MIC 2 escrita por NT


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita, não consegui entrar na semana de novo, é final de semestre na facul e to atolada de coisas, mas é só mais essa semana, depois estou livre! aehauehauhae Então, sem enrolar muito, mais um capítulo quentinho pra vocês:
Boa leitura e divirtam-se!



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Capitulo 49 – Despedidas

Narrado por Isa:

A declaração do Lukas... tudo que ele falou, na frente de todos... eu acreditava nele, eu sabia que ele dizia a verdade, eu queria o seu amor, por mais inconsequente que aquilo parecesse, eu sentia. Esqueci tudo que o Vini tinha falado e me entreguei ao meu amor, voltamos para o chalé e nos amamos, outra vez. E foi maravilhoso.

De manhã Gio veio desesperada e disse que o Vini estava no hospital no Rio, voltamos correndo para lá e chegamos ao hospital. Entramos na sala de espera e a mãe do Vini estava lá.

– Mãe... - Gio chamou, elas se abraçaram.

– Filha... seu irmão... ele está muito mal. - a mãe da Gio falou chorando.

As duas estavam em lagrimas, Pedro consolava Gio, logo meus olhos ficaram cheios de água e o Lukas me abraçou. O médico apareceu.

– Senhora... - ele se dirigiu a mãe da Gio - Quem é ''Isa''? - O médico perguntou.

– Isa? – Amara, a mãe da Gio me olhou.

– Eu? - perguntei confusa.

– É. Isa e Lukas, ele está chamando esses nomes desde que acordou... mas ele está muito mal. - o médico disse.

– Somos nós, doutor. - me referi a mim e ao Lukas.

– Eu não devia deixar vocês entrar, mas cada vez que digo isso ele se altera mais e mais... vou levá-los até lá , mas por favor... não demorem... e tentem não alterá-lo mais. - o médico pediu.

– O que ele quer com a gente? – olhei para o Lukas ele também não entendia.

– Eu não sei amor, mas vamos lá.

Fomos até um quarto cheio de aparelhos que ficavam fazendo barulhos estranhos, entramos e o Vini olhou para mim, ele estava todo machucado no rosto e tinha gesso na perna nos dois braços e um negocio branco no pescoço, no rosto estava todo esfolado, como se sua cara tivesse sido esfregada no asfalto.

– Is.. Isa... – ele falava com dificuldade.

Olhei para o Lukas e ele fez um sim com a cabeça. Me aproximei da cama e o Vini com muita dificuldade pegou na minha mão.

– Fala, Vini. - eu pedi baixinho.

– O Lukas... ele te ama... me per... me perdoa, por... favor? - A voz do Vini era um fiapo, quase inaudível.

Aquilo me doeu, então era verdade, o Vini tinha feito de tudo para separar nós dois, o Lukas me ama, e eu não acreditei nele! Eu estava com raiva do Vini, mas também comovida. Ele estava falando a verdade, finalmente.

– Porque você mentiu? - pedi.

– Desculpa... eu só queria ser melhor que o Lukas... por favor me perdoa... eu queria você... mas ele te ama.

– Vini... - sussurrei.

– Lukas... vem... vem aqui... - Vini pediu agoniante.

O Lukas se aproximou da cama e o Vini continuou.

– Me perdoa, cara... eu não sei o que deu em mim... me perdoa irmão...

– Calma cara.. Está tudo bem.. eu te perdoo.

– Isa, me perdoa por estragar sua vida... por tanta mentira? Eu não posso ir sem ter o perdão sincero de vocês... por favor... – ele suplicava.

– Eu te perdoo, Vini, mas calma, você vai ficar bem. - falei com lágrimas surgindo.

– Eu sei que não vou ficar bem... chamem a Gio, minha mãe e o Pedro, por favor.

Lukas foi rápido chamar eles e eu fiquei com o Vini no quarto.

– Por favor, Isa... eu preciso do seu perdão... você não merecia... - Vini dizia.

– Eu te perdoo, Vini... fica calmo... – os aparelhos estavam apitando um pouco mais fracos.

Eles entraram no quarto.

– Mãe... cuida da minha irmã... Pedro... não a machuque... por favor... Gio... desculpa por todas as vezes que fui um idiota com você, maninha... - ele deu um quase sorriso. - desculpa por não ter ouvido você... eu amo vocês.

Todos no quarto estávamos chorando, os aparelhos enfraqueciam cada vez mais. Vini pegou na minha mão e na do Lukas.

– Me perdoem por favor. Vocês se amam, não deixem ninguém estragar isso. Perdão...

– Eu te perdoo, Vini. – falei sincera.

– Tudo bem, irmão. – o Lukas falou também um pouco emocionado.

Os aparelhos começaram a apitar sem pausas. O Vini fechou os olhos, Pedro correu chamar o médico e nós fomos rapidamente tirados da sala.

– Não! Vini! - Gio falou chorando.

– Filho! Não! – a mãe da Gio caiu sob seus joelhos no chão. – meu filho! Não! – ela chorava desesperada.

