Pov’s Clove

A noite fora terrível para mim. Pesadelos invadiam minha mente a cada vez que eu insistia em fechar os olhos, por isso decidi passar o resto da noite em claro observando as coisas ao meu redor na cidade temerosa de que se eu fechasse os olhos nem que fosse por poucos segundos eu embarcaria novamente no mundo dos pesadelos.

Quando os primeiros raios de luz adentraram o meu quarto eu me levantei e fui em direção ao banheiro, lavei o rosto cansado e com olheiras profundas. Tomei um banho calmo com a água fria batendo em minhas costas aliviando a tensão existente em todo o meu ser.

Saí do meu banho e fui até meu armário procurar algo para vestir, hoje eu me encontraria com Cato. Nosso ultimo encontro antes que eu vá viajar para Atlanta, onde nunca mais nos veríamos.

Escolhi uma roupa confortável e quente, na medida do possível. O dia hoje estava frio, mas não chegava a ser congelante deixando o tempo agradável. Vesti um short branco, um corpete azul com detalhes em dourado sem alças e coloquei por cima um casaco preto. Calcei nos pés uma bota preta. Arrumei meu cabelo o deixando solto e passei uma maquiagem em meu rosto para que disfarçasse a tensão e a noite mal dormida.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=87371245&.locale=pt-br (Roupa #23)

Desci as escadas e me dirigi até a cozinha escrevi um bilhete e o deixei a Enobaria avisando que passaria o dia fora de casa. Andei calmamente pelas ruas temendo a hora que parasse a frente da porta da casa de Cato, não quero ter de olhar Ellie ou o pai de Cato e ver todos agindo estranhos a minha presença.

Peguei meu celular no bolso do short e liguei para Cato, o mesmo me atendeu animadamente e eu podia até vê-lo sorrir pelo outro lado da linha. Pedi a meu namorado que me encontrasse na frente da casa de Kat e ele concordou.

Hoje Kat estaria fora com Prim e Rue e a mãe dela estaria trabalhando no hospital. Eu tenho uma cópia da chave da casa de Kat, a mesma me deu dizendo que se eu precisasse de algo a porta dela estaria aberta.

Cheguei em frente a residência das Everdeen e esperei, poucos minutos depois Cato apareceu com o maior sorriso bobo nos lábios. Beije-lhe com todo o desejo que eu podia e o calor subiu pelo meu corpo e me fez delirar.

Separamo-nos ofegantes e eu soltei uma leve risada ao ver os lábios do loiro sujos pelo meu batom vermelho, limpei-os e depois abri a porta da casa de Katniss tirando meu casaco e o jogando em cima do sofá. Tudo estava silencioso, subi as escadas com Cato em meu alcance e ignorei todas as perguntas que ele fazia sobre eu ter uma chave da casa da minha melhor amiga.

Adentrei o quarto de hóspedes sorrindo vendo que Kat tinha deixado tudo como da ultima vez em que estivemos lá, nós havíamos ficado naquele quarto por horas conversando sobre garotos e novas formas de sedução. Bom, a maioria dessas formas haviam funcionado tanto comigo quanto com ela.

–Clove, você sabe que eu não consigo me lembrar muito dos nossos momentos mais felizes né? –ele perguntou se aproximando de mim e ajoelhando-se na minha frente, eu estava sentada em uma cadeira próxima a escrivaninha.

–Eu posso te ajudar a lembrar. –digo baixinho com os lábios bem próximos aos seus e sentindo sua respiração quente bater de encontro a minha pele fria.

–Então me faça lembrar. –ele sussurra próximo ao meu ouvido e eu sei que ele está brincando comigo. Ele afasta minha cadeira da mesa e entra na minha frete, encurralando-me, ele olha em meus olhos e sorri sacana.

