Demigods in Hogwarts escrita por SeriesFanatic


Capítulo 35
Os Marotos




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– Isso é uma péssima ideia! – disse Jason.

– Se você disser isso de novo, eu enfio minha lança elétrica na sua cara! – Clarisse respondeu.

– Não fala assim com ele! – Piper exclamou.

– Calem a boca! – disse Reyna. – Falem só um pouquinho mais alto e seremos mortos!

Um grupo estava de prontidão no Argo II, que flutuava no modo invisível em cima da casa de Poseidon. O outro grupo foi ver o que estava acontecendo. Pelo que Piper entendeu, Percy e Annabeth sonharam que o antigo professor de adivinhações estava sendo atacado por alguém; alguém muito poderoso. Como Hogwarts estava em um sistema de ditadura, não tinha como nenhum deles avisar a Legião para irem socorrê-lo. A sorte é que, no sonho de Annabeth, ela viu as coordenadas geográficas do local. Quase como que Hal Green estivesse influenciando aquele sonho, mas a loira duvidava disso, o professor não parecia nem mesmo ter ser um bruxo.

– Me expliquem de novo, porque é que Annabeth e Percy foram sozinhos naquela casa? – Leo disse brincando com algumas peças velhas.

– Por que eles é quem tiveram o sonho. – Cris respondeu.

– Percy cresceu naquela casa, ele sabe tudo sobre o local. – Hazel explicou.

– E lembrem-se que ele recuperou a memória. – Frank acrescentou.

– Espero que usem camisinha. – Reyna comentou.

Todos, inclusive o treinador Hedge, olharam para ela como se estivessem prendendo um sorriso. Na casa escura de verão, Annabeth estava invisível com seu boné, enquanto Contracorrente iluminava um pouco o local. Tudo parecia perfeitamente organizado, como Sally deixava depois da limpeza semanal. Foi então que Percy lembrou que os pais haviam se divorciado. Ele não sabia se estava com raiva ou feliz.

– Tem alguma coisa errada. – ele disse sério.

– O que? – ela sussurrou.

– Está tudo no lugar. Se Hal Green e Júpiter estavam escondidos aqui para não irem pra Alcatraz ou serem torturados pelo Ministério, então como é que tudo está exatamente como minha mãe deixa depois da faxina?!

– Faz sentido. – Annabeth disse voltando da cozinha e tirando o boné da cabeça. – Está tudo limpo. Não há sinal de ninguém.

– Talvez... Gaia e os Comensais da Morte os mataram duas noites atrás ou os levaram para... ah sei lá se eles têm alguma cede ou quartel general. – Percy deu de ombros.

– Percy, está tudo normal. Não parece que alguém vem aqui há meses. – ela passou a mão em um dos móveis e mostrou a poeira nos dedos. – Se eles tivessem pego Hal Green ou Júpiter Grace, no mínimo teriam quebrado alguma coisa ou haveria traços de sangue em algum lugar. Aqueles dois não iam se entregar assim, não sem lutar.

– Tem razão. Eidolos idiotas! – ele exclamou chutando o pé do sofá de leve.

– Espere... o que? – ela se assustou.

– Eidolos. Foi o que o Will disse. Que eles trabalham para Gaia. Normalmente ficariam fora de Hogwarts por causa da barreira mágica de proteção. – ele disse sentando no sofá da cor de seus olhos.

– Faz sentido. Se Juno está trabalhando para Gaia e controlando a escola, ela poderia facilmente ter aberto uma brecha na barreira mágica, permitindo que os Eidolos passassem. – Annabeth sentou ao lado dele. – Fomos enganados.

– Eu notei isso quando vi você e os demais presos naquelas cadeiras de tortura. – ele respondeu meio avoado.

– Não é isso, Cabeça de Alga. – sem perceber, Annabeth colocou a mão na cocha direita dele, como se fosse um hábito tocá-lo naquela parte. – Eidolos podem controlar as mentes. São melhores do que os feitiços de controle mental. Vamos dá o fora daqui! – levantou.

– Pera... o que? – ele disse indo atrás dela. – O que está acontecendo?


– Gaia nos enganou? – Reyna perguntou em pé atrás de Leo.

– Exatamente. – Annabeth afirmou. – Acho que a intenção dela era nos mandar para o lugar errado.

– E porque ela nos mandaria para a casa de Poseidon? – Hazel perguntou.

