Why you??-2 escrita por LiFeltonLynch


Capítulo 30
A guerra-parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Hey GENTEEE!Antepenúltimo capítulo da fic!Eu não sei como vou sobreviver sem vocês,meu deus,não sei mesmo!Vou sentir saudades de todos vocês!!!
Bem,fiquem com esse capítulo,espero que gostem.



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–O quê?!-Harry pergunta,meio surpreendido meio assustado,enquanto eu ponho o colar de Ariana Dumbledore de volta ao meu pescoço.

Uma onda quente percorre o meu corpo todo,como se estivesse me dando forças para lutar na guerra.Me levanto com a ajuda de Luna,que já quase não é precisa.

–Foi isso que você ouviu-respondo enquanto agradeço mentalmente ao colar por aquilo que fez agora mesmo.Devia estar intrigada pelo facto de ele ter feito o que fez,mas,naquele momento não havia tempo para isso.

–O Draco está a lutar do lado dos comensais.-Simas alerta,me olhando lamentavelmente.Foi ele que me incentivou a me aproximar de Peter,o lufano que mais tarde soube estar a trabalhar para Voldemort.Parecia estar pedindo desculpas,então eu apenas anuí.

–Não importa.-respondo logo de seguida,olhando para todos os presentes na sala.

–O problema é que ele ainda não foi avistado.-Cho murmura baixando a sua cabeça.Todos eles estavam com um aspeto péssimo...foram torturados pelos irmãos Carrow,disso eu tinha certeza.

–Nós estamos procurando algo pequeno,fácil de esconder,provavelmente pertence à Corvinal...-Harry começa e todos parecem lhe prestar atenção-Sabem o que pode ser?

–Harry.-alguém o interrompe,entrando na sala precisa.Gina.

Enquanto eles se olham,entendo que estão apaixonados.Mas não é só isso que entendo.

O meu sonho.O sonho que uma vez tive,com Gina.Ela usava algo que de certa forma era da Corvinal.Uma...tiara.Não,não era uma tiara.Era...

–O diadema da Corvinal-digo bruscamente

–Mas,Li,ninguém sabe do diadema perdido à séculos.-avisa um aluno que eu nem sequer conhecia.

–Ele está guardado numa caixa de madeira pequena,eu sei.-insisto

–Qual é o aspeto dele,alguém sabe?-pergunta Harry,com alguma esperança na sua voz e nos seus olhos esverdeados.

–É prateado,tem uma lantejoula azul brilhante no seu centro.-digo novamente,esperando que alguém acreditasse em mim.E eles acreditavam,pensava eu.

–Como sabe?-interroga Hermione,falando pela primeira vez desde que estava ali.

–Apenas....sei.-oculto a parte do sonho,mas ninguém parece se aperceber.

–Dêem o alerta.A guerra vai começar.-Dino declara,fazendo dom que todos se preparem.

(...)

Corro desalmadamente até ao Salão principal.Quase não sinto as pernas,mas eu tenho de chegar lá.Eu.Tenho.

Todos os pensamentos horríveis invadem a minha mente.E se eu chegar tarde e o Draco já estiver morto?E se ele estiver em perigo e eu não souber?Tudo pode acontecer se Voldemort chegar primeiro que eu.

Continuo correndo até ver uma luz ao fundo,do lado direito.É a porta do Salão principal,é ali.

De súbito,paro.Uma voz gélida e horripilante percorre todo o espaço,fazendo com que eu tape os ouvidos em desespero.

–Sei que se estão preparando para lutar.-a voz diz e eu peço para que ela pare.Ouço gritos vindos do Salão-Os vossos esforços são inúteis.Não podem lutar contra mim.Não vos estou querendo matar.Tenho o maior respeito pelos professores de Hogwarts.Não estou querendo derramar sangue mágico.

Enquanto tapo os ouvidos com as mãos e fecho os olhos forçosamente,dou passos longos com o objetivo de entrar no Salão e ver como todos os outros alunos estão.Aterrorizados,é assim que eles estão,apostadamente.

–Me entreguem o Harry Potter-Voldemort continua dizendo,na sua voz horrorosa-e ninguém ficará ferido.Me entreguem o Harry Potter,e serão recompensados.Têm até à meia-noite.

Assim que entro no Salão,a voz para.O silêncio invade as quatro paredes,mas não por muito tempo.Pansy se chega à frente e com o dedo indicador apontando para o Harry diz:

–Ele está ali!Alguém que o amarre!

