A Domadora - O Fragmento da Profecia escrita por Maria Beatriz


Capítulo 12
Capítulo 11 - Prados de Flora


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por comentar Ryan o/

Mas...
Primeiramente, um conselho: NUNCA, de maneira alguma, NUNCA, vá trocar de roupa em uma floresta. Repetindo: N-U-N-C-A
Agora, parando com a zoeira, vamos ao capitulo brisado :v



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432409/chapter/12

E então, enquanto percebia a claridade se fazer presente ao meu redor. Senti a água gelada ser jogada sobre mim.

Realmente, havia maneiras melhores de ser acordada. Pensei seriamente em levantar e dizer algo, mas reconhecia as risadas que estavam ao meu lado. Então, apenas me virei, estiquei minha mão e direcionei minha aura até onde ouvia os sons dos risos, ainda estava de olhos fechados, de fato, mas sabia que estava criando gelo ao redor dos pés de Benjamin e o impedindo de sair de onde estava.

— Mas que droga foi isso? — Falei séria, fulminando o Break enquanto abria meus olhos para afronta-lo. Ainda estava com sono, de fato, mas ele deveria estar enlouquecendo.

Ele acordou você com água gelada, não ficou obvio?

Tenho vontade de soca-lo...

—Hoje é dia 20 de Raur. Sabe o que significa? —Benjamin tentava se soltar do gelo que prendia seus pés ao piso da gruta, eu não notara, mas acabara congelando até altura de seus joelhos. —No lugar onde eu morava — ele tentava quebrar o gelo, porém, não conseguia. —É dia de travessuras. A gente meio que fazia traquinagens com as outras pessoas para irrita-las, acredite, o que fiz com você não foi nada comparado ao que já fizeram comigo.

Preferi não responder, enquanto sentava. Ele jogara apenas um cantil de água sobre mim, porém, fora certeiro em meu rosto. Molhara parte dos meus cabelos e enquanto esfregava minha face com minhas mãos, em uma tentativa de me acordar, ainda assim podia notar que estávamos somente eu e ele. Nem os cavalos e nem nossas coisas, haviam acordado mais cedo e levado tudo para fora.

Estava apenas minha bolça perto da bainha de minha espada e a de Yoru, com minha capa jogada sobre. Calcei minhas botas e vesti minha capa, em seguida dobrei o cobertor que usara para dormir e depois peguei a bainha das espadas. Ignorando totalmente fato de que Benjamin ainda estava preso.

Só então movimentei meu ombro, não doía. Levei minha mão até onde estava o ferimento, porém, ele também não estava lá. Apenas uma cicatriz, junto das manchas de sangue na blusa, já que eu não havia trocado ainda.

—Sora? Como eu vou me soltar agora? — Ok, Benjamin poderia fazer menos escanda-lo e estar menos desesperado.

—Você é o elemento fogo —falei frígida. —Pode facilmente descongelar.

Ele parou pensando por um instante.

—Você tem razão. —Começou a usar as chamas para pôr-se a derreter o gelo, pedi aos deuses mentalmente que não colocasse fogo em alguma coisa.

Suspirei e revirei os olhos, pegando minha bolça e o cobertor, caminhei até a entrada da caverna. Porém, parei e ainda de costas voltei a falar:

—Eu ainda não esqueci o que você fez. —Se fora uma ameaça? Bem, provavelmente. Poderia dar um jeito de manda-lo de volta para Temesia e lá ele precisaria se explicar com Yanni e Arcádio, o que seria pior.

Isso é jogo sujo, Sora.

Talvez.

Sai da caverna e analisei o que havia ao redor, mais a frente ficava as árvores a qual eu adentrara na noite anterior e fizera um tumulto. Naquele momento, acabei me sentindo estupida pelo que fizera. A minha direita, havia uma espécie de caminho até, ao que me pareceu ser alguma lagoa - acabara me enganando ao pensar que era um riacho. Mas era preciso descer um barranco para chegar até lá. Ouvi um relincho de cavalo, acabei caminhando até mais frente por causa disso. Podendo ver os cavalos junto de Fallen, Yoru e Yume, porém, Denzel não estava ali.

Desci o barranco lamacento, com cuidado para não cair e sair escorregando, além de que ainda precisava manter o equilíbrio para não derrubar as coisas que carregava.

—Ei! Sora, o Ben acordou você com água também? — Yoru se aproximava.

—Infelizmente, mas ele ficou tentando se soltar do que gelo que usei para prendê-lo.

Ela estreitou os olhos verdes.

