Meu Snape escrita por Hawtrey
Notas iniciais do capítulo
Bom, eu não ia demorar tanto. Até demorei, mas quando ia postar descobrir o site fora do ar e fiquei acompanhando quase todos os dias, aguardando a volta e finalmente ele voltou.
Primeiro quero agradecer especialmente ao Naomi, é dele que ganhei a primeira recomendação para essa fic *-* obrigada de coração Naomi, não sabe o quanto feliz quando meus leitores expressão de tal forma o que sente por minhas histórias. =D
Segundo... esse capitulo não ficou muito grande, na verdade acho que está entre um dos menores que ja fiz, e na minha opinião, não ficou muito bem, mas decidi postar mesmo assim para não demorar mais (porque eu ia deletá-lo e começar tudo de novo), apesar disso, eu espero que gostem. Beijo a todos e boa leitura!
Horas já haviam se passado quando Hermione tentou, finalmente, abrir os olhos. Mesmo com a luz dificultando o ato, ela respirou fundo e os abriu. Primeiro não conseguiu enxergar nada com sua visão embaçada, depois percebeu que aquele não era seu quarto. Cama de casal, janelas grandes e complementadas por grossas cortinas, flores na mesinha de cabeceira e silêncio absoluto.
Onde ela estava? Ah sim... Mansão Snape.
Mansão Snape. Hermione arregalou os olhos e levantou-se imediatamente. As cenas do que acontecera a invadiram sem pena e institivamente levou uma mão a barriga, o medo tomando conta de sua mente.
― Ele está bem.
Hermione virou-se para olhá-lo. Lá estava Severo Snape atravessando a porta em passos lentos, seguindo até a cama sem deixar de encará-la.
― Ele? ― ela não pôde deixar de notar...
Mas Snape pareceu entender sua confusão, sentou-se na beirada da cama e respondeu:
― Ainda não é possível descobrir ao certo, estou apenas generalizando.
― Ah, entendo...
E novamente o silêncio. Aquele mesmo silêncio que mostrava que havia muito a ser dito, mas que nenhum dos dois desejava expressar em voz alta.
― Minha mãe ficou muito preocupada com você ― Snape disse subitamente.
― Sua mãe? ― Hermione não conseguiu esconder a surpresa. Intimamente queria que ele também se preocupasse...
― Ela nem me deixou cuidar de você devidamente, disse que eu só atrapalharia ― ele respondeu como se tudo isso se resumisse em um simples “sim”.
― Preciso falar com ela ― a castanha fez menção de se levantar, mas Snape a impediu.
― Não, deve descansar por enquanto. E ela não está em casa.
― Ela sabe o que aconteceu comigo?
Snape suspirou, como se não gostasse muito do assunto.
― Não é difícil saber. Sua gravidez é de risco e um cão enorme a atacou. Com certeza o menor dos problemas foi a aparição da criança.
― Helena! ― exclamou Hermione já afastando o cobertor ― Onde ela está? Está bem?
― Senhorita Granger...
― Mamãe! ― Helena entrara correndo no quarto e pulou encima da cama para abraçar a castanha, que expressou um enorme alivio ao vê-la ― A senhora está bem? Desculpa mamãe, eu vi sangue e...e fiquei com medo.
Vendo que a menina iria começar a chorar, Hermione simplesmente a abraçou e tentou acalmá-la.
― Calma... olhe, estou bem.
― Eu sei, eu vi papai cuidando de você, ele sempre faz isso ― Helena respondeu se levantando da cama e lançando um olhar divertido para Snape, que a olhou de forma que questionadora.
― Como foi que me chamou? ― ele questionou se aproximando.
― Papai ― a menina respondeu estranhando a reação do outro.
Hermione sentiu a tensão crescente de Snape e tratou de fazer o que sua mente ansiava em responder.
― Por que o chamou assim?
Helena desviou o olhar de Snape para Hermione e riu suavemente, respondendo:
― Porque você é minha mãe e ele o meu pai. O que deu em vocês?
Hermione engoliu em seco e ignorou aquela sensação estranha de que algo estava muito errado e tranquilizou a criança:
― Nada Helena, pode ir brincar.
Helena não esperou por mais e saiu correndo, fazendo o som de suas gargalhadas ecoarem por quase toda casa.
― Ah... faz muito tempo que não ouço risadas assim pela casa, anos mesmo ― era a voz de Eileen se sobressaindo.
