Demigods in Hogwarts escrita por SeriesFanatic


Capítulo 48
A Terceira Guerra Bruxa




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A última refeição de cada um foi perto das duas da tarde. Vários estudantes foram para casa e os que ficaram foram obrigados a saírem da escola, Zeus disse que não queria nenhuma morte em sua consciência. Só iriam lutar as pessoas que sabiam se defender e que tiveram treinamento. Perto das quatro da tarde, todos colocaram suas armaduras, prepararam suas armas e escudos e colocaram suas varinhas em uma posição fácil para caso precisassem usá-la. Famílias passaram seus últimos momentos juntos, assim como amigos e namorados. Leo tinha um peso imenso na consciência, o plano de Sonserina, Corvinal, Lufa-Lufa e Grifinória era algo doido! Além de ser extremamente perigoso, era algo que tinha tudo para fugir do controle a cada segundo e podia causa muitas coisas ruins. Mas ele teve que fazer a burrada de jurar pelo rio Estige. Durante todo o dia, todos pressionaram Leo para que ele falasse o que havia visto no sonho, mas ele mentiu dizendo que apenas havia sonhado com Festus, o que causou um ataque de pânico coletivo. Faltavam duas Horcruxes. Não tinha como eles derrotassem Gaia.

– Festus deve ter dito algo! Nem que fosse em ruídos e chiados. Você fala esse idioma! – Piper exclamou com medo.

– Ele não disse nada, Pipes. Eu apenas estava voando nele. Só isso. – Leo disse olhando para Annabeth.

Havia contado o plano para ela e, infelizmente, a líder concordou. Quando o exército de Gaia foi visto, todos correram para o pátio de entrada, varinhas em mão e vontade para morrer. E quando eu digo exército eu quero dizer pra mais de mil monstros. Dentre eles benovalentes, lestrigões, gigantes, acromântulas, cães infernais, bichos-papões, esfinges, ciclopes, empousais, górgonas, Comensais da Morte e bruxos traidores. Gaia liderava, usando vestes de bruxos cor marrom, com Ares ao seu lado usando roupas vermelhas. As tropas marcharam tentando entrar em Hogwarts por todos os lados, com a líder esperando que as defesas da passarela fossem destruídas. Minerva havia feito com que os fantasmas (sabe-se lá como) ganhassem um corpo temporário e como eles já estavam mortos, ficaram na linha de frente na passarela, prontos para bater em quem tentasse adentrar pela porta da frente. Legionários e Centuriões se espalharam pelas entradas do castelo e por onde algum Comensal podia entrar usando pó de flu. Ao longe, Jason viu o campo de Quadribol pegar fogo e a raiva dele aumentou. Os bruxos tentavam usar magia para quebrar a barreira mágica, mas não estavam tendo muita sorte. Na ponte coberta, os irmãos di Angelo estavam sozinhos com mais de cinquenta monstros tentando adentrar. A cabana de Quíron pegava fogo ao fundo.

– Bianca... se eu morrer... quero que saiba que eu te amo. – Nico disse segurando a mão dela com força.

– Você não vai morrer. E eu também te amo. – ela apertou a mão dele e forçou um sorriso.

No lago, Percy e Tyson estavam juntos para impedir que alguém entrasse pelas águas. Jason e Thalia (quase vomitando de medo) voavam para observar o inimigo por cima. Annabeth e Malcolm estavam na torre de astronomia. Leo e Beckendorf estavam juntos em uma das passagens secretas. Piper e Silena estavam na torre da Grifinória para impedirem quem tentasse entrar pelo ar assim como os irmãos Grace. Frank e Clarisse estavam na entrada da cozinha. Hazel estava com o pai em uma das entradas laterais, ela podia sentir a morte se aproximando. Os adultos estavam no pátio de entrada, prontos para a maior parte do exército. As badaladas do grande relógio pareciam ansiosas para assistir o banho de sangue e os guerreiros estavam prontos para darem suas vidas. Vários Aurores do mundo inteiro estavam lá para ajudar os Ingleses, mas não parecia que ia dar em muita coisa. O inimigo parecia ansioso, eles gritavam para provocar os heróis, pois a barreira mágica estava quase cedendo. O coração de todos ou estava a mil ou congelados de medo. A chuva começou a cair e o ar estava tão frio que parecia avisar que vinha uma tempestade de neve por aí.

