Demigods in Hogwarts escrita por SeriesFanatic


Capítulo 49
Tempestade ou fogo




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As últimas palavras que Hazel ouviu antes de perder a consciência foram: “Sequência de Comando: Vinte e Três. Proteger Hogwarts! Iniciar Ativação!”. A voz parecia ser de Annabeth, só que estava mais forte, quase como se a personalidade dela tivesse mudado. Ela se lembrava do plano idiota de Leo, que foi ideia dos fundadores da escola. Se lembrava que Annabeth e Quíron haviam concordado. E que ela não podia contar para mais ninguém, pois a reação de todos tinha que ser o mais realista possível. Hazel esperava que Frank e Plutão não fizessem uma besteira, pois como Jasão disse para Leo, era um plano que podia causa suicídios e tinha tudo para falhar. Hazel podia não aguentar e morrer, Frank e Plutão podiam surtar e se matarem, ela e a espada poderiam não destruir as partes das almas de Gaia quando forçadas a se enfrentarem. Para que o plano maluco desse certo, muitos “E SE” deveriam funcionar. Ela sabia que não ia dar certo, que morreria, que deixaria os pais e os tios inconsoláveis e que Frank passaria o resto da vida se martirizando. Mas era a única chance.

Ela acordou em um local claro, familiar e bastante limpo. Era a estação de King’s Cross. Só que completamente branca. Era como se ela estivesse no céu, se é que o céu existe. Mas Hazel não estava sozinha. Lá ela viu Castor, Lee Fletcher, Michael Yew, Bóreas, Íris, Zöe Doce-Amarga, Silena Beauregard, Charles Beckendorf, Júpiter Grace, Cronos Olympus, Reia Olympus, Octavian, Dédalo, Ethan Nakamura e Marie Levesque. Todos pareciam em paz e calmos, como se estivessem aproveitando uma bela paisagem. Hazel tentou tocar em todos, inclusive na fuinha de estimação de sua mãe, Gale, mas todos eram fumaça. Fantasmas. Hazel estava mesmo morta. Então era assim que o Mundo Inferior se parecia? Ela achava que fosse mais assustador. Aquilo não podia ser o Elísios, do contrário, Cronos não estaria ali. Sentiu-se mal por ver Silena, Zöe, Beckendorf, Castor, Dédalo, Íris, Bóreas e a própria mãe. Nenhum deles estava morto quando ela enfiou a espada de Godric Grifinória em seu próprio estômago. A imagem de Malcolm começou a aparecer, mas sumiu. Quase como se fosse uma ilusão ou como se ele tivesse morrido e voltado à vida.

“Mas que tártaros?” ela disse assustada quando viu o fantasma de Malcolm sumir.

“Aqui não é o tártaro.” Marie Levesque disse, indo até a filha. A fuinha Gale estava no ombro dela, mesmo morta à fuinha soltava pum.

“Mamãe. Onde estamos?” Hazel ficou com medo da resposta. Principalmente porque a mãe estava muito longe de Hogwarts, ela não podia estar morta.

“É uma espécie de limbo. Cada um vê o que quer ver. O que você vê Hazel?” Marie parecia em paz e muito calma, mesmo com uma doninha flatulenta no ombro.

“King’s Cross. Só que... limpa. Estou morta?”

“Ainda não. Algumas pessoas acreditam que quando se está entre a vida e a morte, a alma vai para o Mundo Inferior e lá decide se quer ou não morrer. É daí que surgiu o coma. A alma fica tão indecisa que nem volta para o corpo.”

“Eu estou em coma?”

“Não. Você apenas está lutando por sua própria vida. A profecia disse que a alma de um herói deve ser ceifada, sua alma foi ceifada e voltou a ser somente a sua. A alma que morreu foi a de Gaia. A lâmina era maldita por conter outra parte da alma dela.”

“Eu sei disso. Leo explicou. Cronos foi a sétima Horcrux. A alma do antepassado de Leo foi usava para que a alma de Gaia habitasse o corpo do filho. Quando a espada de Jasão penetrou meu corpo, ela ceifou a alma de Gaia, matando uma Horcrux. Mas a magia e o impacto entre dos pedaços de alma da mesma pessoa foram tão grandes que destruiu a espada. Tornando Gaia mortal.”