—Você é má, mas isso é legal. —Por fim sorriu.

—Quer que eu guarde? — Vi Yume se aproximar, ele pedia para que entregasse o cobertor. Assenti e ele pegou a manta, levando-a até o cavalo que pertencia a Denzel para coloca-la junto das outras coisas.

—Nós temos sorte, se a chuva fosse mais forte, esse lago iria chegar até onde estávamos. —Fallen falou de onde estava. Ela erguia as mãos no ar, fazendo com que levantasse a água junto, como se estivesse domando uma cobra, a água obedecia e arguia-se.

Ela realmente está se empenhando em aprender a controlar seus poderes, não é?

E isso é muito bom, Arcano.

Analisei o céu por um momento, as nuvens de chuva se direcionavam ao norte, até chegarmos a Eternal, por sorte, não estaria mais chovendo. Suspirei, sentindo o ar ainda úmido entrar em meus pulmões, ajeitei minha bolça e as bainhas das espadas, teria de trocar a túnica manchada com sangue. E se não estivesse usando minha capa, Yoru com certeza me questionaria.

—Já irei voltar. —Falei me afastando.

Segui caminhando pela beira do lago, até me separar alguns metros. Ainda havia ligeira neblina sobre a água e mais ao longe era difícil de distinguir o que havia. Em seguida, adentrei as árvores, certificando-me que estava totalmente longe do alcance da vista de alguém. Embora, do local de onde estava ainda era possível ver o lago. Havia algumas pedras perto, então, coloquei minha bolça sobre elas junto da bainha das espadas. Retirei minha capa agradecendo mentalmente pelo tempo não estar tão frio. E peguei a outra túnica que trouxera, retirei a que usava e a guardei. Analisei por um momento a cicatriz em meu ombro, e eu acabara ganhando mais uma. Ainda havia outra do lado direito de minhas costelas, que recebera após levar uma facada de Abigail.

Contudo, ouvi uma movimentação entre as árvores perto de mim.

Não poderia ser mais um daqueles demônios, e nem uma fera.

E eu não estava com tanta paciência para aquilo. Ser acordada com água gelada não era algo que tornava o humor bom pela manhã.

E o que você faria? Faria como durante e noite e tentaria atacar o demônio, sozinha?

Você impediria?

Não.

Ouvi mais uma movimentação. Instintivamente virei-me na direção dela, enquanto tampava meus seios com a túnica limpa.

Alguma coisa se movimentou novamente.

Tinha a sensação de ser observada.

Bufei e lancei espinhos de gelo na sua direção. Dane-se se fosse algum animal, ou qualquer coisa. Mas a “coisa”, desviou dos espinhos, tropeçou e acabou caindo a minha frente.

—Bom dia... —Ele estava com o rosto completamente vermelho, olhando-me com os olhos de dragão arregalados.

Fulminei-o com meus olhos e tive vontade de chuta-lo.

— O que está fazendo aqui, Denzel? — Falei e soei o mais fria que consegui enquanto apontava minha mão direita na direção dele, exalando minha aura. Ainda com a mão esquerda continuava a segurar minha túnica.

—Eu... Hã... Bem, — levantou-se enquanto coçava os cabelos. —vim ver o que você... Fazer o mesmo que você fazia.

Encarei-o novamente.

Que droga ele dizia? Não fazia sentindo.

—O que está dizendo? —Estreitei meus olhos, esquartejando-o apenas com a visão.

—Desculpe. —Ele se afastou um passo para trás, estava visivelmente atrapalhado, ainda apontava minha mão na sua direção. — Não foi exatamente isso que eu quis dizer... Ah... Droga. Vim dar uma volta e trocar de roupa, quando estava voltando, vi você.

—E tentou passar sem que eu percebesse? Se escondendo? —Dei um passo à frente e ele um para trás.

—Eu sabia que se você me visse faria o que está fazendo agora.

—O que acha que estou fazendo? —Arqueei uma sobrancelha.

—Apontando sua aura na minha direção, tenho certeza que se eu fizer qualquer movimento brusco vai tentar me acertar de alguma maneira.

—Você acha?

—Bem...

—Por que acha isso?

—Sora, não aponte essa espada para o meu pescoço, por favor.

Suspirei e abaixei a lâmina de minha espada de gelo, realmente, não teria coragem de fazer alguma coisa contra ele. Mas assustar era uma ótima ideia.