– Não sei. Mas tenho certeza que foram os Eidolos que mostraram aquele falso sonho para Percy. Não sei como conseguiram fazer com que eu também visse o falso sonho... mas o que importa é que ela tentou nos distrair. – Annabeth respondeu.

– Então... Hal Green e Júpiter estão bem? – Jason perguntou preocupado.

– Isso eu não sei. – Annabeth confessou.

– Talvez nem estejam no país. – disse Frank.

– Ou podem estar em um dos abrigos ultrassecretos da Legião. – Clarisse sugeriu.

– Hogwarts! – Reyna exclamou. – Qual é! Juno passou o ano letivo inteiro com a gente. Controlando tudo e todos lá. Acham mesmo que ela não sabia da Armada?!

– Essa não! – Annabeth entendeu o raciocínio da amiga. – Leo, vá ao deck superior, diga ao Hedge para mudar o curso para Hogwarts. Agora.

– Sim senhora capitã Chase. – ele bateu continência e saiu da sala.

– O que é que tem em Hogwarts? – Piper perguntou.

– É o que Reyna disse, Juno controlava tudo e todos. Não acham meio conveniente ela só ter tentado nos matar no fim do ano letivo? Logo quando Gaia está mais forte. Forte o bastante para atacar qualquer bruxo poderoso que se meta em seu caminho? – disse Annabeth. – Juno fez isso de propósito. Esse era o plano.

– Quer dizer que ela deixou ser derrotada pelo Nico para que nós fugíssemos da escola, deixando Hogwarts quase desprotegida para que Gaia pudesse atacar e ter sua cede de sangue saciada?! – Percy disse e todos olharam para ele espantados. – Qual é, eu não sou lesado TODO o tempo.

– Por incrível que pareça... e eu nunca pensei que fosse dizer isso... Percy está certo. – disse Reyna.

– Mas por que Gaia atacaria Hogwarts? Tá... cede de sangue, essa parte eu entendi. Mas não seria mais prudente ela atacar o Ministério? – disse Piper.

– É, é no Ministério que trabalham as pessoas importantes. – disse Frank.

– LEO! – Jason gritou se levantando e correndo em direção ao deck superior, todos foram atrás dele, já que aquele não era o comportamento normal do rapaz. – Leo, dirija o Argo II até o Ministério da Magia!

– Querem decidir logo para onde tártaros nós vamos?! – Hedge grunhiu.

– Jason... o que...? – disse Chris.

– Rachel. Gaia quer a Rachel. Ela não se importa em matar agora ou depois as pessoas importantes. Honestamente, eu acho que ela as querem vivas. Para depois humilhas como seus escravos ou algo parecido. – ele disse indo em direção à proa. – Rachel é a única coisa importante no Ministério.

– O que é uma Rachel? – o treinador Hedge perguntou.

– Rachel é uma pessoa, treinador. – disse Jason. – Um Oráculo. O primeiro Oráculo trouxa da história do Mundo Bruxo. Ela está em cativeiro no Ministério, para caso Gaia ou Cronos tentem atacar.

– A RACHEL O QUE?! – Percy exclamou com raiva.

Annabeth desviou o rosto, para que ninguém visse que suas bochechas estavam vermelhas de ciúme e raiva.

– Ela foi visitar seu pai no início do ano passado, Percy; avisá-lo do retorno de Gaia. Na época, Poseidon ainda confiava em Zeus. Os filhos de Cronos a mantiveram no Ministério desde então, mas só porque ela pode ver o futuro. Nenhum deles acreditaram na história de que Gaia iria retornar. – disse Jason.

– Isso até a morte do Octavian no Torneio Tribruxo. – Hazel acrescentou.

– Octavian era uma espécie de profeta. Ou áugure como é chamado pela Legião. Ele não podia, exatamente, prever o futuro, mas sabia ver coisas nas entranhas dos animais. Ele e a família eram protegidos pelo Ministério Búlgaro até a morte dele. – disse Reyna. – Viemos descobrir isso quando entramos para a Legião.

– Por isso que a profecia disse que o Profeta iria morrer... – Percy pensou alto.

– Vamos lá Festus, você ouviu o Super-Homem loiro, para Londres! – Leo disse hiperativo.