“Annabeth é mesmo muito inteligente.” Marie deu um leve sorriso.

Foi Annabeth quem chegou a essas conclusões depois de Leo contar o plano.

“Não entendo mamãe, se eu não estou morta... e nem eles ou você... por que estamos aqui? E Malcolm?”

“Cada um está lutando por sua vida, Hazel. Por um breve segundo, Malcolm morreu, mas voltou à vida. Isso é possível, os humanos provam isso várias vezes em mesas cirúrgicas. Todos estão aqui lutando por suas vidas. Uma explosão mandou Beckendorf para cá, ele está fraco e estendido no chão, quase sem pulsação, mas está vivo. Silena teve o rosto corroído por ácido de drakon, ela está se debatendo de dor em algum canto, mas ainda respira. Dédalo deu a própria vida para que Malcolm não fosse morto, ele tem uma espada cravada no peito, mas ainda consegue piscar os olhos. Castor também se sacrificou para que o irmão não fosse morto.”

“Certo, mas Octavian, Júpiter, Lee, Michael e Cronos estão mortos tem um tempo.”

“Estão aguardando julgamento. Cronos foi manipulado por Gaia todo o tempo, ele nunca quis ser mau, os juízes estão analisando o caso dele tem quase duas décadas. Não tenha pena dos mortos, Hazel, tenha pena dos vivos.”

A alma de Percy apareceu no local e Hazel pode ouvir a voz de Annabeth gritando implorando para que ele voltasse. Em questão de segundos, Percy sumiu.

“Então... há como os demais voltarem?” uma pontinha de esperança surgiu na mente dela.

“Sim. Mas não creio que alguns queiram voltar.” Marie apontou para Ethan. “O último descendente de Salazar Sonserina. Durante anos Luke foi tentado pelos Eidolos e isso fez com que ele surtasse um pouco. Quando controlado, o rapaz se juntou as forças de Gaia e fez coisas para ela.”

“Como mandar Leo e eu para o único cano de esgoto que tinha um gigante cuspidor de fogo?”

“Sim. Como manipular os sonhos de Percy e Annabeth para mandarem vocês à casa dos Jackson. Luke só veio se dar conta de que ele não estava louco e sim controlado quando estava no meio do exército. Ele lutou bravamente e matou Ethan por acidente. Nêmesis está muito irritada. Ela espancou Luke com as próprias mãos, ele não está morto ou entre a vida e a morte, mas está quase vindo para cá. No momento apenas está desmaiado. Ethan não quer voltar, ele nunca quis ser um Comensal da Morte, a mãe o forçou.”

“Nêmesis abriu o Bunker Secreto na primeira vez, não foi? Por isso que Ártemis a odeia tanto.”

“Os Solace são os descendentes diretos de Helga Lufa-Lufa, por isso é que eles sabem quem são os descendentes de Sonserina. Ártemis sempre suspeitou que foi Nêmesis, mas não tinha provas. Mas sim, Nêmesis que libertou a Píton na primeira vez. Entenda Hazel, alguns tem motivos para voltar, como Castor e Dédalo, mas outros não. Ethan quer morrer. Prefere a morte do que voltar para o exército de Gaia. Júpiter estava muito doente na noite que foi morto, Michael e Lee eram os médicos que estavam cuidando dele e eles haviam contraído a doença. Eles também não tem motivos para voltarem e morrerem de tuberculose meses depois.”

Hazel olhou para a alma do querido diretor. Ele parecia tranquilo e bastante conformado com a morte, quase como se fossem grandes amigos.

“Há sim chances de que seus outros amigos voltem. Com um membro a menos ou rosto desfigurado, mas há chance sim. Eles apenas precisam ser fortes. Assim como você.”

“O que você faz aqui mamãe?” ela temia a resposta.

“Eu não sou sua mãe, Hazel. Sou Tântalo.”

“O deus da morte.”