—Está bem. —Virei de costas e vesti minha túnica, em seguida procurei pelo meu colete e o coloquei também, ignorando totalmente o fato de que Denzel ainda estava parado ali. Ele não mexia um musculo sequer. Coloquei a bainha das espadas e minha capa em seguida e novamente, virei-me para encara-lo. —Por que está parado aí?

— Eu não sei. Mas você me deu medo, pela primeira vez de verdade. —Ele ainda estava com o rosto da mesma cor que os cabelos de Benjamin.

Dei de ombros, peguei a bolça que carregava minhas coisas e comecei a caminhar. Denzel me seguiu, ele também carregava sua mochila, infelizmente fazia com que provasse que o que ele dizia era a verdade. Seguimos caminhando mais alguns metros pela beira do lago, Denzel me seguia e não falou nada.

Observei de longe onde os cavalos estavam Fallen ajeitava suas coisas na sela do cavalo preto, preparando-se para montar. Yoru e Yume já haviam feito isso e de longe, vi Benjamin um pouco mais afastado sentado no chão, enquanto comia um pedaço de pão que havíamos trazido.

Aproximamo-nos deles, fui até o meu cavalo e montei, Denzel fez o mesmo em seguida.

— E o que vocês dois faziam sozinhos no meio de uma floresta? —Benjamin estava embuchado e não fazia questão de esconder a boca cheia de pão.

—Talvez eles estivessem arquitetando uma maneira de como fazer você voltar para Temesia. — Fallen falou e, estranhamente, vi Benjamin dar um sorriso meio torto que fora correspondido.

Fallen também sabe que ele foi proibido de fazer a viagem. —Arcano comentou.

Mas a pergunta, é como ela sabe disso? E por quê?

Creio que poderá saber disso logo.

Suspirei e ignorando o que Arcano dizia, analisei o caminho que se seguia a frente. Precisaríamos dar a volta na lagoa, deveria ser funda e atravessar com os cavalos não era uma boa ideia. A neblina começava a baixar e o sol a subir.

—Vamos dar a volta — Falei e comecei a galopar em direção ao oeste, mais a frente deveríamos fazer uma curva para poder voltar para o nosso caminho em direção ao sul.

—Ei! —Ouvi Benjamin exclamar enquanto seguia a frente. Ele correu e montou em seu cavalo, nos seguindo e nos alcançando rapidamente.

***

Acho que para darmos a volta na lagoa fora a parte mais rápida do dia. Embora extensa, cerca de meia hora bastou para voltarmos à rota em direção ao sul. Cavalgamos por mais algumas horas, até fazermos uma pausa ao meio dia, almoçamos e tratamos dos cavalos para mais uma tarde de viagem. Havia dito a Arcádio que durante a viagem aproveitaria para treinar os elementos, de fato, mas ainda não houvera tempo. Estava esperando chegarmos mais perto de Hibernyan, já que era a cidade mais próxima e ainda demoraria pelo menos dois ou três dias para chegar até ela. Poderíamos fazer uma pausa por lá, arranjar mais suprimentos e depois seguir novamente até as próximas cidades. Durante a tarde cavalgamos pelos campos, os tão chamados de “Prados de Flora”. Era uma enorme extensão de campos de flores, as cores eram diversas e durante a tarde tornava a paisagem muito bonita. Com as montanhas e a floresta ao longe, estávamos mais ou menos no meio do caminho para atravessa-lo.

—Nós poderíamos acampar e passar a noite do outro lado, assim, ainda poderia ter a vista dos Prados de Flora. —Yoru sugeriu, havíamos diminuído o passo dos cavalos para poder observar o local. E precisava concordar, era realmente bonito. Não importava o tempo, não importava o ano, a estação, os Prados de Flora estavam sempre cobertos por flores. O cheiro delas após um dia de chuva, misturado com o odor da terra úmida, era, estranhamente aconchegante.

Espirei e inspirei, é, realmente, poderíamos acampar mais a frente.

—Na verdade... —Benjamin passava a frente. —Essa quantidade toda de flores não me fez muito bem... —Após isso ele espirrou, umas três vezes seguida e por último fungou coçando o nariz.

—Então tem alergia ao pólen? — Denzel perguntou.

—Não a todos os tipos, mas não tem como saber qual no meio de todas essas flores. — Benjamin espirrou novamente, e foi à vez de Yume, Yoru e Denzel rirem, até mesmo vi Fallen arriscar dar um risinho. —Principalmente — espirrou mais uma vez — às flores... —mais um espirro — silvestres.

—Esse lugar deve estar cheio delas... —Yume comentou enquanto parava de rir.

