Princesa ao contrário escrita por Devonne


Capítulo 4
Sozinha em casa, eu sou um perigo.


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores.

Entao eu nao estou tao animada assim esses dias por motivos pessoais, mas vou sobreviver.

Espero que os leitores de Until Marriage Do Us Part? tenham gostado do capítulo final e pra quem nunca leu a fic aqui está o link dela, e pra avisar ela já acabou.
http://fanfiction.com.br/historia/423382/Until_Marriage_Do_Us_Part/

Mas a Princesa ao Contrário está só começando, lembrando também que essa aqui é um shor-fic okay?

Espero que gostem, beijos >



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Acordei no dia seguinte sentindo uma leve tontura resultado da caipirinha de limão que eu havia bebido ontem.

Levantei-me da cama lentamente e fui em direção ao banheiro tomei um banho de ducha rápido, lavei meu cabelo que cheirava a álcool e drogas.

Saí do banho e me enrolei em uma toalha que havia no banheiro, fui até meu quarto, mais precisamente até meu armário, e procurei uma roupa para vestir. Por fim escolhi uma blusa de mangas compridas cinza, uma calça colada preta e calcei nos pés uma bota de salto azul escura. Deixei meu cabelo solto e passei uma leve maquiagem para disfarçar minha cara inchada, peguei um óculos de sol e já estava pronta.

http://www.polyvore.com/41_42/set?id=96248959 (Roupa #42)

Desci as escadas e encontrei Enobaria sentada na mesa da cozinha bebericando do que eu diria ser café em sua xícara favorita de porcelana azul. Aproximei-me dela e sentei-me na cadeira a sua frente, peguei um copo e o enchi de suco de laranja, peguei um pedaço de pão de queijo e o comi junto ao suco.

-Você quer carona para a escola filha? –Enobaria perguntou com os olhos fixos em algo sobre a mesa, ela não havia me encarado desde nossa briga de ontem o que me resultou uma grande marca vermelha hoje no rosto.

-Não... Obrigada. –digo sussurrando e vejo Enobaria sorrir de canto e assentir - Eu vou para a escola a pé mesmo, mas... Obrigada pela oferta. –Enobaria pela primeira vez me encarou e sorriu.

-Não há de que querida. –ela assentiu amorosamente e a única coisa que eu pude fazer fora revirar os olhos, odeio quando as pessoas me olham com compaixão e dó –Se precisar de mim eu vou estar na delegacia cumprindo hora extra, tudo bem?

-Claro. –digo levantando-me no mesmo momento que Enobaria - Eu já vou indo e... –não pude terminar a frase, pois quando dei por mim Eno me abraçava apertado e soluçava baixinho tentando conter o choro que certamente viria assim que eu colocasse meus pés para fora dessa casa. –Enobaria?!

-Me desculpe. –ela se afasta, mas continua com as mãos segurando os meus ombros - Me desculpe por perder o controle com você ontem eu...

-Para. –digo balançando a mão no ar - Não quero ouvir você se lamentar por ter me batido, você queria aquilo, você queria descontar a raiva, o cansaço e a saudades que tinha do meu pai em algo, e eu achei melhor você descontar em mim. Assim que também aprendia a lidar com a dor. –digo simplesmente e sinto Enobaria afrouxar o aperto em meus ombros até o mesmo não existir e eu ver os braços de minha mãe soltos ao lado de seu próprio corpo.

-Você vai continuar com essa brincadeirinha de achar que bater em você é uma boa escolha? –Enobaria disse séria olhando no fundo dos meus olhos, eu nunca havia parado para observar, mas os olhos de Eno eram de um verde escuro quase que preto ou castanho, não conseguia distinguir a cor deles, e os de meu pai eram verdes claros.

-Sinto muito se isso não te agrada Enobaria, mas é o único jeito de eu me sentir bem, o único jeito de eu conseguir me salvar... –digo suspirando pesadamente e pegando minha mochila que havia jogado ao lado da cadeira na cozinha.

