Dark Side escrita por Beth


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Não me matem!kkkk
Embora tenho certeza que vocês já pensarem em várias formas diversificadas.
Obrigado pelos comentários, infelizmente tive uma semana corrida e não pude responde-los, mas li a todos, e amei cada um deles.



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Capitulo 7

Stella POV

–Ela não tem culpa- Lorgan diz me encarando, seus olhos não são tristes ou preocupados, eles me analisam. Brinco com o liquido dentro do copo.

–Eu sei- Falo, ficamos em silencio, me inclino na mesa e bato levemente o dedo na mesa de mogno.

–Ninguém disse que seria fácil.

–Mas ninguém disse que seria tão difícil- Completo levemente impaciente, ele sorri pra mim- Coldplay, The Scientist.

–Eu sei que é difícil pra você.

–Difícil?

–Sim, você está acostumada a precisar das pessoas Stella. Você sempre fez as coisas, como queria, na hora que queria. Estar apaixonada, significa perder controle de si mesma Stella.

–Eu não estou apaixonada por ele!- Me seguro pra não gritar, fecho os olhos, minha cabeça dói.

–Sim, você está. Pare de mentir pra si mesma Stella.

–Eu não estou!- Digo levantando, algumas pessoas se viram pra nós, abro minha carteira e tiro uma nota de vinte, e eu sei que é dinheiro demais, mas não importo, apenas coloco a nota na mesa. Lorgan não faz nada, continua me olhando como se aquilo não fosse nada.-Eu tenho que ir.

–Tudo bem. Apenas lembre-se Stella- Ele fala, coloco a carteira de volta na bolsa, o encaro esperando- Pode mentir pra mim, pra qualquer pessoa. Mas não pra si mesma.

XXXXXXXX

“-Você é ridícula- Kelly diz colocando as pequenas mãos no quadril, pra uma garota de 12 anos ela sabia ser maldosa, apenas ignoro sua voz irritante que soava como uma pequena cobra.- Eu estou falando com você Bonasera- Ela sibila, o S do meu nome demora alguns segundos a mais pra ser pronunciado, seu cabelo ruivo esta espalhado por minha mesa- Olhe pra mim sua vadia!- Ela ordena puxando meu rosto com força pra cima, suas unhas rosa pink se fincam em meu queixo, então me defendo. Puxo seu cabelo ruivo com tanta força que um tufo fica em meus dedos, sua boca se abre a minha reação. Sorrio vitoriosa, quem ela pensava que era?!

–Professora!- Ela chama o tom de voz choroso, e os olhos escorrendo lágrimas.

–BONASERA!- Ouço meu nome ser gritado, e solto seu cabelo, mas não rápido o suficiente por que uma das freiras veem os fios presos entre meus dedos.- PRO CASTIGO!- Ela ordena, Kelly continua fingindo chorar, sinto a freira me erguer da cadeira com força e me arrastar até a porta, me viro pra Kelly, ela sorri e solta um beijo pra mim.”

E é irônico que 23 anos depois eu esteja nessa mesma situação. Peyton sorri pra mim enquanto está sentada na cadeira ao lado de Mac falando docemente sobre o caso, mas eu não sou tão inocente mais.

Não, eu não sou estupida pra cair na sua armadilha. Eu não tenho mais 12 anos.

E ao mesmo tempo que eu quero afogar ela em nossa próxima cena de crime, eu sei que não posso culpa-la? A culpa é minha que me iludi achando que um dia ele havia me amado.

–Stella...- Sinto Lindsay me cutucar levemente, e percebo que fiquei “fora do ar” por muito tempo- Está tudo bem?- Ela pergunta, assinto e me ajeito na cadeira.

–Então, vamos fazer isso. Esperar a analise de Danny e torcer pra ter alguma coisa, por que por enquanto estamos de mãos atadas.

–Então o que temos além de um monte de provas sem sentido e uma analise que não deu em nada?- Pergunto, estávamos novamente na sala de reunião. Don me encara surpreso- O que?

–Nada- Ele resmunga e volta sua atenção a Mac, me inclino na cadeira e me viro pra ele também.

–Mais alguma coisa?

–Por enquanto não- Ele diz me encarando, seus olhos me analisando, apenas o ignoro e saio da sala. Continuo a passos largos pra minha sala, entro e fecho a porta, vou até a mesa e pego o pequeno cartão e o leio novamente.

Det. Bonasera.

Faz um bom tempo, que temos observado o seu trabalho ao lado do Det. Taylor.

E queremos parabeniza-la por ser uma excelente detetive, justa, e acima de tudo dedicada a seu trabalho.

E por essas características, e boas indicações. Decidimos fazermos o convite pra nos ajudar a reerguer o Laboratório de Criminalística de New Orleans, gostaríamos que aceitasse o convite. Teremos muito orgulho de aceita-la como a chefe do departamento.

PS: A senhorita tem um mês pra decidir, e nos dizer sua decisão. Se não fizer isso, vamos entender que declinou o pedido.

Girei o pequeno papel entre os dedos, e em seguida pego o bloco de folhas grampeadas dentro do envelope pardo, meu contrato. Abro a ultima folha.