—Conhece a história que gira em torno dos Prados de Flora? —Denzel perguntou e notei que era direcionado a mim, observei-o e maneei minha cabeça. Já deveria ter ouvido alguma coisa sobre, mas não me lembrava.

—Você uma vez viajou até a capital de Wysim para comprar livros... —Yume comentou. —Demoraram umas duas semanas sua viajem de ida e vinda até Piersym, não é? E você trouxe livros que falavam sobre histórias antigas da Terra, certo? A Mitologia Seculaniana...

—Sim. Levei a maioria dos meus livros para Temesia durante as viagens do Vilarejo até Temesia. Alguns ainda ficaram com Alfred, e ele não devolveu até hoje. — Denzel fez uma careta visivelmente irritado lembrando daquilo, só então, toquei-me de que ele tinha uma paixão enorme pelos livros e se um deles estragasse, era um dia, ou semanas, de completo mau humor, imaginava quando não devolviam... Forcei minha memória, Alfred era o nome do mercador para qual Denzel trabalhava. E se não estava enganada, em Temesia, quando Denzel não viajava comigo, ele trabalhava ajudando o ferreiro da cidade, fora assim que conseguira se estabelecer no último ano.

—Tá, mas e a tal história sobre os Prados de Flora? — Benjamin se pronunciou, enquanto coçava o nariz e fungava.

—Bom, Apycem é o guardião da natureza e das plantas. E a mando de Alvorada, Cândido e Névoa, ele criou as criaturas chamadas de Flora. Elas se camuflam entre as flores, com o objetivo de evitar que alguém as danifique, podem tanto quando ajudar uma pessoa quanto cometer atos de travessura. Ouve uma era, cerca de cem anos atrás, durante o fim da Grande Guerra, que algumas pessoas caçavam essas criaturas, para pegar seu fluxo magia livre. Acho que o nome era Iriel... Ele foi uma das poucas pessoas que as Floras se deixaram socializar amigavelmente, assim como Arwen, seu filho. Ambos influenciaram bastante na Grande Guerra, e ao final dela, ninguém mais ouviu falar das Floras.

Ainda havia uma longa distância entre a floresta e onde estávamos. Com certeza, se estivéssemos a pé, eu empacaria naquele momento.

Os nomes que Denzel citara... Aghata já falara sobre eles também.

—Chega a ser irônico, hoje é dia de travessuras nas Trevas... — Ele ligava o fato de ser dia vinte e das Floras cometerem travessuras — Então... A Grande Guerra só causou problemas para os três mundos. —Benjamin constatou por fim.

—Talvez, e ela também causou uma divisão entre os três mundos em muitas coisas. A proibição da alquimia, a criação das feras, os Deuses esquecidos... —Fallen comentou, sem encarar ninguém, ela parecia mais concentrada em vislumbrar os Prados de Flora, seus olhos azuis pareciam distantes.

Arcano, sobre os nomes que Denzel citou... Iriel e Arwen.

O que têm eles?

Iriel é o nome de meu trisavô, ele casou-se com Miriam, uma Maarten. Meu bisavô é Iminyel, irmão gêmeo de Arwen e filho de Iriel... Iminyel herdou a aparência de um Maarten e Arwen de um Sfrim.

Miriam? Mas... —Arcano se calou e estranhei aquilo.

O que tem?

Nada, apenas achei que Aghata dissera outro nome.

Resolvi não perguntar mais, mas a ideia de que eu era descendente de pessoas que haviam influenciado da Grande Guerra, me fez ponderar. Precisava falar com Aghata. Mas só poderia encontra-la quando voltássemos para Temesia.

—Eu... —Benjamin espirrou novamente. —Não aguento mais ficar aqui. —Voltou a coçar o nariz com as costas das mãos. Ele piscou algumas vezes, seus olhos estavam avermelhados e escorriam lágrimas, não, Benjamin não chorava, era efeito da alergia. —Vou encontrar um local para ficarmos mais a frente. Alguém se prontificaria a fazer isso primeiro? —Arqueou uma sobrancelha, lançando no ar uma visível aposta.

—Quem chegar por último vai ter que passar uma semana treinando só com a Sora! —Benjamin após dizer isso galopou em direção à floresta, que ainda deveria ficar a uns 150 metros à frente.

—Não posso deixar o Benjamin ganhar. —Fallen disse após isso o seguiu, alcançando-o com facilidade.

—Desculpa Sora... —Yoru falou e também os seguiu, passando a nossa frente.