– Fico feliz por estarmos juntos. – Tyson disse com um fraco sorriso. – E morrerei feliz por ter um irmão como você.

– Eu também te amo Grandão. – Percy disse segurando as lágrimas.

– Se você sobreviver... lembre-se de mim, ok? – Tyson disse. O único olho castanho brilhava com a luz fraca.

– Sempre. – Percy segurou o choro. – Nada irá me fazer esquecer de você. Irmão.

– Obrigado. – Tyson sorriu. – Você é o melhor irmão do mundo, Percy.

Ele não teve tempo de responder. A barreira mágica foi quebrada e a Marca Negra brilhava no céu. Os monstros adentraram assim como os Comensais da Morte e Zeus desejou não ter tido uma crise de consciência e ter mandado todos os jovens inocentes que, provavelmente morreriam, para casa. Lutas e mais lutas foram travadas, não só entre armas e feitiços, mas entre ideologias. As armadilhas de Leo e os fantasmas ajudaram bastante , principalmente os irmãos di Angelo. Eles correram feito dois doidos em direção ao castelo enquanto os imensos monstros e Comensais corriam na direção deles na ponte coberta, quando chegaram ao medo Bianca disparou faíscas e acendeu os explosivos, mas ela não foi tão rápida como Nico e terminou caindo da ponte de madeiras explodidas juntamente com os muitos inimigos. Quando ele percebeu o que havia acontecido, começou a chorar incontrolavelmente, gritando o nome da irmã e chamando pela mãe. A dor no peito de Nico era maior que o infinito e completamente inexplicável.

Perto dali, Arais atacavam pelo céu. Jason, voando sozinho, tentou o feitiço do Patrono várias vezes, mas não conseguia que sua águia ganhasse vida. Thalia, em uma vassoura, teve que o empurrá-lo várias vezes para que ele não fosse morto. Na torre, Piper e Silena também tentavam espantar as Arai do local, sem muito sucesso. Em todos os cantos os heróis estavam sendo derrotados. Não havia esperança. No lago, Percy estava sendo atacado por mais de trinta lestrigões ao mesmo tempo, enquanto Tyson tentava, em vão, impedir que mais monstros chegassem perto do irmão. Annabeth e Malcolm lutavam contra bruxos traidores, ela sempre tentava fazer com que o irmão saísse do caminho para não se machucar. Mas eram setenta contra dois. A batalha estava perdida. Gaia iria vencer. O Mundo Mágico estava fardado a derrota, a extinção dos “impuros”. O reinado de dor e medo estava para começar. Gaia desfilou pela passarela até o pátio principal e riu quando viu a escola destruída, com vários tijolos no chão e muitos corpos espalhados. Ainda havia gente lutando, mas ela sabia que iria ganhar, já não restava mais tanta gente viva.

Beckendorf havia dito para Leo ir embora, ele podia tomar conta do exército de gigantes que os estavam atacando. Disse que ele poderia ir executar o tal plano. Leo se arrepende até hoje de ter dado ouvidos ao primo. Beckendorf foi morto minutos depois que Leo encontrou Annabeth. Os dois correram para a torre da Grifinória, explodindo a porta já que não sabiam a senha, e encontraram Piper quase pulando da varanda, com lágrimas nos olhos e o rosto do cadáver de Silena desfigurado. Jason tinha dificuldades de lutar contra um drakon de pele verde que cuspia ácido, a espada dele não estava ajudando. Não havia sinal de Thalia. Leo puxou Piper para fora do local, ela continuava louca esperneando pela irmã, ele a pegou no colo e correu com ela até o salão principal, onde encontraram alguma menina do sexto ano da Lufa-Lufa sendo morta por um lobisomem.

– AVADRA KEDRAVA! – Piper gritou apontando a varinha para o homem que se alimentava da moça.

