A Domadora - O Fragmento da Profecia escrita por Maria Beatriz


Capítulo 11
Capítulo 10 - Sombras


Notas iniciais do capítulo

Disse que iria fazer um mapa, não disse? e_e, pois aí ele está o/ Em primeiro lugar, ele segue os nomes do livro, ou seja, como Terra será chamada de Tempus (ainda irei fazer um mapa dos outros mundos e dos outros continentes da Terra), eu coloquei esse título. A Cidade de Creeford é mostrada no livro também, assim como Moon recebeu o nome de Barton. O Distrito de Darmax, na verdade, é o mesmo que o Distrito de Dissidio que é citado e será novamente na história. Arcádia, é uma cidadezinha de onde veio o Arcádio.



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E a chuva, não cessara.

Já era noite, estava tudo demasiado escuro. E ainda podíamos ouvir o som da água cair com força na rua, porém, havíamos dado sorte e encontrado uma caverna para passar as horas. Provavelmente, até de manhã. E a ideia de fazermos a viajem a cavalo, havia valido a pena.

Usava minha aura para formar em minhas mãos espécies de cristais de gelo, erguia-os no ar e abaixava as mãos desfazendo-os. Repetindo os mesmos processos mais e mais vezes, não havia o que fazer no momento. E aquela, era uma habilidade que aprendera no último ano, havia a dominado e podia ir muito mais além. Denzel estava sentado no chão da caverna do outro lado, ele tinha os olhos de dragão concentrados em um livro que trouxera, ignorava completamente o que havia ao redor, enquanto ainda segurava um lampião para prosseguir com a leitura. Por sorte a fogueira que havíamos acendido também ainda estava acesa, o que clareava um pouco do breu que estava à caverna. E ela também não estava tão úmida devido à chuva, mas o ar sim.

—Quando vamos poder sair? —Yoru se aproximava, eu estava sentada no chão, com as costas escodas na parede da caverna. Yume e Benjamin davam água aos cavalos enquanto Fallen estava sentada em frente à entrada da caverna, ela observava a chuva.

—A amanhã de manhã, a chuva não vai cessar logo. — Desviei o olhar para encara-la e em seguida voltei e me concentrar em minha aura.

—E onde fica, exatamente, Eternal? — Yoru sentou-se ao meu lado.

Desfiz os cristais de gelo e em seguida peguei minha bolça, que estava no chão ao meu lado. Abri-a e tateei até encontrar o mapa que trouxera do continente. Estava em uma espécie de pergaminho, então, desenrolei-o e o coloquei sobre meu colo.

—Nós devemos estar mais ou menos... — Apontei para Temesia com meu dedo e corri até passar pela campina, atravessei parte da floresta, percorrendo certa distancia e parei em uma área montanhosa, que ficava para o sul. —Aqui. Viu as montanhas que tem lá fora quando ainda era dia?

—Sim.

— Pois então, ainda precisamos percorrer mais isso. —Segui novamente pelo sul, mais a nossa frente havia um riacho e após ele, mais uma floresta. Havia outras cidades, mas em nossa rota passaríamos na cidade de Hibernyan. — Pelas minhas contas, vamos passar por Hibernyan antes ou depois do Festival de Luzes, que acontece no dia 31 do mês de Raur no Calendário Secula. E hoje entramos na Região de Eamorn — Passei o dedo sobre o mapa novamente, Eternal ficava no sul do continente. — Depois poderemos seguir somente em linha reta, passaremos por mais algumas cidades, até chegar à Região de Waydon, Eternal se encontra na costa.

— Então ainda temos bastante viagem pela frente...

Você só foi até Eamorn, não é?

Mas isso já faz alguns anos, Arcano. Meus trabalhos para a fortaleza geralmente eram em direção ao norte, passei por Wysim algumas vezes e Pandane.

E para outro continente...

Sim, uma vez e os outros mundos.

Como esquecer isso, não é?

— Festival de Luzes? — Benjamin se aproximava junto de Yume, os cavalos estavam parados mais para o fundo da caverna.

— Sim, você nunca ouviu falar? — Yume perguntou e Benjamin apenas negou com a cabeça. — Oficialmente no Calendário Secula o inverno começa no último dia do ano aqui na Terra, que é quando eles comemoram o Festival de Luzes em Hibernyan.

