Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 32
Verdades, mentiras e indecisões.


Notas iniciais do capítulo

Hello potterheads! Mals a demora povo lindo do meu coração! Acontece que eu tive um bloqueio criativo INCRÍVEL! Mas tá aqui o cap, acho que valeu a pena a espera... Tá todo mundo indeciso tipo: "AH MEU MERLIN Angie! O Scor é um filho da mãe ou não é?!", meus amores, o Scor é um filho da mãe, mas um filho da mãe bem confuso e ele nem sabe mais o que faz! Ele sente algo pela Rose, mas acho que ele está em negação como ela e está tentando concluir a aposta, então só lendo para ver o que dá!
Boa leitura amores! >> Angie.

P.S: O gif do cap é do Louis minha gente *-* Por que tão lindo?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433244/chapter/32

P.O.V: Rose.

Depois do meu pequeno surto de carência com Louis no armário de vassouras, eu passei a me tornar próxima dele de alguma forma, e parecia que Lorcan não estava muito animado por eu estar tomando um tempo considerável de seu inseparável namorado. Bem, eu até disse para Louis que se isso fosse complicar as coisas, ele não precisava andar comigo de um lado para o outro o dia inteiro, mas ele se negou e disse que logo a pequena crise de ciúmes passaria, contudo, eu não aguentava mais ter que ignorar o olhar fulminante do gêmeo Scamander as minhas costas durante as refeições.

— Ele ainda está olhando? — perguntei para Jade pelo o que me pareceu ser a décima vez.

Ela estava sentada ao lado de James, que por sua vez tinha um braço sobre os ombros dela. Eu ainda não tinha me acostumado com o fato de vê-los juntos 24 horas por dia e muito menos em entrar no Salão Comunal da Grifinória e pegá-los aos beijos (o que já aconteceu sete vezes).

— Está. — Jade afirmou após dar uma olhada discreta sobre o braço de James.

— Eu amo a tia Luna, mas vou seriamente azarar esse cara se ele ficar te olhando assim. — James vociferou.

Sinceramente? Não me parecia uma má ideia no momento. Me remexi incomodada.

— Isso é ridículo, você já está andando com o Lou a uma semana, e não é como se ele tivesse largado o Lorcan de lado totalmente. — Lily comentou e eu assenti.

— Bem, Lorcan não é o único a não tirar os olhos de você... — Jade insinuou indicando a mesa da Sonserina.

Eu claramente não precisava olhar para trás para saber de quem ela estava falando, passei a última semana evitando totalmente o Scorpius, e para a minha surpresa e alívio, ele na verdade estava respeitando o espaço, apesar dos eminentes olhares insistentes.

Eu sinceramente não sabia se deveria falar com ele ou não... eu quis distância dessa doninha por tanto tempo que quando consegui, pareceu quase surreal, porém, eu simplesmente não conseguia me conformar com o fato de que algo soava errado em tanta distância. Passei muito tempo me repreendendo por sentir algo a mais e talvez melhor do que o ódio usual e forçado entre nós, enquanto me parecia que ele abraçava isso cada vez mais. Não que eu possa confiar nele, me atrevo a dizer que conheço Scorpius muito melhor do que quase todo mundo por aqui e sei que ele pode enganar uma garota a ponto da mesma duvidar da própria sanidade, então como eu poderia abraçar tal sentimento se essa dúvida persistisse em minha cabeça? Eu não quero ser apenas mais uma que sofreu por ele, mais uma de suas conquistas... Apesar de ele não ter contado a ninguém sobre o beijo em Hogsmead, eu ainda não confiava plenamente que poderia acreditar nele.

A mentira e a verdade andam tão enlaçadas e misturadas que eu não posso mais distinguir o que é e o que não é.

ARGH! Sinto falta de quando era tudo tão claro como cristal, nos odiávamos e apenas isso, o mais puro ódio mútuo.

E ai você pergunta: mas Rose, você não estava se negando até a morte e dizendo que NUNCA sentiria nada a mais do que ódio pela doninha albina?!

