Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 31
Conflitos


Notas iniciais do capítulo

HEY! Primeiramente: GRAZY NUNES! UM BALDE DE PIPOCA, HIDROMEL, CHANTILI E NUTELLA PARA VOCÊ! HEHE' Viiu?? LEMBREI! HEHEE' E em segundo: eu acho que vão me apedrejar no final desse cap, por que uma coisinha vai voltar a tona... Acho que muita gente já tinha esquecido dessa treta, mas OKS! HEHE' Espero que gostem e NÃO ME MATEM!
XOXO >> Angie.



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P.O.V: Rose.

Eu estava indignada e Dylan parecia um tanto... Desapontado.

Mas bem, a desapontada sou eu aqui, por que eu DEFINITIVAMENTE VOU FICAR PARA A TITIA! MEU MERLIN! POR QUE?! POR QUE VOCÊ É TÃO CRUEL COM A MINHA PESSOA?! EU CUSPI NO LIVRO SAGRADO?!

— Só pode ser brincadeira. — soltei.

— Não é! Rose... — Jade começou, como se eu realmente não tivesse entendido.

— Já saquei Jade! Ele é o canalha do seu ex! Cara de pau dos infernos... — murmurei a última parte e comecei a caminhar para longe, eu sinceramente não via mais o que eu poderia fazer de bom ali no meio daquela bagunça dos carambas.

Como eu posso ter tanto azar? O único cara minimamente descente, que não é da minha família, não é meu inimigo e poderia ser uma nova possibilidade, de repente é o ex namorado de uma das minhas melhores amigas!

Senti alguém me segurar antes que eu pudesse sair, me virei e encarei Dylan.

— Hey, ainda vamos sair, certo? A coisa com a Jade foi no passado, não sou mais daquele jeito. — é, eu tenho que admitir que quando ele falou aquilo, com aqueles olhos castanhos me fitando tão profundamente, se eu não soubesse o que sei, teria cedido a tamanho charme. Mas bem, eu sei o que sei.

— Desculpe Dylan, mas não. — falei e tentei soltar meu pulso, mas ele insistia.

— Ah, vamos lá ruiva, você é a única garota a qual eu prestei atenção, me dê uma chance, você vai se surpreender.

— Eu não quero me surpreender! — exclamei, perdendo a paciência e tentei soltar o meu pulso, mas então outra pessoa o fez por mim.

Eu não vi muita coisa, um garoto alto me puxou para atrás de si e Dylan teve que me soltar, só o reconheci quando ouvi sua voz:

— Ela disse que não, oh babaca. — era Scorpius.

Sua silhueta forte e de repente rígida cobria minha visão parcialmente de Dylan, mas não totalmente, e eu pude ver a expressão de ódio que ele dirigiu ao loiro, apesar do mesmo manter uma expressão tão firme quanto. Já vi Scorpius lutando uma vez, e acredite, sarcasmo não é a sua única arma em uma briga.

— Ela pode falar por si mesma. — Dylan alfinetou, se aproximando em provocação.

— Segurar uma menina quando ela quer ir embora não é bem deixá-la falar por si mesma, e a Rose não é do tipo que você toca sem permissão. — Scorpius falou entre dentes.

Okay, uau! Scorpius Malfoy me defendendo numa discussão é meio que quase impossível, de onde ele saiu aliás?!

De repente comecei a pensar nas vezes em que esbarrei nele ou o vi me encarando de longe com aquela expressão meio fechada e séria. Logo caiu a minha ficha: Scorpius esteve me vigiando durante esse tempo.

— Eu ainda estou conseguindo a minha, então se me der licença. — Dylan falou e tentou empurrá-lo para o lado, mas Scorpius segurou o seu braço.

— Não vai tocar nela. — Scorpius falou ameaçadoramente.

Dylan riu, o que foi totalmente estúpido, eu não riria na cara de um filho de comensal da morte. Quer dizer, ex... Apesar de eu não acreditar muito. Meu pai sempre me ensinou uma coisa: uma vez comensal da morte, SEMPRE comensal da morte, e os Malfoy sempre estiveram envolvidos nas trevas até o pescoço.