“Sim. O senhor dos mortos me disse para que eu assumisse uma aparência mais tranquilizadora para que você não se assustasse. Você é uma heroína Hazel Marie Levesque. E os deuses querem que você saiba disso. Mas também querem que você seja forte. Lute. Volte à vida. Prove para essas almas perdidas.” Ele apontou para os que haviam morrido recentemente, com exceção de Ethan. “Que há sim razões para continuar vivo.”

“O deus dos mortos quer que eu motive almas a não irem para o Mundo Inferior?” Hazel franziu a testa, aquilo era mais irônico do que o Percy morrendo afogado.

“A morte não é tão ruim assim. A morte é melhor do que o amor, a morte é mais gentil que a vida. Mas todos vocês morreram em nome dos deuses. Vocês ouviram os deuses, deram suas vidas para que Gaia fosse parada. Mesmo com as Horcruxes destruídas, ela ainda precisa ser morta. Os deuses apreciam os trabalhos que todos vocês fizeram para proteger o Mundo Mágico e o mundo trouxa. Apenas... aceite a volta à vida como um obrigado.”

Hazel encarou Tântalo, que ainda se parecia com Marie Levesque, com o irritante do Gale no ombro. Hades havia lhe contado histórias antigas de que os deuses davam recompensas às pessoas que lhe serviam cegamente, que não questionavam e apenas serviam as ordens. Héracles virou imortal. Os deuses podiam não ser os mais bonzinhos do mundo, mas sabiam recompensar quem lhes servia. Ela nunca achou que a recompensa dos deuses podia incluir a volta à vida, mesmo que alguns ali ainda estando vivos.

“Em tempestade ou fogo o mundo irá acabar. Não é Percy, não é? Ele já destruiu uma Horcrux. Assim como Leo.” Hazel deu um meio sorriso.

“Pelo visto Annabeth não é a única inteligente do grupo. Jason. O único que não destruiu nenhuma Horcrux é quem deve matar Gaia. Não que isso signifique que ele é melhor que os outros seis, mas a profecia foi clara. Ou Leo. Ou Jason.”

“E o que não fosse seria o que faria a promessa que culminou na minha morte.” Hazel disse com a mente a mil. “Como eu faço para voltar?”

“Apenas queria voltar. Seja forte, concentre-se. E você voltará.”

Hazel bateu os calcanhares e disse três vezes:

“Não há nenhum lugar como nossa casa.”

Quando abriu o olhos, Tântalo continuava encarando-a tentando entender o que aquilo quis dizer. Hazel deu um sorriso envergonhado, fechou os olhos e se concentrou, logo sentiu uma dor imensa na barriga, a boca estava seca e ouvia muitos barulhos. Abriu os olhos e viu os negros olhos de Plutão cheios de lágrima, ele ficou mais pálido do que o normal quando viu que a filha não estava morta e começou a abraçá-la e beijá-la, dizendo que ela nunca mais deveria dar um susto desses. Ele deu um pouco de néctar para a filha, que sentiu-se melhor da imensa dor.

– Nunca mais faça isso comigo, ouviu? Eu te amo, Hazel. Não posso viver sem você! – Plutão disse, abraçando-a.

– Eu também te amo, papai. – ela disse fraca.

Correu os olhos pelo pátio principal. Estátuas e mais estátuas de ferro, bronze, ouro imperial, ferro estígio, bronze celestial e o que mais você pensasse destruíam os monstros que restavam do exército de Gaia. Clarisse cravava a própria lança no corpo mutilado de Ares, Leo parecia o Tocha Humana, Piper ajudava Apolo e Ártemis a levarem os feridos para o grande salão; Frank, em forma de elefante, lutava contra cães infernais com a ajuda de Lupa, Sra. O’Leary, Blackjack, Arion e Aníbal; Quíron e Will atiravam flechas em quem tentasse se aproximar do salão principal, a coruja de Annabeth e o cavalo de Percy espalhavam as Arais do céu enquanto Thalia, Luke e Bianca os protegiam. Isso foi o que mais surpreendeu Hazel, pois Nico havia dito que a irmã morreu na explosão da ponte coberta. Essas eram as pessoas em pé, os demais estavam todos machucados dentro do salão. Apesar disso, esse era o lado com vantagem. Os autômatos já haviam derrotado quase todos os monstros, traíras e Comensais da Morte.