Eles chegaram a Londres perto das nove da noite. O treinador Hedge conseguiu convencê-los a usarem armaduras completas para o combate. A sorte era que o Argo II podia ficar invisível para quem visse debaixo, o que fez Leo brincar dizendo que eles eram os Vingadores. Todos foram para o Ministério pelas privadas e TINHAM QUE estar certos, do contrário, Thalia estaria liderado os poucos Legionários na escola sozinha. Mas deram sorte. Bem, eu realmente preciso redefinir minha definição de sorte. Zeus, Poseidon e Hades lutavam contra a vovó demoníaca deles. As três varinhas dos irmãos não estavam conseguindo impedir o Avadra Kedrava dela. Hal Green estava estirado no chão, morto. Luke e Beckendorf faziam um escudo com suas varinhas em volta de Quíron, que estava caído no chão, com a perna quebrada. Os Comensais da Morte lutavam contra os demais membros da Legião: Apolo, Ártemis, Dionísio, Atena, Hefesto, Afrodite, Hermes, Belona, Hera, Deméter e Dédalo. Parecia uma cena de cinema.

A sorte deles era que o treinador havia ficado no navio. Do jeito que Hedge era, ia correr pra cima de Gaia com o bastão de baseball e seria morto em uma fração de segundos. Gaia era mais horrenda com seu corpo normal do que com nos sonhos – se é que era possível. O cabelo era marrom cor de chocolate, todo seco e quebradiço, os olhos pareciam dois grãos de café. A pele parecia seca e desidratada, mas ainda assim, ela era alta, magra e parecia com uma modelo de vinte anos. Uma modelo de vinte anos demoníaca, assassina e com pele e cabelos ressecadíssimos. Usava apenas um vestido preto de paetês e estava descalça. Não parecia estar fazendo esforço nenhum para matar Poseidon, Hades e Zeus. Na verdade, parecia até que ela estava se divertindo. Percy correu o olhar à procura de Rachel, mas não havia sinal do pesadelo ruivo em canto algum. Gaia não mataria alguém tão poderosa e valiosa quando Rachel.

– Frank, Hazel, Reyna, Chris, vão ajudar Luke e Beckendorf. – Annabeth ordenou e eles correram em direção a Quíron. – Os demais vão ajudar os Centuriões. Percy e eu tomamos conta de Gaia.

– Por que sempre são vocês dois? – Jason reclamou.

– Por que ela quis o nosso sangue, carne e ossos. – Percy disse tirando a varinha das tiras da armadura grega. – Deixa o ciúme pra lá Aurora, isso faz mal pra saúde.

– Ao menos eu já beijei uma garota. – Jason retribuiu jogando um galeão para cima e pegado uma espada.

Piper corou antes de ir ajudar a mãe na batalha. Clarisse deu de ombros e foi em direção ao próprio pai, com raiva pela traição. Ares lutava contra Marte, seu filho mais velho.

– Saiam daqui! – Poseidon ordenou quando viu Percy.

– Isso não é para crianças! – disse Hades.

– Eu tenho quinze! – disse Percy. – ESPECTRO! – apontou a varinha para Gaia.

Ela parecia tão concentrada em manter o próprio feitiço, que caiu para trás quando o cavalo de luz branca a atingiu. Os três adultos quase caíram no chão de cansaço.

– Boa Percy. – Annabeth sorriu e levantou a varinha.

– Crianças, deem o fora daqui. – disse Zeus com a voz fraca.

– Vocês terão o mesmo destino de Hal Green se nos formos embora. – Annabeth disse apontando para Gaia.

– Cadê Rachel? E Júpiter? – Percy perguntou, fazendo Annabeth morrer de ciúme.

– Em um lugar seguro. – Hades falou enquanto se levantando do chão. – Agora deem o fora daqui!

Gaia se levantou numa velocidade surpreendente, parecia até uma pena flutuando. No impulso, Annabeth soltou um feitiço de pressão, empurrado os três irmãos para longe. Percy novamente fez com que a luz em forma de cavalo, seu patrono, atingisse sua bisavó, mas dessa vez ela estava preparada. Desviou do cavalo e tirou uma espada sabe-se lá da onde. Era marrom e preta, parecia até que tinha sido feita de pedras preciosas. Annabeth sacou a adaga e tentou lutar contra ela, mas não deu muito certo, Gaia a feriu gravemente no pulmão direito. Percy, com toda sua fúria, desferiu um golpe com Contracorrente que, provavelmente, seria o suficiente para decapitá-la. Mas apenas fez com que um líquor dourado jorrasse do pescoço dela. Não pareceu machucar muito, pois ela continuou investindo contra ele.

