Pov’s Clove

Assim que chegamos a pizzaria eu logo avistei Peeta e Katniss sentados em uma mesa em frente ao palco.

Puxei Cato pelo mão e me aproximei de meu primo e minha amiga –Oi gente. –digo cumprimentando-os com um sorriso. –Acho que vocês já conhecem o Cato né? –perguntei e Peeta assentiu sorrindo e cumprimentando Cato.

–Claro que conhecemos, Cato é do meu time sempre no futebol. –os dois riram de alguma piada interna que eu não consegui entender qual é - E ele e a Katniss fazem dupla na aula de biologia. Vocês são amigos desde quando? –o meu primo perguntou passando um braço por cima do ombro de Kat como se a protegesse.

–Desde a minha antiga escola. –digo sentando-me ao lado de Cato e na frente de Katniss - Agora a gente ta namorando. –digo segurando a mão do meu namorado. Essa palavra é tão boa de se dizer, meu namorado. Só meu.

–Que fofo, parabéns pra vocês dois então. –Kat disse sorrindo e logo puxou conversa comigo enquanto Peeta e Cato conversavam sobre os jogos de futebol que eles iriam participar, claro que não era o futebol que eles jogavam na escola, eles estavam falando de futebol americano, ambos estavam no time do colégio e amanha teriam um jogo muito importante.

–Eu já volto, preciso fazer uma coisa. –disse Peeta se levantando da mesa e arrumando a jaqueta - Clove pode me ajudar prima? –ele perguntou piscando um dos olhos.

–Claro. Eu já volto. –digo seguindo Peeta até o lado do palco, de longe vi Cato e Katniss rindo e conversando animadamente, senti um pouco de ciúmes, mas tentei me manter calma. –Você vai pedir a Kat em casamento Pee?

–Vou, eu iria pedir ela amanha depois que a gente ganhasse o jogo, mas eu pensei e se eu perder o jogo não vai ser muito legal. –eu assenti enquanto ele pegava um microfone que um dos garçons o avia entregado.

–Você vai fazer o pedido lá em cima? –apontei para o palco, e meu primo assentiu corando um pouco, percebi que suas mãos tremiam então as segurei e beije-lhe a bochecha - Calma. Ela te ama e vai ficar tudo bem.

–Obrigado Clo. –ele disse subindo alguns degraus do palco - E só pra avisar, obrigado pelo discurso, eu acrescentei algumas coisas tudo bem?

–Claro só peça ela em casamento, essa é a única coisa que não pode faltar. –digo sorrindo e Peeta assente e vai em direção ao centro do palco.

–Com licença. –ele diz no microfone e todos começam a prestar atenção nele, inclusive Katniss que está assustada em ver o namorado no palco.

Pov’s Peeta

É agora Peeta. Respira fundo e solta o verbo. Ela ta bem na sua frente. Fala tudo que você ensaiou sozinho e com a Clove. Diz pra ela o quanto ela é importante pra você, o quanto ela é linda, o quanto a voz dela é doce e perfeita aos seus ouvidos...

–Katniss, há muito tempo eu conheço você e há muito tempo eu te amo, nós fizemos muita coisa errada e brigamos, mas nunca deixamos de demonstrar nosso amor um pelo outro... –olhei diretamente para Kat e vi os olhos dela marejarem, pelo menos agora ela está chorando de felicidade. - “Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a profundamente.” Eu assim que te conheci amei o seu jeito de ver o mundo, amei o jeito como você protegia seus amigos... Eu amo você Kat. Amo seus olhos, amo seu cabelo, amo suas roupas, amo seus lábios, eu sou devoto seu... Eternamente. –digo sorrindo e minha namorada se ergue da cadeira e se aproxima do palco, de repente um holofote cai sobre ela e um sobre mim escurecendo o resto da pizzaria -Lembra que quando você me disse que me amava e eu perguntei se era verdadeiro ou falso e você respondeu verdadeiro? –a morena a minha frente assentiu e eu sorri de canto, desci do palco e fiquei cara a cara com Katniss -Então, foi bem nesse dia que eu resolvi que queria passar a eternidade ao seu lado. –ajoelhei-me na sua frente e peguei a caixinha com a aliança no meu bolso - Katniss Everdeen, você quer se casar comigo? Passar a eternidade ao meu lado, do mesmo jeito que quero passar ao seu?