Gaia estava travando uma batalha mágica contra uma belíssima mulher. Cabelos castanhos claros, olhos belíssimos cor de âmbar, toga grega branca e parecia ser uma bruxa muito poderosa. Não havia sinal de Jason. Todos dentro do grande salão quase morreram de susto quando viram Hazel levantar dos mortos e caminhar em direção ao pátio, mesmo com o Plutão gritando para que ela ficasse. Nico tentou impedi-la, mas ela tinha mais força que ele, o rapaz havia machucado gravemente o braço direito. Quando chegou perto de Percy e Annabeth, o casal tomou um susto pra filme de terror nenhum botar defeito, Hazel contou o que aconteceu, mas eles disseram que não sabiam onde Jason estava. Ele deveria ter aparecido juntamente com Lupa, uma loba amiga de Quíron, mas não havia sinal do loiro. Zeus, Hera e Thalia estavam surtando por causa disso.

– Não podemos ajudar. São poucas Arais, mas são as mais fortes. – Percy falou, ele tinha sangue cobrindo o rosto inteiro. – Nossos Patronos não são tão poderosos assim.

– Precisaremos dos Patronos dos Sete para darmos um jeito nesses sugadores de alegria. – disse Annabeth, claramente incomodada com a mecha cinza em seu cabelo.

– Ok. PIPER! LEO! FRANK! – Hazel chamou.

Piper e Leo logo apareceram, já Frank só faltou ter uma coisa. Ele deu um abraço muito forte na namorada e um leve beijo.

– FAN GIRLING!!! – Percy exclamou.

– Tá legal, agora se acalma cara. – disse Leo.

– Hazel... como?! – Piper disse abraçando-a.

– Longa história. Depois eu conto, precisamos nos livrar dessas Arais e ir procurar Jason. Ele é quem deve matar Gaia. – Hazel disse feliz por estar de volta.

– Beleza, vamos lá Team Leo, ergam suas varinhas. – Leo brincou, fazendo todos revirarem os olhos.

Os seis ergueram as varinhas, apontando para a Marca Negra e soltaram seus patronos. O cisne de Piper voou ao lado da coruja de Annabeth, o javali de Frank correu ao lado do cão de Hazel e do cavalo de Percy. O dragão de Leo era idêntico a Festus e liderou o grupo, logo o céu deixou de ser escuro e a marca sumiu. Eles puderam ver o sol nascendo e pássaros voando. Logo um barulho de tempestade foi ouvido, uma nuvem que mais parecia um cavalo surgiu no horizonte, Gaia empurrou a jovem bruxa contra uma pilastra e Leo deixou o grupo para socorrê-la. Aquela só podia ser Calipso. A nuvem na verdade era um cavalo, que Hazel descobriu depois que se chamava Tempestade, e quem o guiava era Jason. Ele parecia o deus do sol guiando um cavalo de raios, mas ainda assim Hazel achava que Percy era melhor que ele. Afinal Percy não vivia desmaiando e deixando os outros na mão. Gaia deu um sorriso maléfico e lançou a maldição da morte contra ele, mas os Patronos dos meninos funcionaram como um escudo. Tempestade e Jason desceram na passarela e ele ficou cara-a-cara com a bisavó.

– Olá Gaia. – Jason disse com a varinha em vão.

– Aurora. – ela brincou e fez uma reverência.

ATÉ GAIA SABIA DOS DEMAIOS DE JASON. Isso fez Leo, Frank e Percy caírem na risada. Hazel viu que Thalia estava apreensiva e que Luke a segurava para que ela não fizesse nenhuma besteira. Bianca e Nico estavam lado-a-lado, quase abraçados por causa do braço machucado do menino. Depois Hazel descobriu que Thalia estava sobrevoando a ponte coberta na hora da explosão e quando ela viu que a prima estava para morrer, fez a performance de sua vida com a vassoura e salvou Bianca por um tris.

