Princesa ao contrário escrita por Devonne


Capítulo 12
Só os loucos sabem.


Notas iniciais do capítulo

Estou em momentos Charlie Brown Jr.

Nao posso enrolar porque eu vou sair.

Beijos

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Pov’s Clove

–Kat... –digo entrando em casa logo depois de Cato e sua família irem embora, Enobaria está na sala conversando com a mãe de Kat, e Pee está brincando com Prim de pique-pega.

–O que foi Clove? –ela pergunta vendo que eu estava a chorar, Katniss se aproxima de mim e me abraça - Você contou pra ele não é? –assinto ainda sendo embalada pelo carinho de Kat. –Vai ficar tudo bem, vocês ainda tem esse mês todo para ficarem juntos. –ela diz baixinho acariciando meus cabelos.

–O que aconteceu com minha prima? –perguntou Peeta adentrando a cozinha, ele estava ofegante e todo sujo de terra, meu primo não vestia mais sua roupa formal, ele usava agora uma calça jeans velha e uma blusa azul de mangas curtas. –O que foi Clo?

–Pee... –digo baixinho e Kat me solta, abraço meu primo apertado, deixo minhas lágrimas rolarem pelo meu rosto e meu primo me ajuda a ir pro meu quarto, da sala vejo minha mãe me encarar preocupada enquanto a mãe conversava com Portia e Cinna arrumava o cabelo de Prim.

Três dias já se passaram. Já se passaram três dias desde que falei com Cato que eu iria me mudar para Atlanta. Há três dias que Cato não fala mais comigo. O que aconteceu.

Deixo meu livro de lado na cama e vou em direção ao meu banheiro, olho-me no espelho e apenas vejo uma garota muito magra, a pele branca, os olhos vermelhos e fundos, o nariz vermelho e um coração partido.

Tirei minha roupa e tomei um banho rápido de ducha e logo saí a procura de algo para vestir, hoje eu iria sair. Vesti um short curto preto, uma blusa de alças azul clara e calcei nos pés uma vota preta de salto. Prendi meus cabelos em uma trança espinha de peixe e passei uma leve maquiagem tentando esconder as marcas de horas de choro.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=96248145 (Roupa #40)

Desci as escadas e encontrei Enobaria encaixotando as coisas que estavam na sala - Finalmente você desceu, vai me ajudar a arrumar as coisas? –ela perguntou colocando mais uma caixa na pilha de caixas que levaríamos para Atlanta. Ignorei sua pergunta e saí de casa batendo a porta com força. –Mas que droga Clove! –ouvi Enobaria gritar atrás de mim e sair na rua para me dar uma bronca. –Volta aqui agora!

–Por quê? –gritei me virando pra ela, nós estávamos longe umas das outras a apenas alguns metros e se ela quisesse poderia muito bem vir aqui e me bater –Já não basta ter estragado minha vida quando decidiu ir pra Atlanta agora quer estragar o meu passeio na minha cidade?! –indaguei totalmente nervosa e cansada de Enobaria.

–Você não vai sair pra lugar nenhum. –ela disse brava - Você vai voltar pra dentro de casa e vai me ajudar a encaixotar todas aquelas coisas do seu quarto.

–Obrigue-me. –digo nervosa cruzando os braços na altura dos seios e batendo o pé impaciente no chão, vejo que Eno não tomará nenhuma atitude então dou as costas pra ela - Você não tem coragem! Sabe que já destruiu tudo e não tem como me atingir mais! -grito já caminhando para longe.

Sigo caminho e paro quando chego em frente a casa de meu primo Peeta, bato na porta e a mãe de Peeta, minha tia, Effie abre a porta –Clove, querida. Quanto tempo. –ela diz me abraçando apertado - Se você veio aqui atrás do Pee, já aviso que ele não está aqui. Ele e a Katniss saíram para provar o bolo do casamento deles. –ela disse calmamente dando passagem para que eu entrasse. Assim o fiz.

–Não vim atrás do Peeta, Effie. –digo dando um sorriso meio amarelo para ela que logo percebeu que eu estava abatida demais para conversar sobre o casamento de Peeta e Katniss.

–Oh. –ela sentou-se em seu sofá de couro e me deu espaço para sentar perto dela, sentei e fiquei olhando para as rosas sobre a mesa de centro, como eu adorava rosas, toquei delicadamente as pétalas da rosa e permiti que uma lágrima escorresse pela minha bochecha até parar na curva de meu rosto indicando o fim de seu trajeto. –O que aconteceu querida? Por que está chorando?

