Capitulo 45 – Noite da Formatura

Narrado por Isa:

Gio chegou e eu desci para atender, ela entrou com uma mala de roupas. Mais prevenida do que ela impossível.

– Vai morar comigo e eu não sei? - perguntei e ri.

– Sim, estou de mudança. - ela riu.

– Vem, vamos subir...

Subimos e começamos nossa arrumação, era a nossa formatura e queríamos estar lindas.

– Com que roupa você vai?

– Esse vestidinho aqui, e você? – Mostrei meu vestido e ela o dela.

– Eu vou com esse aqui. – Era muito lindo, cairia bem nela.

Nossas roupas eram realmente legais, e os acessórios também.

Eu tinha comprado um vestido preto básico e a Gio um meio acinzentado, tomamos nossos banhos e depois começamos a nos arrumar, a maquiagem estava linda, destacando nossos rostos, eu fiz uma trança no cabelo dela desde a raiz de cima e ela fez uma trança no meu mais leve, prendi com uma pequena flor branca. Ficamos realmente, muito, muito lindas mesmo, já eram quase oito horas quando descemos, os meninos estavam sentados no sofá e assim que pisamos na escada os dois ficaram de pé, de boca aberta, literalmente.

– Nossa cara, como ela está linda! - Lukas disse.

– Como a minha Gio está linda! - Pedro falou.

– Me segura cara, eu vou beijar ela na frente do tio... - Lukas falou e eu me arrepiei.

– Para Lukas. - Pedro riu.

– É sério homem, ela está muito gata! Ela é muito gata!

Paramos no ultimo degrau e os meninos estavam lá nos olhando como bobos ainda.

– Lukas, fica de olho na Isa tá? – meu pai piscou para o Lukas, mas o Lukas nem viu, ele não parava de me olhar, eu fiz um sinal para ele acordar e ele se ligou que meu pai tinha falado com ele.

– Hã? Ah, ta... Sim... Pode deixar tio, não vou tirar o olho dela. - Ele sorriu. - Ah, a gente vai dormir na casa do Pedro depois tá família? É que é pertinho do salão...

Nem eu, nem Gio e nem Pedro entendemos, não tínhamos combinado nada mais cedo.

– Tudo bem, mas juízo hein. - Meu pai sorriu.

Meus pais e meus tios saíram da sala rindo.

– Boa noite, filha... - Minha mãe disse.

– Obrigada mãe. - Eu sorri. - Sei que vai ser.

Pedro pegou Gio pela mão e a abraçou, depois deu um selinho nela e eles foram indo na frente. Eu fiquei com medo que o Lukas me agarrasse ali mesmo e saí rápido atrás deles. Lukas fechou a porta da casa e me puxou, me virei e imediatamente nossos corpos se colaram num beijo caloroso.

– Vamos, amor, hoje a noite é nossa. – eu falei e pisquei pra ele.

– Eu te amo, minha linda. - Lukas sorriu torto, meu sorriso perfeito.

Ele me segurou pela cintura e girou duas vezes, depois entramos no carro e fomos para o salão. A formatura começaria as oito e quinze e já eram oito e vinte quando chegamos, todos já estavam no salão. Gio e Pedro entraram primeiro e foram descendo as escadas, logo em seguida entramos eu e Lukas, todos estavam olhando os atrasados chegarem, eu sorri para ele porque a vergonha era grande. Mas todos olhavam para nós, não por causa de nosso atraso, e sim porque estávamos deslumbrantes, principalmente eu e Gio, na escola a gente nunca ia cheia de maquiagem na cara, a maioria das meninas que eram consideradas lindas e perfeitas enchiam a cara de tudo quanto é coisa, e na formatura quase pareciam normais, não se notava grande diferença além das roupas novas, eu e Gio não, nós estávamos muito bem.

Chegamos eu e o Lukas no final da escada e ele me olhou e pegou pela cintura, eu olhei em seus olhos.

– Amor, está todo mundo olhando. - Falei baixo.

– Você está muito linda! Você é linda! – Ele sorriu e nós fomos sentar na mesa com Gio e Pedro.