— E quem vai me impedir? Você? — e esse foi um erro ainda pior, por que logo após, ele realmente empurrou Scorpius com força, fazendo o mesmo bater em mim de forma que eu cambaleei para trás.

Scorpius já avançou para cima dele com essa linda frase, lhe socando o rosto e lhe prendendo contra a parede, mas Dylan logo se soltou e empurrou Scorpius para longe, lhe dando um chute no estômago. Scorpius então foi revidar, mas Dylan sacou a varinha e eu olhei para o chão instintivamente, onde a varinha de Scorpius repousava, provavelmente ali graças ao empurrão. Me desesperei e não agi por mim mesma, entrando na frente de Scorpius com a minha varinha erguida, porém foi tão rápido que Dylan não pôde evitar o feitiço que lançou:

— ESTUPEFAÇA! — Dylan gritou com a varinha erguida.

— DIFLEXIO! — gritei contendo o feitiço e logo em seguida, gritei novamente: — EXPELIARMOS!

A varinha dele voou para longe e eu lhe encarei com certo ódio no olhar.

— Se eu fosse você sairia daqui enquanto posso, não sei se você sabe, mas usar magia contra colegas é proibido. E a diretora McGonagall não é de perdoar fácil. — ameacei e ele me olhou friamente antes de ir embora e catar sua varinha no caminho.

Várias pessoas começaram os muxoxos, eu nem havia notado que tanta gente havia se formado a nossa volta em tão pouco tempo, mas ignorei e peguei a varinha de Scorpius do chão, lhe entregando e logo depois lhe estapeando o rosto por não poder me conter, foi meio involuntário, mas eu não me arrependi.

— Nunca, absolutamente NUNCA MAIS, tente me proteger dessa forma. — dito isso eu me virei, mas ele me segurou.

O que há com esses garotos que não podem deixar uma garota fazer uma droga de saída dramática?!

— Você está se escutando?! Ele poderia ter feito alguma coisa com você! — Scorpius exclamou, seu rosto estava vermelho com o meu tapa, que até então eu não sabia que havia sido tão forte.

— Bem... — soltei meu pulso de seu aperto. — Como você pôde ver, eu posso me defender, e também eu não sou do tipo de garota que se deixa ser tocada sem permissão.

Me virei e dessa vez ele não me segurou, dei de cara com Jade e Lily, que olhavam tudo perplexas e Jade tinha sua varinha em mãos, provavelmente havia tentado ajudar no meio do conflito, mas não teve tanta sorte quanto eu.

— Desculpe. — falei para ela com um olhar arrependido e continuei minha caminhada.

Eu não sabia para onde estava indo, por algum motivo o dormitório de repente me pareceu longe demais e eu sentia uma urgência desumana de achar algum lugar fechado e onde os olhos não estivessem todos direcionados a mim. Pensei na biblioteca, mas também parecia longe demais, então quando achei uma porta qualquer no caminho, eu entrei ali e me fechei, finalmente deixando algumas lágrimas fazerem seu caminho sobre o meu rosto.

O por que de eu estar chorando? Nem eu sei muito bem, mas aquele aperto me subiu ao peito e eu não pude conter. Acho que o medo de ficar sozinha acabou dando nisso afinal, comigo chorando sozinha em um armário de vassouras e na companhia de alguns ratos, os quais eu estava abalada demais para notar. Isso deve ser culpa da TPM! Só pode! Ah Merlin... Eu seriamente preciso de uns chocolates, e sabe? Uma garrafa de Hidromel faria bem agora.

De repente, um baque forte soou na porta, como se algo tivesse batido contra ela e me dando um susto irreal, me fazendo gritar baixo e agudo, mas imediatamente colocar as mãos sobre a boca.Pena que eu não tive muita sorte (really?), aparentemente não foi algo que se chocou contra a porta e sim alguém, alguém de cabelos loiros e alhos azuis, que me olhou com preocupação antes de adentrar o pequeno local.

— Rose? O que houve? — Louis perguntou, fechando a porta atrás de si.

Enxuguei as lágrimas imediatamente e neguei rapidamente, arrumando qualquer desculpa para estar ali.

— Me pediram... Hã... Algumas... Vassouras? — soou como uma droga de pergunta.

Louis sorriu de leve.

— Mentir não é o seu forte.