– Sua hora chegou Gaia. Você está viva por muito tempo. – Jason disse tentando parecer corajoso.

– Eu não serei morta por um adolescente. – ela deu uma risada sarcástica. – E certamente não por um sangue ruim. Dê adeus à coisa patética que você chama de vida, Jason Grace. Aposto que lhe matar será tão prazeroso como a noite que eu matei sua mãezinha imunda.

Thalia parou de tentar se soltar dos braços de Luke. Jason estava estupefato, mas manteve a varinha levantada.

– Ah então Zeus não contou para vocês que eu matei Beryl? – ela riu.

– Não dê ouvidos a ela, Grace. – disse Clarisse.

– Mate-a. – disse Chris Rodriguez.

– Você matou a minha mãe? – Jason disse estranhamente sereno, mas a voz era pesada.

– Claro que sim. Quando eu ainda controlava Cronos. A matei primeiro, depois Maria di Angelo e quase consegui matar Sally Jackson e Marie Levesque. – Gaia sorriu.

Bianca teve que petrificar Nico, pois ele já estava gritando “Avadra Kedrava”.

– Vamos lá garotinho, mostre-me o trouxa que há em você. Pegue sua espada. Sangues ruins não deveriam ter varinhas. Morra igual a sua mãezinha trouxa, pegue sua espada. Ou você é covarde demais para erguer uma arma? – Gaia provocou.

– Jason. – Piper chamou com o máximo de charme possível na voz. – Respire fundo, ok. Ela só está fazendo isso para te deixar com raiva, assim você faz alguma besteira. Jason, me escuta. Sparky, por favor, não fique com raiva.

A sorte do Mundo Mágico ficou nas mãos de Piper. Se ela tivesse domínio total de seu poder, ela poderia fazer com que Jason pensasse claramente e todos estariam salvos. Se ela não tivesse, então... bem, ia todo mundo ficar pra sempre na estação limpa e branca de King’s Cross.

– Meu amor, me escuta. Pelo amor dos deuses, Jason. Acalme-se. – Piper disse o mais calmo possível.

– Ande garoto. – Gaia abriu os braços, provocando-o. – Mate-me se tiver coragem. Vingue a morte da sua mãezinha trouxa. Vamos lá, seu sanguezinho ruim. Mostre-me do que você é capaz!

As mãos de Jason pareceram tremer, por um milésimo de segundo Hazel viu a dúvida nos olhos dele.

– ESPECTRO! – Jason gritou e uma águia disparou da varinha branca dele, atingindo o peito de Gaia, ela pisou em falso, mas levantou a própria varinha e tentou matá-lo.

Era luz branca contra luz verde. Parecia até os sabres de luz Star Wars, só que o vermelho era branco. A águia do Patrono de Jason tentava acertar Gaia, que gargalhava feito uma cleptomaníaca, parecia que o tempo havia parado, que os corações de todos os vivos haviam parado por causa da ansiedade.

– Meu nome é Jason Laurel Grace. Eu sou filho de Zeus. Neto de Cronos. Descendente de Jasão. E pertenço à casa da Grifinória. – ele disse com raiva. – Durante anos eu usei a espada de Godric Grifinória, por tanto, você não tem nenhum direito de me chamar de covarde!

Di Immortales, deixa de conversa fiada e mate-a logo! – disse Calipso.

– AVADRA KEDRAVA! – Gaia gritou e a magia dela ficou mais forte.

– ESPECTRO PATRONO! – Jason gritou e a águia foi ganhando mais território.

