Dark Side escrita por Beth


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todos que comentaram!
Agradeço de coração! Estou tão empolgada com os comentários!
E só não me matem ao final desse capitulo.



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Capitulo 6

Stella POV

–Então o que temos aqui?- Pergunto me abaixando e passando pela fita de proteção, Don me espera a poucos metros.

–Uma bela bagunça- Ele diz debochado quando me aproximo, sorrio.- É serio, aqui está uma bagunça enorme.

Entramos juntos no prédio, cadeiras pra todos os lados, e cacos de vidro junto com pedaços de garrafas espalhadas. Alguns tacos de bilhar estava quebrados em cima de uma mesa de sinuca com marcas de lutas.

–Isso me parece mais uma briga de bar- Comento, Don assente e me encaminha até a parte de trás do bar. Um homem está estendido no chão morto com uma faca em seu peito, e a boca sangra.

–Ligaram pra policia essa manhã- Ele fala, assinto e coloco o kit no chão, tiro as luvas e as coloco. - Era pra ser apenas uma festa. Se um dos caras não tivesse mexido com a namorada de outro, e bom... Você já sabe como acabou.

–Oh sim!- Falo debochada me inclinando sobre o cadáver- O complexo de cachorro.

–Complexo de cachorro?!- Don pergunta confuso, sorrio.

–Sim.- Retiro a faca devagar- Marcar território- Digo, ele ri.

–Essa é boa.

–Pode apostar, ouvi em algum lugar. Vai ser só nos dois?- Pergunto confusa, eu esperava que Mac mandasse alguém a mais.

–Sim, New York está uma loucura. Sheldon e Lindsay estão presos em um caso no Brooklyn, Danny e Mac em um caso no Queens.

–Oh, o dia parece cheio- Digo sorrindo, e tentando disfarçar o fato que a menção do nome Mac fez meu estomago se revirar. Não havíamos conversado depois do beijo, e eu temia isso.

Ele tivera que ir embora, foi chamado pra um caso, e eu passara o resto da noite sonhando acordada como uma adolescente e relembrando a sensação de seus lábios.

–ID?- Pergunto a Don revirando os bolsos do homem, não há nada ali.

–O dono do bar está a caminho.

–Bom, então por enquanto ele é apenas um desconhecido.

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–O nosso desconhecido tem um nome agora. É Carlos Manson - Don diz me abordando assim que saio do elevador- Eu conversei com a esposa dele. Ela me disse que era bom cara, calmo e que trabalhava como barmen já tinha 3 anos.

–Ficha?

–Não, nem mesmo uma multa de transito- Ele fala, o encaro confusa, e tento fazer uma conexão com as poucas coisas que tínhamos. Um homem e uma mulher mortos em um bar, com sinais de luta.

–Se ele não tinha antecedentes e se o que a esposa disse for verdade. Por que ele se meteria numa briga?- Questiono, Don encolhe os ombros como quem diz: “Isso é problema pro seu pessoal responder”– E a outra vitima?

–Também sem antecedentes. Os pais estão a caminho pro reconhecimento- Ele diz, sacudo a cabeça, era apenas uma criança. Uma garota de 18 anos, tinha uma vida toda pela frente.

–Me avise se encontrar algo- Peço, ele assente e se afasta em direção ao necrotério. Sigo em direção ao laboratório, os pedaços de tacos de bilhar e garrafas estão em cima da mesa branca, pego a luva de látex e coloco.

Começo pelos tacos, a maioria dos pedaços são pequenos e fragmentados demais pra que eu consiga um bom resultado. Mas parece ser meu dia de sorte, pois consigo uma digital parcial num pedaço do taco e outra em uma garrafa.

–Algum avanço no caos?- Me viro surpresa pra porta e quase deixo cair a evidencia, Mac me encara sorrindo- Toc toc- Fala entrando, sorrio e reviro os olhos. Tento agir o mais normal possível e ignorar tudo o que aconteceu ontem.

–Estou esperando pelo resultado do CODIS- Digo, em seguida passo a mão pela cabeça, eu não havia percebido o quanto ela estava doendo, esse gesto não passa despercebido por Mac.

–Depois desse caso você vai pra casa- Ele fala me encarando, nego imediatamente, ele precisa de pessoal no laboratório. Não pode se dar ao luxo de me mandar embora.