Leo se surpreendeu com a força da amiga. Ele também viu Lacy, Daniel, Sherman, Mark e Castor lutando contra dois gigantes. Annabeth assoviou e isso distraiu Jason, que foi acertado na cabeça por um tijolo voador jogado por alguém e ele caiu de uma altura de quase cem metros. Blackjack chegou assim que Annabeth notou o estrago que fez, ela montou nele e conseguiu pegar o rapaz antes que ele virasse panqueca no chão. Eles pousaram no pátio principal, onde Nico lutava juntamente com Pólux e Clovis contra três cães infernais, e os adultos estavam sendo derrotados pelas tropas que Ares liderava. Gaia estava no fim da passarela rindo e sentindo-se extremamente satisfeita com a cena. Zeus e Ares lutavam varinha contra varinha e ambos pareciam dispostos a morrerem.

– Blackjack, leve o Jason para longe daqui. Vá para a Floresta Negra. Ache Grover, Júniper e Drew, eles saberão o que fazer com ele. – Annabeth ordenou.

O pégaso relinchou e levantou voou com o rapaz desmaiado. A espada de ouro imperial de Jason estava nas mãos de Annabeth. Ela cruzou o campo de batalha analisando o que ocorria. Gwen, Dakota e Hylla estavam prestes a serem mortos por um gigante; Reyna lutava juntamente com Jake Mason e Will Solace contra um grupo de vinte Comensais da Morte; Lou Ellen, Shane e Harley voavam em pégasos perseguido Arais; Nyssa, Mitchell, Cecil, Leila, Austin, Kayla e Christopher lutavam contra algumas aranhas gigantes; Connor, Travis, Miranda e Katie lutavam contra um drakon imenso que não podia voar. Poseidon, Sally, Atena, Frederick e May Castellan estavam ocupados demais lutando contra Comensais da Morte; Hera, Deméter, Íris, Hécate, Héstia, Ártemis e Dionísio estavam dentro da escola fazendo sabe-se lá o que; Apolo, Hermes, Hefesto e Marte lutavam contra empousais bem perto de onde Gaia dava gargalhadas. Annabeth aproveitou que Apolo caiu no chão, contra uma pilastra e foi falar com ele.

– Preciso de uma distração. – ela sussurrou.

– Não sei se você notou, mas eu estou meio ocupado. – ele respondeu limpando o sangue do próprio crânio.

– Acredite no meu plano. Preciso de uma distração sua. Vai dar certo. – ela disse firme.

Apolo nunca entendeu o motivo de ter acreditado nela, mas fez o que a menina pediu. Ao invés de ir lutar contra a empousai chamada Kelli, ele correu para o meio do pátio e usou a varinha para aparecerem microfones, caixas de som, globo espelhado, efeitos de luz e tudo que um show de música eletrônica pudesse ter. Isso fez com que todo mundo parasse de acertar o adversário com algum feitiço ou abaixassem suas armas, Gaia franziu a testa e só faltou cometer suicídio quando Apolo apareceu usando meia calça, vestido amarelo de paetê, maquiagem, peruca loira e óculos escuros que brilhavam. Para PIORAR a situação, Dionísio e Hermes usavam a mesma coisa, só que com vestidos rosa e roxo.

– Se sobrevivermos a isso, eu te mato. – Dionísio disse com raiva.

– Se sobrevivermos por causa disso, você vai ter que ser meu elfo doméstico pro resto da vida. – Apolo brincou antes de pegar no microfone e fingir ser Sharpay Evans.

– Mas que tártaros...? – Ares disse com o rosto coberto de sangue.

– Não faço a mínima ideia. – Zeus respondeu segurando Ares pela gola da roupa, com o punho direito prestes a dar um soco nele.

– MUITO BOA NOITE, SENHORAS, SENHORES. E KELLIE. – Apolo anunciou no microfone com sua melhor voz estilo gás hélio.

– O que foi que eu fiz para merecer isso?! – Will disse pálido.

– MEU NOME É APOLA E ESSAS SÃO AS MUSAS. – Apolo disse alegre.