Não é como se eu fosse me jogar nos braços do imbecil, eu não sou idiota e definitivamente não serei outro nome na enorme lista de conquistas dele, mas acontece que Louis Weasley é um belo de um conselheiro (apesar de não ter parecido muito no armário de vassouras) e depois de andar com ele por esse curto espaço de tempo, eu acabei desabafando tudo o que sentia e ele acabou me consolando e aconselhando de uma forma que me fez pensar em muitas coisas.

Eu não posso mais negar que gostei do beijo de Scorpius, céus, E QUE BEIJO! Mas acontece que me negar parecia a maneira certa de esquecer, o que é estúpido por que o quanto mais eu tento negar essas sensações, mais elas se agarram a mim de uma forma asfixiante, e ai do que me serve? NADA! Então eu apenas mantive a minha distância, ao menos assim eu evito senti-las, coisa que é impossível com ele me prendendo em um canto da escola e me tentando daquela forma totalmente irritante.

— Rose? — Lily perguntou estalando os dedos na frente do meu rosto e me fazendo acordar para a vida.

— Hã? — perguntei avoada.

Jade riu.

— Você não ouviu nada?!

— Ouvi o quê? — perguntei e Lily rolou os olhos.

— Esquece! Em quem estava pensando? Você parecia estar em outro mundo. — Jade comentou.

— Ninguém importante... — porém, eu olhei levemente sobre o ombro e encontrei o olhar de Scorpius, ele deu um sorriso tímido e eu apenas abaixei o olhar, voltando a imergir em pensamentos confusos.

Então de alguma forma comecei a pensar em Dylan, pois é, o ex da Jade que eu pensei (estupidamente) que poderia ser uma paquera descente, por Merlin, eu chego a me envergonhar de tal burrice! Enfim, o que aconteceu com Dylan nessa última semana? Ele já dormiu com metade de Hogwarts (a sala precisa anda muito frequentada) e a outra metade suspira a cada passo que ele dá. Depois da pequena disputa no corredor, dizem que ele roubou o título de Scorpius como o “pegador mais sacana” e deveria rolar algum tipo de rivalidade entre eles por isso, mas Scorpius anda estranhamente calmo e se limita a lhe mandar olhares fulminantes.

Na verdade, ele anda muito quieto esses dias, quieto demais...

(…)

P.O.V: Scorpius.

Dominique simplesmente não saí do meu pé com a coisa da Rose. É claro que eu não estou confundindo as coisas! Porém, odiar Rose Weasley têm ficado mais difícil do que nunca foi... Era tão simples, eu a odiava, ela me odiava, ponto. Droga de aposta, droga de acordo, droga de jogo, droga de beijo, droga de silêncio... E o pior é que ela está passando tempo integral com o mais santo dos Delacour's, pessoa que aliás me odeia como se não houvesse amanhã.

Então se passou uma semana sem absolutamente nada, sem provocações, sem apelidos irritantes, sem xingamentos, sem ameaças de um Avada a cada cinco minutos, sem detenção, sem...

Espera. Detenção!

Um sorriso travesso brotou em meus lábios e percebi o olhar de Dominique em mim, ela se inclinou para perto e sorriu de lado.

— Espero que esse seja o sorriso de uma ideia diabólica.

— Talvez. — falei ainda com o sorriso e olhei para Rose na mesa da Grifinória, ela surpreendentemente olhou por sobre o ombro e eu dei o sorriso mais tímido que pude achar no meu estoque, logo ela apenas baixou o olhar.

Hora de continuar.

Armei tudo com Dominique, ela foi até a McGonagall e entregou a coisa do uso de magia a uma semana, dizendo que Rose havia usado contra mim, uma mentira deslavada, mas serviria para nos colocar juntos na detenção. Não se passaram nem cinco minutos e a McGonagall já veio toda autoritária para cima de mim, dizendo sobre as regras da escola e blá, blá, blá... Enfim, ela chamou a pimentinha no meio do caminho e nós acabamos tendo que fazer um resumo de um livro ENORME sobre criaturas mágicas, coisa que não deixou Rose nem um pouco animada.