Então acontece, Cato me beija e eu retribuo imediatamente, ele enfia sua língua em minha boca, e nós começamos uma batalha por dominância, ele agarra minha cintura e me levanta da cadeira, ergo minhas mãos até seus cabelos loiros e os puxo, ele solta um gemido baixo e aperta minha cintura com força. Nossas línguas se entrelaçam. Cato me ergue e me deposita na mesa, enrolo minhas pernas em sua cintura e o aproximo mais, sentindo sua ereção em minha entrada, gemo com o contato, ele desce os beijos para o meu pescoço e eu cravo minhas unhas em suas costas agora nua, Cato rebola, esfregando seu sexo no meu, gemo alto.

Ele me coloca em seu colo e me deita na cama, e tira minha roupa em um movimento rápido, ele para por um momento e fica me olhando com desejo, eu me sinto um pouco incomodada.

– Vai ficar aí, me olhando? – pergunto com uma risada nervosa.

– Só estou admirando o que é bonito – ele diz me analisando.

– Você me acha bonita?

– Eu tenho certeza de que você é linda.

E me beija, mas dessa vez foi um beijo diferente, teve fogo, calor, desejo, paixão, e essa era a verdade, eu estou apaixonada por Cato, sempre fui apaixonada por ele, mas eu o amo, sempre amei e sempre vou amar.

Cato desabotoou meu sutiã e o jogou em qualquer lugar, logo, ele os apertou e eu soltei um gemido, ele abocanhou meu seio esquerdo e o chupou com força, passando a língua por meus mamilos eretos, enquanto eu gemia loucamente e puxava com agressividade seus cabelos.

Cato retirou minha calcinha e enfiou sua língua em minha intimidade encharcada, começou a fazer movimentos de vai e vem, aprofundando cada vez mais sua língua em minha vagina, eu estava a um ponto, que eu não gemia mais, eu gritava de prazer. AQUILO ERA MUITO BOM! Nunca tinha recebido um oral tão bom quanto o de Cato, cheguei ao ápice e Cato limpou todo o líquido com a língua, engolindo-o em seguida.

Inverti as posições e arranquei com brutalidade sua cueca, fiz uma trilha de beijos passando por seu peitoral e abdômen, extremamente definidos, chegando até seu membro ereto e pulsante, passei a língua, sensualmente, pela glande e, logo, o abocanhei com voracidade, fui engolindo seu pênis gradativamente, até uma certa parte, pois não conseguia colocar TUDO aquilo dentro da minha boca. Não demora muito e Cato goza, engulo tudo e o beijo, lentamente, sento sobre seu membro que está, novamente, ereto. Começo a fazer movimentos lentos de vai e vem, apoio minhas mãos em seu peitoral e aumento a velocidade indo cada vez mais com força e brutalidade, Cato inverte as posições novamente, ficando por cima, ele sai e entra de mim muito rápido, enquanto eu rebolo sobre seu membro, proporcionando mais prazer, tanto para ele quanto para mim. Sinto as paredes de meu sexo latejar e logo chego a um orgasmo demorado e cansativo.

Cato se joga do meu lado e eu coloco a cabeça em seu peito. – Eu te amo – ele sussurra.

– Eu sei, eu também te amo Cato. –digo com um sorriso bobo nos lábios. Ficamos mais um tempo assim até nos recuperarmos e decidirmos nos vestir. Coloco toda a minha roupa e desço as escadas encarando Cato na soleira da porta de entrada segurando meu casaco. –Vamos? –perguntei tirando o loiro de seus próprios devaneios.

–Sim, vamos. –ele diz me ajudando a vestir meu casaco, saímos da casa de Katniss e fomo andar pela Califórnia.

Olhei para o céu e vi que já deviam ter se passado horas pela posição do sol então chamei Cato para irmos a um restaurante almoçar. Chegamos próximos a uma lanchonete e decidimos ficar por ali mesmo e comer.

Assim que adentramos a lanchonete nós encontramos Peeta e Katniss conversando em uma mesa próxima as janelas grande do lugar. Eu sorri ao ver os dois juntos, pensei que Kat estava com sua irmã e a melhor amiga dela, mas ela estava aqui o tempo todo com Peeta.

