MIC 2 escrita por NT


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita, desculpem não ter postado na terça, to atolada de coisas com o final do semestre e não consegui entrar a semana toda... Mas, cá estou eu agora trazendo mais um capítulo quentinho pra vocês!

Boa leitura e divirtam-se!



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Capitulo 48 – Declaração

Narrado por Lukas:

Eu não entendo o que está acontecendo, fui ao mercado e ela não falou mais comigo. Mas porque? O que aconteceu? O que eu fiz? Isso é TPM? Nossa! No avião ela nem olhou para a minha cara, no hotel não falou comigo, nem no caminho para o campo dos chalés! Sorte que eu sentei ao lado dela e o Sr. Charles disse que ficaríamos nas cabanas dos nossos colegas de banco. Tentei falar com ela na saída do ônibus, mas não deu, ela foi para a cabana que o Sr. Charles mandou e eu fui atrás. Cheguei lá e ela estava deitada na cama com os fones de ouvido e os olhos fechados. Eu queria abraçá-la, perguntar o que tinha acontecido, fazer carrinho, ter ela em meus braços, mas ela não estava nem aí! O que aconteceu afinal?!

Sentei ao lado dela na cama.

– Isa, me escuta. – tirei um fone de ouvido dela.

– O que foi, Lukas? – ela perguntou seca.

– O que está acontecendo, amor? Porque você está assim?

– O que está acontecendo? - ela me imitou de forma acusadora. - Nada! nada mesmo!

– Então porque você está assim comigo?

– Por nada, e me faz um favor? Me esquece, para de me chamar de amor! Acabou tudo! Se é que algum dia existiu alguma coisa!

Isa falou e aquilo entrou como uma faca no meu coração. Ela estava terminando comigo? Mas o que eu fiz?

– Amor... - tentei tocá-la.

– Chega, Lukas! Você não acha que já brincou de mais comigo? Pode parar com seu joguinho. Você já ganhou sua aposta.

Arregalei os olhos. Como ela sabia da aposta?! E... eu acabei com ela muito antes da gente transar!

– Hã? Como assim? Quem te falou da aposta?

– Ah... acabou de confessar... - ela suspirou. - Obrigada, agora eu me sinto mais lixo ainda! Saia daqui! – ela enfiou a cara no travesseiro e eu levantei atordoado, saí da cabana sem saber o que fazer, fui até a cabana do Pedro e da Gio. Bati e ele veio abrir.

– Cara... ela ficou sabendo da aposta... eu não sei como... - falei desesperado.

– Então existe mesmo essa maldita aposta, Lukas?! Como você pode?! Eu nunca imaginei que você fosse tão idiota! E você, amor? Sabia de tudo e não me contou nada? Nossa, como vocês são homens! Seus idiotas! Eu vou é ficar com a minha amiga, porque ela sim precisa de alguém com ela! - Gio falou e saiu batendo a porta com raiva.

– Amor! - Pedro chamou ela.

– Depois, Pedro! Depois. – Gio foi em direção a Isa.

– Desculpa cara... - falei ao Pedro.

– Entra aí e me conta o que aconteceu. - ele disse me dando passagem na porta.

Entrei e sentei no sofá, ele sentou na minha frente e eu comecei a falar com as mãos apoiadas no rosto e os cotovelos no joelho.

– Ela... ela... acha que eu transei com ela por causa da aposta... mas... não é verdade, eu acabei com a aposta, você sabe disso, mano... você sabe que eu amo ela. – eu não queria chorar na frente do Pedro, mas não aguentei, aquela dor era enorme e eu não conseguia falar sem meus olhos encherem de água.

– Calma cara! Eu nunca te vi assim. - Pedro pôs a mão no meu ombro me olhando angustiado.

– Eu amo ela! Eu amo, Pedro! E cada palavra dela... ela me odeia agora... eu não sei o que fazer.

– Eu vou falar com a Gio, a Gio vai contar tudo para a Isa, calma cara... fica aí hoje, a Gio está brava comigo, provavelmente ela vai querer ficar com a Isa. - Pedro falou tentando me consolar.

– Desculpa cara... não queria te dar problemas. - me desculpei.

– Relaxa mano. Eu vou lá falar com a Gio, fica aí e descansa.

– Ok.

Pedro saiu e foi falar com a Gio, acho que não adiantou muito porque ele voltou logo.

– E aí? - perguntei assim que ele entrou.

– A Gio disse que a Isa ouviu uma gravação.

– Uma gravação? Como assim? - perguntei confuso.

