Meu Snape escrita por Hawtrey


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu não ia demorar tanto. Até demorei, mas quando ia postar descobrir o site fora do ar e fiquei acompanhando quase todos os dias, aguardando a volta e finalmente ele voltou.

Primeiro quero agradecer especialmente ao Naomi, é dele que ganhei a primeira recomendação para essa fic *-* obrigada de coração Naomi, não sabe o quanto feliz quando meus leitores expressão de tal forma o que sente por minhas histórias. =D

Segundo... esse capitulo não ficou muito grande, na verdade acho que está entre um dos menores que ja fiz, e na minha opinião, não ficou muito bem, mas decidi postar mesmo assim para não demorar mais (porque eu ia deletá-lo e começar tudo de novo), apesar disso, eu espero que gostem. Beijo a todos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432644/chapter/4

Horas já haviam se passado quando Hermione tentou, finalmente, abrir os olhos. Mesmo com a luz dificultando o ato, ela respirou fundo e os abriu. Primeiro não conseguiu enxergar nada com sua visão embaçada, depois percebeu que aquele não era seu quarto. Cama de casal, janelas grandes e complementadas por grossas cortinas, flores na mesinha de cabeceira e silêncio absoluto.

Onde ela estava? Ah sim... Mansão Snape.

Mansão Snape. Hermione arregalou os olhos e levantou-se imediatamente. As cenas do que acontecera a invadiram sem pena e institivamente levou uma mão a barriga, o medo tomando conta de sua mente.

― Ele está bem.

Hermione virou-se para olhá-lo. Lá estava Severo Snape atravessando a porta em passos lentos, seguindo até a cama sem deixar de encará-la.

― Ele? ― ela não pôde deixar de notar...

Mas Snape pareceu entender sua confusão, sentou-se na beirada da cama e respondeu:

― Ainda não é possível descobrir ao certo, estou apenas generalizando.

― Ah, entendo...

E novamente o silêncio. Aquele mesmo silêncio que mostrava que havia muito a ser dito, mas que nenhum dos dois desejava expressar em voz alta.

― Minha mãe ficou muito preocupada com você ― Snape disse subitamente.

― Sua mãe? ― Hermione não conseguiu esconder a surpresa. Intimamente queria que ele também se preocupasse...

― Ela nem me deixou cuidar de você devidamente, disse que eu só atrapalharia ― ele respondeu como se tudo isso se resumisse em um simples “sim”.

― Preciso falar com ela ― a castanha fez menção de se levantar, mas Snape a impediu.

― Não, deve descansar por enquanto. E ela não está em casa.

― Ela sabe o que aconteceu comigo?

Snape suspirou, como se não gostasse muito do assunto.

― Não é difícil saber. Sua gravidez é de risco e um cão enorme a atacou. Com certeza o menor dos problemas foi a aparição da criança.

― Helena! ― exclamou Hermione já afastando o cobertor ― Onde ela está? Está bem?

― Senhorita Granger...

― Mamãe! ― Helena entrara correndo no quarto e pulou encima da cama para abraçar a castanha, que expressou um enorme alivio ao vê-la ― A senhora está bem? Desculpa mamãe, eu vi sangue e...e fiquei com medo.

Vendo que a menina iria começar a chorar, Hermione simplesmente a abraçou e tentou acalmá-la.

― Calma... olhe, estou bem.

― Eu sei, eu vi papai cuidando de você, ele sempre faz isso ― Helena respondeu se levantando da cama e lançando um olhar divertido para Snape, que a olhou de forma que questionadora.

― Como foi que me chamou? ― ele questionou se aproximando.

― Papai ― a menina respondeu estranhando a reação do outro.

Hermione sentiu a tensão crescente de Snape e tratou de fazer o que sua mente ansiava em responder.

― Por que o chamou assim?

Helena desviou o olhar de Snape para Hermione e riu suavemente, respondendo:

― Porque você é minha mãe e ele o meu pai. O que deu em vocês?

Hermione engoliu em seco e ignorou aquela sensação estranha de que algo estava muito errado e tranquilizou a criança:

― Nada Helena, pode ir brincar.

Helena não esperou por mais e saiu correndo, fazendo o som de suas gargalhadas ecoarem por quase toda casa.

― Ah... faz muito tempo que não ouço risadas assim pela casa, anos mesmo ― era a voz de Eileen se sobressaindo.