Sou das primeiras a me pôr à frente dele,para que ninguém se atreva a fazer o que a sonserina mandou.Gina também o defende,assim como Hermione,Ron,Fred,Jorge e por aí adiante.Éramos muitos e estávamos cientes de que iríamos lutar juntos,sem medos.

–Holt?-estranha Pansy franzindo o sobrolho e me olhando com nojo-Eu pensei que você estava morta!

–Pensava,porque pelos vistos,não está-McGonagall retruca,se chegando à nossa beira.-Muito bem,você e a sua equipa podem abandonar o Salão.

Parkinson arqueia as sobrancelhas,não percebendo o que se passa,até a professora dar a ordem de que eles podem ser levados para as masmorras.Num dia normal,eu estaria ali,rindo da cara dela,mas hoje não é um dia normal,é tudo menos isso.

De repente,a professora McGonagall faz o que eu nunca pensei que ela faria.Ela me puxa para um abraço apertado,e eu não tive outra hipótese se não abraçá-la também.

–Nunca mais deu sinal de vida,pensávamos mesmo que estava morta.-ela sussurra durante o abraço para logo depois me largar.-Já está mais que na hora.

–Sim,eu começo a dirigir os miúdos-Kingsley,que também fez parte dos que defenderam Harry concorda com a nossa professora,começando a explicar a todos por onde deviam ir e o que deviam fazer.

–Não falava disso,mas sim,também precisamos de alguém que os dirija-ela murmura se virando para mim-Precisa de saber a verdade,toda ela.

–Que verdade?-interrogo franzindo o sobrolho e se antes estava confusa agora estou muito mais.

–O Dumbledore não deixou a você o colar da irmã ao acaso.Tem uma abertura no seu centro,abre-o junto à Penseira.Saberá o que fazer depois.Potter,não devia estar procurando algo?-ela pergunta ao meu amigo,que logo parece acordar de uma distração e põe-se a caminho do diadema.

Assim que a McGonagall me deseja boa sorte,corro até à antiga sala de Dumbledore.Todos os alunos de todas as equipas andavam de um lado para o outro,gritando,chorando e pedindo que nada lhes acontecesse,e isto tudo causado apenas pela voz de Voldemort.

Enquanto atravesso corredores e subo escadas olho para todos os lados,na tentativa de encontrar Draco,ou Harry,ou Hermione,ou Ron.Mas em vão.Não avisto ninguém conhecido,e quando estou prestes a entrar na sala reparo que a gárgula de que me esquecera há muito tempo tapava passagem.Preciso de uma senha para entrar,contudo,eu não a sei.

–Por favor,tenho de entrar!Tenho de ouvir o que Dumbledore me deixou!

Por mais estranho que pareça,a gárgula cedeu passagem e eu pude entrar.Talvez soubesse que eu viria ali,e que não precisava de senha pois de uma maneira ou de outra,eu tinha de ouvir a tal verdade.

Ouço um PUM!! bem longe de mim,mas entendo o que isso quer dizer e é exatamente por isso que me assusto.Eles estão começando a atacar,não tenho muito tempo.

A sala parece mudada.Tudo está no seu devido lugar,mas,os quadros encontram-se vazios,sem ninguém para me ajudar com o que se passa.Neste momento,não posso contar com ninguém ao meu lado,o que é terrível.Ainda olho para o retrato do antigo diretor de Hogwarts,por detrás da sua cadeira,mas também esse se encontra vazio.Consigo ouvir a minha respiração acelerada e descompassada.

Pego na penseira que por sua vez se encontra arrumada num armário e a coloco em cima da antiga secretária de Dumbledore.

Nunca antes estivera perto do objeto mágico,e sei que poucos alunos estiveram.

Suspiro e fecho os olhos e de uma só vez,mergulho naquele branco prateado.

Caio de cabeça num chão frio e duro que por um momento me parece doer.Assim que me levanto,reparo que estou numa sala iluminada,decorada com quadros de antigos professores,com uma secretária e também uma cadeira elegante.

É a sala de Dumbledore,tenho a certeza.

Na cadeira,encontra-se sentado ele mesmo,com uma expressão calma na face enquanto observa o homem na sua frente.Cabelos longos e escuros,rosto pálido e vestes negros.Severo Snape,sem pôr e tirar.