O Diretor começou a falar do palco.

– Hoje é um grande dia para estes cinquenta alunos. Estão se formando. Conseguiram completar a primeira etapa de sua jornada adquirindo conhecimento, agora é só seguir em frente e ir a luta, sempre de cabeça erguida, mas com mais responsabilidade. Boa sorte em seus caminhos, e esperamos que todos sigam suas vidas e que os laços feitos dentro da escola, as amizades, os amores, que cada lembrança seja eternizada dentro de seus corações, e que tudo isso possa servir de exemplo para seus filhos, num futuro próximo. Parabéns formandos do terceiro ano da escola Amorin Sabre.

Uma salva de palmas inundou o salão, nosso diretor era conhecido por isso, falar pouco e dizer tudo, alguns estavam emocionados, logo ele desceu do palco e o Sr. Charles, nosso professor regente e muito ''amado'' subiu ao palco e começou a falar.

– Bom, eu sei que a maioria de vocês me considera um carrasco – ele deu uma risadinha e nós concordamos - mas, eu também sei, que isso vai influenciar muito no caráter de vocês, não tenho muito a dizer, senão agradecer por vocês estarem se formando. Mais cinquenta alunos que a escola forma com sucesso e coloca no mundo, vocês são como filhos para nós e a escola como mãe, deseja sucesso e felicidade nos caminhos que seguirem. Parabéns terceirão.

Outra salva de palmas. Apesar de o Sr. Charles ser nosso carrasco mesmo, ele era uma pessoa muito boa, e realmente, ele ajudou muito no caráter de cada um. No pouco tempo que o conheci, pude ver que ele era uma pessoa maravilhosa.

Lana era a responsável pela oração dos dois terceiros anos, ela subiu ao palco um pouco emocionada.

– É, hoje acaba. Nosso legado, nossa primeira caminhada, acaba a vida das preocupações bobas, e começa a vida de responsabilidade, estamos entrando em um novo mundo, muitos irão se separar e talvez daqui a alguns anos quando nossos filhos pegarem velhas fotos e perguntarem ''quem são tais pessoas'' diremos: ''são nossos amigos'', pessoas que ajudaram a nos construir, cada um de alguma forma. Vamos lembrar os velhos tempos, lembrar de hoje e de cada palavra dita e sentiremos saudades, talvez uma lagrima caia dando vontade de correr para aquele antigo melhor amigo, dar um abraço e dizer como o tempo passou. Espero rever cada um de vocês daqui a alguns anos, não vou me separar de todos, até porque aqui eu, e cada um aqui presente, fizemos amizades para a vida toda, a escola é mais do que ‘escola’ em si, é a primeira lição, a primeira fase para um série de etapas, onde cresceremos e construiremos nossas vidas. Colegas, amigos, é o final e o começo de uma vida, hoje e agora.

Aplaudimos Lana, suas palavras eram o que sentíamos no momento. Ela ainda completou o discurso brincando.

– Sr. Charles, o senhor foi nosso carrasco e mesmo assim o nosso melhor professor. Agradecemos principalmente ao senhor, por cada bronca e por cada vez que disse: ''vamos, tente de novo, você consegue''.

Ela sentou e o diretor voltou a falar, chamando cada um para receber seu diploma, depois tiramos algumas fotos de recordação e o baile começou. Eu, Lukas, Gio e Pedro estávamos sentados numa mesinha, começou a tocar uma musica mais lenta, Pedro tirou Gio para dançar e o Lukas pegou na minha mão me levando para o meio da pista.

– Vem amor. – ele disse sorrindo.

– Não Lukas... Sério, eu danço muito mal... - falei envergonhada.

– Vem. - ele segurou minha mão.

Fui com ele até o meio da pista, Lukas pegou na minha cintura e eu coloquei minhas mãos na sua nuca, estávamos muito perto, ele colocou sua cabeça na minha e ficamos nos olhando enquanto a musica tocava, embalando nossos corpos.

– E hoje, eu já disse que te amo? – ele sorriu.

– Hum... sabe que não lembro? – sorri de volta.