― Depois desça para o jantar ― avisou Snape inexpressivo.

***

― O que achou do jantar, querida? ― perguntou Eileen docemente.

Pelo o que parecia a terceira vez em poucas horas, Hermione se perguntou como Snape saíra daquela doce e serena mulher...

― Estava maravilhoso Sra. Snape ― respondeu sem enrolação.

― Não mantenha formalidades, muito em breve será minha nora ― interviu a matriarca enquanto os elfos retiravam as louças do jantar ― Sou apenas Eileen para você.

Hermione sorriu sem graça e abaixou o olhar. Não queria expressar sua felicidade em enganar aquela bela mulher...como será quando ela descobrir que o casamento do seu único filho é uma farsa?

― Querida?

Ela voltou a erguer os olhos quando percebeu que a voz era de Eileen.

― Venha comigo, eu preciso lhe mostrar algumas coisas ― sua voz permanecia serena, mas seu olhar mostrava um certo divertimento.

― Mamãe... ― Snape repreendeu já suspeitando do que se tratava.

Eileen riu e tocou a mão do filho carinhosamente, dizendo:

― Por favor Severo... não tem o que temer.

A mulher riu suavemente e fez sinal para que Hermione a acompanhasse.

Nada fugia do resto da Mansão, até a decoração seguia o mesmo padrão, então Hermione tinha certeza de que, caso fosse morar ali por mais tempo, teria que se preocupar em conhecer muito bem o local.

Ambas seguiram por um corredor completamente igual aos outros até chegarem a porta que dava acesso ao porão. Eileen abriu a porta e continuaram o caminho descendo as escadas, Hermione estava cada vez mais confusa. Onde iriam? Qual seria o assunto?

― Não se preocupe querida, não vou mata-la ― garantiu a mulher ao ver a expressão assustada da castanha.

Hermione repreendeu-se mentalmente. Estava pensando somente o pior da situação, não podia fazer isso. Estava diante da sua futura sogra!

― Chegamos... ― Eileen abriu mais uma porta e Hermione perdeu o foco.

Ali estava uma sala completamente incomum em relação ao resto da Mansão, era bem iluminada e mais colorida, entrou e pôde facilmente ver brasões tanto da Grifinória quanto da Sonserina, estantes ocupadas com diversos livros e retratos, com duas mesas redondas separadas, sofás e poltronas individuais. Era uma sala enorme cheia de lembranças de Hogwarts. Ainda estavam na Mansão Snape?

― Esse lugar é maravilhoso... ― elogiou sem conseguir se conter.

― Obrigada ― agradeceu Eileen enquanto buscava um livro na estante ― Há vários lugares semelhantes a esse espalhados pela casa, mas esse aqui é especial ― ela pegou um livro e sentou-se no sofá ― É aqui que guardamos nossas lembranças.

Hermione sentou-se ao lado dela e percebeu que o livro que segurava era na verdade um pequeno álbum. Ela iria mesmo fazer isso?

― Aqui estão as únicas fotos de Severo tiradas até hoje ― ela empurrou o álbum nas mãos de Hermione ― Quero que fique com você.

A castanha arregalou os olhos. Não podia ficar com aquilo.

― Não, senhora Snape. Não mereço isso, são as únicas lembranças do seu único filho.

― Quantas vezes terei que dizer para me chamar apenas de Eileen? ― a mulher arqueou a sobrancelha, uma verdadeira Snape ― E não é porque esse casamento é forçado que as coisas mudam.

Hermione arregalou os olhos. Ela sabia.

― Você sabe?

― Ora, é claro que sei! ― Eileen riu, fazendo a garota se sentir mais aliviada. Estava fora de problemas ― E também sei do meu netinho.

E ali estava. A origem de todo aquele brilho alegre no olhar de Eileen Snape, o motivo dela estar ali naquela conversa, a fonte de uma esperança.

― Também quero que fique com isso...

Hermione olhou para baixo e agora via uma caixinha de veludo em suas mãos. Por um momento ficou sem ação, a ultima que ganhou guardava um anel de noivado de Severo Snape.

― É com essa herança de família que as Prince presentearam as noivas até chegar em mim. A família Prince termina oficialmente em mim, mas é em você que ela pode, de alguma forma, continuar como a família Snape.