— Lá onde eu morava também comemoravam alguma coisa... Mas eu nem lembro direito como era.

Ignorando o que eles falavam, enrolei novamente o mapa e o prendi com um barbante. Guardei-o em minha bolça e levantei, observando a entrada da caverna.

— Irei resguardar por algumas horas, se quiserem, podem ir dormir ou preparar as coisas para podermos partir amanhã.

Fallen ainda estava sentada mais a frente, alguns metros talvez. Caminhei até ela, passando por Denzel que ainda não desgrudara os olhos do livro, por fim parei na entrada da caverna.

—Eu estava pensando... — Fallen disse ainda encarando a chuva ao notar minha presença. —Ainda tenho dificuldade em relação as minhas habilidades, será que... Bom, isso tem haver com o que fiz com Henry?

Forcei minha memória por uns instantes, aquele nome... Era homem que estava com Abigail, à mulher que eu acabara matando. E Fallen matara Henry. Iria responder, porém, ela resolveu proferir antes:

—Uma vez, me disseram que quando tiramos a vida de alguém, é o mesmo do que perder a nossa alma, os sentimentos... E eu realmente havia ignorado essa parte nos últimos tempos, mas ela resolveu voltar a assombrar meus pensamentos. —Se alguém perdera a alma ao matar alguém, esse alguém poderia ser eu, e não ela.

— Você não perdeu sua alma. —Falei séria e peguei um elástico que havia colocado em meu pulso, usei-o para prender meus cabelos em uma cola. Ajeitei a capa e a túnica que usava em seguida sentei no chão ao lado de Fallen.

—Mas os poderes, eles são controlados devido nossas emoções. Yume e Yoru tem muito mais facilidade por que sabem se controlar. Benjamin de descontrola por excesso de sentimentos e eu, às vezes não consigo por falta deles...

— Ou talvez, por repreender eles.

Como se você, fosse um exemplo se ser cheio de sentimentos, não é, Sora?

Cale-se, Arcano.

—É, talvez seja isso mesmo. — Fitou-me — Você vai ficar aqui de resguardando?

— Apenas por algumas horas.

***

Não poderia dizer com certeza quanto tempo passara, e eu não estava com sono, era a única acordada. A chuva já cessara, por sorte, no dia seguinte ela daria um tempo. Fallen acabara passando as últimas horas comigo, no entanto, no momento ela dormia no chão, ao meu lado enrolada em um cobertor.

Observei o céu, ainda estava um breu. Nem mesmo as estrelas eram possíveis ver, aquilo era sinal de mais chuva durante a noite. Podia ouvir o som dos sapos coaxarem mais distante, de fato, estávamos realmente perto de um riacho ou lagoa. Mas só poderíamos ter certeza disso ao amanhecer. Continuei em silêncio, era a vez dos grilos resolverem vociferar.

Permaneci calada, concentrando-me nos sons que havia ao redor. Porém, havia algo de diferente. Parecia o murmúrio de alguma outra espécie de animal, não sabia definir exatamente qual, mas acabara chamando minha atenção.

Continuei a me concentrar, o som era indecifrável, porém, vi galhos se mexerem a minha frente, junto de uma sombra na qual não pude ver seu exato formato. Tentei ignorar, mas novamente vi mais uma movimentação, desta vez quebrando galhos. Era o som de respiração, pesada junto de uma espécie de ronrono. Poderia ser uma fera...

Arcano... O que é isso?

Não reconheço esse tipo de som.

Corri meus olhos ao redor, e então o que vi fez-me imediatamente gelar.

Era a mesma criança que eu me deparara quando voltávamos voltando de Moon.

E o garoto me encarava do outro lado. Resolvi desviar meus olhos por um instante e observar Fallen, ela dormia e não notara nada. Voltei, então, a observar o garoto.

Porém, ele não estava mais ali.

Mas ainda assim, pude ver algo se mexer entre as plantas.

Aquela coisa estava me perseguindo, deveria haver algum motivo e precisava saber daquilo.

Sora, só não me diga que você irá atrás dele...

Algo me impede?