E está lá, pontilhado, é apenas assinar. E eu sou oficialmente a chefe do laboratório de NO, tão fácil. Mas era isso que eu realmente queria? Ser chefe era uma ótima proposta, perfeita.

Mas eu teria que conseguir isso a custa de sacrificar minha família? A única família que eu tinha?

–Stella...?- Me assusto e solto o papel, que voa por causa da janela aberta e cai em sua frente, me viro surpresa pra porta, Lindsay me encara confusa com minha reação, seu olhar recai sobre o pequeno papel no chão, ela se inclina e o pega. O estende a mim.- Só pra avisar que o caso vai ser arquivado.

–Obrigado- Sussurro e guardo tudo de volta no envelope.

–Está tudo bem?- Ela pergunta preocupada, forço um sorriso, eu vinha fazendo isso tantas vezes que estava realmente começando a ser convincente- Você sabe que pode me contar qualquer.

–Eu estou bem.

–Eu não acredito em você- Ela diz se escorando e me encarando, eu vejo a preocupação em seus olhos.

–Era só isso Lindsay?- Pergunto a encarando, eu sei que ela só quer meu bem. Mas eu não quero ajuda, eu não quero que elas haja como se eu fosse algum tipo de garotinha que precisa ser protegida, por que eu não sou.

–Stella....

–Eu estou bem!- Digo ríspida, ela se assusta com minha atitude, controlo o tom de voz- Eu estou bem, não se preocupe. Eu sei cuidar de mim mesma.

–Stella...

–Eu sou uma adulta!- Grito, sinto meus olhos se enxerem de lágrimas. Lindsay da dois passos a frente, vejo a preocupação em seus olhos, sacudo a cabeça- Eu volto daqui...- Não termino a frase apenas saio da sala.

XXXXXXX

Eu não voltei.

Eu sabia de qualquer forma que não voltaria pro laboratório hoje. Giro entre os dedos o copo de suco, era o terceiro que eu tomava, melhor que vinho.

Eu queria ficar sóbria, me conhecia o suficiente pra saber que não podia me dar ao luxo de me embebedar nessas condições, me lembrava claramente da ultima vez que me embebedara por estar triste.

Tinha 22 anos, estava na faculdade e acabara acordando em uma cama que não me lembrava, e completamente nua. Então definitivamente não era o tipo de coisa que eu queria que acontecesse, ouço meu telefone tocar novamente, Lindsay havia ligado duas vezes, deixara recado; Lorgan ligara, pedira pra retornar e ultimo toque não havia deixado recado, mas eu sabia que era ele.

De uma forma que eu não sabia explicar, eu sabia que era ele. O toque cessa, fecho meus olhos, já eram 00h.

Abra a porta. Eu sei que você está acordada.

Engasgo com o suco ao ouvir a voz de Mac, olho pra porta. E eu vejo sua sombra sobre a pequena greta, demoro uns dez minutos pra processar, até finalmente levantar e prender o cabelo em uma espécie de nó que com certeza me arrependeria depois, abro a porta.

Mac está lá, pra minha surpresa, com uma camisa de mangas curtas e uma calça de ginastica, parece levemente suado como se fizesse algum esporte a pouco tempo antes. Ele não parece bravo como eu pensei que ficaria, apenas sorriu levemente.

–Eu posso entrar?- Pergunta apontando pra dentro, percebo que provavelmente estou parada como uma idiota o encaro

–Claro- Respondo rapidamente dando passagem pra que entre- Eu sinto muito, mas o máximo que posso oferecer nesse momento é um café ou suco, não estava com disposição suficiente pra cozinhar- Murmuro fechando a porta. Ele não parece se importar com esse fato. –Eu sei que não deveria ter saído daquela forma, e juro que vou tentar ouvir simplesmente o sermão. Por que sei que tem razão.

–Do que está falando?- Ele me pergunto um sorriso leve no rosto, um sorriso divertido.

–Tenho certeza que conversou com Lindsay, e que veio aqui pra exigir explicações sobre o meu comportamento.

–Não.- Ele afirma seguro, o encaro confusa e desconfiada.

–Não?

–Eu vim fazer uma visita a uma amiga. Eu não posso?

–Pode.- Digo o encarando meio desconfiada, o que o faz rir, e apesar de tudo não consigo me manter séria por muito tempo também. Sacudo a cabeça e vou até a cozinha, ouço seus passos atrás de mim rodeio a bancada e me viro pra encara-lo- Café ou suco?

–Tanto faz, seu café é ótimo.


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Notas finais do capítulo

Esse é o ultimo capitulo do ano.
Vou voltar a postar só em Fevereiro, pois vou tirar férias, inclusive de escrever, estou ficando louca!
Eu sei que o capitulo não conteve muitas emoções, mais será importante pro resto da história.

Ps: Eu sei que sou má terminando o capitulo nesse momento!kkkk :)
Digam o que acharam!
E feliz natal e ano novo pra todos! Que se Deus quiser esse ano que vem seja melhor que este.



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