conversar com Alvo também? Por que lá no seu salão comunal tem um monte de garotas se jogando sobre você e eu não falo nada.

Os olhos verdes de meu namorado caíram sobre mim e sua expressão se suavizou.

— Desculpe. — murmurou a contragosto, desviando o olhar.

Olhei para Louis com um pedido de desculpas estampado em meus olhos e ele apenas negou como se não fosse nada.

— Eu vou indo, depois nos falamos. — ele avisou e nem me deu tempo de assentir, apenas já foi andando.

Olhei para Scorpius irritada e ele me devolveu um olhar inocente.

— O quê?! Vocês estavam se abraçando! E ele pegou na sua bunda!

— Ah, me poupe. — bufei e firmei os livros em meus braços, já andando na frente.

Louis está com problemas e parecia que estava precisando desabafar, então vem esse imbecil que eu chamo de namorado e me estraga tudo. Qual é o problema dele afinal?! Malditos ciúmes. Além de que Louis é o meu primo! Imagina se eu estivesse falando e abraçando Lysander? Ele provavelmente chegaria socando o menino.

Rosie... — o loiro irritante me chamou. Odeio como sua voz soa quando ele me chama assim. — Espera! Desculpa!

Suspirei e parei de andar, olhando para ele.

O problema de tentar ficar brava com ele são os olhos. Benditos olhos cor de esmeralda! Eles brilham suavemente enquanto ele faz sua melhor expressão cachorrinho. Entretanto, não posso deixa-lo pensar que ficarei bem e o perdoarei facilmente todas as vezes em que ele fizer isso.

— Louis estava precisando conversar e você estragou tudo. Sabe, ele esteve aqui por mim antes de você e agora que ele precisa de mim, eu quero estar aqui por ele. Ele não pegou na minha bunda e nem nada assim, ele só queria um ombro amigo, Scorpius. Precisa entender que eu não sou sua propriedade, eu sou sua namorada. Precisa confiar mais em mim, eu nunca deixaria ninguém me tocar de forma indecente ou inapropriada. Eu sou fiel. — mantive a minha voz num tom normal, calmo e suave.

Acabando o meu pequeno discurso, o loiro me fitou por longos momentos e um leve sorriso repuxou o canto esquerdo de seus lábios finos. Um sorrisinho... satisfeito.

Ele pegou a minha mão direita, pegando os meus livros e os sustentando em um só braço, usando a mão livre para ir puxando a minha cintura. Recuei tentando mostrar que ainda estava brava e ele me roubou um selinho, o que me deixou com uma pequena careta.

Ele riu brevemente.

— Essa é a minha garota. — ele disse, me surpreendendo.

Olhei para ele e ergui uma sobrancelha.

— Oi?

Ele deu de ombros e pegou a minha mão, dessa vez eu não recuei.

— Você está certa, eu fui um idiota. É bom saber que você continua me dando seus pequenos sermões.

Eu ri brevemente.

— Você acabou de admitir mesmo que foi um idiota?

Ele firmou os livros em baixo de seu braço e sorriu convencido.

— Um idiota sexy, gostoso e muito, muito charmoso.

Assenti.

— Modesto também. — eu ri e fomos indo para o Salão Principal tomar café da manhã.

Sim, eu acordei mais cedo do que o usual só para ler um pouco. Acabei me atrasando um pouco em História da Magia e precisava colocar tudo em dia. Afinal, eu gosto de todos os meus “O’s” e pretendo mantê-los. Ao chegarmos lá, o pessoal ainda estava abrindo suas cartas e tudo mais. Dei um beijo na bochecha de Scorpius e fui me sentar perto de Lily. Todos murmuravam baixinho, mas assim que cheguei, o silêncio reinou naquela parte da mesa.

Olhei para todos com uma sobrancelha erguida.

— Oi? Alguém morreu? — brinquei e tomei um pouco de suco de abóbora.

— Hã... Acho que está prestes. — James disse e uma certa curiosidade me tomou.

Deixei o suco em cima da mesa e olhei para Lily.

— O que foi?

Ela mordeu os lábios receosa e me entregou um envelope branco... com a letra da minha mãe.

Meu olhar se direcionou para meu irmão. Afinal, sempre que eu recebia uma carta, ele também recebia. Era sempre assim quando estávamos chegando nas férias de Natal, mas ele apenas negou lentamente, fazendo o meu coração disparar.