–Pee... –ela sussurrou e assentiu - Sim, eu quero Peeta. –levantei-me e coloquei o anel em seu dedo para logo depois beijá-la apaixonadamente. –Eu te amo Pee.

–Eu também de amo Kat. –abracei-a e ouvi palmas no fundo, a pizzaria toda estava emocionada com o meu pedido e o nosso amor. –Nosso amor pode mudar tudo Katniss, pode dar esperança no coração dos outros.

–Nosso amor, Pee, é único. –ela diz e me beija novamente.

Pov’s Clove

Lindo. É a única coisa que resume o momento agora. Peeta se declarou de um jeito tão perfeito a Katniss que até mesmo eu tive vontade de chorar, o tempo todo fiquei ao lado do palco olhando Peeta se declarar a Katniss e agora eu me aproximo de Cato e o abraço pela cintura.

Depois Katniss e Peeta voltaram para a mesa e nós engajamos em uma conversa animada sobre o futuro desse casal.

Quando deu 23h40min eu pedi a Cato que me levasse de volta para casa já que amanha teríamos aula e eu precisava me manter acordada nas aulas. –Tchau Pee. –digo abraçando meu primo - Tchau Kat. –digo abraçando Katniss - A gente conversa amanha no colégio tudo bem?

–Claro Clo. Tchau. –disse Katniss acenando enquanto eu seguia Cato até seu carro.

Quando aproximamo-nos da Ferrari preta do meu namorado, uma garota loira corre na nossa direção e grita: - Cato! Cato!

–Piper? –pergunta Cato e depois sorri quando a loira o abraça apertado –Piper! Faz tempo que eu não te vejo loira.

–Que saudades eu tinha de você grandão. –a loira coloca seu rosto no pescoço de Cato como se inalasse o cheiro do meu namorado,meu namorado. –Nossa, você está cheiroso e muito forte.

–Obrigado Piper. –disse Cato rindo logo em seguida, não gostei dessa tal de Piper. Eu quero ir embora agora. Cruzo os braços na altura do peito e fico olhando os dois loiros conversando animadamente sobre coisas que não são de meu agrado, como um ficar falando que o outro ficou mais gato do que o ano passado e tudo mais.

–Cato. Eu vou embora de táxi mesmo. Tchau. –digo andando para longe dele e chamando um táxi, acho que Cato nem ouviu o que eu disse, pois nem saiu do lugar.

Fiquei um tempo parada na calçada esperando o táxi até que o mesmo apareceu, abri a porta e estava quase entrando quando um braço segurou minha cintura e não deixou eu entrar. –Me solta. –digo assim que vejo que fora Cato que me segurou.

–Você não disse que ia embora comigo? –perguntou Cato confuso me soltando.

–Eu disse, mas não vou mais. Vai lá ficar com sua amiguinha Cato. –digo nervosa cruzando os braços novamente na altura do peito. Cato começou a rir –Do que você ta rindo? To vestida de palhaço por acaso?

–Não, mas você fica muito fofa com ciúmes Clo. –ele segurou minha cintura juntando nossos corpos, afastei-me dele e virei o rosto –Qual é Clove?! Para com isso, ela é só uma amiga.

–Uma amiga bem atrevida você quis dizer né? –pergunto visivelmente nervosa –Uma amiga que fica falando o quanto você ta gato desde o ano passado...

–Ciumenta pode parar com isso. –Cato falou doce e eu o ignorei - Vai ficar me ignorando agora Clove?

–Eu vou pra casa. Tchau Cato. –digo abrindo novamente a porta do táxi e entrando no mesmo, fecho a porta do carro e abaixo o vidro.

–Pelo menos ganho um beijo? –ele pergunta com o rosto quase dentro do carro, viro-me para ele e lhe dou um leve beijo, sem línguas, só um encostar de lábios. –Tchau Clove.

