Big Girls Don't Cry (Hiatus) escrita por Izzyff


Capítulo 6
Annabeth - Não fomos devoradas por crianças.


Notas iniciais do capítulo

Então, eu sei! Eu demorei para postar, não foi? EU PEÇO MIL DESCULPAS POR ISSO, ESPERO QUE ME PERDOEM T-T
É que tipo, vem o final do ano, muita comemoração, uma escritora lerda, e aí o resultado é esse! Mas fiquem tranquilos! Já escrevi novos episódios para BGDC (Ótima em abreviações, batam palmas para mim)
AH! EU MEIO QUE ESTOU ESCREVENDO OUTRAS FANFICS, E AGORA VEM O MOMENTO DIVULGAÇÃO! VOCÊS GOSTAM DE AVENTURAS QUE ENVOLVEM ZOMBIES? ENTÃO, POR FAVOR, LEIAM A FANFIC DA MINHA AMIGA (E SENPAI) JÚLIA LERMAN! VOU DEIXAR O LINK AQUI!
http://fanfiction.com.br/historia/454444/Till_the_world_end
Sério, é uma ótima fanfic, e ela escreve super bem!
Mais uma vez, perdão pela demora, espero que não tenham abandonado minha fanfic! Ah sim! Outra coisa!
QUERIA MUITO AGRADECER A TODAS VOCÊS QUE COMENTAM, E AGRADECER EM ESPECIAL A UMA PESSOA!
Á (Á Caçadora), muito obrigada pela recomendação! VOCÊ NÃO TEM IDEIA DE COMO EU FIQUEI, TIPO, IMENSAMENTE FELIZ! MUITO OBRIGADA MESMO!

Ok, agora vou parar de tagarelar no meu teclado e deixar vocês lerem! Amo vocês



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Pensei que fosse morrer no exato momento em que as portas se abriram. Vi mães tentando em vão controlar seus filhos, e várias crianças correndo para perto das mesas, brigando uma com a outra. Que sorte que um balcão nos separava, ou teria sido pisoteada por alguma delas. Tentei impor alguma ordem naquilo tudo.

–- Atenção! Formem uma fila organizada!

Claro, não deu certo. Olhei para Piper, que estava completamente confusa. Quando aqueles Mc Lanches acabassem, e as crianças tivessem que esperar por mais, estaríamos fritas. Respirei fundo, e comecei a entregar. Em alguns segundos, vi criancinhas furando a fila.

–- Ei! Nada de furar fila! -- Tentei soar autoritária.

–- Você não manda em mim! -- Uma garotinha mostrou língua para mim.

–- Para o final da fila, ou não ganha Mc Lanche Feliz! -- Gritei.

Não devia ter feito isso. A menina começou a chorar de uma maneira, em que a mãe me olhou como uma psicopata, e saiu com a filha no colo. Ao longe, vi ela me mostrando língua novamente. E ainda queriam que eu trabalhasse com crianças.

Passou um bom tempo, e depois de uma tarde bastante dolorida, finalmente haviam pouquíssimas pessoas na fila. Já eram os últimos Mc Lanche no balcão também. Eles deveriam nos pagar muito bem por aquela tarde , com certeza. Olhei para Piper, e vi que seus lanches haviam acabado, e um menino fazia birra perto do balcão.

–- Mas, docinho... Espera só mais um pouquinho. -- Piper tentou ser simpática.

–- Não quero esperar! Quero agora! -- O menininho continuou fazendo birra.

–- Mas eu não tenho nenhum aqui. -- Senti Piper se controlando.

–- Eu quero agora! Agora!

–- Eu não tenho nenhum Mc Lanche Feliz aqui! Não tenho! -- Dessa vez, Piper gritou.

–- Sua vaca! -- O garotinha mostrou dedo para ela e saiu, chorando.

–- Você viu isso?! -- Piper me olhou, indignada.

Tenho que admitir que dei risada, enquanto a via torturar mentalmente uma criança de no máximo sete anos, e então, escutei um pigarro, e olhei para frente. O que vi foi um garoto de cabelos e olhos negros, pálido e de cabelos desgrenhados e bagunçados. Não aparentava ser uma criança, com toda certeza.

–- Hã, oi! -- Tentei ser simpática.

–- Oi. Cadê meu Mc Lanche Feliz?

–- Você quer um Mc Lanche Feliz?

–- Foi o que eu disse. "Cadê meu Mc Lanche Feliz?".

–- Quantos anos você tem?

–- Não te interessa. Pode me dar o Mc Lanche Feliz agora?

–- Não.

–- Me entrega logo essa porra de Mc Lanche Feliz! -- Ele alterou a voz.

Depois de um dia inteiro escutando desaforo de crianças, olhei para aquele garoto, a ponto de matá-lo, e então, uma garota bastante parecida com ele, só que com um rosto bem mais simpático sorriu para mim e se dirigiu a ela.

–- Nico! Seja um pouco mais educado! -- Ela o repreendeu.

–- Mas Bianca, eu só...