Kat nos avistou adentrando a lanchonete e logo nos chamou para sentarmos com eles, assim o fizemos. –Oi gente. –digo com um sorriso bobo nos lábios, não sei como tratá-los, na verdade nunca soube.

–Oi Clove. –disse Katniss toda animada sorrindo para mim e para Cato - Eu estava falando aqui com o Pee de passarmos o dia realizando todas as coisas que você gosta de fazer. –ela disse enquanto Peeta apenas assentia silenciosamente - Antes... Você sabe. –assenti rapidamente e isso fez Kat me encarar preocupada - O que você acha?

–É legal, obrigada, mas eu acho que vocês não vão gostar das coisas que eu faço. –digo baixinho ainda de pé vendo Cato se sentar ao lado de Peeta e engajar uma conversa com ele restando apenas eu e Katniss conversando sobre minha “despedida”.

–Claro que vamos. Não importa o que seja, estamos do seu lado. –ela diz e eu assinto abrindo o maior sorriso que eu possuía, olhei de relance e vi Cato me encarar com um brilho de fascínio nos olhos.

–Então vamos fazer as minhas coisas favoritas. –digo rindo baixinho e Katniss comemora com uma dança estranha sentada, Peeta cai na gargalhada e cato vem para o meu lado abraçando minha cintura e depositando um beijo em minha bochecha.

Horas depois:

–Clove! Você não é a próxima a correr? –gritou/perguntou Katniss apontando para a linha de partida onde estavam um carro alaranjado e o meu. –vai ganhar! –ela grita toda animada e eu assinto e saio correndo para conseguir chegar a tempo.

Chego próximo a minha Ferrari 458 Itália wallpaper preta e cato sai de dentro dela –Ganha princesa. –ele diz me dando um beijo amoroso. Sorrio após nos separarmos e entro no carro.

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Olho para o meu adversário Johanna Mason, uma grande corredora só ela ganha de mim, fora ela que me ajudou a entrar na maioria das corridas em que participei até hoje. Pode-se dizer que ela é uma amiga, menos quando ela está competindo contra você.

A largada é dada e nós duas aceleramos pelas ruas de Califórnia. Estamos emparelhadas, tudo o que ela faz eu faço igual, tudo o que eu faço bem capaz dela fazer melhor. Mas essa corrida é minha. Hoje eu sou a vencedora.

Avisto a linha de chegada mais a frente e piso mais fundo no acelerador deixando Johanna para traz somente alguns metros, mas o suficiente para que eu ganhe. Passei a linha de chegada. Ganhei.

Estaciono o carro e pulo nos braços de Cato feliz, primeira vez que comemoro uma vitória sem ficar bêbada. –Você ganhou pequena. –diz Cato pouco antes de me beijar.

Separamo-nos quando Johanna se aproxima de nós, olho para ela superior e a morena ri - Toma seu dinheiro garota. Uma ótima corrida. –ela diz sorrindo e pisca um olho para Cato que fica boquiaberto - Quem a gente repta isso. –ela diz para mim e se vira para Cato com um sorriso malicioso nos lábios - Sou Johanna Mason.

–Cato Masterst. –Cato diz também sorrindo com a mesma malicia de Johanna e apertando a mão de minha adversária. Eu fico apenas parada observando a cena mais nojenta da minha vida.

–Espero nos vermos mais vezes Cato Masterst. –ela diz piscando novamente para ele e depois olhando para mim como se nada tivesse acontecido - Clove. –ela faz um aceno com a cabeça e depois some por entre a multidão.

–O que foi isso Cato? –perguntei olhando meu namorado. Ele balançava a cabeça como se não entendesse nada do que estava acontecendo - Você tava dando molhe pra Johanna Mason?!

–Ciúmes? –ele pergunta rindo, dou-lhe um tapa no barco e lhe dou as costas. Idiota. Caminho estressada para longe de Cato e vou até o pequeno abr móvel que há ali, pego um coquetel para aliviar a tenção.