– HAZEL! – Frank chamou enquanto estava na forma humana, acertando duas flechas nos olhos de um Comensal da Morte. – A ESPADA!

Frank sabia sobre os poderes de Hazel com pedras preciosas. Ele percebeu isso no final do primeiro ano. Ela também sabia da habilidade dele de multar para qualquer animal que quisesse. Segundo Emily Zhang, Marte, com a ajuda do Ministério, tentou fazer com que o bebê Frank de dois meses de idade virasse um animago. Ele tinha medo que Ares atacasse a casa dos Zhang em Notting Hill e tentasse matá-los. Se Frank pudesse se transformar em algum animal, poderia fugir do avô. Mas, por o menino ser muito pequeno, o feitiço saiu pela culatra. Frank era capaz de se transformar em QUALQUER animal que ele quisesse. Hazel descobriu isso quando, sem querer, o rapaz se transformou em uma fuinha no meio de uma brincadeira de esconde-esconde. Ela também sabia que a vida dele dependia de um pedaço de madeira, esse foi o efeito colateral por poder dar uma de Mutano dos Jovens Titãs. Eram tantos Franks, que a vida dele precisava estar ancorada há alguma coisa. Hazel herdou a habilidade de controlar as riquezas da terra por causa de algo que sua mãe enjeriu durante a gravidez, que foi a mesma coisa que fez Marie ficar esquizofrênica.

– Tá legal! – Hazel bateu com o cabo da espata na cabeça do Comensal da Morte com quem ela lutava e foi para a barreira de proteção ao redor de Quíron.

– O que você está fazendo?! – Luke perguntou incrédulo. Ele tinha cortes e arranhões por todo o corpo.

Hazel fechou os olhos e se concentrou. Percy estava caído no chão, com um corte muito feito na testa, Annabeth estava logo atrás dele, fazendo pressão contra sua própria caixa torácica, para que não perdesse mais sangue ainda. Gaia levantou a espada e estava prestes a abaixar contra o casal e matá-los. Hazel achava isso hilário. Mesmo no Mundo Bruxo, onde todos podiam duelar com magia, as pessoas preferiam duelar com armas. Quase todo mundo tinha um escudo e alguma arma de ataque. Não importava se você fosse rico, pobre, nascido trouxa ou sangue puro. Ela pode sentir a espada de metal. Fez um leve movimento com a mão e sentiu a espada penetrar na pele marrom seca de Gaia. A voz da feiticeira era seca e horrível. Quando abriu os olhos, ela viu que não havia mais Comensais da Morte. O sangue dourado de Gaia estava no chão, mas nenhum sinal dela. Os adultos pareciam em choque.

– ESSA É MINHA NETA! – Hades gritou todo machucado. – É ASSIM QUE SE FAZ!

– Parabéns Hazel! – Frank sorriu dando um abraço de urso nela, na forma humana.

– Néctar! – Atena grito para Apolo.

O loiro correu até o casal caído no chão, Percy parecia péssimo e Annabeth estava pior que ele. Apolo, o médico da Legião, foi até eles e logo conseguiu deixá-los novos em folha. Os adultos ficaram mais aliviados quando todas as crianças comeram ambrósia. Menos Quíron, o centauro se contorcia de dor por causa da pata.

– Quando a mensagem de Grover chegou, todos nós corremos para cá. – disse Luke.

– Esperávamos que vocês tivessem ficado na escola. – disse Beckendorf. – Ele se esqueceu de dizer que vocês pegaram o Argo II e foram dar uma volta.

– Fomos até a casa dos Jackson. – Leo disse para o primo. – Mas os sonhos de Annabeth e Percy foram plantados por Gaia.

– Bem, o que importa é que todos estão salvos. – Hefesto disse dando um meio abraço no filho.

– Ela voltou não foi? – Zeus disse mancando e olhando para os três irmãos.

– Isso é o que tentamos te dizer o ano inteiro, seu idiota. – Deméter respondeu.

– Eu tentei falar com ele, mas e esse ai me escuta? NÃO! CLARO QUE NÃO! – Hera disse impaciente.

– Você nunca mencionou nada, hora nenhuma. – disse Zeus.