–- Sem "mas". -- Ela finalmente olhou para mim e estendeu a mão. -- Pode nos dar um Mc Lanche Feliz, moça?

–- Claro.

Fui incapaz de dizer que não. Acabei pegando, e a entregando. O tal garoto se sentou em uma mesa e começou a comer.

–- Tiveram um dia cansativo, não é? -- A garota disse, que presumi se chamar Bianca. -- Quer dizer, algumas crianças daqui são muito mal educadas.

–- Sabemos. -- Piper e eu dissemos em voz alta e clara. A garota sorriu.

–- Elas precisam de uma boa educação, com certeza! Por isso vou ser professora!

–- Espera, você vai para a faculdade esse ano também?

–- Ano que vem, na verdade. Vocês vão para a faculdade?

–- Sim, fomos aceitas como bolsistas! -- Comecei a contar.

Contei a ela toda a história, e a maioria dos planos que tínhamos. Bianca era uma boa ouvinte, e também muito simpática. Ela nos contou sobre morar sozinha com o irmão, Nico, e que tinha uma meia-irmã chamada Hazel, que entraria na faculdade também, junto com o namorado Frank. Ambos cursando arqueologia. Ficamos conversando por tanto tempo, que perdemos a hora.

–- Meu Deus, Piper! -- A cutuquei -- Temos que falar com o gerente!

–- E tirar essas fantasias estranhas! -- Piper completou.

–- Bianca, foi ótimo te conhecer! -- Falei e a dei um pequeno aperto de mão.

–- Eu concordo plenamente! E se quiserem me dar algumas dicas sobre a faculdade, eu tenho o endereço aqui!

Bianca nos entregou o papel e dei uma risada, quando mostrei para Piper. Ficava bem perto do nosso prédio, bastava apenas andar um pouco.

–- Somos praticamente visinhas! -- A entreguei nosso endereço também.

Nos despedimos amigavelmente dos dois, apesar de Nico não ter sido tão amigável, provavelmente por eu recusar lhe entregar seu Mc Lanche Feliz, isso as vezes deve magoar as pessoas, eu acho.

O gerente ficou bastante feliz com nosso desempenho, e nos recompensou com lanche grátis por um bom tempo. Piper e eu havíamos conseguido realmente um emprego, e durante a semana, só teríamos que aprender a atender, e tudo estaria bem. Além de tudo, havíamos feito amizade com uma garota muito legal, e, talvez, pudesse concertar as coisas com Nico se levasse um Mc Lanche Feliz para ele algum dia.

Estava tentando esconder, mas Piper acabou reparando que eu não estava apenas cansada, mas também incomodada com a nossa situação. Tudo bem que havíamos chegado fazia pouco tempo, mas quando as coisas não começam tão boas, dificilmente ficam melhores. Sei que soa negativo, mas a verdade é essa. Tentei desviar o olhar, mas já era tarde.

–- Annie? -- Piper me cutucou.

–- Se me perguntar se está tudo bem, eu paro de falar com você.

–- Ok então. -- Ela deu de ombros. -- Annie? O que há de errado?

Estava prester a argumentar sobre aquilo, mas decidi contar tudo de uma vez.

–- Nosso apartamento nem de longe é o dos sonhos, trabalhamos como atendentes do Mc Donald, Thalia e Reyna são babás, nosso dinheiro é curto para as coisas que temos que fazer, e ainda tem a faculdade, que começa logo! Talvez devêssemos mesmo ter ficado e--

–- Estranho.

–- O que é estranho?

–- Você é a mais determinada de nós todas, e agora está desistindo só porque as coisas não são como você quer.

Aquilo pareceu pesar em mim. Pensei em tudo que fiz para estar em New York até aquele momento. Dias de briga com meu pai, todo o esforço para me tornar bolsista, deixar um possível futuro com Percy. Abandonei tudo, e não podia simplesmente voltar tudo novamente e admitir que desisti, ter que ouvir todos dizendo que tinha tudo para dar errado, e apenas abaixar a cabeça e concordar. Ate porque, tinha orgulho demais para isso.

–- Talvez você esteja certa.

–- Escuta bem o que eu vou te dizer: Ninguém nunca disse que seria fácil. Estamos começando do zero, é claro que vão existir dificuldades! Annie, aqui é New York! Milhões de pessoas, milhões de sonhos! Se as coisas estão dando errado, só temos que fazer dar certo.

Fiquei calada por algum tempo, mas depois assenti, e dei um riso fraco.

–- Já pensou em ser psicóloga?

–- Não, valeu. Eu nasci para os palcos.

Voltamos para casa exaustas, e quando estávamos bem próximas do apartamento, conseguimos escutar os gritos de Thalia. Pobre criança a que estava com ela. Tivemos que subir correndo para evitar uma catástrofe. Assim que entramos, vimos uma cena bizarra: Um menino de uns nove anos encolhido no sofá, Thalia com um garfo apontado para ele ameaçadoramente, e Reyna segurando um prato de comida com uma mão, e o braço de Thalia com a outra.

Tenho até medo de descobrir o que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

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