Não, mas... — Ele se calou e resolvi não perguntar mais.

Levantei e me aproximei de Fallen, chamei-a algumas vezes, até acorda-la.

— O que foi? — Estava sonolenta e piscava. —Ainda estamos no meio da noite... — Ela coçou os olhos com as costas das mãos.

—Poderia ficar de vigília por mim? Preciso fazer uma coisa e já irei voltar.

Ela maneou a cabeça, assentindo enquanto sentava-se e se enrolava na manta.

Me afastei, Fallen não iria questionar-me, então, adentrei as árvores mais a frente, onde vira o garoto ir.

E definitivamente, naquele momento, um pouco de luz seria uma ótima ideia. Havia caminhando certa distância e por sorte, ainda carregava a espada que ganhara das anciãs, se aquela coisa fizesse algo e me impedisse de se comunicar com Arcano, ainda teria como me defender. Ou talvez não valesse a pena. Suspirei e olhei ao redor, tudo era deveras escuro, então parei por um instante de caminhar.

Ouvi outro movimento entre as árvores.

E imediatamente levei minha mão até a bainha da espada.

Deveria ter pegado a de Yoru também.

Corri meus olhos ao redor, porém, não vi nada. Mas novamente notei uma movimentação entre as árvores, desta vez, vinha trás de mim. E tinha a sensação de que algo estava parado ali.

Sora, não olhe para trás. —Arcano me mediu e, eu realmente, queria ter feito aquilo.

Porém, resolvi fazer diferente.

Materializei minha espada de gelo e desembainhei a outra, girei e tentei acertar o demoniozinho, mas ele desviou. De tal forma que pude ver apenas seu vulto correr. E então, foi à vez de algo me empurrar. Quase caí, e minhas costelas doeram devido o golpe que recebera. Elevei minha aura ao ponto de fazer com que ela exalasse de meus olhos, embainhei a espada e desfiz a outra. Em seguida, girei e soquei o chão, fazendo com que uma espécie de barreira de gelo se erguesse. Eu aprendera aquela habilidade também nos últimos tempos, embora, ainda não tivera boas oportunidades para usa-la.

Mas o garoto pulou, resmunguei e soguei o chão na direção dele novamente, derrubando o que quer que estivesse ao redor enquanto repetia os mesmos processos. E ele pulou novamente, desta vez, sobre mim, derrubando-me.

Rolei, enquanto aquela coisa se agarrava e mim com as garras, ele mostrava sua verdadeira forma. Os olhos completamente negros me encaravam como daquela fez, debati-me, porém, não consegui desvencilhar-me dele. E então, foi à vez do demoniozinho gritar.

Minha cabeça latejou e senti o cheiro de seu bafo de cadáver, seus dentes eram podres. Mas pareciam querer abocanhar meu rosto a qualquer momento. Tentei empurra-lo, porém, não consegui. Ele continuou emitindo um grunhido estranho. Era alto, não conseguia ouvir os sons que havia ao redor, e parecia sussurrar coisas que não conseguia decifrar. Como se fossem os gritos de várias outras pessoas reunidas e sendo torturadas.

Era assustador.

E eu estava começando a entrar em pânico.

Usei minha aura para criar uma lâmina de gelo, apertei-a com força com minha mão direita e encravei-a nele. Até poderia ter o tamanho de uma criança, mas não era uma e aquilo não iria me impedir e fazer qualquer coisa. Ele urrou de dor e senti minhas mãos se sujarem com uma espécie de sangue podre.

Contudo, consegui derrubar o demônio de cima de mim – não, eu não tinha certeza se aquela coisa realmente era um demônio, mas era a melhor palavra pra descrever. Desembainhei minha espada e usei-a para ataca-lo, porém, ele desviou, empurrando-me para longe. Acabei chocando minhas costas contra uma árvore atrás de mim, ele correu tentando me chutar, desviei e fiz com que acetasse a árvore.

Tentei novamente golpeá-lo com minha espada, porém, ele desviou, mas não tão rápido o suficiente para poder acertar seus dedos. Cortei três das garras e, dessas três saiu uma espécie de espuma, como se estivesse se dissolvendo misturada com fluidos e sangue. Ele gritou, mostrando os dentes e novamente me atacou com mais fúria. Acabei me sujando com seu sangue podre.