– Mas pensei. – Hera revirou os olhos, como se essa justificativa fosse boa.

– Tá igualzinha ao Apolo... – disse Ártemis e os gêmeos começaram a brigar.

– Ah... gente... onde é que está a Rachel? – Percy disse ainda meio fraco.

– Júpiter aparatou com ela. – Atena disse, feliz em ver que o rapaz estava interessado em alguém que não fosse sua filha. – Não faço a mínima ideia de onde eles estão.

– Provavelmente foram para Hogwarts. – disse Belona com as mãos no rosto de Reyna, procurando algum machucado.

– O Mapa. – Chris lembrou.

Annabeth tirou o Mapa do Maroto da armadura. De fato, eles estavam em Hogwarts. Íris estava escoltando Juno para fora da escola, provavelmente em direção a Alcatraz. A verdadeira Fleecy e o resto da imprensa já estavam lá, provavelmente fazendo um trabalho melhor do que da última vez. Rachel estava perto de Miranda, Katie, Will e Nico; que pareciam guarda-costas. Minerva e Plutão provavelmente estavam liderando tudo e acabando com a xenofobia que foi imposta naquele ano.

– O Mapa do Maroto. – Poseidon sorriu. – Lembra quando a gente fez?

– Queimou todos os cabelos de Zeus! – Hades caiu na risada.

– Isso não tem graça. – Zeus disse irritado, como uma criança.

– Ah tem sim, irmão. Tem sim! – Quíron riu.

– COMO É QUE É?! – todos os adolescentes gritaram.

– Sou um ano mais velho que Hades e dois meses mais novo que Deméter. – disse Quíron. – O único filho não assumido de Cronos.

Percy ficou mais branco do que os fantasmas da escola.

– Você é meu tio?! – Jason quase caiu para trás.

– Sim. – disse Deméter. – O único dos meus irmãos que tem juízo.

– O sujo falando do mal lavado. – Hades revirou os olhos.

– Pera... o diário... o diário de Gaia... Hades entregou Quíron como o responsável pelos ataques quando a Píthon atacou pela primeira vez! – Percy disse.

– Pelo visto alguém recuperou a memória. – disse Dionísio.

– Cronos teve um relacionamento com uma égua e eu nasci. Nasci com poderes bruxos, mesmo tendo um bumbum de cavalo. Recebi minha carta de Hogwarts igual a todo mundo; a diretora era Reia, mãe de meus outros irmãos. Ela sabia do meu parentesco com Cronos e disse que eu fazia parte da família. Foi ela quem me deu a cadeira de rodas. Sabe, para que eu passasse por um bruxo de verdade. Fui para Grifinória e virei amigo de Poseidon e Zeus, só depois é que Reia contou aos filhos quem eu era. Terminamos criando os Marotos. Éramos amigos inseparáveis. – Quíron disse tentado se esquecer da dor.

– Até que no último ano, Diana foi morta. Eu estava tão convicto de que foi a aranha de estimação que ele guardava que eu o entreguei. – disse Hades.

– Orion e eu nunca acreditamos que foi Quíron, mas quando o Ministério descobriu que ele tinha Aracne como bichinho de estimação, o tiraram a varinha. – Ártemis disse com compaixão.

– Hogwarts era nosso lar. – disse Poseidon. – Vivíamos um inferno em casa e papai estava ganhando má fama... e passava a nos torturar com mais frequência.

– Eu já disse que perdoo vocês. – disse Quíron. – Agora será que dá para alguém me levar para o hospital pelo amor dos deuses!

– Hades, Zeus e eu cuidaremos de você, irmão. – disse Poseidon. – Como Pretor da 12ª Legião, eu renuncio de meu cargo em nome de meu irmão caçula, Zeus Olympus.

A tatuagem no punho direito de Zeus brilhou na cor laranja. Uma águia com as letras SPQR.

– Sei que não mereço novamente o posto de Pretor, mas aceitem minhas sinceras desculpas. – Zeus disse colocando a mão direita no ombro esquerdo de Jason. – Atena, Hermes, Hefesto, levem as crianças para Hogwarts. Sugiro que usem o Argo II. Controlem a situação por lá. Os demais avisem a todos os jornais, parceiros políticos e a todos no Mundo Bruxo, informem sobre a volta de Gaia. Enquanto isso. Pontas, Almofadinhas e eu iremos levar Aluado para o hospital.


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