— Eu queria saber por que o imbecil do Dylan não está aqui! — ela exclamou com as bochechas vermelhas de raiva enquanto procurava o livro na biblioteca.

Eu sorri de lado, ela ficava estranhamente sexy quando estava nervosa, essa expressão de “má” no rosto e se movimentando de forma rápida, era quase engraçado de se ver.

Ela logo olhou para mim e bufou alto, colocando as mãos na cintura toda autoritária.

— O que foi agora?! Tem alguma coisa na minha cara, é isso?!

Eu ri e me aproximei, como usual ela ficou paralisada e eu sorri torto, passando o polegar em sua bochecha que agora eu pensava estar corada.

— Não, mas você devia procurar mais atentamente, Rosie. — falei e ergui o braço, fazendo com que ficássemos ainda mais próximos e ela suspirou baixo enquanto eu tirei o livro que ela procurava da prateleira e lhe mostrei.

Ela pegou o livro e sua mão ficou sobre a minha por um instante, instintivamente, eu me aproximei um pouco mais, a colocando contra a estante de livros e erguendo o livro de volta para a prateleira, onde aliás, ela não alcança pela sua altura baixa.

— O que vai me dar em troca? — perguntei.

Ela colocou uma mão em meu peito como se quisesse me afastar.

— Temos uma detenção a cumprir por que basicamente eu salvei o seu traseiro de se ferir, então você me deve uma. Vai se afastar ou não? Estamos perdendo tempo. — ela estava incrivelmente fria, me empurrou levemente e não me olhou nos olhos, coisa que eu estranhei por que ela soou séria e não irritada como estava a pouco.

Talvez fosse TPM, sei lá, apenas dei espaço e me inclinei novamente, pegando o livro e lhe entregando.

— Obrigado, agora eu dito e você copia, sem chances que vou te deixar se safar depois de me enfiar nessa droga de detenção.

Rolei os olhos, mas a acompanhei até um canto afastado onde estava mais quieto e nós nos sentamos no chão mesmo, ela foi ditando devagar e eu fui copiando de forma tediosa.

Eu tenho que dizer: Rose Weasley é a garota mais complicada que já conheci.

(…)

P.O.V: Rose.

— Isso é marmelada, esse cara é problema Rose. — Louis me falou pela 1267439546 vez.

— E você acha que eu fiquei uma semana evitando essa coisa por quê? Eu sei Lou, mas acontece que a McGonagall nos deu duas semanas de detenção, o livro é simplesmente GIGANTE, você não faz ideia! Passamos três horas hoje na biblioteca e eu já resumi algumas páginas em uma linha, mas parece que o livro não tem fim!

Louis bufou, nós estávamos sentados no campo aberto longe o suficiente da Floresta Proibida e quase perto de onde ficava a casa de Hagrid, de quem meus pais sempre falavam até não poder mais.

Eu caí deitada na grama e olhei o céu nublado.

— Tem alguma coisa errada, por que a McGonagall não deu nenhuma punição para o tal de Dylan?

Dei de ombros.

— Talvez tenha dado uma diferente, não sei Lou, não me pergunte. — bufei.

Louis se deitou ao meu lado e se apoiou no cotovelo para me olhar.

— Não acha que tem algo errado? Apenas não soa certo que você tenha caído numa detenção sozinha com ele.

Encarei o meu primo com aquela cara de quem realmente não está a fim de conversar agora. Ele fez uma cara de quem diz “O.K, não vou nem chegar perto” e se deitou cair de costas na grama.

Sinceramente, eu havia passado a tarde inteira com a doninha em meu encalce, ditando e repetindo palavras para aquela besta quadrada sem parar. Eu adquiri tanto conhecimento sobre criaturas mágicas que não cabe mais é nada na minha cabeça. Eu não estava feliz por ter caído na detenção logo com ele, como Louis disse, até por que eu tive que me esforçar MUITO hoje para resistir a aqueles olhos verdes... Eu só ficava repetindo a mim mesma: esquece Rose, ele é problema, ele é problema, ele é problema...