Fico bebendo por mais longos minutos até Katniss aparecer desesperada e dizer que estava a minha procura desde a corrida e que precisávamos ir embora que amanhã eu teria que pegar o vôo cedo. Levantei-me cambaleante do banco do pequeno bar e segui debilmente a Katniss por entre as pessoas que me empurravam.

Olhei para os lados pouco antes de me aproximar do carro de Peeta, e não era a Ferrari aquela Ferrari eu peguei emprestada de um amigo meu. Avistei ao longe Cato aos beijos com outra garota, pelo que parecia ele estava gostando e não parecia querer fugir. Ambos se afastaram e pude ver o rosto da vadia. Piper.

Lágrimas brotaram em meus olhos, mas eu as contive e me dirigi até eles. Aproxime-me dos dois e o olhar de espanto de Cato ao me ver era de partir o coração. –Olá querida. –disse Piper sorrindo presunçosa e se auto-rodeando com o braço de Cato.

–Você está com ela agora Cato? –perguntei sentindo minha garganta se fechar.

–Clove... Eu... Eu estou confuso... –ele tenta dar uma desculpa, mas não consegue ou ele bebeu demais ou se drogou.

–Não Cato. –digo firme - Você não está confuso. Você fez sua escolha, e é ela quem você escolheu. Adeus Cato. –digo dando as costas a ambos e adentrando ao carro de Katniss e Peeta.

Fora melhor assim, agora ele ficará com Piper e eu viverei em Atlanta. Quem sabe talvez eu arrume outra pessoa que me ame... Quem eu estou querendo enganar? Ninguém me amará como Cato amou e eu não amarei ninguém como ainda amo ele.

No dia seguinte:

Eu estava pronta. O avião decolaria em poucos minutos e eu deixaria de vez Atlanta e a vida aqui.

Remexi minhas mãos dentro do bolso do mesmo casaco que eu usava noite anterior e encontrei um pedaço de papel amassado. Retirei-o do bolso e o desembrulhei, vi a belíssima caligrafia e comecei a ler o que parecia-me uma carta:

Tão Longe

Nesta hora, neste lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, tão tarde

Quem era eu para te fazer esperar?

Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro

Caso reste apenas um

Porque você sabe, você sabe, você sabe

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se eu não te ver mais

De joelhos, eu pedirei uma

Última chance para uma última dança

Porque com você, eu resistiria a

Todo o inferno para segurar sua mão

Eu daria tudo

Eu daria tudo por nós

Dou qualquer coisa, mas eu não vou desistir

Porque você sabe, você sabe, você sabe

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se eu não te ver mais

Tão longe (tão longe)

Estive tão longe por muito tempo

Tão longe (tão longe)

Estive tão longe por muito tempo

Mas você sabe

Você sabe

Você sabe

Eu queria

Eu queria que você ficasse

Porque eu precisava

Eu preciso ouvir você dizer

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu te perdoo

Por ter ficado tão longe por muito tempo

Então continue respirando

Porque eu não vou mais te deixar

Acredite e se segure-se em mim e nunca me deixe ir

Mantenha a respiração

Porque eu não vou mais te deixar

Acredite, se segure em mim e nunca me deixe ir

(Continue respirando) Segure-se em mim e nunca me deixe ir

(Continue respirando) Segure-se em mim e nunca me deixe ir

Clove, sei que a essa altura você já deve estar em Atlanta com outra pessoa te fazendo feliz, mas eu quero que você não fique triste que nossa separação e saiba que também é muito doloroso para mim te ver partir e levar o meu coração, porque ele é seu, sempre foi e sempre será seu. Eu te amo minha pequena e você ficará sempre em minha memória. –Para sempre seu, Cato.

As lágrimas invadiram os meus olhos e eu senti que choraria, não agüentei e debulhei-me em lágrimas. Enobaria logo percebeu meu desespero e tentou me consolar, mas era impossível nada mais poderia curar meu coração partido. –Eu amo você Cato. –eu disse baixinho, mesmo sabendo que ele não me ouviria e que agora ele deveria estar aos beijos com Piper.

Como eu o odeio, mas isso só faz eu amá-lo mais.

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