–Eu estou bem, só tomar um remédio e pronto.

–Você vai pra casa- Ele repete, o encaro sem me deixar intimidar.

–Você tem 3 casos Mac, o caso de Lindsay e Sheldon é grande. E você ainda tem que ir ver o caso de Danny no Queens, precisa de mim- Digo, ele suspira, por que sabe que eu estou certa. Embora odeie isso, sorrio, eu havia vencido.

–Você vai pra casa assim que terminar isso- Ele fala, abro a boca, mas ele não me deixa continuar- E nem pense em discutir comigo Bonasera.

XXXXXX

–Sabe eu realmente admiro você- Peyton diz se sentando ao meu lado, me viro devagar pra ela. Ela sorri ao meu olhar- Eu não odeio você.

–Não é o que parece- Falo debochada, ela ri.

–Você é uma guerreira Stella.

–Devo agradecer?

–Não- Ela diz levantando, seu olhar levemente debochado- Você nunca o terá sabe disso não é?

–Não sei não- Falo a encarando com raiva- Isso é meu problema não e meta na minha vida Dra. Driscoll!

–Não precisa ficar irritada, é só que eu me pergunto quantas vezes precisa cometer o mesmo erro pra ver que não vai dar certo?- Pergunta, eu a encaro incrédula. Ela estava louca? Ou o que?

–Não foi de verdade entre vocês, eu sei, você sabe. Ele estava apenas tentando superar a falta de alguém- Falo debochada, sei que eu realmente estou sendo má com ela, mas eu não me importo. Eu já estava cheia de ouvi-la cantando vitória, era minha vez. Mas isso não parece ser o suficiente, por que ela apenas sorri pra mim.

–Você é tão otimista Stella- Ela diz rindo, eu a encaro indignada- Quer saber o que acontece? Eu e ele vamos ficar juntos, e vamos ter lindos filhos e ele...

–Não!- Falo irritada tentando faze-la calar a droga da boca. Alguns pessoas se viram pra nos olhar- Você nunca vão ficar juntos! Ele não está com você!

–Não?- Ela pergunta falsamente surpresa- Com ele passou a noite ontem? Com quem ele passou a semana?- Ela pergunta, sinto minha raiva sumir e uma expressão de espanto assumir meu rosto, ela sorri- Pergunta a Mac. O beijo de vocês? Não significou nada.

–Você está mentindo- Afirmo, ela morde o lábio inferior e soca a mês.

–Você não entende?! Ele não ama você!- Ela grita e sacode a cabeça em seguida, sinto meus olhos se enxerem de lágrimas contra minha vontade- É por isso que não consegue um namorado que preste! Por que não consegue esquecer essa fantasia de garota de colegial. Essa é a vida real Stella, não existem contos de fadas!

XXXXXX

–Você já esteve naquele bar?- Pergunto a Charles McQuen, ele sorri pra mim, Lindsay havia a poucos minutos recolhido sua digital.

–Não- Responde me encarando, sinto alguém bater em meu ombro, me viro. Don me entrega uma pasta, abro. É a comparação da digital dele com a encontrada na garrafa, combinava.

–Você já esteve naquele bar antes?- Repito a pergunta o encarando, ele nega com a cabeça calmamente. Abro a pasta e coloco na sua frente a combinação da sua digital, ele não se mexe um centímetro, apenas continua me olhando.

–Eu nunca estivesse lá, pensei que você tivesse escutado.- Ele afirma debochado, coloco as mãos na mesa e me inclino colocando nossos rostos mais próximos.

–Você está mentindo, eu não gosto que pessoas mintam pra mim- Digo, ele sorri e se reclina na cadeira.

–É mesmo?

–Eu posso provar que esteve lá- Afirmo, seu sorriso diminui consideravelmente.

–Como? Jogou seu pozinho magico?- Ele indaga debochado, eu sorrio.

–Se você chamar assim, talvez.- Abro a pasta e tiro uma foto do homem e da mulher mortos.

–Eu não matei ninguém- Ele diz me encarando, coloco a mão no quadril e o encaro debochada.

–Mas você não disse que não esteve lá? Agora não matou ninguém?- Pergunto, ele bufa e sorri forçadamente.

–Engraçadinha.

–O que aconteceu?

–Nada.