E realmente não era, eu me deixei escorregar na parede até o chão e coloquei o rosto entre as mãos.

— Eu sou patética. — eu quase queria rir da minha própria desgraça.

De repente, Louis escorregou para o meu lado e afagou meu cabelo.

— O que houve?

Levantei meu rosto cheio de lágrimas, senti minha boca tremer enquanto um soluço escapava pelos meus lábios.

— Eu vou ficar para a titia, Lou. Não vou achar ninguém decente que me queira! — exclamei e ele me olhou surpreso, mas me abraçou solidariamente e me deixou chorar em seu ombro.

— O quê? Isso sim é patético Rose, você é linda, inteligente, filha de dois dos integrantes do Trio de Ouro, cada garoto de Hogwarts mataria por um encontro com você.

— Bem, ninguém se matou até agora... - acabei soltando, mas soou tão ridículo que fiz uma careta. — Esquece.

— Eu soube que quase se mataram ali no corredor.

Afastei minha cabeça de seu ombro e olhei para ele assustada.

— VOCÊ JÁ SOUBE?! Mas eu não fiquei nem cinco minutos chorando minha desgraça! Como você soube?! — indaguei perplexa.

Ele deu de ombros.

— Encontrei Lily no corredor.

Apertei os olhos. Lily simplesmente NUNCA podia conter a boca! Apesar de que com o tanto de pessoas que estavam ali em volta, nesse momento todos já deviam saber sobre o pequeno incidente. Eu esperava seriamente que isso não chegasse aos ouvidos da McGonagall, Scorpius já tem umas infrações difíceis, brigar na escola não vai exatamente lhe render pontos.

Bufei e voltei a encostar a cabeça em seu ombro.

— Se eu sou tão cobiçada assim, por que nenhum cara legal nunca veio falar comigo? Eu sou uma nerd estranha e desengonçada, mal posso caminhar direito sem dar um tropeço ou topar em alguém no corredor. Devem rir de mim o tempo inteiro e você só está dizendo isso para me fazer sentir melhor, mas eu sei a verdade Lou, ninguém me olha, eu sou... invisível.

Louis bufou e pegou os meus ombros, me fazendo olhar diretamente para ele.

– Rose, eu acho que jogaram uma azaração em você! Sabe que esses dias eu quase entrei numa briga no salão comunal da Lufa-Lufa exatamente por que uns engraçadinhos estavam falando coisas sobre você? Lorcan ficou furioso comigo. Diziam que você era a maior gostosa e insinuavam um monte de coisas! Você deve ser a fantasia... — antes que ele pudesse terminar, eu tapei sua boca rapidamente.

— Se você disser a palavra com “s” eu nunca mais vou conseguir encarar um Lufano seriamente, por favor, sem detalhes. — avisei e fui soltando-o lentamente. — Me incomoda que pensem assim de mim, eu não sou uma vadia como a vaca da Domi.

Louis me encarou descrente, como se eu estivesse falando um absurdo.

— Claro que não é! Eu não quis dizer isso, é só que... — eu ri com a forma que ele estava se embolando nas explicações e palavras, o que fez ele sorrir levemente. — Ao menos consegui uma risada.

Sorri para ele.

— Obrigado Lou. — falei e o abracei novamente. — Senti falta da sua companhia, é bom ter um Lufano por perto.

Ele afagou as minhas costas carinhosamente.

— Se precisar de um conselho masculino ou simplesmente se cansar das garotas... Pode me procurar, tudo bem? Minha mão sempre está estendida para você. — sua voz soou amorosa e fraternal, o que me fez sorrir.

Louis sempre foi muito carinhoso e atencioso a todos os meus problemas, sua lealdade, paciência e sinceridade comigo faziam jus a casa a qual ele foi designado. Eu me sentia bem mais calma agora, a vontade de chorar havia passado e de repente me senti estúpida por tal coisa, talvez eu devesse apenas parar com essa obsessão de procurar alguém, já que não estava dando certo de qualquer forma.

— Tudo bem... Mas, Lou? — perguntei me afastando e ele passou a mão no meu cabelo.

— Sim?

— Me acompanha até o meu dormitório? — Senti-me corar ao lhe pedir isso, mas sabia que seria necessário. Eu nunca conseguiria lidar com todos os olhares sobre mim nesse momento.