― Depois desça para o jantar ― avisou Snape inexpressivo.
***
― O que achou do jantar, querida? ― perguntou Eileen docemente.
Pelo o que parecia a terceira vez em poucas horas, Hermione se perguntou como Snape saíra daquela doce e serena mulher...
― Estava maravilhoso Sra. Snape ― respondeu sem enrolação.
― Não mantenha formalidades, muito em breve será minha nora ― interviu a matriarca enquanto os elfos retiravam as louças do jantar ― Sou apenas Eileen para você.
Hermione sorriu sem graça e abaixou o olhar. Não queria expressar sua felicidade em enganar aquela bela mulher...como será quando ela descobrir que o casamento do seu único filho é uma farsa?
― Querida?
Ela voltou a erguer os olhos quando percebeu que a voz era de Eileen.
― Venha comigo, eu preciso lhe mostrar algumas coisas ― sua voz permanecia serena, mas seu olhar mostrava um certo divertimento.
― Mamãe... ― Snape repreendeu já suspeitando do que se tratava.
Eileen riu e tocou a mão do filho carinhosamente, dizendo:
― Por favor Severo... não tem o que temer.
A mulher riu suavemente e fez sinal para que Hermione a acompanhasse.
Nada fugia do resto da Mansão, até a decoração seguia o mesmo padrão, então Hermione tinha certeza de que, caso fosse morar ali por mais tempo, teria que se preocupar em conhecer muito bem o local.
Ambas seguiram por um corredor completamente igual aos outros até chegarem a porta que dava acesso ao porão. Eileen abriu a porta e continuaram o caminho descendo as escadas, Hermione estava cada vez mais confusa. Onde iriam? Qual seria o assunto?
― Não se preocupe querida, não vou mata-la ― garantiu a mulher ao ver a expressão assustada da castanha.
Hermione repreendeu-se mentalmente. Estava pensando somente o pior da situação, não podia fazer isso. Estava diante da sua futura sogra!
― Chegamos... ― Eileen abriu mais uma porta e Hermione perdeu o foco.
Ali estava uma sala completamente incomum em relação ao resto da Mansão, era bem iluminada e mais colorida, entrou e pôde facilmente ver brasões tanto da Grifinória quanto da Sonserina, estantes ocupadas com diversos livros e retratos, com duas mesas redondas separadas, sofás e poltronas individuais. Era uma sala enorme cheia de lembranças de Hogwarts. Ainda estavam na Mansão Snape?
― Esse lugar é maravilhoso... ― elogiou sem conseguir se conter.
― Obrigada ― agradeceu Eileen enquanto buscava um livro na estante ― Há vários lugares semelhantes a esse espalhados pela casa, mas esse aqui é especial ― ela pegou um livro e sentou-se no sofá ― É aqui que guardamos nossas lembranças.
Hermione sentou-se ao lado dela e percebeu que o livro que segurava era na verdade um pequeno álbum. Ela iria mesmo fazer isso?
― Aqui estão as únicas fotos de Severo tiradas até hoje ― ela empurrou o álbum nas mãos de Hermione ― Quero que fique com você.
A castanha arregalou os olhos. Não podia ficar com aquilo.
― Não, senhora Snape. Não mereço isso, são as únicas lembranças do seu único filho.
― Quantas vezes terei que dizer para me chamar apenas de Eileen? ― a mulher arqueou a sobrancelha, uma verdadeira Snape ― E não é porque esse casamento é forçado que as coisas mudam.
Hermione arregalou os olhos. Ela sabia.
― Você sabe?
― Ora, é claro que sei! ― Eileen riu, fazendo a garota se sentir mais aliviada. Estava fora de problemas ― E também sei do meu netinho.
E ali estava. A origem de todo aquele brilho alegre no olhar de Eileen Snape, o motivo dela estar ali naquela conversa, a fonte de uma esperança.
― Também quero que fique com isso...
Hermione olhou para baixo e agora via uma caixinha de veludo em suas mãos. Por um momento ficou sem ação, a ultima que ganhou guardava um anel de noivado de Severo Snape.
― É com essa herança de família que as Prince presentearam as noivas até chegar em mim. A família Prince termina oficialmente em mim, mas é em você que ela pode, de alguma forma, continuar como a família Snape.