– Eu vou matar ele. – Hermes disse, morrendo de vergonha.

– E HOJE NÓS VIEMOS AQUI PARA ANIMAR ESSA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL QUE ESTÁ DE MATAR!!! – Apolo piscou para Gaia e deu um sorrisinho estilo Kurt Hummel.

– Vou ali cometer suicídio e já volto. – Will estava pasmo.

– AH QUAL É GENTE! GUERRA NÃO É GUERRA SE NÃO TIVER MÚSICA TEMA NÉ! – Ele colocou as mãos na cintura e fez uma pose. – VAMOS LÁ DIONÍSIA, SUA VEZ DE COMEÇAR A ANIMAR A FESTA!!!

Todos, inclusive os monstros, olharam para Dionísio que estava atrás de Apolo e ao lado de Hermes, no backing vocal. Percy quase teve um ataque cardíaco quando chegou ao local, Tyson e Ella caíram na gargalhada. A harpia havia aparecido para salvá-los juntamente com Grover, o treinador Hedge, Quíron, Júniper, Mellie, Bessie, Arco-Íris, Tempestade, Zöe Doce-Amarga, Bóreas, todos os alunos de Beauxbatons, Durmstrang, Instituto de Bruxas de Salem e da Brazilian Wizarding School. Até mesmo Aracne estava no meio juntamente com Dédalo e Sra. O’Leary. Eles apenas estavam esperando ordens para poderem entrar em cena. Dionísio pegou o microfone e deixou que seu lado Beyoncé aparecesse.

– At first time I was afraid, I was petrified. Kept thinkin’ I could never live without you by my side. But then I spent so many nights thinkin’ how you did me wrong. And I grew strong and I learned how to get along. Well now go! Walk out the door! Just turn around now, ‘cause you’re not welcome anymore! I gonna I, I’ll survive! Oh as long as I know how to love, I know I’ll stay alive! – ele cantou errando feio a ordem das estrofes.

– Por que é que o pai tá cantando I’ll Survive? – Castor disse, pasmo.

– Eu quero saber como é que ele conhece Gloria Gaynor. – disse Pólux.

– Me dá isso aqui! – Hermes puxou o microfone de Dionísio. – And ever as I wander, I’m keeping you in sight. You’re a candle in the window on a cold dark winter’s night. And I’m getting closer than I every thought I might…

– Por que é que o seu pai tá cantandado REO Speedwagon? – Miranda perguntou.

– Me mata. – essa foi a resposta de Connor.

Annabeth aproveitou que todos estavam distraídos para seguir com o plano de Leo. Frank chegou mancando no pátio, com Piper chorando e Leo ao lado deles. Percy também estava ali e Jason estava sendo protegido por Quíron. Annabeth aproveitou que Apolo cantava Dancing Queen com Hermes e Dionísio no coro (deixando todo mundo em choque. Nem a própria Gaia sabia o que fazer) e correu para frente deles com a espada de Jason em mãos. A última Horcrux. A espada de Godric Grifinória. Somente um verdadeiro membro da Grifinória podia segurar aquela espada. Quando Percy notou o que Annabeth ia fazer, já era tarde demais. Ela já havia enfiado a espada em seu próprio estômago. O show parou, o choque do suicídio foi maior do que o choque de Apolo, Hermes e Dionísio dando uma de boy band. Atena deu um grito imenso e caiu no chão chorando, com Frederick a segurando para que ela não fizesse nenhuma besteira. Minerva petrificou Malcolm antes que ele corresse até a irmã morta. Piper caiu no choro, até Rachel chorou. Gaia começou a rir e apontou a varinha para o corpo caído no chão. Ambos os lados estavam parados.

– Essa é a verdadeira definição de burrice. – Gaia se ajoelhou ao lado do corpo e cutucou o rosto dela com a varinha. A voz era seca como as terras do nordeste brasileiro. Os olhos cor de café brilharam. – Corvinos... prezam tanto a inteligência e no fim... a herdeira de Rowena Corvinal cometeu suicídio por ter medo de lutar. Menina tola. Menina burra.