-De se salvar? Se salvar do que? –Eno parecia confusa, mas nem por isso deixou a postura de delegada durona e a super-heroína de sempre.

-Me salvar de mim, eu não quero me machucar, mas... É quase que impossível para mim. –digo me lembrando do ano passado dos momentos difíceis que eu passei, das marcas em meus braços, do sangue no chão do banheiro ou das horas que passei com uma lamina na mão.

Saí de casa abruptamente antes que Enobaria recomeçasse o questionário sobre o que estava acontecendo comigo. Caminhei apressada em direção ao colégio, quanto mais rápido eu chegar mais rápido eu vou poder sair.

Assim que cheguei ao inferno que chamam de colégio adentrei o mesmo e encontrei os mesmos grupinhos de ontem, os populares metidos a besta, os CDF, as líderes de torcida, os jogadores de futebol, as patricinhas, os góticos, os normais até demais, os valentões metidos e as pessoas legais e até sociáveis. Em nenhum desses grupos encontrei Cato, mas isso não importava.

O sinal logo tocou e eu segui para a minha sala, eu tinha agora aula de literatura, nessa aula eu não poderia simplesmente ignorar as explicações ou ficar ouvindo musica, eu tinha que prestar atenção e melhorar minhas notas.

Sentei-me em uma das primeiras cadeira no canto direito da sala e alguém que não vi quem era se sentou ao meu lado, esqueci de avisar a maioria das aulas aqui são feitas em dupla. Olhei para o lado e vi Annie Cresta sentada ao meu lado, ela nunca falou comigo e pelo que vejo no resto da sala ainda há muita mesa vaga ou vazia, mas essa garota escolheu sentar comigo por opção própria.

-Oi, sou Annie Cresta. –ela estendeu a mão sorrindo, Annie era o tipo de garota legal e sociável, eu gostava do jeito como ela não ligava para as provocações dos outros, atraia muitos garotos para si e é muito bonita e moderna.

-Sou Clove Larcost. –digo apertando sua mão estendida e sorrindo. –E eu já sei quem você é Annie.

-Oh, tudo bem então. –ela soltou uma leve risada, mas percebi que a morena estava constrangida - Você é boa em literatura? Por que eu sou péssima. –ela gargalhou e eu lhe acompanhei, era tão bom rir depois de tempos.

-Mais ou menos. –digo e nós duas rimos alto.

-Senhorita Cresta e senhorita Larcost, qual o motivo das risadas? –questiona o professor que somente agora percebi já estar na sala e explicando algo na lousa, uma espécie de projeto para nos interagirmos com o parceiro. –Digam a sala qual o motivo.

-O motivo é... –Annie gaguejou, parece que ela nunca levou bronca de nenhum professor, Cresta estava com o rosto tão vermelho que se um tomate passasse do seu lado sentiria inveja.

-Nós estamos rindo com o que iremos escrever na nossa redação de hoje professor, tenho certeza de que o senhor irá achar hilariante. –digo sorrindo meigamente, não sei como, mas eu consegui manter a meiguice que eu tinha desde os meus 6 anos.

-Espero que seja isso mesmo senhorita Larcost. –o professor deu as costas para nós e Annie suspirou aliviada, ela sorriu para mim como se agradecesse e eu apenas assenti.

O resto da aula fora tranqüilo eu e Annie ficamos conversando sobre todo tipo de coisa e ainda por cima fomos as primeiras a terminar a redação de o que você pensa sobre seu companheiro de bancada hoje.

Quando deu o sinal eu me despedi de Annie e segui em direção ao meu armário, guardei alguns livros e tirei outros. Dirigi-me para a sala de onde eu teria aula de história, pena que a Annie não está nessa aula se não a gente ia ficar conversando o tempo todo.

As aulas se passaram lentamente e o meu tédio foi aumentando cada vez mais.

Quando chegou a ultima aula vi que era aula de química, obviamente aula em bancadas e em dupla. Sentei em uma mesa no canto também, nem no fundo nem na frente, mais ou menos no meio.