Por Merlin... isso não é bom, não é bom mesmo. Uma carta só nunca é bom! E se eles souberem do que houve na boate? E pior: e se viram o vídeo?!

— Rose, você está pálida! Calma! — Lily esfregou minhas costas carinhosamente. — Vai ver que não é nada.

Abri a carta às pressas, ignorando seus confortos e comecei a ler.

“Rose Jane Weasley,”

Ah não, ela começou a carta escrevendo o meu nome todo... Ela sabe! Ela sabe!

Meus olhos se encheram de lágrimas antes mesmo de eu ler tudo e Jade se sentou ao meu lado.

— Hey, leia baixinho. — ela pediu.

Assenti e engoli em seco, começando a ditar:

— “Rose Jane Weasley,” — comecei e ouvi Hugo dizer “fodeu”. Não consegui continuar. Fechei a carta antes de ler tudo e baixei a cabeça, me levantando e saindo do Salão Principal.

E se ela souber? E se eles souberem? Imagina o desgosto deles? Eu não posso ler, não posso imaginar o enorme discurso que minha mãe deve estar dando.

Fui andando tão rápido que nem vi nada passar, quando dei por mim, estava na Torre do Relógio, sentada e encostada a parede, chorando como um bebê.

— Rose! — ouvi Scorpius e levantei o rosto, ele me avaliou por um instante e seu olhar se tornou triste ao ver as lágrimas quentes em meu rosto. — Hey, ruiva. — ele veio até mim e se ajoelhou na minha frente, enxugando as lágrimas com toques suaves. — O que foi? Por que saiu daquele jeito? Você me assustou.

Tirei o envelope do colo e mostrei a ele. Ele franziu o cenho e o pegou, o avaliando.

— É da minha mãe... — murmurei e seu olhar voltou para mim. — Geralmente nessa época sempre chegam cartas para mim e para o Hugo, mas ela mandou uma só para mim. Sempre que isso acontece é por que tem um assunto sério para ser discutido, e eu não consigo pensar em nada que eu tenha feito de errado, a não ser... Aquela maldita noite. — puxei meus joelhos para perto e enterrei o rosto neles, sentindo as lágrimas continuarem.

O calor de Scorpius mudou de estar a minha frente para o meu lado. Senti um braço dele ser passado a minha volta e sua mão acariciando meu cabelo.

Aquele breve momento de carinho teria despertado algo a mais em mim se eu não estivesse totalmente aterrorizada. Porém, me acalmou um pouco, saber que ele estaria aqui por mim.

— Rose, vai ver que não foi isso. — ele tentou.

Ergui o rosto e neguei.

— Ela começou com “Rose Jane Weasley”.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Você abriu? — assenti. — Rose, como você abriu a carta e só leu isso? Por que não leu logo tudo para acabar com o mistério?

— Você não entende. — meus olhos se encheram de lágrimas novamente e um aperto tomou o meu coração. — Eu gosto de chegar em casa todo ano com um boletim impecável e ver o olhar orgulhoso deles, de ambos. Gosto quando podem se orgulhar de mim. E isso... Aquela fita de vídeo e o que houve naquela noite... É a minha ruína. — minha voz falhou na última palavra e ele me apertou um pouquinho. — Eu não posso abrir essa carta já sabendo o que eu vou ler, eu não posso nem pensar nas palavras que ela usaria, no desgosto em cada uma delas. E pior... eu não posso nem pensar no olhar dela ao me ver no feriado. Eu não posso lidar com isso, Scorpius. A vergonha é demais. É humilhante demais. — solucei e ele pegou o meu rosto entre as mãos, enxugando as minhas lágrimas e me fazendo olhar para ele.

Aquela imensidão esmeralda de seus olhos me surpreenderam. Eu via um sentimento neles que não sabia decifrar muito bem, mas me pareceu culpa. Ignorei isso e apenas vi a compaixão ali, a vontade que ele tinha de me ajudar e a dor que sentia ao me ver chorando. Eu sabia que de alguma forma, isso o havia tocado. Ele sente a minha dor, ele me entende, talvez já tenha passado por algo parecido, não sei dizer. Contudo, fiquei grata que ele me entendesse.