–Severo,sabemos que o Draco Malfoy está sendo e foi testado.E sabemos que,mais tarde ou mais cedo a menina Holt precisa de saber o que se passa.-Dumbledore declara e eu estremeço.Ele está falando de mim,o que me faz ficar ainda mais atenta,se é que isso é possível.

–A missão dele não era fácil,eu próprio sei disso-contrapõe Snape,sem trespassar alguma pena ou outro sentimento qualquer pelo Draco-Ele tinha que atrair a Holt,fazer com que ela se apaixonasse por ele.Voldemort não escolheu a garota ao acaso.

–Mas isso não correu direito-completa Dumbledore e de um momento para o outro eu começo a ver Draco enquanto o professor continua falando,na sua voz calma e serena-No início ele considerava uma missão facílima,só precisava de a conquistar.Mas isso não aconteceu.

Vejo agora Draco deitado em sua cama com algo nas mãos.Quando me chego mais a ele,entendo que é uma fotografia.E não uma fotografia se uma pessoa qualquer.Sou eu,a sorrir para a foto.Fora tirada na festa de Natal do Slughorn.

–Ele não resistiu à beleza e à personalidade da menina.Ele apaixonou-se realmente por ela,assim como ela por ele.Ambos sabiam que aquilo poderia dar certo,e foram felizes durante um tempo.-Dumbledore continua e à menção de cada palavra fico ainda mais desesperada.Ele tinha razão quando disse que me amava mesmo,e eu não acreditei.-Voldemort achava que tudo estava a correr bem,não deu conta do amor que o garoto tinha pela Holt.

–Mas ele tem de o matar a si,agora que já atraiu a garota.-Snape murmura,voltando-se de costas para o professor.

–Não,não tem.Mas agora,foquemos a nossa atenção apenas no assunto do casal de namorados.-Dumbledore fala,apoiando as suas duas mãos na secretária.

–Sim,ele apaixonou-se mesmo por ela,e fez de tudo para a proteger.Um pequeno erro e Voldemort poderia saber que ele estava apaixonado.Outro pequeno erro,e quem sofria era a menina.Ele não podia deixar que isso acontecesse.-Snape desabafa tudo de uma só vez,completando a teoria do irmão de Ariana.-Fez tudo o que o Lord das Trevas ordenou e,no fim,perdeu a menina.

–Sabemos que ela não foi escolhida ao acaso-Dumbledore repete as palavras à pouco ditas pelo antigo professor de poções-Ela tem uma ligação ao Harry ainda mais forte do que pensa.

–No dia em que entrei naquela casa-Snape começa e a cena muda.Estou dentro de uma casa e assim que o professor avança posso ver escadas.Quando ele chega ao fim destas,um corpo imóvel aprece no chão.É o pai de Harry,ou era.

Snape continua a avançar,mais,mais e mais até chegar a um quarto,onde,para a sua infelicidade,se encontra uma mulher de cabelos ruivos inerte,também ela morta no chão.O professor de vestes negras ajoelha-se ao lado da senhora.Abraçando-a e eu percebi o quanto ele a amava.O Snape amava a mãe do Harry.

De súbito,percebo porque me estão mostrando aquilo.No quarto,encostado às grades do seu berço branco está um menino de olhos verdes e com uma cicatriz em forma de raio na sua testa.É o Harry.

Mas não existia apenas um berço naquele quarto.Existiam dois.No outro,uma menina da mesma idade do bebé Harry dormia.Ela tinha uns cabelos castanhos claros e era incrível como ainda não tinha acordado com tanto a acontecer ali.Me aproximo do berço rosa dela e reparo em tudo o que há para ver naquela pequena criança.

De repente,fixo o meu olhar no pulso da bebé.Quase a cair,encontra-se metade de uma corrente com duas letras gravadas e assim que leio esbugalho os olhos.Aquela metade do acessório tinha escrito "Li" e,mais tarde,encontro o resto da pulseira no chão,e mais duas letras escritas nessa mesma: "Ly".

–A Holt foi escolhida por ser nada mais,nada menos,do que gêmea falsa do Potter.-sussurra Snape enquanto eu continuo observando tudo aquilo.-Nunca ninguém soube da existência de uma gêmea dele,porque eu não deixei.A levei para um lugar seguro e encantei uma família de trouxas,para eles mais tarde lhe contarem que eram primos dela e que os seus pais tinham morrido num acidente.