Não haveria tempo para desviar, porém, no meio do caminho vi a sombra de um tridente acertar seu pescoço, empurrando-o para longe e prendendo-o em uma árvore.

Olhei ao redor, vi olhos brilharem entre as sombras das arvores, eram de cor amarelada. E então, ele se aproximou.

Era Denzel, e era seguido por Fallen.

—Agora eu entendo o que aquelas armas que as anciãs mandaram significam... —Fallen comentou, não pude decifrar seus pensamentos e, vi o demoniozinho se soltar.

Ele arrancou o tridente que o prendia, e jogou-o longe, Fallen imediatamente apontou na direção da arma da missão e desfez a conjuração, fazendo com que ela sumisse. Enquanto o demoniozinho voltava a me atacar, tentei desviar, porém não consegui. Ele praticamente saltou na minha direção, empurrando-me para longe, sua força era demasiadamente superior.

Tentei mais uma vez desvencilhar-me dele, mas não consegui. Ele segurava-me e impedia-me de fazer alguma coisa. Vi Denzel correr até onde estava, ele pegou uma espécie de punhal, vi a lamina reluzir em dourado e então, ele encravou nas costas do demoniozinho. Fazendo com que aquela mesma coisa nojenta começasse a sair, como se fosse sangue podre fervendo.

E aquela coisa resolveu então, se voltar a Denzel, com os olhos negros e demoníacos ele ergueu o tronco e rosnou, mostrando os dentes. Como se fosse um animal evitando que usa presa fosse levada, mandando o outro se afastar. Mas eu era a presa. O demônio voltou a encarar-me, era pesado e isso me impedia de empurra-lo.

Tudo acontecia muito rápido, e então, foi à vez se sentir a dor.

Aquela coisa encravou os dentes podres em meu ombro, gritei. Parecia que algo me cortava por dentro. Minha garganta ardeu, porém, não parei de gritar. O demônio soltou-me e encarou-me, sua boca estava suja com o meu sangue, enquanto, por um reflexo, pude jurar o ver sorrir.

Mas vi Fallen se aproximar, ela desembainhou a espada que ganhara das anciãs e decapitou aquele rosto maldito de olhos demoníacos, que sorria para mim.

Senti apenas o sangue podre jorrar, junto dos fluidos daquele ser, enquanto a ferida parecia ferver espumando.

Eu estava perturbada.

—Sora, — Denzel me chamou, enquanto retirava o corpo morto de cima de mim, ele atirou-o em um canto. —você está bem? —Ajudava-me a levantar

—Eu... —foi à única coisa que consegui dizer.

—Esses demônios, só morrem de fez quando todos os membros forem arrancados. —Fallen empunhava a espada.

Se já achava feras terríveis.

Aquela coisa era pior.

Arcano... O que era aquilo?

Não sei. Queria ter falado algo antes, mas parecia que alguma coisa impedia.

—Isso que acabou de atacar você, era um Demônio Perseguidor. —Ela falou, enquanto usava a espada para cortar os membros daquela coisa. Fazia com que os fluidos fervessem, enquanto ela tentava ao máximo não se sujar.

Usei Denzel para me apoiar, meu ombro doía, aquela coisa havia me mordido e eu ganharia mais uma cicatriz.

—Como sabe? —Perguntei.

—Já conheci pessoas que foram perseguidas por isso, sabe o que significa Sora?

Maneei minha cabeça negativamente.

—Significa que alguém quer você morta, e esse alguém está usando magia proibida. —Era sombria e quase me deixei temer.

Primeiro o espadachim... E depois isso. Realmente, alguém quer que você morra. —Arcano comentou.

—E a mordida? —Denzel perguntou.

Fallen usou a espada para arrancar o último membro do demônio, fazendo com que o resto se transformasse em algo podre enquanto fervilhava uma espuma suja.

—Ele iria infectar o seu sangue, Sora. Agora você poderia ter o chamado Sangue Demoníaco. Por sorte, ele foi parado a tempo.

As pessoas chamam domadores de guerreiros demoníacos... Eu sou uma domadora, poderia estar com o sangue infectado por um demônio.