Tyson segurava Percy, que se contorcia tanto que parecia estar tendo convulsões e gritava mais do que Atena. Uma cachoeira caia dos olhos dele, enquanto Gaia parecia que estava assistindo o melhor filme de comédia do mundo.

– Sangues ruins são tão covardes que dá nisso. – Gaia disse, feliz. – Você realmente acha que conseguiu destruir a sexta Horcrux enfiando ela em seu próprio estômago, garota tola? – ela deu uma risada maléfica. – Deixem o moleque lamentar a morte da namoradinha... – Gaia apontou para Tyson. – Por isso que eu gosto tanto de Romeu e Julieta. É real, assim como a vida. Não existe tal coisa como “final feliz”. O bem nunca vence, por isso que todas as espécies amam histórias com finais felizes, porque na vida real isso não acontece. Venha meu bisneto, venha chorar pela perca do seu amor.

Todos olharam para o rapaz que correu, beijou e chorou por um cadáver extremamente pálido. Frank ergueu a varinha para o céu e os demais o imitaram, um sinal de luto. Nico caminhou até o lado de Percy e colocou a mão no ombro dele. A primeira vez que Percy viu a morte de Annabeth, aquela mesma cena, foi no fim de seu primeiro ano em Hogwarts. Ele sempre achou que tinha sido um sonho e que aquilo nunca iria acontecer. Mas ali estava o cadáver frio e pálido de Annabeth Palas Chase.

– Percy... – Nico segurou o choro.

Gaia gargalhou e abriu caminho para que um gigante passasse pela passarela. O gigante de quase dois metros carregava o corpo de Luke, que tinha uma espada atravessada no tórax e sangue saindo na boca. May, Travis, Hermes e Connor caíram em desespero quando viram o rapaz morto. O gigante jogou o corpo de Luke para perto de Poseidon.

– Na noite em que você matou meu filho, você assinou a sentença de morte do mundo. – Gaia disse com raiva. – Ainda assim... essas seis crianças acharam que iriam conseguir destruir todas as seis Horcruxes... como as crianças de hoje em dia são tolas, não é? – ela se abaixou e pegou a espada de Godric Grifinória. – A espada que Jasão roubou para poder entrar na guerra... ainda está intacta, ou seja... eu ainda sou imortal.

– Seis? – Clarisse disse se apoiando em Chris, ela havia quebrado a perna. – Não eram sete?

– Eram sim. – Frank franziu a testa.

– Cronos nunca tomou sangue de unicórnio, não foi? – Reia apareceu entre os destroços da escola destruída e Gaia deu um sorriso sarcástico quando ouviu tal frase.

– Não. E ele nunca foi uma má pessoa. Nunca. – ela passou por Hades, Deméter, Héstia, Zeus e Poseidon, apontando a varinha para cada um deles. – Cronos foi um menino bondoso... creio eu que teria ido para a tal da Lufa-Lufa... era um amor de pessoa.

– A sétima Horcrux. – Hazel disse aparecendo ajudando o pai a andar, Plutão estava gravemente ferido. – Cronos era a sétima Horcrux.

– Muito bem garotinha. Com o tempo, a parte de minha alma começou a dominar meu filho, a consumi-lo e a obrigá-lo a fazer o que eu queria! – ela sorriu orgulhosa. – Cronos sempre foi covarde demais para chegar ao poder, para ser lembrado e temido. Eu o controlei. A única pessoa que fazia com que ele ganhasse o controle do próprio corpo de volta foi você Reia. – o sorriso sumiu. – Achei que fazer com que ele torna-se a vida dos próprios filhos um inferno faria com que você terminasse com ele e assim eu poderia voltar a ter 100% do controle. Mas não. Poseidon e Atena foram mais rápidos. Não é a toa que a sangue ruim da sua filha tenha escutado sua voz gritando quando eu a torturei na noite em que Cronos foi morto. As Arais forçam as pessoas a reviverem os momentos mais felizes de suas vidas e fazem com que eles virem pesadelos.