–Pessoas não morrem por nada!- Falo batendo a mão na mesa, ele me dá nojo. Tão calmo e frio! Ele havia matado duas pessoas!- Ele não deixou você falar com ela? Ou eles estavam juntos?

–Ele não tinha que bancar o herói! O meu assunto era com ela!

–Por que você foi lá?- Pergunto apertando as mãos, e me segurando. Eu realmente queria soca-lo, encher a mão e bater.

–Ela não tinha que terminar! Eu a amo!

–Então você matou uma pessoa por que não conseguiu ouvir um não?!- Pergunto indignada, ele não responde, sacudo a cabeça.

–Isso não é amor. Isso é ser psicótico!

–Stella...- Mac me alerta, mas eu não vou parar, eu não quero parar. A raiva flui por mim como um incêndio em uma floresta seca.

–Você é o tipo de pessoa que eu não me arrependo de por atrás das grades. E a sua sorte é que existe prisão, se não eu juro, eu sou capaz de mata-lo eu mesma!- Falo jogando a pasta em cima da mesa e saindo da sala pego meu casaco da cadeira com força e a ouço cair no chão.

Ouço a voz de Mac me chamando, mas não respondo ou me viro, apenas continuo seguindo em frente em direção a minha sala, ouço seus passos me seguinte e tenho que me segurar pra não me virar e manda-lo pro inferno e me deixar em paz.

Eu sabia que apenas uma parte daquela raiva era sobre o caso, os outros 80% estavam furiosos pela reação de Mac, ou seja mais especificamente por não haver reação.

–Stella...- Ele começa entrando atrás de mim em minha sala, me sento na mesa, e o encaro.- Eu acho que devemos conversar sobre aquilo.

–Sim eu acho- Concordo, e tento ignorar o fato dele ter chamado nosso beijo de “aquilo”. Mac coloca as mãos no bolso da calça e me olha, e eu conheço essa postura. E a mesma que ele usa quando tem que dar uma má noticia a algum parente.

–Eu estaria mentindo se dissesse que não gostei, mas tem Peyton, ela....

–Peyton?- Pergunto, e eu odeio isso. Mas ela tinha razão, o beijo, não significou nada pra ele. Absolutamente nada.

– Você não entendeu.

–Quer saber Mac? Esqueça- Falo rodeando a mesa e abrindo o armário pra tirar minha bolsa de lá.

–Stella me escute...

–Eu não quero- Digo me virando coloco o celular dentro da bolsa e tiro a arma do coldre a colocando dentro da bolsa- Eu estou cansada, fique com Peyton- Cuspo a ultima frase, ele me encara aturdido.

–Stella...

–Eu não me importo- Digo, e fico levemente surpresa por minha voz não soar falsa nem nada disso, coloco o sobretudo e sorrio ironicamente- Apenas esqueça, e finja que nada aconteceu. Não é a primeira vez que fazemos isso não? Fingir não sentir nada?

–Eu sinto muito, é difícil de explicar- Ele fala me encarando, seus olhos azuis são tão bonitos, e eu tenho vontade apenas de dizer que o amo e esperar que ele fique comigo, e dizer que eu não me importo, eu espero. Mas eu não vou esperar, não mais.

Eu já esperei tempo demais.

–Eu vejo você amanhã Mac.

–Stella você precisa entender que eu...- Ele parece fazer uma força sobrenatural pra dizer aquilo, sacudo a cabeça e vou até a porta, ele parece surpreso com minha reação. Mas não ligo, apenas saio e o deixo lá, eu não quero saber de mais nada.

Eu apenas quero ir pra casa e deitar em minha cama e esquecer tudo isso, esquecer.

–Det. Bonasera?- Uma voz chama, me viro maquinalmente para a pessoa, é um homem- É pra você- Ele diz estendendo um pacote pardo, o pego de sua mão.- Assine aqui por favor- Ele pede, faço isso.

–Obrigado- Digo, ele assente e sai de perto, me viro pra trás antes de entrar no elevador, ele está lá. Me olhando, parado, desvio o olhar e aciono o botão do elevador. Giro o pacote pra ver o remetente., as letras estão elegantemente escritas.

Laboratório de Criminalística de New Orleans.


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Notas finais do capítulo

Bom, antes que encomendarem minha morte!kkkkk
Bem vindo aos leitores novos!
E digam o que acharam, expressem seus sentimentos, deem sua opinião e sugestões!
Beijos! Até sexta que vem!



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