– Você dizia que ia pegar ela de jeito e não sei mais o que... - Pedro disse.

– Mas... mas... eu falei isso, mas isso foi quando o Vini me propôs a aposta, eu estava com raiva dele e disse que queria ela, eu não sabia que estava apaixonado, eu sentia atração, mas não tinha ideia que era amor cara! E... aquele filho da mãe! Ele deve ter gravado, ele pensou em tudo! Mas porque?

– Vai ver ele se apaixonou por ela e fez tudo isso. - Pedro falou como se fosse a única explicação.

– O Vini, cara, ele era meu irmão... como ele fez isso?! Quando ele ficou assim?!

– Eu não sei te dizer, também não entendo. Dorme aí hoje... A turma vai se reunir ali no lago depois, mas você não precisa ir, acho que a Isa também não vai.

–Valeu.

Pedro foi tomar banho, já estava escuro lá fora e o pessoal estava começando a se reunir em volta de uma fogueira, pela janela do chalé vi todo mundo rindo, o Pedro foi lá e ficou com a Gio, a Isa não foi, fiquei na cabana também.

No outro dia acordei e fui para a minha cabana, a Isa já tinha levantado e não estava ali, tomei um banho e coloquei outra roupa, saí da cabana e aquela vista me fez parar um pouco, o lugar era lindo mesmo. Vi a Isa sentada na beira do lago mexendo na água, linda, como sempre, mas ela estava triste. Eu ia ir até lá, explicar tudo, não fui. Grande homem mesmo! Tenho tanta coragem!

O dia passou e o professor reuniu todo mundo e falou que a noite nós iríamos ter uma balada. Achamos um pouco estranho porque estávamos no meio do mato, mas ele explicou que seria em uma cabana, dos donos do campo dos chalés, e que não iríamos só nós, mas varias pessoas da cidade, pediu responsabilidade e educação, aquilo até me animou um pouco, mas não o suficiente.

A tarde passou e a Isa voltou para a cabana e começou a se arrumar sem falar comigo.

– Isa, me escuta, por favor?! – falei pegando no braço dela.

– Escutar o que, Lukas? Desculpas esfarrapadas?! Eu não sei como não percebi isso antes! Você nunca teve coragem de me assumir de verdade! Sempre foi escondido. Você nunca teve coragem de contar para todos para não estragar sua fama não é? Ah, teve o beijo na formatura... mas com certeza era parte do seu planinho idiota e você conseguiu né? Me deixa em paz! - ela cuspiu as palavras em mim.

Isa entrou no banheiro e ligou o chuveiro, eu estava destruído. O que eu preciso fazer para ela entender que eu a amo? Gritar? Dizer pra todos que é ela e só ela que me faz feliz?! É isso?!

Me arrumei, coloquei uma calça jeans e uma blusa branca, baguncei o cabelo, passei perfume e ela também se arrumou, mas no banheiro. Saiu linda, perfeita, como sempre, ela usava um vestidinho preto com um cinto pink e saltos pink também, o rosto dela apesar de parecer triste era lindo... ela é perfeita.

Nossos olhos se encontraram e ela me olhou com uma cara tão triste que cortou meu coração. Isa saiu e foi até o ônibus, sentei ao lado dela.

– Acredita em mim, eu te amo. – falei olhando para ela.

– Lukas, já chega... o Vini me falou toda verdade. Eu sei que você propôs a aposta e que ele tentou acabar com ela.

– O que?! - Soltei uma risada irônica - Eu propus? Ele tentou acabar? - fechei meu rosto numa expressão fria. - Esse filho da mãe!

Eu não acredito! É ele quem está colocando essas coisas na cabeça dela!

– E você acreditou nele outra vez né?! – eu olhei para ela decepcionado.

– Eu queria muito acreditar em você, Lukas, mas eu vi as provas. Já chega.

Ela levantou e foi sentar ao lado da Lana. O Vini não estava no mesmo ônibus que nós, sorte dele, porque senão...

Chegamos logo na cabana dos donos e ela era gigante, tinha uma fila na entrada, varias gatinhas, mas eu estava sem cabeça, e eu só queria uma gatinha.

Logo entramos todos, e aquilo era de mais: o salão não era tão escuro como uma boate, mas era bem legal. Do outro lado do salão tinha uma escada que levava ao palco do DJ, estava tocando uma musica eletrônica e todos começamos a dançar, inclusive a Isa, o tempo passou e uma hora vi o Vini chegar nela, mas ela dispensou ele.