Logo os alunos entraram e pude ver de longe a cabeleireira de Annie adentrar a porta da sala correndo, ela me olhou feliz por perceber que não tinha ninguém sentado ao meu lado. A morena caminhou lentamente até mim e quando se aproximou seu sorriso se desfez, olhei para o lado e vi Cato sentado no banco, não mais vazio.

-Deixa pra próxima. –ela sussurra com um sorriso de leve estampado no rosto, eu assenti sem demonstrar nenhuma emoção e vi Ann se sentar na bancada atrás de mim, junto de Finnick.

Pela primeira vez em anos consegui prestar atenção na aula, pois sei que se olhasse para o lado eu teria um ataque e brigaria com Cato por toda a humilhação que ele me fizera passar.

O professor passou uma lição para fazermos na sala junto com o parceiro, olhei de relance para Cato e percebi que ele me encarava e quando o mesmo percebeu que eu o olhava deu um sorriso de canto e voltou a prestar atenção em seu caderno.

-Cato... –sussurrei, era a hora de perguntar, e esclarecer as coisas entre nós dois - Por que você fez aquilo comigo? Por que contou a ele?

-Por que... –ele suspirou pesadamente e coçou a nuca de um jeito nervoso - Olha, eu fiz aquilo por que eu quis. Tenho meus motivos e não preciso falar deles pra você. –na mesma hora em que o loiro terminou de falar o sinal bateu. Cato reuniu todo seu material e seguiu para fora da sala, eu fiz o mesmo e corri atrás dele.

-Cato Masterst! –gritei correndo para fora da escola na direção que Cato havia seguido, assim que saí da escola me arrependi, pois a cena que eu vira era a pior. Cato cumprimentava Tresh OConnor normalmente. Meu sangue gelou e eu parei de respirar por alguns meros segundos.

Quando retornei a mim caminhei na direção de minha casa por um caminho mais afastado, Cato e Tresh conversavam animadamente até que eu ouvi o loiro gritar - Tchau Larcost.

Meu rosto enrubesceu e eu comecei a correr, ouvi o barulho de trovoes e vi relâmpagos estralarem no céu iluminando o mesmo por entre as nuvens cinzas carregadas de água que assim que caíssem estariam sujeitas a inundarem tudo.

No meio do caminho para minha casa eu senti as gostas frias e gélidas da chuva baterem de encontro ao meu corpo, eu corri mais rápido, mas não havia mais tempo eu já estava encharcada pela água da chuva e com toda certeza pegaria um resfriado.

Resolvo me render e começo agora a caminhar em vez de correr. Com o passar dos minutos vejo um carro andar lentamente ao meu lado, ignoro o carro e continuo andando, até que o vidro escuro do carro abaixa e eu vejo o rosto Gloss sorrindo para mim. –Quer uma carona linda? –ele usa um tom engraçado, não precisou pedir de novo e eu já estava dentro de seu carro.

-Valeu Gloss. - digo sentando no banco do carro e colocando o sinto, quando dei por mim Gloss segurava meu rosto com uma mão e me beijava com certa urgência e saudades.

-Quero a continuação daquela noite. –Gloss sorriu malicioso quando nos afastamos e começou a dirigir para a minha casa. Durante o caminho todo eu ignorei as perguntas de Gloss e apenas me concentrei em descobrir o porquê de o Cato ter feito aquilo há dois anos e aquilo na hora da saída hoje. –Chegamos. –disse Gloss me tirando de meus devaneios.

-Valeu pela carona Gloss. - digo soltando o sinto, beijo-lhe os lábios e depois me afasto sorrindo - Nos vemos hoje à noite, no meu quarto. –digo mordendo o lábio inferior de um jeito sexy.