—Mas o Ben vai ter que perder. —Yume completou e então eles se afastaram, tão rapidamente quanto à alergia de Benjamin se propagara.

E sobrara apenas Denzel – que ainda por cima ria – e eu, e realmente, não estava a fim de correr atrás deles. Já havia sido metida no meio daquela história de qualquer maneira.

—Benjamin tem medo de você. Por isso, não querem o deixar ganhar.

—Já notei isso.

Denzel se calou por um instante e, ouvimos o céu trovejar, embora ainda tivesse sol.

—Desculpe, mas eu realmente estava voltando naquele momento...

—Isso não tem importância. —Cortei o assunto, Denzel já iria começar a fazer rodeios.

—Mas você estava apontando uma espada na minha direção.

—Eu não iria fazer nada. —Fui séria.

Ele assentiu, dando um risinho, mas apenas observei-o com o canto de meus olhos. E então olhei para frente, vendo que haviam sumido do nosso campo de vista. Estava definitivamente apenas Denzel e eu nos Prados de Flora.

E trovejou novamente. Demos mais alguns passos, por mais alguns metros em silêncio.

E então começou a chover.

—Acho que deveríamos correr, assim como eles. —Após Denzel dizer aquilo, a chuva engrossou.

Assenti e então, galopamos em direção à floresta.

***

Por sorte, fora apenas uma pancada de chuva.

Estávamos arrumando nossas coisas para nos prepararmos para passar a noite em uma clareira que Yume encontrara. O céu, não indicava que iria voltar a chover, pelo menos, não naquela noite. E no fim das contas, havíamos parado em uma parte ligeiramente afastada dos Prados de Flora. E Benjamin perdera, quando voltássemos de Temesia, iriam fazer com que ele passasse uma semana treinando comigo. Não poderia definir como aquilo sendo algo bom ou ruim, tanto quanto para mim quanto para ele.

Suspirei enquanto prendia minha bolça ao cavalo cinzento, olhei ao redor. Só então notei que, Fallen e Benjamin haviam saído, haviam dito que avistaram árvores frutíferas enquanto procuravam por um local para pararmos, além de que, iriam pegar galhos para fazermos uma fogueira. Mas eles ainda não haviam aparecido, e isso já fazia um tempo.

—Vou procurar por Benjamin e Fallen. —Falei quebrando o silêncio.

—Sora, posso ir com você? —Yoru perguntou enquanto eu pegava as bainhas das espadas.

Assenti e fiz sinal para que ela me seguisse, deixando Denzel e Yume junto dos cavalos. Adentramos as árvores mais a frente, enquanto notava que o sol começava a se por. O céu tornando-se alaranjado e a lua fazendo-se presente. Caminhamos por mais algum tempo, até ouvirmos o som de um espirro, facilmente pude constatar que era Benjamin.

E após isso, ouvimos risadas? Encarei Yoru, ela parecia tão ambígua quanto eu.

Seguimos em frente, até podermos ter a visão dos Prados de Flora e deles.

Estavam sentados mais a frente, Benjamin espirrava e Fallen ria.

Então... eles estão juntos?

Talvez isso explique algumas reações de Benjamin... E o fato de que Fallen aparentou saber que ele não deveria ter vindo.

—Sora — Yoru me chamou praticamente exclamando e se preparando para caminhar na direção deles, tampei sua boca e a impedi de sair. Fazendo sinal para que falasse baixo. —Eles estão juntos?

—Aparentemente. —Olhei ao redor, já anoitecera e precisávamos voltar, já havíamos os encontrado e não havia nada de errado. —Mas precisamos ir. —Maneei minha cabeça, começando a voltar, ela me seguiu por alguns metros, até precisarmos parar.

Ainda era inicio de noite, então, não estava tão escuro. Mas, mais a frente, vi a silhueta de cinco feras.

Já estava começando a demorar a nos depararmos com aqueles demônios de sangue azul.

Só não imaginava que seriam tantas de uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Duvidas? (Dívidas! o/ :v ) Criticas? Elogios? Suposições? Sei lá, qualquer coisa?
Note-se que: o capitulo foi mais calminho por que no próximo as coisas vão ficar feias, certo?
Ah... E eu queria fazer uma perguntinha, tipo assim, como vocês imaginam os personagens? Tipo, se tiver alguma imagem... Eu meio que gosto de saber como os leitores imaginam a história :3 (minha amiga que leu, sabe bem disso, eu encho o saco dela de vez em quando na aula e.e)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Domadora - O Fragmento da Profecia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.