Que bela combinação, não?

Não deboche, Arcano.

—Mas vai acontecer alguma coisa com Sora?

Fallen ficou em silêncio por um instante.

—Por sorte, essa ferida vai curar até de manhã, em poucas horas. Mas ganhara uma cicatriz. E não, até então, ter o sangue infectado por um demônio não causou nada a uma pessoa, apenas vai atrair mais demônios como esse. Talvez, ele ainda tenha passado um pouco do sangue dele para você, não podemos ter certeza. — Era tudo o que eu precisava... —Antes que me pergunte como sei de tudo isso, viver de um lugar para o outro, minha vida inteira, pode ter valido a pena para aprender algumas coisas sobre os mundos.

Analisei o estado da cena, ainda havia as barreiras de gelo que eu criara. Eram altas e derrubavam as árvores, as formas lembravam cristais gigantes. E ainda tinha a presença de um corpo desmembrado, que se corroía aos poucos.

—Por que disse que só agora entendeu o motivo das anciãs terem nos mandados armas como presentes? —Denzel perguntou e era a mesma dúvida que tinha. Meu ombro ainda doía, latejava, mas caminhava mais afastada deles, com minha mão esquerda sobe o ferimento.

—Porque elas nos deram Lâminas Benditas. Elas são forjadas em Gladius, que fica nas Trevas. É uma espécie de instituição, ninguém sabe exatamente onde se encontra e eles treinam espadachins. Geralmente órfãos que são encontrados. Essas espadas, de Lâminas Benditas, elas tem prata e outro dos deuses, que são abençoadas por sacerdotes. Eram as peças mais procuradas no mercado negro lá em Luz. E elas podem matar demônios.

—Então... Isso pode significar que as anciãs estavam sabendo do que iria acontecer...— Denzel comentou e precisava concordar.

Cruzei meus braços ao sentir o vento sobrar gelado, fazendo com que as árvores se mexessem, derrubando gotas de água em nós. Meu ombro ainda ardia, mas Fallen dissera que em poucas horas iria se recuperar.

— E como me encontraram? —Perguntei séria.

—Vi a direção que você estava indo e depois, notamos a movimentação entre as arvores. — Fallen respondeu. —Denzel estava acordado e me seguiu, Benjamin ficou na entrada da caverna nos esperando.

— Vocês ouviram os gritos?

— Gritos? —Denzel indagou.

—Aquela coisa... Ela estava gritando, rosnando...

—Apenas você estava ouvindo Sora. — Fallen averiguou.

Resolvi que o melhor seria não perguntar mais, enquanto ainda caminhávamos em direção ao local que estávamos antes. Em pouco tempo percorremos a trilha lamacenta que havia até a caverna, não demorando muito para que pudéssemos ver a entrada da mesma. Benjamin nos esperava, como Fallen falara, e ele segurava o lampião que antes estava com Denzel.

—O que aconteceu? —Perguntou enquanto nos aproximávamos.

—Sora foi atacada por um demônio perseguidor. —Fallen falou, enquanto entrava na caverna.

—Como assim? E esse sangue? — Ele estava visivelmente confuso.

—Não é nada. —Respondi e caminhei até minhas coisas que estavam na caverna, talvez, ainda pudesse tentar dormir. Procurei por algum pedaço de pano, antes ainda teria de limpar um pouco do sangue daquele demônio.

—Irei ficar de vigília agora. — Ouvi Denzel dizer, porém, permaneci ajeitando minhas coisas. Yume e Yoru dormiam, estavam um pouco mais afastados de mim. Fallen também mexia em seus pertences.


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Notas finais do capítulo

mapa em uma melhor resolução: http://mbavila.deviantart.com/art/Tempus-Map-01-Ergox-466859762
Calendário Secula: https://31.media.tumblr.com/64fc9b04b9a221604383e7f04e7cb457/tumblr_n8gzenTNK41s7rz84o1_1280.jpg

Preciso fazer a data de aniversário dos personagens... Alguém aí chuta qual é a da Sora? Ou a do Denzel? (são as únicas que eu confirmei) Se tiver alguma sugestão para os outros personagens... eu irei marcar, com certeza ;)
Duvidas? Criticas? Elogios?



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