Todos olharam para Atena, ela parecia tão frágil e vulnerável que ninguém entendeu como ela conseguia estar em pé. Percy notou que os olhos de Luke estavam amarelos, iguais ao bicho papão com quem o rapaz lutou no Labirinto de Dédalo durante o Torneio Tribuxo. Quase como se Luke estivesse sendo possuído.

– A pequenina bebê Annabeth estava com a mãe em um apartamento. Algo que bebê nenhum lembraria, mas aquele foi o primeiro contato que ela teve com seu destino. Foi naquela noite que Annabeth chegou perto de uma Horcrux pela primeira vez. A líder dos Sete. Aquilo foi importante para ela. E mesmo após Poseidon matar o próprio pai e destruir a primeira Horcrux... ainda assim Annabeth se lembrava da mãe sendo torturada como algo bom. – ela riu sínica.

– Isso não faz sentido. Se Poseidon destruiu a primeira Horcrux, então como Annabeth é quem é a líder? Deveria ser o Percy. – Piper sussurrou para Leo.

– É porque a Horcrux não foi destruída naquela noite. – Hazel disse e segurou a mão de Frank com força. – Lembre-se do que Rômulo lhe disse.

– Ele apenas me chamou pelo meio nome do meio, como se Fai fosse meu primeiro nome. – Frank deu de ombros.

– Nada é o que parece. – Hazel disse, mas a voz dela estava diferente.

Ela caminhou até Percy, Annabeth e Nico. Frank e Piper se entreolharam, sem entender o que estava acontecendo. Leo tirou a varinha do cinto de ferramentas e petrificou Frank, assustando quem estava próximo.

– MAS QUE? CÊ TÁ DOIDO?! – Piper disse colocando a cabeça de Frank em seu colo.

– Lamento Pipes, mas era segredo. – Leo disse sentindo-se culpado.

– O que...? – Piper tentou dizer, mas olhou para Hazel.

Não era Hazel. A pele castanha foi virando clara, os cabelos negros cacheados deram lugar a cabelos loiros encaracolados. A camiseta roxa virou laranja. Então o cadáver que Percy abraçava como se sua vida dependesse daquilo, mudou de forma. Percy e Nico quase tiveram um troço quando viram que a verdadeira Annabeth estava viva.

– Quando Cronos descobriu que ele mesmo era uma Horcrux, ele pediu ajuda para a bruxa mais poderosa que conhecia. Marie Levesque. Queria que ela retirasse a alma da própria mãe do corpo para poder ser feliz, mas a magia era muito poderosa e o pedaço da sua alma passou para o corpo de Marie. Como ela estava grávida de Hazel, Marie enlouqueceu enquanto a filha dela virou uma Horcrux. – disse Annabeth. – A espada de Godric Grifinória só pode ser segurada por alguém que pertence a casa. E também é a lâmina maldita da profecia. A lâmina maldita deve ceifar a alma do herói.

Plutão caiu no chão quando identificou o corpo que Percy segurava, Nico não aguentou e caiu em desespero. Quem havia cometido suicídio foi Hazel Marie Levesque, enquanto ainda estava sobre efeito da poção polissuco. Por isso que ela havia conseguido segurar a espada. Gaia olhou mais atentamente para o objeto que segurava, a espada de Godric estava ali, normal, mas era só isso. Só uma espada. Não era mais uma Horcrux.

– Leo prometeu que seguiria cada passo do plano e o plano acabou na morte de Hazel. – Annabeth explicou o fim da profecia. – Uma Horcrux atacando a outra... ambas destruídas.

Gaia deu um passo para trás, incrédula. Percy não sabia o que falar, estava pasmo demais, assim como todos os demais, fossem vilões ou heróis. O único barulho que se ouvia era o do choro de Plutão segurando o cadáver de Hazel e dos soluços de Nico. Annabeth tirou a varinha das vestes e apontou para Gaia.

– Hora de terminarmos com isso. – disse séria.


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Notas finais do capítulo

Simplifiquei a guerra porque se eu fosse escrever em cada detalhe, ia dar uns quatro capítulos.