Pov’s Cato

Ela estava linda. E era minha. Minha linda. Não sei como, mas só ela me fazia feliz, só ela conseguiu enxergar o que eu sou de verdade, só ela e mais ninguém. A festa estava ótima Ellie não aprontou nenhuma gracinha pra cima da Clove e eu agradecia ela mentalmente por isso.

Durante todo o tempo da festa eu fiquei ao lado de Clove aproveitando cada segundo que eu tinha com ela - Eu te amo tanto pequena. –eu dizia a cada beijo que nós dávamos, era tão bom sentir a pessoa amada tão próxima a você.

–Cato! Clove! –ouvi Ellie gritar da cozinha, levantei-me do sofá onde estávamos sentados e me dirigi até Ellie com Clove atrás de mim segurando minha mão, encarei ela com certo nojo, mas ainda permaneci com o sorriso afetado em meu rosto -Por que vocês dois não levam as crianças para brincarem lá fora? É uma ordem. –ela disse severa, mas sem tirar o sorriso falso do rosto.

Eu e Clove assentimos e chamamos Prim e Rue e as levamos para fora da minha casa, já do lado de fora nós brincamos de tudo, pique-pega, jogar bola entre outras coisas.

Depois eu, minha namorada e as crianças voltamos para dentro de casa a fim de abrir os presentes de natal.

Eu estava apenas observando minha namorada correr atrás de Rue e Prim que fugiram com os presentes, nós já havíamos entregado os presentes e as duas resolveram brincar com a Clove e começaram a correr pela casa. Subi as escadas lentamente a fim de pegar o presente de Clove e quando estava voltando esbarrei na minha namorada e nós dois caímos no chão, por sorte eu consegui virar ela e a mesma caiu por cima de mim. –Você é rápido. –ela diz rindo e eu fiz o mesmo.

–Trouxe seu presente. –digo sorrindo mostrando a caixinha de veludo verde pra ela - Vamos lá perto da piscina que eu te dou ele. –digo e ela assente e se levanta, levanto-me logo depois e nós dois seguimos até o quintal onde tem uma piscina.

Eu havia passado a tarde inteira junto com uns amigos de meu pai decorando o quintal, no final achei que estava muito bonito o lugar, perfeito para a ocasião. A piscina tinha velas espalhadas por ela toda dando um ar mais romântico ao lugar.

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–Cato… -ela disse admirando o lugar, sorri abobadamente, não sei como eu iria dizer tudo àquilo para ela, só sei que eu iria dizer e que se não fosse agora não seria nunca. –Isso aqui ta tão lindo…

–Igual a você. –digo me aproximando dela, na verdade eu não tirei os olhos dela a noite inteira e nem prestei atenção na decoração do lugar, eu só sabia de olhar para ela. Minha pequena. Minha vida. Ela faz parte de mim. –Eu amo você. Abre seu presente princesa. –digo lhe entregando a pequena caixinha de veludo em suas mãos.

Clove abriu lentamente o seu presente e quando finalmente a caixinha estava aberta eu observei o sorriso bobo estampado nos lábios da minha amada. Eu havia lhe comprado um colar caro com uma pedra vermelha lapidada como pingente. http://images03.olx.com.br/ui/10/59/85/1385385881_567165485_1-Colar-com-pingente-gota-pedra-com-cristal-rosa-e-strass-Folheado-a-Ouro-Vila-Matilde.jpg

Coloquei o colar no pescoço de Clove e depois a encarei com meu presente pendurado no belo pescoço - Foi o que eu pensei. –digo sorrindo abertamente e vendo o rosto de Clove passar de fascínio para confusa.

–O que você pensou? –ela perguntou me encarando confusa.

–Pensei que esse colar iria realçar seus olhos verdes. –digo me aproximando mais do pequeno corpo de minha namorada - E eu estava certo, seus olhos agora tem um brilho diferente. É lindo.