Eileen abriu a caixa e pegou o lindo colar. Mesmo antigo ainda estava em perfeito estado. Era um tipo de brasão que lembrava muito o da Sonserina, mas a cobra, em vez de solitária, subia pela lança de uma espada e descansava a cabeça na bainha detalhada.
― Sei que lembra muito não só a Sonserina, mas também a Marca Negra ― ela adiantou-se e colocou o colar no pescoço da outra, que se mexeu apenas para tirar o cabelo do caminho ― Mas os significados são outros...cobra e espada, esperteza e força. Ele foi feito junto com um anel, com o mesmo símbolo, que agora pertence a Severo. Ambos os objetos possuem uma ligação, quando houver algo errado com o outro, irão saber ― afastou-se para fitar melhor a futura nora e conjurou um espelho para que a mesma pudesse se ver ― Ficou ainda mais lindo em você.
Hermione piscou algumas vezes para ter clara certeza do que estava vendo, o colar era de fato lindo, mas o que o espelho mostrava era muito mais que isso. Mostrava que sua vida ia mesmo mudar da água para o vinho.
***
O vento balançava as arvores e deixava um enorme rastro de folhas pela grama, mas nem o vento, nem o estranho tempo o ajudaram naquele momento. Logo que viu Hermione, Snape não pode se conter em olhar o colo da moça, onde descansava o colar da família. Ela não sabia, mas aquilo significava muito mais para ele.
― Descobriu algo sobre ela? ― Hermione perguntou.
Snape precisou de alguns segundos para voltar a realidade e pensar de quem ela estava falando. Então avistou Helena correndo pelo jardim, não tão longe de onde estavam.
Ele pigarreou para responder:
― Fiz algumas perguntas. O nome dela é Helena Jones, tem sete anos e não veio de mãos vazias ― ele mostrou a pequena mochila rosa que estava em suas mãos, gasta ― Abra.
Hermione sentou no banco do jardim e vendo que Snape a acompanhou, pegou a bolsa com cuidado e vasculhou, de primeira encontrou algumas roupas, que separou colocando-as do seu lado no banco. Ainda havia alguns pacotes de bolacha, uma boneca de porcelana meio suja e por fim dois pedaços de papel. Ela olhou com curiosidade para Snape, que a incentivou. Ela retirou os papéis e percebeu que se tratavam de fotos.
― Não pode ser.
Ela olhou para as fotos mais uma vez, desacreditando no que estava vendo. Na primeira foto estava um casal, a mulher de cabelos castanhos que estavam presos em um coque, sorria serenamente enquanto lançava olhares apaixonados em direção ao homem e entrelaçava suas mãos, o homem de cabelos negros que iam até os ombros beijava a mão da mulher e logo em seguida sua testa. Era uma simples foto bruxa que mostrava um casal apaixonado.
Não haveria problema algum se Hermione não estivesse vendo a si mesma ao lado de Severo Snape.
― Como...como isso é possível? ― gaguejou.
Mas Snape não tinha uma resposta, então apenas indicou que ela continuasse.
Hermione passou a foto em questão para trás e se deparou com uma cena ainda mais incomum: ela e Snape dançavam no meio de um jardim florido, mesmo com um bebê de mais ou menos um ano no colo de Hermione (que deveria ser Helena), a dança era graciosa e suave, e os sorrisos iluminados do casal tornava a foto ainda mais especial. Por instinto ela virou a foto para ver ser tinha algo anotado, e tinha.
― Família Snape...unidos pelo amor, abençoados pela vida ― leu em voz alta.
O silencio incomodo foi apenas momentâneo, Snape não gostava daquela situação.
― Não me pergunte como isso aconteceu, eu não tenho ideia... Não sei como isso é possível.
Hermione respirou fundo e fitou Helena, que ainda corria perto das árvores, tentando pegar as folhas no ar. As gargalhadas ecoavam até mesmo ali, em um lugar aberto e só povoavam ainda mais a mente de ambos. Quem era aquela menina? Como ela poderia ter eles como pais?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ai está pessoal. Comentem!
O proximo capitulo estará disponivel no sabado dia 31, isso é só uma prévia pessoal, acho que ele estará disponível bem antes disso.
Quem quiser tirar duvidas ou me xingar estou disponivel no facebook (é só me pedir o link por mensagem) ou correr atrás de mim no twitter (@kemewy)