Pelo menos isso. - Pensei.

Ela quer que eu grite pra todos que a amo não é...?!

Começou a tocar uma musica um pouco mais lenta e eu atravessei o salão, subi no palco do DJ e falei com ele.

– Cara, eu preciso de uma ajuda...

– Fala parceiro. - O Dj disse amigável.

– É o seguinte... – expliquei um negocio para ele e ele concordou.

Ele me entregou o microfone e colocou a musica Talking to the moon para tocar baixinho. A nossa musica. Limpei a garganta e aproximei a boca do microfone:

– Meu amor, você está magoada comigo e não me dá chance de explicar nada – toda a turma olhava para mim, alias, todos olhavam para mim, a Isa também. – Estão tentando nos separar, colocando coisas na sua cabeça, inventando coisas. Aquilo que você ouviu, é mentira, - ela virou as costas e ia sair - Espera. – pedi, ela virou de novo. – Eu sei que falei aquilo, mas você só ouviu uma parte, ou por acaso você me ouviu falando que estava louco por você? Você ouviu a parte que não era eu que estava propondo nada? Ouviu quando eu disse que aquilo era idiotice? Não né... e você nem me deu chance de dizer nada... É tão difícil entender que eu te amo, minha menina? É tão difícil entender que eu mudei tudo por você? Você ouviu quando eu disse que a aposta estava acabada por que eu te amo? Ouviu eu dizer que se aquele idiota tocasse em você de novo eu o matava? Você ouviu? Você viu eu olhar para aquele porta retratos todas as noites antes de dormir? Me viu te dar um beijo todas as noites de madrugada? Isabella, eu te amo, é tão difícil entender isso? – eu falava aquilo emocionado e vi uma lagrima correr pelo rosto dela, entreguei o microfone ao DJ enquanto a musica ainda tocava e desci as escadas, fui caminhando até ela, ela estava paralisada. Parei na sua frente e olhei em seus olhos. – Eu estou brincando agora? – perguntei olhando para ela, ela mexeu a cabeça fazendo ''não''. A abracei forte.

Todos começaram a aplaudir. Peguei na cintura dela com uma mão e na sua cabeça com outra, nos beijamos, o beijo foi calmo, no embalo da nossa musica, depois foi aquecendo e ficando mais feroz. Era amor, saudade, desejo, tudo ao mesmo tempo.

– Eu te amo. Desculpa não ter acreditado? Desculpa... - Isa disse baixo.

– Minha menina, minha mulher, eu amo você. – sorri e passei a mão no rosto dela, ficamos um tempo ainda abraçados e a musica voltou a ser eletrônica. Nos beijamos muito e voltamos para o nosso chalé no fim da boate, como o restante da turma. Paramos na porta do chalé e nos beijamos. Peguei ela pela cintura e entramos, fiz fogo na pequena lareira do chalé e nós deitamos ali mesmo, num tapete todo peludo, tomamos chocolate quente e depois fizemos amor. Sim, amor, não sexo, porque com ela é isso que acontece, amor. Dormimos ali no chão, abraçadinhos.

Era quarta feira, acordamos com batidas fortes na porta do chalé, nos vestimos rapidamente e a Isa abriu a porta, era a Gio chorando. Ela abraçou a Isa.

– O que foi amiga! Fala! - Isa pediu vendo o desespero da Gio.

– O Vini... – Gio soluçava e chorava muito - o Vini...

– Fala, Gio! - Isa pediu de novo.

– O Vini, ele saiu ontem da boate quando viu que você e o Lukas iam ficar juntos, roubou alguma moto que tinha lá fora do salão e saiu por aí como louco! Ele estava voltando para o Rio, e...

– E...? fala, Gio! - Isa pediu alterada já.

– E um caminhão pegou ele com tudo!

– O que? - perguntei com o choque.

– O Vini... Ele está no hospital lá no Rio... mas ele está muito mal... a mãe ligou... eu vou voltar para lá... - Gio disse ainda desesperada.

– A gente vai também né, amor? – Isa me perguntou.

Apesar de tudo, o Vini estava no hospital... e a Gio.. a gente não ia deixar ela sozinha naquela hora...

– Claro que vamos. - respondi.

Arrumamos nossas coisa e falamos com o professor, ele nos levou até o aeroporto e nós voltamos. Chegamos no Rio e fomos direto para o hospital.


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Notas finais do capítulo

Contem-me o que acharam do capítulo, fico muito feliz em responder os comentários sempre *---*

Beeijão!



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