Gio abraçou sua mãe e Pedro a abraçou, a cena era muito triste, Lukas me abraçou e eu afundei meu rosto em seu peito. Nós chorávamos todos.

– Nós fizemos o possível, dona Amara... mas... ele não resistiu. - o médico disse ao sair da sala.

– Não! meu filho! – Amara chorava desesperada no chão.

– Meu Deus! - sussurrei.

– Ele... morreu... - Lukas falou sem acreditar também.

– Vini... – Gio chorava muito.

Ficamos um tempo no hospital consolando dona Amara e Gio, elas estavam desoladas. O Professor nos ligou pedindo noticias e eu contei tudo, a turma não tinha condições de ficar por lá, e o professor falou que todos voltariam.

O enterro de Vini seria no dia seguinte. Quinta-feira, dois dias antes do natal.

Voltamos para casa e contamos para os meus pais sobre o Vini, eles não acreditavam.

– Mas por que ele roubou uma moto e queria voltar para o Rio? - Meu pai perguntou tentando entender.

Olhei para o Lukas.

– Sei lá, tio. - Lukas deu de ombros.

– Nossa... que doido, porque o Vini fez isso, Imagina a Amara... nossa. - Minha mãe disse triste.

– Ela deve estar arrasada. - minha tia Gabi comentou.

– Sim... - respondi - mãe, nós vamos ficar lá com a Gio hoje a noite... elas precisam... o enterro é amanha...

– Ok, filha... amanha a gente se vê por lá.

Eu e Lukas subimos, tomamos um banho, eu peguei um vestido preto e meus óculos escuros, fomos para a casa da Gio. Chegamos lá e o Pedro atendeu a porta.

– Entra gente. - ele disse cabisbaixo.

Entramos e deixamos nossas coisas no quarto de hospedes. Gio estava no quarto chorando e a mãe dela também, descemos e ficamos na sala com o Pedro. Estávamos todos em silencio, a noite custou passar, demos remédio para a Gio e dona Amara, só assim elas adormeceram. Lukas e eu também custamos a dormir.

Acordamos na quinta e a casa estava num silencio absoluto. Levantei, coloquei a roupa para o enterro e o Lukas também usou um terno.

Ajudei Gio a colocar uma roupa, e a mãe dela também. Descemos e saímos, fomos de carro até o local onde seria velado o corpo. Ele não tinha sido velado durante a noite porque a pericia queria fazer algumas coisas ainda... então pela manha levaram o corpo para a capela. Logo chegamos e ficamos orando. A mãe do Vini já tinha tomado dois calmantes, Gio também, por isso elas parecia calmas, mas ainda choravam muito. Foi emocionante quando a turma da escola chegou, todos estavam de preto e muitos choravam, apesar de tudo, Vini era bastante querido, e todos eram amigos.

Fizemos as ultimas orações, Lukas pegou uma ponta do caixão, Pedro na outra, o Sr. Charles outra e o diretor da escola a quarta. Eles iam na frente levando o caixão e dezenas de pessoas iam atrás orando baixinho.

– Ave Maria, cheia de graça... – a multidão dizia, era isso que se ouvia em um fio de voz.

Chegamos ao cemitério e uma garoa fina começou, o caixão começou a ser colocado na cova e rosas brancas foram jogadas por cima. Cada aluno passava e jogava uma rosa, depois ia saindo calmamente e voltando para suas vidas. Claro que todos estavam tristes, mas a vida continua.

– Apesar de tudo, espero que Deus te perdoe, o meu perdão você já tem. – falei baixinho.

– O meu também. - Lukas falou com o braço em volta da minha cintura.

Ele me deu um abraço. O caixão já estava fechado, e já tinha uma lápide por cima.

– Você vai ficar com elas, mano? – Lukas perguntou para o Pedro.

– Sim cara... obrigado por tudo. - Pedro agradeceu.

– Se precisar da um toque.

– Valeu.

Lukas me abraçou e nós fomos saindo do cemitério. Gio e dona Amara estavam sentadas na grama, chorando, Pedro abraçou Gio e Amara também.

– Amor... eu te amo. - falei para o Lukas.

– Eu também te amo, muito.

– Você me perdoou de verdade?

– Sim, Isa. Eu amo você.

Lukas me deu um beijo, já estávamos longe do cemitério, pegamos o carro e fomos para casa.

– Lukas, se vamos continuar namorando... acho que precisamos contar para os nossos pais. - comentei.

– Eu concordo. - Lukas disse.

– Então quando?

– Domingo, agora o clima não é tão bom... a morte do Vini... domingo é natal e tudo vai ficar melhor.

Concordei com ele, voltamos para casa e a quinta passou devagar, não tínhamos animo para fazer nada, ficamos a tarde toda no sofá olhando alguma coisa na TV, a noite foi um pouco ruim dormir, mas consegui.


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Notas finais do capítulo

Contem-me o que pensam sobre esse capítulo nos comentários, fico muito feliz



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