Eileen abriu a caixa e pegou o lindo colar. Mesmo antigo ainda estava em perfeito estado. Era um tipo de brasão que lembrava muito o da Sonserina, mas a cobra, em vez de solitária, subia pela lança de uma espada e descansava a cabeça na bainha detalhada.

― Sei que lembra muito não só a Sonserina, mas também a Marca Negra ― ela adiantou-se e colocou o colar no pescoço da outra, que se mexeu apenas para tirar o cabelo do caminho ― Mas os significados são outros...cobra e espada, esperteza e força. Ele foi feito junto com um anel, com o mesmo símbolo, que agora pertence a Severo. Ambos os objetos possuem uma ligação, quando houver algo errado com o outro, irão saber ― afastou-se para fitar melhor a futura nora e conjurou um espelho para que a mesma pudesse se ver ― Ficou ainda mais lindo em você.

Hermione piscou algumas vezes para ter clara certeza do que estava vendo, o colar era de fato lindo, mas o que o espelho mostrava era muito mais que isso. Mostrava que sua vida ia mesmo mudar da água para o vinho.

***

O vento balançava as arvores e deixava um enorme rastro de folhas pela grama, mas nem o vento, nem o estranho tempo o ajudaram naquele momento. Logo que viu Hermione, Snape não pode se conter em olhar o colo da moça, onde descansava o colar da família. Ela não sabia, mas aquilo significava muito mais para ele.

― Descobriu algo sobre ela? ― Hermione perguntou.

Snape precisou de alguns segundos para voltar a realidade e pensar de quem ela estava falando. Então avistou Helena correndo pelo jardim, não tão longe de onde estavam.

Ele pigarreou para responder:

― Fiz algumas perguntas. O nome dela é Helena Jones, tem sete anos e não veio de mãos vazias ― ele mostrou a pequena mochila rosa que estava em suas mãos, gasta ― Abra.

Hermione sentou no banco do jardim e vendo que Snape a acompanhou, pegou a bolsa com cuidado e vasculhou, de primeira encontrou algumas roupas, que separou colocando-as do seu lado no banco. Ainda havia alguns pacotes de bolacha, uma boneca de porcelana meio suja e por fim dois pedaços de papel. Ela olhou com curiosidade para Snape, que a incentivou. Ela retirou os papéis e percebeu que se tratavam de fotos.

― Não pode ser.

Ela olhou para as fotos mais uma vez, desacreditando no que estava vendo. Na primeira foto estava um casal, a mulher de cabelos castanhos que estavam presos em um coque, sorria serenamente enquanto lançava olhares apaixonados em direção ao homem e entrelaçava suas mãos, o homem de cabelos negros que iam até os ombros beijava a mão da mulher e logo em seguida sua testa. Era uma simples foto bruxa que mostrava um casal apaixonado.

Não haveria problema algum se Hermione não estivesse vendo a si mesma ao lado de Severo Snape.

― Como...como isso é possível? ― gaguejou.

Mas Snape não tinha uma resposta, então apenas indicou que ela continuasse.

Hermione passou a foto em questão para trás e se deparou com uma cena ainda mais incomum: ela e Snape dançavam no meio de um jardim florido, mesmo com um bebê de mais ou menos um ano no colo de Hermione (que deveria ser Helena), a dança era graciosa e suave, e os sorrisos iluminados do casal tornava a foto ainda mais especial. Por instinto ela virou a foto para ver ser tinha algo anotado, e tinha.

― Família Snape...unidos pelo amor, abençoados pela vida ― leu em voz alta.

O silencio incomodo foi apenas momentâneo, Snape não gostava daquela situação.

― Não me pergunte como isso aconteceu, eu não tenho ideia... Não sei como isso é possível.

Hermione respirou fundo e fitou Helena, que ainda corria perto das árvores, tentando pegar as folhas no ar. As gargalhadas ecoavam até mesmo ali, em um lugar aberto e só povoavam ainda mais a mente de ambos. Quem era aquela menina? Como ela poderia ter eles como pais?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está pessoal. Comentem!
O proximo capitulo estará disponivel no sabado dia 31, isso é só uma prévia pessoal, acho que ele estará disponível bem antes disso.

Quem quiser tirar duvidas ou me xingar estou disponivel no facebook (é só me pedir o link por mensagem) ou correr atrás de mim no twitter (@kemewy)