Uma nuvem negra cobriu o céu e disparou um raio contra o rapaz, naquele momento todos achavam que era o fim, mas Jason havia conseguido, sabe-se lá como, um gládio. O raio tocou a ponta da arma e Jason apontou o objeto para a bisavó, Gaia explodiu na hora. A nuvem logo sumiu e Hazel pensou que talvez os deuses dessem mais do que apenas um presente. Jason, como praxe, desmaiou. Thalia e Piper correram até ele, Clarisse e Chris trocaram um beijo apaixonado, Calipso quase levantou Leo durante o beijo deles. Os demais comemoraram, mas a comemoração quase foi encerrada quando os mortos acordaram. A comemoração foi tanta que Malcolm quase beijou Zöe, mas ela atirou uma flecha no pé dele. Alívio era pouco para descrever o que todos sentiam. Das pessoas que Hazel viu no “limbo”, as únicas que não voltaram foram Ethan Nakamura, Reia, Íris, Bóreas e os demais Aurores. Quando Luke contou com suas próprias palavras o que aconteceu, Percy disse algo sobre finalmente entender o motivo do bicho papão dele ser ele mesmo, Luke estava lutando pelo controle do próprio corpo. Alguns casais estranhos apareceram, como Tyson e Ella, mas no geral, foi só alegria e comemoração.

Zeus e Hera, Hermes e May, Poseidon e Anfitrite, Dakota e Gwen, Jason e Piper, Thalia e Luke, Silena e Beckendorf, Miranda e Connor, Katie e Travis, Nico e Will, Leo e Calipso, Clarisse e Chris, Hazel e Frank, Grover e Júniper, treinador Hedge e Mellie, Annabeth e Percy... após a pequena festa de surtos, comemorações, beijos e Zöe flechando os meninos no pé, Hermes foi até o Ministério avisar o que havia acontecido. A festa pela paz durou em média de um mês ao redor do mundo e a Terceira Guerra (e a mais rápida) entrou para a história com a brincadeira de que todos foram salvos por um tijolo. Piper ficou com ciúmes do tal tijolo (é sério). No dia seguinte ao fim da guerra, os Sete estavam no Argo II pegando suas coisas para levarem aos seus dormitórios, Hogwarts foi reconstruída em menos de um dia (estilo Elsa, só que sem o gelo). Era uma manhã de sol forte para o outono, a brisa estava morna e reconfortável e parecia até mesmo um sonho.

– Vencemos. – Leo disse polindo a cabeça de Festus.

Ele usava calça jeans preta, All Star, camiseta social branca e suspensórios pretos. O cinto de ferramentas preso na cintura e o rosto melado de graxa.

– Vencemos. – Frank sorriu.

Frank usava calça jeans, tênis esportivo, camiseta vermelha lisa de mangas curtas e um casaco azul escuro puxado para o cinza. Era engraçado notar que havia paz. Que não havia mais nada para que eles se preocupassem além das N.I.E.M.’s e de recuperar as aulas perdidas.

– Vocês estão sentindo essa sensação de paz? – Piper falou, com os olhos fechados, ela estava deitada no chão, como se estivesse tomando banho de sol. O semblante tranquilo.

Piper usava short jeans, All Star de cano médio, blusa rosa da Hello Kitty, brincos de pena e tinha algumas tranças no cabelo, como sempre. Jason estava sentado ao lado dela, calmo. Ele usava bermuda marrom, All Star, uma camiseta lisa roxa e óculos escuros por causa da claridade. Hazel comia a torta que Calipso preparou para eles. Na verdade o grupo deveria estar tirando as coisas do navio e levando para seus dormitórios na escola, mas todos estavam mais interessados em curtir o dia de sol. Hazel usava calça jeans, tênis esportivos, uma blusa branca com uma camiseta xadrez azul acinzentado aberta e uma badana azul prendendo o cabelo. A brisa estava tão boa que funcionava como um calmante. Percy estava sentado encostado no mastro, dando um meio abraço em Annabeth, que descansava a cabeça no ombro dele. Paz. A tão querida paz.

– Não quero que isso acabe nunca. – disse Jason.

– Não vai. – Hazel sorriu.

Percy beijou a testa de Annabeth. Não havia mais nada para ele temer além de Atena. Ela usava short jeans, sandálias de dedo, uma blusa cor laranja e o belíssimo cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Ele usava jeans, tênis e uma camiseta polo azul, Contracorrente ainda estava no bolso, mas ele sabia que nunca mais teria que usá-la. Era uma manhã calma e feliz. Não havia mais mal. Não havia mais Horcruxes, mortes, sangues, mortalhas e nem enterros. Só havia a vida, que eles iriam viver felizes e sem medo.


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