Saí do carro e me dirigi para dentro de minha casa - Enobaria! –gritei jogando minha mochila em cima do sofá caro e chique de Eno. Ninguém me responde então eu vou em direção da cozinha, abro a geladeira e pego um suco de limão e coloco o mesmo em um copo. Vejo que em cima da mesa há um bilhete o pego e começo a ler:

“Clove, tive que ir trabalhar, volto amanha cedo. Sem festas, sem racha, sem chamar amigos para casa, sem ficantes, namorados, qualquer garoto que queira ir pra cama ou sei lá o que com você. Fique em casa quietinha, tem comida na geladeira e dinheiro no seu quarto, qualquer coisa liga pra mim. Beijos filha. –Enobaria.”

-Ótimo. –digo baixinho, amasso o bilhete e o jogo dentro do lixo que se encontrava ao lado do balcão da pia da cozinha.

Subo as escadas e vou para o meu quarto, pego meu celular e envio uma mensagem para Gloss:

“A casa ta livre, vem fazer uma visitinha pra mim gato. Eu to sozinha aqui até amanha. Temos que cuidar de assuntos inacabados. Vem rápido gato - Clove.”

Minutos depois recebo outras duas mensagens de volta, olho no visor e vejo que uma era de Gloss, resolvo ler essa primeiro:

“Opa! Já estou indo linda. E sim, nós temos um assunto muito importante para tratar. Já estou quase chegando aí gata. –Gloss.”

Sorrio ao imaginar ter uma noite selvagem com Gloss, loucuras irão acontecer. Vejo que a outra mensagem é de um numero desconhecido, abro mesmo assim:

“Ei Clove. Precisamos conversar, faz tempo que não nos vemos, eu mudei meu numero por isso você não vem meu nome no visor da tela né? Mas vamos nos encontrar amanha na pracinha próxima ao seu colégio? Saudades de você garota. Beijos do seu tão amado primo Peeta Mellark.”

Oh meu Deus! Que saudades eu tenho desse moleque. Quando éramos pequenos eu e Peeta vivíamos brincando na pracinha, mas aí ele se mudou para França a mais ou menos dois meses pra fazer um curso de, não sei ao certo dizer sobre o que era o curso, mas agora ele voltou. Claro que voltou pela namorada, que por pura coincidência era minha melhor amiga Katniss Everdeen.

Eu ouvi dizer a algumas semanas que a Katniss estava internada em um hospital por sofrer um acidente pouco tempo depois de Peeta viajar e que Kat estava grávida, mas perdera o bebe. Peeta sabia do bebeu, eu acredito, por isso deve estar voltando pra cá, para consolar a namorada e ficar bastante tempo ao lado dela a apoiando em suas decisões.

Vou em direção ao meu banheiro, entro na banheiro e tomo um banho rápido e relaxante, capaz de relaxar até a alma de uma pessoa.

Saio da banheira e me seco, vou até meu armário e procuro uma roupa de fácil remoção e muito sexy, por fim vesti um corpete preto bem apertado que eu comprara quando estava indo visitar meus tios em Portland, vesti um short curto de couro preto e calcei nos pés uma bota com um pouco de salto preto.

Deixei meu cabelo solto e passei uma maquiagem leve ressaltando meus lábios em um tom vermelho.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=95997067 (Roupa #29)

Desci as escadas bem na hora em que a campainha tocava, coloquei o sorriso mais malicioso que conseguia nos lábios e abri a porta. Surpreendi-me com quem estava do outro lado, não era Gloss.

Era Cato.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Odiaram? Comentem também. Nao gostam de mim? Comenta também, pode me chingar eu nao ligo hahaha.

E eu acredito que talvez no próximo capítulo vai ter hentai, nao sei ao certo, depende de como vai estar minha isnpiraçao e meu humor okay? Mas vcs querem hentai entre Gloss e Clove; Finnick e Clove; Tresh e Clove ou Marvel e Clove.

Desculpe, mas o Cato nao está entre essas opçoes, porque como vcs já perceberam Cato e Clove se odeiam praticamente, mas isso é passageiro... (Eu espero)

Comentem o que acharam certo? Beijos >