Passo o endereço ao motorista que dirige rapidamente até minha casa me deixando na porta da mesma. Pago o motorista e entro em casa.

–Você não voltou com o Cato, o que aconteceu Clove? –perguntou Enobaria que estava na sala lendo um livro.

–Ele encontrou uma “amiga”. –digo simplesmente começando a subir as escadas, mas paro ao ouvir a leve risada de Eno. –Que foi?

–Você ficou com ciúmes, só isso. –ela diz e eu assinto - Isso é normal filha, não se preocupa. Em uma hora ele vai sentir ciúmes de você e na outra você vai sentir ciúmes dele.

–Foi um ciúmes bobo. –digo sentando-me ao seu lado no sofá - Foi só um medo de perder ele, perder a única pessoa que me faz enxergar a verdade nas coisas. –digo e Enobaria me abraça de lado, um abraço reconfortante, deito-me em seu colo enquanto ela acaricia meus cabelos. –E se ele me trocar Enobaria? E se ele encontrar coisa melhor que eu? Tenho tanto medo.

–Não pensa assim filha. Se ele realmente te ama, ele não irá te trocar por ninguém. –ela diz e eu acabo cochilando com seus dedos acariciando meus cabelos negros.

No dia seguinte eu acordei deitada no sofá, óbvio. Enobaria não iria conseguir me carregar nem me acordar para ir até meu quarto.

Levantei-me do sofá sentindo uma dor estrema nas costa e fui me trocar. Tomei um banho rápido, pois percebi que já estava atrasada. Vesti uma roupa provocativa, hoje eu ia fazer o Cato provar o mesmo que eu senti ontem, o ciúmes.

Vesti um short curto jeans, coloquei uma regata branca e uma jaqueta preta de couro por cima, calcei nos pés um Sneaker de salto alto preto e fui arrumar meu cabelo, o deixei solto e passei uma leve maquiagem. Ressaltando novamente os meus lábios.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=96247503&.locale=pt-br

–Tchau Enobaria! –gritei saindo de casa, segui em direção ao colégio e logo cheguei ao mesmo. Muitos garotos me olhavam secando minha bunda e os meus seios, apenas os ignorei.

Entrei na sala onde teríamos aula de matemático, ódio mortal dessa aula e desse professor. Enquanto me dirigia ao meu lugar vi Cato me encarar com certo fascínio e desaprovação.

–Hoje eu vocês irão fazer um trabalho, em dupla. –disse ele entregando as folhas para cada mesa, quando se aproximou da minha ele passou as mãos pelos meus braços como se fosse passar por mim desviando dos outros - Está bonita Clove. –ele disse me entregando uma folha.

–Obrigada professor. –digo sorrindo maliciosamente e piscando um olho para ele e logo percebo Cato colocar sua mesa ao meu lado e se sentar - Quem te deu autorização pra sentar comigo?

–Ninguém. Agora vê se você presta atenção na aula e para de dar molhe pro professor. –ele disse sério começando os exercícios.

–Ciúmes amor? –perguntei ironicamente.

–Claro, eu cuido do que é meu. –ele disse sem me encarar, sorri de canto e me voltei para afolha a fim de prestar atenção nela.

–Eu sou sua? Nunca fiquei sabendo disso. -digo baixinho, mas parece que ele ouviu, pois segurou meu pulso e me fez encará-lo.

–Você é minha sim. -ele diz sério -Para com isso Clove, você vai me levar a loucura pequena. -ele diz aproximando seu rosto do meu.

–E se essa for minha intenção? -perguntei sentindo sua respiração bater de encontro ao meu rosto, meu corpo todo se arrepiou e eu logo me toquei o que estava prestes a acontecer.

Afastei-me bruscamente de Cato e voltei novamente minha atenção para o trabalho de matemática, sei que Cato é meu namorado, mas eu preciso fazer ele implorar por mim, preciso fazer ele sentir o ciúmes de mim, o mesmo tanto que eu senti dele ontem.

Vejo Cato suspirar pesadamente e fechar os olhos tentando manter a respiração sobre controle -É Clove... Você irá me levar a loucura. -ele disse baixinho.

Hoje iria ser um ótimo dia para mim.