Em sua casa sentada em frente ao computador, colocou o fone de ouvido e começou a ouvir suas músicas favoritas, precisava de um momento só dela. Afinal, agora ela não sabia o que tinha feito estava certo, havia aceitado ser namorada de Kiba, sabia que não amava ele, mas depois de ver Naruto beijando Shion, mesmo depois de toda aquela situação da noite passada. Só que tinha uma certeza, depois de tudo isso ia tentar apagar aquele amor de anos e começar a se apaixonar por Kiba, ele era bonito e um rapaz muito respeitoso com ela.

Havia pedido folga em seu trabalho, pois Kiba insistiu em levá-la para conhecer os pais dele. Não podia recusar tal pedido, afinal agora era sua namorada e no mínimo devia conhecer seus sogros. Sem pensar duas vezes parou de ouvir a música e rapidamente desligou o computador, precisava arrumar uma pequena mala com suas roupas, pois eles iriam dormir lá. Não pegou muita coisa afinal era somente um dia, começou a olhar todas as suas novas roupas no guarda-roupa, precisava escolher algo apresentável para conhecer seus sogros. Escolheu um vestido simples, mas muito belo, colocou um salto alto que combinasse e foi-se maquiar, nada muito chamativo, queria que eles a conhecessem como ela realmente era.

Logo ouviu a buzina de um carro e Hanabi veio avisá-la que era Kiba, vindo buscá-la. Apressou-se, pegou a mala e foi ao encontro do moreno, e como sempre ele estava em seus trajes de advogado. Sem mais delongas ambos adentraram o carro e foram rumo a uma cidade do interior. Depois de algumas horas, chegaram a tal cidade, não era tão pequena assim. Mas quando chegaram à casa dos pais do moreno, surpreendeu-se com a casa, não era nada comparável com as outras casas vizinhas, era muito bela e grande. Os pais de Kiba saíram pela porta para recebê-los, então saíram do carro.

– Meu filho como sentimos sua falta! – Disse a mãe, quase morrendo de felicidade de ver o filho.

– Eu também senti mãe... – Respondeu Kiba. – Esta aqui é Hyuuga Hinata. – Disse segurando a mão da morena.

– Vamos entrar Hinata, temos muito que conversar... – Falou a mãe já puxando a morena para dentro da casa. – Você sabia que é a primeira garota que Kiba traz para nós conhecermos?

Então Hinata foi dada oficialmente como namorada de Kiba, os pais dele gostaram muito de saberem que o filho finalmente quis ter um relacionamento sério. Conheceu a casa deles, a levaram para conhecer o ramo de negócios que família tinha, apresentou Hinata aos outros parentes dele. Realmente a família dele era maravilhosa, havia gostado muito de tudo.

•••

Estava completamente confuso, não podia deixar Hinata ficar perto de Kiba, ele não deve estar com boas intenções com a morena, isso o deixa imensamente nervoso, com ódio. Mas em sua cabeça só havia uma explicação para tal ódio, o loiro e Hinata eram como irmãos, criados praticamente juntos, agora entendia tudo e em nome de sua grandiosa amizade ele iria protegê-la. Decidiu então ir atrás dela, o único lugar em que a acharia era no trabalho, então correu para o elevador e desesperado apertava o botão para que fechasse a porta e subisse. Mas em poucos segundos ele já estava lá, mas surpreendeu-se ao ver que a morena não estava em sua mesa, onde seria que ela estava? Adentrou a sala de seu pai.

– Pai cadê a Hinata? – Falou Naruto, tenso.

– Ela me pediu uma folga e eu dei. – Respondeu o pai sem prestar muita atenção no filho.

– Folga? Ela quase não pede folgas. – Disse Naruto.

– Ela foi junto de meu advogado Kiba conhecer a família deles. – Novamente Minato respondeu.

– Mas pra que pai? – Naruto disse, já começando a ficar nervoso.

– Eles foram oficializar o relacionamento deles. – Disse Minato.

– Pai me de a chave do seu carro agora, não quero que você fale nada! – Praticamente gritou o loiro. – Agora pai! Anda rápido! – Minato entregou de imediato a chave sem entender o porquê daquela reação.

•••

Mas logo à noite chegou, era hora de dormir, Hinata foi para o quarto de visitas. Pôs sua camisola, tirou a maquiagem e deitou-se, estava se sentindo triste por não ser a família de Naruto, queria muito ter sido oficializada como namorada do loiro, mas já viu que essa batalha estava perdida, ele queria Shion. Mas viu que Kiba estava com boas intenções, em momento algum tentou abusá-la de qualquer maneira, ao contrario, a tratou como uma verdadeira rainha. Aquela situação perturbava sua mente, precisava respirar um pouco. Levantou-se e foi logo para fora da casa, como era bom sentir aquela brisa, sentia-se tão aliviada. Tudo que precisava era de ficar ao ar livre sozinha. Mas ficou assustada ao perceber que em meio aquela escuridão que a rodeava, parecia como se um homem a chamava com um “psiu”. Aproximou-se da casa, estremeceu de medo. Mas um “psiu” foi ouvido, mas o que faria? Foi quando viu um loiro sair do meio daquela escuridão, era ele, Naruto.

– Vem Hinata agente tem que ir embora! – Falou Naruto puxando a morena para o carro de seu pai escondido.

– Onde você pensa que vai me levar? – Hinata puxou o braço e soltou-se.

– Eu não queria fazer isso com você, mas já que você não esta cooperando... – E de imediato Naruto pegou a morena e a colocou sobre os ombros a carregando até o carro. Abriu a porta e a trancou dentro do carro, adentrando também.

– Naruto eu ainda vou ser gentil, me tira daqui! – Ríspida Hinata disse.

– Hinata eu não posso te deixar ai. – Disse Naruto dando a partida no carro e saindo as presas dali.

– Você acha que é o que para fazer isso?

– Sou seu irmão. – E depois dessa fala do loiro, a morena se enfureceu.

– Irmão? Um idiota que atrapalha a vida das pessoas pode ser chamado de irmão? Eu já estou cansada de você se intrometer na minha vida. Você não é nada meu, não é porque nós brincávamos na infância que você tem direito de alguma coisa. Você como “irmão” não quer ver o meu bem? – Disparou as palavras em Naruto.

– Claro que eu quero o seu bem. – Respondeu o loiro, triste por ouvir aquelas palavras.

– Então me deixa ser feliz! – Ríspida falou a morena.

Depois da fala da morena, o loiro fez o que seu coração mandava fazer, virou o carro na direção que vai para a casa do Kiba. Ele tinha que a deixar ser feliz, viver. Aquela dor em seu corpo voltou e se segurou, pois estava triste, não queria que ela o visse triste. Mas como não havia se distanciado muito da casa, eles chegaram rapidamente. Quando parou o carro, ele olhou para ela dizendo um “tchau”, mas ela saiu sem dizer nada e batendo a porta. Então o loiro voltou para a estrada, acelerou o mais rápido possível e as lagrimas não conseguia conter, ele estava acabado.