–Não é nada Effie. –digo lembrando que uma vez eu a chamei de “Tia Effie” e só faltou ela me matar, odiava que a chamava de Tia ou de Mãe, ela dizia que se sentia velha com esses dizeres - Haymitch está aqui? –perguntei e Effie sorriu assentindo calmamente.

–Ele está na garagem. Pode ir até lá. –ela disse se levantando e indo até a cozinha, levantei do sofá e fui em direção da garagem, ao chegar lá encontrei Haymitch sem camisa arrumando o carro.

–Ei! Haymitch. –digo com um sorriso no rosto, Haymitch me encarar com um olhar brincalhão e se afasta do carro limpando as mãos sujas de graxa e vestindo sua camisa marro.

–Olá Clove. –ele diz vindo até mim e me abraçando apertado - Eu já estou sabendo de tudo. –ele diz quando eu abro a boca para pedir ajudar - E você quer que eu faça o que? Não há como controlar o tubarão que sua mãe é.

–Mas você é irmão dela, da um jeito nisso. –digo nervosa e ele balança a cabeça negando - Por favor, Haymitch, você é minha ultima salvação. –digo quase que implorando pra ele.

–O que eu faço? –ele disse e eu dou pulinhos de alegria - Mas pode parando por aí. Você não é mais criança pra ficar pulando que nem canguru por aí. –ele diz e nós dois caímos na risada.

–Você poderia conversar com a minha mãe e fazer ela mudar de idéia ou me deixar morar aqui sozinha? –digo sonhadora e só ouço Haymitch concordar com murmúrios de “sim”. –Eu tenho que ir, vou falar com meu namorado. Tchau Haymitch.

–Tchau Clove. E diga a sua mãe que eu e a Effie não fomos no jantar de Ação de Graças ontem porque tínhamos marcado um jantar com o Plutarch Heavensbee. –diz Haymitch e eu assinto compreensiva, Plutarch é um homem muito poderoso que sempre cuidou de Peeta e meus tios são grandes amigos dele.

Saí da casa de meus tios me despedindo com um aceno para Effie e segui até a casa de Cato, quando cheguei a mansão que meu namorado chama de casa eu logo toquei a campainha. Quem me atendeu foi uma mulher que vestia um uniforme de empregada - Eu queria saber se o Cato está aí? –perguntei tentando ser educada.

–Sim, ele está como a senhorita se chama? –perguntou a mulher sorrindo, olhei para o crachá que ela usava e vi o nome “Abigail” escrito.

–Clove. –digo sorrindo e Abigail me da passagem e eu adentro a casa, sento-me no sofá e vejo a empregada subir as escadas e bater na porta de um quarto lá em cima. Esperei alguns minutos até a empregada retornar e dizer que era para eu subir.

Subi as escadas e adentrei ao quarto de Cato sem bater na porta, me arrependi. Meu namorado, ou ex, estava sem camisa e de cueca sentado na cama olhando para o chão.

–Cato... –digo baixinho e o loiro ergue o rosto e me encara, seus olhos azuis estão vermelhos e o rosto um pouco inchado, e logo soube que ele esteve a chorar ultimamente. –Você estava chorando?

–Não... –ele se levanta da cama e se aproxima de mim, eu o abraço apertado e ele retribui com o mesmo carinho e aperto - Você tem que ir embora mesmo? Não sei se conseguiria viver sem você.

–Por que você não conversou comigo esses três dias? –perguntei me afastando dele e encarando o rosto confuso de Cato.

–Eu preocupado com você que vai viajar e você pergunta porque eu não falei com você esses três dias? –ele questionou confusa, assenti sem medo e Cato suspirou pesadamente –Porque eu tinha que aprender a viver um pouco sem você, não está dando certo com você aqui. –ele diz e eu solto uma risada fraca. –Eu te amo.

–Eu te amo. –digo e ele me beija calmamente. Afastamo-nos ofegantes e eu sorrio bobamente. –Vai ficar tudo bem. Estamos juntos agora isso que importa. –ele assentiu devagar com sua testa colada na minha.

Cato saiu de perto de mim e passou as mãos pelos fios loiros, fiquei observando cada movimento seu até ele parar no meio do quarto me encarando com certa decisão estampada no rosto.

