Pov’s Clove

Hoje era quarta-feira, dia de ginástica no colégio. Odeio e adoro essa aula. Odeio por que depois eu tenho que tomar banho nos banheiros imundos desse colégio. E adoro porque na maioria das vezes eu vejo muito menino gato sem camisa jogando futebol.

Na hora da aula de ginástica ou educação física, visto meu short curto preto e minha blusa de mangas curtas vermelha, calço nos pés o meu tênis simples da Nike.

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Assim que saio do banheiro percebo alguns meninos me encarando descaradamente, eu sempre me vesti assim por que será que somente hoje eles vieram reparar em mim?

O professor logo chega e fala que hoje iremos fazer algo mais leve, a meninas vão jogar vôlei e os meninos futebol.

–Hoje eu esqueci os coletes das meninas, então vou pedir se vocês não se importarem de algumas meninas ficarem de tope? –perguntou o professor com uma cara triste pedindo perdão mentalmente.

–Tudo bem. –os murmúrios foram ouvidos e muito bem recebidos pelo professor. Em pouco tempo o professor dividiu o time das meninas que ficou assim:

Garotas com blusa: Glimmer, Rachel, Cashmere, Agata, Lea e Annie.

Garotas sem blusa de top: Katniss, Clove, Mandy, Johanna, Santana e Delly.

Nosso time era até que bom, mas o time delas era melhor. Elas tinham Cashmere e Agata que já venceram campeonatos de vôlei da escola, mas a gente tinha Johanna que também venceu os campeonatos no mesmo time que Cashmere e Agata.

Retirei minha blusa e fique somente de top igualmente a Katniss, Johanna, Prim, Rue e Delly. Odeio ficar seminua, ou eu fico nua de vez ou de roupa, decidam-se.

Logo o jogo começou e notei que todos os meninos ficaram nos olhando com malicia, na verdade eles ficaram olhando para nossos peitos.

Quando o jogo terminou muitos meninos assoviaram e ficaram gritando, nós empatamos. Jogamos bem até, mas empatamos. Agora era a vez de ver o jogo de futebol masculino.

Times com camisa e time sem camisa. O Deus! Que tentação!

Cato estava no time sem camisa junto de Peeta e Finnick, e tenho que admitir, eles são muito gostosos.

Não me importei com o outro time eu só queria ver os donos daqueles músculos correndo e suando. Era excitante.

Cato fez o primeiro gol e saiu gritando e comemorando junto de Peeta e Finnick que fizeram um belo passe a ele.

Do meu lado estava Glimmer, a vaca piranha maldita, odeio essa loira oxigenada. Sorri maleficamente e gritei - Gostoso!- depois de gritar abaixei-me na arquibancada e vi Cato olhar na direção de Glimmer e sorrir de canto, a loira não se incomodou, pelo contrário, ela ficou até feliz.

A educação física acabou o time sem camisa ganhou no futebol, e eu fui para o vestiário. Tomei um banho rápido e vesti minha calça de couro rasgada preta, meu Bustier preto e branco e calcei nos pés uma bota de salto também preta. Peguei minha jaqueta de couro e saí do vestiário, mas antes arrumei meu cabelo e minha maquiagem.

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Agora eu tinha tempo livre, fui para o refeitório e fiquei por lá ouvindo musica até que alguém se aproxima por trás de mim e agarra minha cintura beijando a pele de meu pescoço visível, na verdade dando chupões nessa área.

Afastei-me bruscamente da pessoa e encarei o rosto risonho, mas sério ao mesmo tempo de Cato - Quem te deu direito de fazer essas coisas? Ou até mesmo de me tocar? –questionei assustada tentando manter minha respiração sobre controle.

–Clove Eu desistiria da eternidade pra tocar em você. –ele disse confiante andando até mim, eu me afastei lentamente dele - Para com isso Clovinha, eu só quero conversar sobre eu ter ido à sua casa e...

–E o que?! –perguntei nervosa - Ter confessado tudo e depois ter se arrependido?

–Eu não me arrependi de ter ido à sua casa, só queria deixar uma coisa clara. –ele disse conseguindo segurar meu braço e não permitindo que eu fugisse.

–Que coisa? –perguntei agora confusa encarando o brilho perigoso no fundo de suas orbes azuis.

–Que eu já te amei antes, não vou conseguir para de te amar agora. –e com isso ele me beijou loucamente, tentei me afastar de começo, mas quando vi que era inútil tentar fugir eu cedi e correspondi ao beijo.

Sua língua passeava por cada canto de minha boca a explorando e me levando ao delírio quando se encostava à minha. Afastei-me dele um pouco para tomar ar, mas seus lábios voltaram de encontro com os meus como se necessitassem deles novamente - Para... Por favor...

–Não minta para... Você mesma... –ele disse entre beijos trocados.

Afastei-me bruscamente dele quando aquelas palavras foram proferidas com tanta precisão, aquilo foi como uma luz se acendendo e me mostrando toda a verdade. –Se eu não pudesse mais agüentar... O que você faria? –digo baixinho para somente ele ouvir, a pesar de estarmos sozinhos.

–O que? Não entendi. –ele disse confuso me olhando sério.

–Se eu não agüentar mais mentir para mim mesma nem para as outras pessoas, o que você faria? –perguntei novamente.

–Eu tentaria ajudar você a ser verdadeira com as outras pessoas e com sigo mesmo Clove. –Cato disse acariciando minha bochecha com o polegar sorri de canto e assenti sentindo seu leve toque me reconfortar.

–Era isso que eu queria ouvir. –digo beijando-lhe os lábios, apenas um selinho longo e demorado, afastei-me dele e saí correndo escola a fora.

Chamei um táxi e pedi que ele me levasse a delegacia da cidade, quando cheguei a mesma fui direto a sala de minha mãe e a encarei sentada em sua mesa lotada de papéis. –Enobaria... –sussurro baixinho e minha mãe ergue o rosto e arregala os olhos ao me ver ali em seu local de trabalho.

–O que você aprontou agora Clove? –ela perguntou nervosa cruzando os braços na altura do peito e me olhando de com certa raiva.

–Nada eu... Eu queria te ver. –digo dando um sorriso de lado, a boca de Eno se escancara e eu solto uma leve risada - Estou em tempo livre na escola então vim te falar uma coisa... A pesar de todas as vezes que brigamos, todas as vezes que nos xingamos, todas as vezes que eu joguei na sua cara o quanto eu te odiava, apesar de tudo isso eu ainda posso dizer que você é minha mãe e quer o meu bem então... –tomei fôlego e suspirei pesadamente - Não se importe com essas coisas, elas são ditas da boca pra fora. Eu gosto muito de você. É só isso que você precisa saber, por enquanto.

Começo a me retirar do escritório de Enobaria quando a mesma resolve falar - Desde quando você quer falar isso?

–Desde a muito tempo, mas nunca ninguém conseguiu abrir meus olhos para que eu percebesse o que precisava ser feito.

–Quem fez isso? Quem lhe abriu os olhos? –ela perguntou sorrindo.

–Somente o meu príncipe encantado.