–Ela tinha o mesmo nome da mãe.-anuncia Dumbledore,ao mesmo tempo que eu regresso à sua sala,assim como Snape.-E agora se chama Li.

–Isso pouco importa-resmunga Snape,cerrando os punhos-Voldemort descobriu o resto da pulseira,e começou procurando uma menina chamada Li.Ela podia trazer tantos problemas para ele como o Potter podia.É óbvio que ele a encontrou,e quando isso aconteceu matou os trouxas,contudo,não a conseguiu matar.Ela tinha mais poder do que ele,por causa da sua mãe.Do amor que ela lhe tinha dado.Fugiu e jurou matar a menina anos depois.Eu próprio a fui buscar à Austrália,e cuidei dela até achar outro lar seguro.

–Ficou afeiçoado a ela-Dumbledore conclui,mas Snape,que agora descubro que foi um dos homens que mais tempo tratou de mim,o ignorou.

–Tive de a deixar,e fingir que nada tinha acontecido.A pequena Lily Potter ficou conhecida por Li Holt,tanto no mundo bruxo quando fez onze anos como no mundo trouxa.Todos estes anos tive de guardar essa informação,só para mim,para o bem da menina.

–E,seis anos mais tarde Voldemort volta,para a matar.É menos uma no seu jogo.

–Sim-concorda Snape-E o Draco Malfoy ainda faz parte do plano.Ele terá de matar o senhor para que logo a seguir veja a amada a ser morta.Uma armadilha feita para alguém que não sabe a verdade toda.

–Mas eu não vou ser morto pelo Draco.Quando chegar a altura,quero que me mate,Severo,para Lord Voldemort não desconfiar da sua infidelidade.Só assim a menina poderá sobreviver.-explica Dumbledore enquanto eu choro.Choro por agora entender o que se passava com Draco,choro por descobrir que sou irmã do Harry,choro por perceber que o professor que mais detestava era um dos homens que mais me protegeu.

As minhas lágrimas molham-me a face,à medida que eles continuam a explicar tudo ao pormenor.Tudo aquilo deve estar chegando ao fim.Dumbledore desaparece repentinamente enquanto Snape continua falando,também ele com os olhos marejados:

–Não pude ser feliz com uma grifinória,mas irei fazer de tudo para o Draco Malfoy o ser.

Logo pareço ser puxada para fora da Penseira e observo a sala de toda aquela cena,mas,ela está vazia,tal como estava antes de eu saber tudo.

Começo a correr,desta vez para a Sala Precisa.Sei que o Harry vai estar lá,não sei porque motivo,apenas o sinto.
Não sei quanto tempo estive a ouvir a verdade,mas o facto é que metade de Hogwarts já está destruída.Comensais da morte lutam contra alunos e vê-se sempre um corpo ali,e um corpo aqui.

Vejo um homem de vestes negras a correr contra mim e o primeiro de que me lembro é pegar na minha varinha e gritar:

–ESTUPEFAÇA!-o homem cai,atordoado no chão abrindo caminho para mim.Observo-o por uns instantes e logo descubro quem é.Fenrir Greyback.

As lágrimas ainda correm pela minha face,esperando que não esteja chegando tarde demais.

Assim que avisto as portas da Sala Precisa reparo que elas estão abertas e algo grandioso e avermelhado vem de lá de dentro para cá para fora.É fogo.Alguém incendiou a Sala.

Paro mesmo à frente da entrada quando três vassouras voam sobre mim.Cinco figuras caem destas mesmas e logo reconheço Harry,que destrói o diadema da Corvinal com um dente de Basilisco e atira o antigo Horcrux para o fogo,mesmo antes das portas da Sala se fecharem.

Assim que me volto de costas para as portas estaco.A centímetros de mim,uns olhos cinzas cheios de tristeza me estão observando.O cabelo loiro meio chamuscado pelo fogo a que foi submetido,e as vestes estragadas identificam logo a pessoa.

Draco Malfoy,ele mesmo.

Olho para ele seriamente,enquanto ele repara nas minhas lágrimas.Pela primeira vez no ano,eu entendi que ele sempre me amou.

Não era suposto me amar,mas amava.


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Notas finais do capítulo

Então que acharam da "Verdade toda"?Esperavam isto?E o que acham que vai acontecer ao Draco e à Li?
Por favor,se lêem a fic,comentem,podem vir no final,mas isso não importa!
Beijoos :)



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