“Ele é tão próximo de mim

Quanto um amigo pode ser

Eu estarei perto dele

E ele estará perto de mim

Somente outra parte

De dois malucões

Mas eu preciso dele como

Meu coração precisa de bater”

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Durante um tempo eles resolveram virar caçadores e não caça. Iam atrás de onde sabiam ter algo mitológico acontecendo para caçar os monstros, mas era inegável que na maioria das vezes eram eles que eram encontrados e não o contrário.

Uma vez, num belo dia de sol, resolveram comer no Mcdonald, pois tinham acabado de lutar contra uma Quimera e estavam famintos e cansados. Fora Alice quem indicara a lanchonete e os três jovens correram até lá, literalmente.

Josh fora o primeiro a entrar e no caminho derrubou uma mesa, pareceu nem ligar, mas Jace rapidamente corrigiu o erro do amigo. O filho de Apollo agora não tinha mais ciúmes de Jace e sentia nele um grande amigo que jamais tivera. Jace quase sentia o mesmo, mas algo o dizia para não confiar inteiramente, afinal, eram romanos.

– Me dê o maior Mc Lance que você tiver, com a maior porção de batata e refrigerante- Josh disse esbaforido.

A mulher do balcão olhou com cara feia para o garoto, fez menção de chamar o dono do estabelecimento, mas quando viu o tilintar do dinheiro sendo depositado no balcão a sua frente, ela sorriu, guardou o dinheiro no sutiã, anotou o pedido e piscou para Josh.

– Algo mais lindinho?- A garçonete perguntou.

– O menor Mc pra mim, lindinha– Alice colocou veneno nas últimas palavras e a garota parou de sorrir, viu que Josh já tinha uma dona.

Josh e Lice foram se sentar numa mesa e Jace ficou escolhendo o que comer, a garota ficou analisando e viu como a garçonete sorria e piscava, flertando com Jace, mas ele voltou normal, sem indícios de quem estava interessado numa garçonete oferecida.

– Espero que venha logo meu pedido, estou morrendo de fome!- Jace exclamou sentando com os amigos.

– E aquela garçonete hein? Nada mal- Josh comentou num sussurro brincalhão.

– Já tenho uma garota muito mais bonita no meu coração- Jace disse no mesmo tom.

– Ah! Viram os peitos dela? Nossa! Nem dá pra acreditar que são naturais!- Alice disse numa voz grossa, ironizando a atitude dos meninos. Eles se entreolharam e riram. Nada mais foi dito.

Depois de alguns minutos de risos sem motivo, a garçonete trouxe a comida, colocou um papel cuidadosamente dobrado no bolso de Jace e piscou para o garoto, Josh sentiu vergonha por ele e Jace nem pareceu se importar.

– Vamos ao rango!- Josh disse já se deliciando com sua porção extra-grande.

– Que droga! Vou engordar pra caramba comendo desse jeito!- Alice se sentia culpada cada vez que comiam fast food, mas não podia evitar, a vida deles exigia coisas rápidas.

– Mas o que... - Jace mal terminou de falar e caiu no chão, com a mão na garganta, parecendo asfixiado.

– Jace!- Alice exclamou e foi para o lado do garoto, pasma com o que estava acontecendo.

Josh foi logo atrás e viu pelo canto do olho os outros clientes chegando perto, sussurrando e apavorados com o que estava acontecendo. Ele rapidamente pediu que todo mundo se afastasse, que ele sabia como agir e sabia mesmo.

Josh afastou de cima de Jace, mas a manteve perto, para o caso de precisar de algo e o filho de Apollo começou a pensar em como poderia curá-lo, ele já tinha visto os irmãos fazendo isso, mas ele nunca tentara.

Josh colocou as mãos no peito de Josh, sem tocar no garoto e começou a pensar na força da luz e todo tipo de pensamento positivo, ele sentia Jace trêmulo, com a mão na garganta, ainda tentando respirar, mas continuou fazendo a mesma coisa, de repente uma luz divina saiu de suas mãos e foi para o corpo quase desfalecido de Jace, depois de uns segundos o garoto negro parou de se contorcer e conseguiu respirar normalmente.

Jace sentou abruptamente e olhou para seu salvador, Josh estava ofegante e suado, como se tivesse corrido uma maratona, mas ele sorriu para o amigo e o abraçou com força. Alice sorriu também e todos que assistiam ao ocorrido aplaudiam o momento, aparentemente o garoto negro se engasgara com um alimento, se asfixiando e Josh ressuscitara-o com golpes rápidos no peito, como um médico.

Na verdade, Jace tinha sido envenenado, a garçonete não era tão humana quanto aparentava.

– Ah Jace! Nunca mais me mate de susto assim!- Alice o abraçou.

– Desculpe, não sei o que houve, parece que fui envenenado- Jace disse.

– Sim- Josh disse e ajudou o amigo a se levantar- Temos que sair daqui, não sabemos quem fez isso, vamos.

Juntos os três saíram da lanchonete e voltaram para a estrada trocando histórias e palpites, quem os visse diria que eram adolescentes normais, fazendo coisas que adolescentes normais fazem, mas eles estavam a procura de mais emoção.