Por que, concordemos, Scorpius Malfoy é mesmo problema, e dos grandes. E sabe como dizem, eu sou apenas Rose Weasley, a garota certinha, somos completos opostos e eu só consigo me perguntar: por que, Merlin? O que eu te fiz? Por que eu tive que começar a ter sentimentos logo por ele? Centenas, milhares de bruxos espalhados por toda a parte, e você me manda ele? Acho que na vida passada, eu quebrei a sua varinha e não sabia!

Suspirei pesadamente e Louis se virou para mim novamente.

— Rose? Você está legal?

Olhei para ele com a minha melhor carranca.

— Ótima, divina, não está vendo o sorriso enorme no meu rosto?

Ele sorriu tristemente, mas logo esse sorriso se ampliou e se tornou algo mais preciso.

— Não... Mas vai ter! — então ele começou a me fazer cócegas de forma desesperadora.

Logo eu estava rindo que nem um hipogrifo engasgado e nós rolávamos pela grama enquanto eu tentava afastar Louis a todo jeito, mas o mesmo se mantinha grudado em mim e fazendo as cócegas insistentes em minhas costelas! Eu já estava sem ar, quando ele finalmente parou e eu lhe dei um tapa no ombro.

— Seu babacão! Odeio cócegas! — exclamei, mas não tinha jeito, não com o enorme sorriso que eu não podia apagar da minha face.

Ele riu e então nós estávamos numa posição meio constrangedora, depois de tanta “rolação”, estávamos consideravelmente perto da floresta proibida, ofegantes por tanto esforço de ambas as partes, e de repente me vi vidrada naqueles olhos azuis.

Não, ele não se aproximou, apenas ficou me olhando também, por longos e longos instantes de esquisitice, até que ouvimos uma voz:

— Louis.

Olhamos para cima ao mesmo tempo e vimos Lorcan, encarando a cena com um olhar um tanto triste, decepcionado, magoado. Quando Louis percebeu como estávamos, ele basicamente me empurrou para longe dele e se levantou as pressas, olhando para o gêmeo Scamander quase desesperado.

— Lorcan! Não é o que você...

Lorcan não o deixou terminar, ele apenas suspirou e começou a ir embora, e eu fiquei encarando a cena do chão, com os cabelos totalmente embaraçados e cheios de grama, enquanto Louis corria atrás dele e tentava explicar que tudo não passava de uma brincadeira.

Suspirei e me levantei sozinha, limpando as minhas vestes e tirando os pedaços verdes de meu cabelo que não estava nada embaraçado (sinta a ironia). Mas então, logo comecei a pensar que talvez estivesse sendo egoísta demais nessa história toda, “roubando” Louis para me ajudar com os meus problemas... Talvez eu tenha pensado pouco em Lorcan, em como deve ser quando uma pessoa antes tão presente, não está mais sempre lá e sim com sua prima louca.

Talvez eu devesse cuidar da minha vida, dos meus problemas e deixar Louis fora disso, afinal, isso foi apenas uma simples brincadeira e aparentemente vai lhe custar umas belas carrancas da parte de Lorcan, talvez até algumas discussões.

A culpa me atingiu em cheio, mas eu sinceramente gostava de passar esse tempo com Louis. Com Jade namorando James e Lily pegando um carinha desconhecido, eu acabava não tendo muito tempo com elas além das refeições e a hora de dormir, onde elas eram basicamente obrigadas a me aturar. Não queria perder Louis também... Mas acho que não podia mais ser egoísta assim.

Subi e peguei minhas coisas, entrando de volta em Hogwarts e indo direto para o salão comunal.

Por mais incrível que pareça, um tempo sozinha não me parece mais tão ruim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?? Heeeeiiin??? Conseguiram entender um pouco e tirar algumas dúvidas sobre o Scor?? Tadinha da Rose né gente... A coitada é "A CONFUSA" da história, por que né...

XOXO >> Angie!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Loucuras À Meia Noite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.