– Eu te amo. - ele disse.

– Bobo.

– Linda.

– Metido.

– Gostosa.

– Pervertido.

– Safada.

– Eu ou você?

– Nós dois. - Lukas sorriu e eu também.

– Eu te amo, sabia? - falei toda boba.

– Eu sei. - ele disse se achando.

– Para seu convencido! - falei dando um tapinha de leve nele.

– Minha menina. - Lukas disse baixinho.

Ele parou e ficou me olhando nos olhos, eu sorri um pouco envergonhada e ele me beijou, ali na frente de todos, muitos estavam olhando, outros também se beijavam, o beijo dele me fez não pensar em nada, não me importar com nada nem ninguém. Eu queria ele, queria ser sua. Nada mais importou durante aqueles segundos em que seus lábios tocaram os meus.

Nos separamos um pouco, e continuamos dançando juntinhos sem nem olhar qual tinha sido a reação de quem observava, mas acho que ninguém teve um ataque ou crise por ver aquele beijo, tudo parecia normal. Ou vai ver, era o fato de que nada importava mais para mim.

– Onde a gente vai dormir? - perguntei lembrando da conversa com meu pai.

– Surpresa. - ele sorriu de lado.

– Ah, me conta? - fiz bico.

– Não. Eu preparei uma surpresa para você. – ele me olhou e eu deduzi o que era essa ''surpresa''.

– Eu estou pronta. – falei e ele me olhou nos olhos sorrindo.

– Eu te amo.

Continuamos abraçados, dançando coladinhos enquanto a musica ainda tocava.

O tempo passou rápido, já eram meia noite e meia.

– Vamos amor? Está tarde. - Gio chamou o Pedro.

– Vamos... Tchau pombinhos. - Pedro sorriu pra nós.

– Tchau. - Eu e o Lukas respondemos.

– Ah, vocês vão pousar lá em casa? - Pedro perguntou.

– Não. - Lukas riu.

– Beleza então... tchau.

Gio me deu um beijo na bochecha e foi.

– Vamos amor? - Lukas perguntou para mim.

– Vamos... só não sei para onde. - dei de ombros sorrindo.

– Vem comigo.

Saímos do salão e pegamos um táxi, ele falou para o motorista o endereço de um hotel de frente para a praia.

– Onde nós vamos, amor? – perguntei curiosa.

– Você já vai descobrir. - ele sorriu.

O motorista parou em frente ao hotel, Lukas pagou e desceu rapidamente do carro, abrindo a porta para mim. Eu sorri.

– Hum... temos um cavalheiro aqui.

– Por você eu sou cavalheiro e até ganho primeiro lugar em concurso de elegância. - ele sorriu torto.

– Ai, que bobo – falei e ri, ele me deu a mão e eu saí do carro.

Entramos no hotel, Lukas pegou a chave de um quarto e nós subimos até o ultimo andar do prédio. Tinha só duas portas naquele andar, entramos na da direita que era de frente para o mar. Quando ele abriu a porta meu coração acelerou.

O quarto estava iluminado a luz de velas, uma mesa com um lindo buquê de rosas vermelhas, no chão havia pétalas de rosas que iam até a cama redonda, mas a melhor de todas as coisas era aquela imensa lua em cima do mar, e seu brilho refletido pela janela do quarto. Eu olhei para ele emocionada.

– LuKas... eu... eu... não acredito. - sussurrei.

– é por você minha menina.

– Eu te amo.

– Eu também te amo.

Ele me deu um beijo cheio de amor, me abraçou e entrou comigo no quarto fechando a porta, trancou-a e me olhou nos olhos.

– Você tem certeza que quer? Podemos só dormir abraçadinhos... - Lukas sorriu.

– Toda certeza. - respondi.

Ele pegou o controle do som e ligou, a musica que tocava era Talking to the moon, do Bruno Mars.

Lukas me agarrou agora de um modo um pouco mais selvagem e me prensou contra a parede beijando meu pescoço, um calor gostoso percorria meu corpo, aquilo tudo que ele tinha feito, tudo por mim, ele era o amor da minha vida. Me entreguei aos seus beijos e correspondi tudo, ele me pegou no colo e me deitou na cama.