Ele riu, mas assentiu e se levantou, oferecendo a mão para me ajudar a levantar, eu aceitei e ele me puxou para os meus pés, abrindo a porta e me acompanhando para fora.

Me senti mais forte com ele ao meu lado e ele foi conversando comigo normalmente, me distraindo com assuntos diversos, diferentes e me fazendo rir todo o caminho até o dormitório.

***

P.O.V: Dominique.

Assim que fiquei sabendo por Dylan (é, eu estou pegando ele, ele é gostoso e beija bem, qual o problema?) sobre o escândalo do corredor, eu já fui confirmando tudo o que aconteceu com outras fontes e em menos de dez minutos eu já sabia de tudo o que havia acontecido.

Andei furiosamente pelo salão comunal da Sonserina e pedi para meu querido primo Alvo chamar Scorpius em seus aposentos, o que o mesmo fez meio a contragosto.

Eu estava batendo o pé no chão com os braços cruzados e completamente impaciente quando Scorpius finalmente desceu.

— O que você quer, Dominique? — ele perguntou com uma cara de quem não estava no humor para isso.

— O que eu quero? — eu ri sarcasticamente. — Eu quero saber O QUE INFERNOS DEU EM VOCÊ! — gritei a última parte, mas tomando cuidado com o tom para ninguém nos ouvir, então o puxei para um canto afastado.

— Eu disse para você fazê-la se apaixonar por você e não para você sair se metendo em brigas por causa da cenoura podre! Se a McGonagall descobrir, com todas as suas infrações, ela provavelmente vai te suspender e o plano vai por água abaixo. Tudo isso por causa da vadiazinha com cara de nerd.

— Não fale assim dela. — ele vociferou e eu lhe olhei surpresa.

COMO ASSIM “não fale assim dela”?! ELA POR ACASO FEZ ALGUMA LAVAGEM CEREBRAL NESSE IMBECIL?! O QUÊ?! ELE AGORA ESTÁ SOBRE O EFEITO DA MERDA DA AMORTENTIA?!

— Não fale assim dela?! O que infernos há de errado com você?! — foi então que eu percebi no olhar dele, aquele olhar protetor, ciumento, defensivo. Aquele olhar que geralmente todos os garotos dirigiam a mim quando eu conseguia fazê-los de meus fantoches, como se pudessem se jogar da torre mais alta de Hogwarts se eu pedisse. — Por Merlin, você está apaixonado por ela?! POR ELA?!

Scorpius suspirou e se virou, dando as costas para mim. Mas acontece que ninguém, ABSOLUTAMENTE NINGUÉM dá as costas para Dominique Delacour.

Segurei seu ombro com força e o fiz me encarar.

—Olha aqui pequeno escorpião, — comecei, colocando um dedo em seu peito. — eu não dou a mínima para o que você sente por ela, okay? Trato é trato, então trate de cumprir a sua droga de parte. Eu quero Rose Weasley enterrada no fundo do poço, e se você mexer um dedo contra isso, eu te levo junto com a sua queridinha.

Ele tirou o meu dedo indicador de seu peito e me olhou firme.

— Eu estava encenando. — ele deu um sorriso maroto que me fez sorrir de volta por um instante. — Eu vou cumprir a minha parte, guarde as suas ameaças para outros, Domi. O plano está de pé e eu estou executando, ela está totalmente louca, você não soube? Ela me protegeu, sabe o que isso significa? Progresso. Em menos de dois meses ela estará rastejando por mim.

Olhei para ele em dúvida, esse sim era o Scorpius que eu conhecia. O vingativo e maldoso.

— Ótimo, continue assim. — falei com um sorriso macabro e saí de perto dele, o deixando ali.

Eu só esperava que ele não confundisse atuação com realidade, mas se confundisse... Eu estaria pronta para levá-lo a baixo também.


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Notas finais do capítulo

Alguém ai esperava essa vindo do Scor??? Quem quer jogar um Avada nele e no Dylan levanta a mão! o/ hehehehe' Domi-vadia apenas sendo Domi-vadia forever! E gente, quem tá super curtindo a amizade entre o Lou e a Rosie? Acho eles tão fofinhos *-*
XOXO>> Angie.