Hinata estava deitada em sua cama descansando, mas aquela saudade bateu em seu peito, sentia falta de Naruto. Todas as lembranças vieram à tona, aquele sentimento que sentia há anos tomou conta de seu ser. O seu jeito, seu sorriso, tudo a encantava. Apaixonara-se desde o primeiro momento que o vira, e quanto mais o conhecia mais aumentava seu amor. O que faria agora? Será que desistiria de tudo o que estava fazendo e voltar a ser aquela mulher tímida e que sempre fora vista como amiga?

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Estava caminhando pelas ruas e passava as mãos pelos cabelos loiros, como sua cabeça doía, nem os remédios tiravam. De onde vinha toda essa dor? Sua mente estava atordoada, não conseguia racionar nada, estava com uma vontade imensa de ficar em casa e passar o dia todo dormindo, não queria trabalhar, mas era seu dever rotineiro. O que estava acontecendo consigo? Nunca havia estado dessa maneira, sempre acordava disposto a trabalhar, a sair pelas ruas, dormir era um de seus inimigos. Não entendia de mais nada o que estava acontecendo, mas fora interrompido de seus pensamentos por uma voz de mulher.

– Não vai me cumprimentar Naruto? – Disse Shion chegando perto do loiro.

– Oi. – Disse ríspido.

– Vamos sair hoje à noite? – Perguntou à loira pondo a mão no ombro do rapaz e chegando mais perto seu corpo do dele.

– A Shion vê se não me enche o saco. – Disse Naruto afastando-se dela e deixando ela para trás seguindo seu caminho direto ao serviço.

Agora realmente não havia entendido mesmo o que estava acontecendo, ele gostava de Shion um pedido dela para sair com ele era o que mais queria. Como conseguira desprezar a loira de tal maneira? Realmente deveria estar louco! Mas quando fora chegando ao prédio, vira à morena, era ela Hinata e continuava a estar em seu novo estilo.

– Hinata! – Chamou ela, mas a mesma olhou em sua direção e passou reto, direto para o elevador sem nem dizer um oi.

Aquela dor de cabeça aumentara, passou a mão em seus cabelos e direcionou-se até a recepção, pegou um copo de água e retirou de seu bolso um remédio de dores de cabeça, na esperança de que funcionasse. Tomou e rezou para que funcionasse.

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Hinata já estava em sua mesa mexendo com os assuntos de seu chefe, foi quando se lembrara do fizera um pouco mais cedo, havia ignorado o loiro. Mas era isso mesmo que devia fazer, estava decidida, iria o tratar assim para provar de seu próprio veneno. Naruto ainda não a merecia, queria o fazer passar tudo que passou e até mais um pouco.

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Havia acabado de começar a chover, Naruto pegou seu carro e saiu rumo ao Hills, precisava beber um pouco, aproveitar a noite agora que a dor havia aliviado um pouco. Mas não demorou muito e chegou à balada, adentrou ao local molhando um pouco sua jaqueta de couro, mas nada que fosse o atrapalhar. Sentou no bar e pediu Martini, virou de uma vez, estava acostumado a beber. Virou-se para ver quem estava no local e logo viu Hinata com Kiba, os dois conversavam muito juntos das amigas da morena em um lugar mais reservado da balada. Aquela dor invadir seu ser, mas com raiva pediu mais um Martini. E foram-se vários e vários copos de Martini, parecia que a dor era anestesiada com o álcool.

– Naruto vamos com calma! – Chegou seu melhor amigo, Sasuke.

– A Sasuke eu preciso, me deixa. – Disse Naruto já pedindo mais um copo.

– Cara vai embora, por favor, você sabe que se continuar vai acabar em merda. – Disse o moreno.

– Ta eu vou embora, mas leva o meu carro então, não posso dirigir. – Respondeu o loiro entregando a chave ao moreno.

– Ta bom cara. – Disse Sasuke.

O loiro levantou-se e foi rumo as ruas, a chuva o molhava por completo como se o lavasse retirando todas suas dores, como se sentia melhor, parecia que a chuva era seu melhor remédio, levantou seu olhar e viu a morena segurando um guarda chuva mais a frente. Pensou em ir lá falar com ela, mas antes que pudesse ir um carro parou ao lado dela, era Kiba, a morena adentrou o carro. Naruto via o carro cada vez se distanciar mais, agora sentia que a chuva era como canivetes perfurando seu corpo, a dor era imensa. Novamente ficou confuso, não sabia o porquê de estar com essa dor. Será que estava doente?