– Minha menina. - Sorriu passando a mão no meu rosto.

– Eu te amo.

– Você não vai se arrepender?

– Nunca.

Ele estava deitado por cima e começou a abrir o meu vestido delicadamente.

– Eu prometo que vou me controlar. – ele falou baixinho, eu sorri.

– Confio em você.

Comecei a tirar sua blusa e arranhar suas costas, ele estava delirando já.

– Amor... não maltrata. - Lukas pediu.

– Isso é por todas as vezes que você ficou me provocando ouviu? – falei sussurrando no ouvido dele, joguei ele no lado da cama e deitei por cima, fiquei olhando em seus olhos enquanto ele mordia o lábio inferior.

Posso não ter nenhuma experiência, mas quero que seja inesquecível, para mim e para você. - pensei para mim mesma com um sorriso leve no rosto.

Levantei e fiquei para por cima dele com as pernas abertas enquanto fazia alguns movimentos com os braços seguindo a musica. Lukas pegou minhas pernas e me fez sentar em cima dele, senti seu membro rígido abaixo de mim.

– Para de maltratar amor, por favor.

Eu vi que ele já não aguentava mais de excitação, comecei a tirar a calça dele devagar e joguei no chão, ele me segurou e deitou por cima de mim outra vez, sim eu estava com medo, nervosa e apreensiva, mas muito feliz e segura da minha decisão, ele calmamente começou a beijar meu pescoço e foi descendo, beijando minha barriga e fazendo eu me arrepiar toda, ele desceu e beijou minhas pernas até os pés, depois foi voltando lentamente até chegar na minha calcinha, subiu até meus seios e abriu meu sutiã, eu sorri para ele e ele tirou lentamente minha calcinha, tudo estava tão perfeito, como eu sempre sonhei. Tirei sua cueca e ele colocou rapidamente a camisinha para não estragar o clima, voltou a deitar por cima de mim e a me olhar nos olhos.

– Eu já disse que te amo hoje? – ele sorriu como bobo.

– Hum... acho que sim, mas pode dizer quantas vezes quiser. – eu sorri.

– Eu te amo.

Senti seu membro perto de mim e me arrepiei, ele me olhou.

– Você confia em mim? - Lukas me olhou nos olhos.

– Sim. – relaxei.

Lukas me abraçou e nossos corpos ficaram unidos, colados, como um, eu já estava um pouco mais segura e ele foi começando a aumentar um pouco ritmo, doía um pouco, mas o prazer era maior. Eu aranhava suas costas e ele beijava meu corpo, eu podia ouvir gemidos que ele mesmo abafava, Lukas estava delirando de prazer e eu também, suas mãos deslizavam pelo meu corpo e eu não sabia explicar tudo o que sentia, era como se o mundo todo lá fora não existisse, como se só existíssemos nós dois e aquele quarto lindo a luz de velas. Era amor. Amor de verdade. Lukas me beijou e eu senti uma sensação maravilhosa em mim.

– Eu te amo. – sussurrei no ouvido dele e ele não conseguiu conter um gemido de prazer que saiu alto.

Ele sorria e eu também, Lukas deitou do meu lado e eu virei para ele sorrindo.

– Agora eu entendo o que seu pai dizia. - Ele disse.

– O que? - Perguntei curiosa.

– A diferença entre fazer sexo e fazer amor. - Ele sorriu sem tirar os olhos dos meus.

Eu sorri para ele, minha felicidade era enorme. Ele me olhou nos olhos.

– Minha mulher.

Senti um arrepiou.

– E eu, eu já disse que te amo hoje? - Perguntei feito boba repetindo o que ele sempre fazia comigo.

– Hum... sabe que eu não lembro... - ele sorriu.

– Então, eu te amo, te amo e amo! – falei e beijei ele.

Ele me agarrou outra vez e ficou por cima de mim. Depois de mais alguns beijos, ele me envolveu em seus braços e adormecemos juntinhos.