— Rose, os seus pais te amam independentemente de qualquer coisa, tenho certeza disso. E talvez nem seja isso. Pode ser outra coisa, como você ter largado o quadribol ou a briga que rolou no corredor com o babaca do Dylan. E também, não foi um berrador, você não pode ter certeza, mas se for isso... Bem, eu estou aqui. — ele desceu a mão até a minha e enlaçou nossos dedos meio desajeitado. Suas últimas palavras soaram meio tímidas. Esses momentos não são bem a cara dele.

Eu sorri levemente com as três últimas palavras e o sorriso dele acompanhou o meu.

Respirei fundo e peguei a carta, olhando para ela decidida. Eu preciso saber o que está escrito aqui.

— Leia alto. — ele pediu e eu assenti.

— “Rose Jane Weasley,” — comecei como antes, tomando ar. — “Como você pôde ter escondido algo tão importante de mim e do seu pai?! Eu entendo que tenha escondido dele, mas de mim?! Pensei que soubesse que pode me contar tudo! Não importa o que seja!” — senti meu coração se esmagar e Scorpius murmurou para que eu continuasse. — “Estou absolutamente desgostosa com você no momento e extremamente chateada. Todavia, não posso negar que estou um pouco animada, é o seu primeiro namorado, afinal.” — arregalei os olhos.

— É o que? — Scorpius perguntou surpreso.

— “Eu e o seu pai decidimos que você deve chamar Scorpius para passar o feriado conosco. Já mandei uma carta a Draco e tenho certeza de que ele não irá se incomodar por seu filho ficar conosco alguns dias. Espero que me retorne o mais rápido que puder e espero que não tenha argumentos contra mim, já que eu não dei nada a ser argumentado. Assinado: Mamãe”. Ela quer...

— É, eu ouvi. — ele se deixou apoiar na parede, olhando para o relógio totalmente perplexo e então ele franziu o cenho. — Acha que devo usar roupas mais acolchoadas caso o seu pai tente me matar ou algo assim?

Pisquei ainda mais perplexa.

Eu não podia acreditar, bem, ela não exatamente nos deu alternativa e eu estou imensamente aliviada que eles não saibam, mas ainda assim... Eu nunca iria imaginar que Scorpius aceitaria de cara! Eu esperava alguns gritos incrédulos e um tipo de surto.

— Você vai?

— Ela não deu exatamente uma escolha a ser feita, Rosie.

— Não precisa ir se não quiser. — tentei.

Ele suspirou.

— Apesar do alto risco, uma hora vamos ter que passar por isso de qualquer forma, não é? Que seja logo agora. Temos muito o que resolver mesmo, já que o seu pai meio que... sabe... me odeia.

Eu gargalhei brevemente, o alívio reinava em cada músculo do meu corpo e me deixei relaxar contra ele.

— Você me surpreende cada vez mais, Malfoy. — sorri para ele.

Ele piscou para mim dando-me um olhar sexy.

— É parte do charme.

Rolei os olhos, mas o sorriso persistiu.

Eu não sabia o que vinha por ai. O feriado com certeza seria totalmente inconstante e cheio de surpresas, provavelmente surpresas que vão me fazer pirar.

Mas quer saber? Estamos juntos.

Isso me acalma, pois além de poder passar uma semana inteira com o meu namorado, correndo risco de vida, mas ainda assim... eu sei que no final vai dar tudo certo, desde que fiquemos juntos.


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Notas finais do capítulo

OPA! Vocês acham que eles vão aguentar a barra? KKKKK' Imaginem só o doce que o Ron não vai ser hein... e.e

Espero não ter perdido muitas leitoras pela demora! Eu sei que realmente tenho demorado muito com os capítulos, mas é que a outra autora, Ash, não está mais conseguindo escrever LAMN e eu travo frequentemente nas cenas em que eu não deveria travar! Então realmente não é preguiça e nem nada assim, eu realmente tento escrever LAMN, mas não é sempre que a criatividade funciona :/ Espero que tenham gostado do capítulo e eu realmente espero que logo eu possa postar mais!

Pequeno spoiler para vocês... esse feriado ai vai desencadear um bom "PAM" em Scorose e.e Comentem se vocês querem umas ceninhas mais quentes do Scorp e da Rose! Mas nada de querer hentai! KKK'

XOXO >> Angie *-*



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