–Eu amo você. –ela diz antes de me beijar, correspondi ao beijo com o mesmo fervor e sentimento. Como eu amava essa garota. O efeito que ela surtia sobre mim era impressionante.

Separamo-nos ofegantes e retornamos para dentro da casa a fim de participarmos mais um pouco da festa.

Pov’s Clove

O resto da noite fora a mesma coisa, eu e Cato ficamos juntos, Haymitch e Effie ficaram rindo e animando tudo, Peeta conversando com a Katniss e me olhando preocupados... –Clove, preciso falar com você. –disse Enobaria se erguendo da cadeira e pedindo licença e seguindo até uma área mais afastada.

–O que foi? –pergunto cruzando os braços na altura do peito e a encarando nervosa, o olhar de minha mãe só poderia trazer péssimas notícias. –Fala logo o que você quer Enobaria que eu preciso voltar pro meu namorado.

–Clove, despeça-se de Cato, nós vamos viajar para Atlanta depois de amanhã. –ela disse e aquilo foi como se tivessem jogado pedras em cima do meu coração e ele tivesse despencado dez andares. Não havia mais motivo para eu ficar feliz esta noite. Não havia mais motivo nem para eu viver mais estar noite, mas era preciso, por Cato.

Eu não sentia mais minhas pernas, tudo a minha volta girava e a única coisa que ouvi fora Cato gritar meu nome e me segurar em seus braços antes que eu atingisse o chão. Depois tudo ficou escuro.

Pov’s Cato

Depois que Enobaria chamou Clove para conversar eu fiquei observando as duas de longe e reparei na expressão fria de Clove ao acabar de ouvir o que sua mãe dissera, eu me levantei da cadeira e me aproximei, Clove começou a tremer e de repente seu corpo despencou. –Clove! –gritei e joguei-me na direção dela, a segurei antes que caísse no chão.

Todos ficaram a nossa volta assustados e confusos - Chamem um médico. –eu implorava e já sentia meus olhos marejarem - Por favor... –eu sussurrei e vi Kat correndo pela casa a procura de seu celular, mas nem precisamos dele, pois em dois minutos a Clove já estava acordada e ainda insistia que estava bem. Todos sabiam que era mentira.

Levei Clove até o sofá de minha casa e a deixei deitada lá enquanto Effie trazia um pano molhado com água morna e colocava na testa de Clove. –Eu estou bem Cato. –ela disse tentando se sentar, mas eu não permite ela ainda estava muito fraca poderia simplesmente desmaiar de novo.

–Fica quietinha aí Clove. –digo acariciando suas madeixas negras - Vai ficar tudo bem. –sussurro em seu ouvido, Clove suspirou pesadamente e vi lágrimas escorrerem por suas bochechas. –O que foi princesa? Aconteceu algo?

–Cato... Eu vou para Atlanta... –ela tentou dizer, mas os soluços constantes que vinham acompanhados de lágrimas não permitiram que uma frase concreta fosse dita.

–Eu sei disso, mas ainda temos tempo até o Ano Novo Clo... –digo baixinho e ela balança a cabeça negando. Clove parece assustada, com medo, nervosa... –O que você tem minha princesa?

–Eu... Não quero deixar você... –os soluços se tornaram mais freqüentes e ela quase não conseguia respirar então eu a ajudei a se sentar - Eu vou para Atlanta depois de amanhã Cato. –ela disse e não deu dois minutos e Enobaria já queria levá-la para casa. –Eu te amo Cato...

–Eu também te amo Clove. –digo e beijo-lhe os lábios, sei que ela está fraca, mas eu preciso disso, preciso sentir os lábios de Clove antes que ela vá embora da minha vida - Quero te ver amanhã, tudo bem?

–Tudo bem. –ela assenti, depositou um selinho em meus lábios e depois foi embora junto de Enobaria, mas antes se despediu de todos. Sentirei falta de seus lábios, de seu cheiro, de nossos momentos... Sentirei falta disso.