Ele me segura pela cintura e me beija vorazmente, no começo, permaneço atônita, mas logo depois retribuo o beijo. Cato pede passagem com a língua e eu cedo, sua língua invade minha boca explorando cada parte da mesma, abro-a mais para poder aproveitar melhor, sua língua encosta na minha e ambas se entrelaçam como em uma dança sensual, a dança mais sensual que já dancei. Cato aperta minha cintura, fazendo-me suspirar contra seus lábios, minhas mãos arranham levemente suas costas, Cato tira minha blusa e depois meu short, deixando-me apenas de lingerie roxa, ele me prensa contra a parede e retira meu sutiã.

Aperta meus seios, arrancando-me um gemido baixo, leva sua boca até meus mamilos eretos os chupando. Como aquilo era bom! Sem mais delongas, ele arranca minha calcinha enfiando, logo em seguida, um dedo em meu sexo latejante. Ele começa a fazer movimentos de vai e vem e, vez ou outra, fazendo movimentos circulares em meu clitóris proporcionando-me mais prazer. Quando vou chegar ao ápice, ele para, me erguendo do chão, retiro sua cueca lentamente com as mãos e depois de retirar aquele único tecido que nos atrapalhava enrolo minhas pernas em volta de sua cintura sentindo seu membro ereto se chocar levemente com o meu. Arfo com isso.

Cato me penetra. Ele começa devagar até ficar totalmente dentro de mim, depois, começa a me estocar rapidamente e com força, fazendo eu me agarrar nele. Chupo seu pescoço e deixo uma mordida em seu ombro. Vez ou outra, rebolo sobre seu membro ereto fazendo-o gemer. Cato me leva para a cama, me jogando de qualquer jeito nela, ele se deita, investindo sobre mim, enrolo minhas pernas em sua cintura, ele encaixa seu quadril no meu e eu grito de prazer. Cato aumenta seus movimentos, ele entra e sai de mim apressadamente.

Troco de posições ficando por cima, minhas mãos vão para seu peitoral. Começo a me movimentar, obtendo apoio de minhas mãos, subo e desço rapidamente, vejo o rosto prazeroso de Cato e dou um sorriso de satisfação. Rebolo sobre seu membro e Cato geme meu nome alto, ele coloca suas mãos em minha bunda ajudando-me com os movimentos, enquanto a aperta me fazendo gemer. Sinto as paredes de meu sexo se contraírem e logo chego ao ápice, dou um gemido que se parece mais com um gritinho fino e prazeroso. Continuo os movimentos até Cato gozar.

Caio por cima de Cato, exausta. Saio de cima dele e deito do seu lado, apoio minha cabeça em seu peitoral e fico brincando com o mesmo, arranhando-o e fazendo movimentos circulares com minha mão direita, Cato entrelaça seus dedos nos meus, enquanto acaricia meu cabelo com a outra mão. Acabamos adormecendo.

Acordei acho que duas horas depois e olhei pela janela de Cato vendo que já era de noite, tento me levantar, mas a mão protetora de Cato está em minha cintura não permitindo que eu me levante.

Mexi-me um pouco o que fez Cato acordar e me encarar com certa malicia e carinho –Ei... –ele disse meio sonolento, dei um beijo em sua bochecha e sorri de canto.

–Eu tenho que ir. –digo baixinho ele assente me soltando - Você vai amanha lá em casa pro natal não é? –perguntei me levantando da cama e pegando minhas roupas enquanto ele se sentava na cama e me encarava.

–Que tal vocês virem aqui? Você, sua mãe, Peeta, Katniss, a família do Peeta e a família da Katniss. –ele disse e eu sorri abertamente. –Vocês viriam não é?

–Claro, mas seus pais não vão brigar com tanta gente não é? –eu digo e ele nega –Tudo bem então. Eu aviso eles. –digo terminando de me vestir, engatinho sobre a cama até Cato e lhe beijo os lábios suavemente - Eu te amo e essa sem duvida foi a melhor noite da minha vida. –digo sorrindo.

–A minha também. –ele diz me beijando novamente, no meio do beijo sorrimos e depois nos afastamos - Melhor você ir, não quero que minha sogra brigue com você. Te amo.

–Tchau. –digo saindo de seu quarto e logo depois saindo de sua casa sem antes me despedir de Abigail que fora tão calma e gentil comigo.

Liguei para meus tios e avisei que o natal amanha seria na casa do meu namorado e que Peeta sabia o endereço, depois mandei uma mensagem para Katniss e avisei pra ela que confirmou presença dela, da sua mãe, de Prim e da amiga de Prim, Rue.

Cheguei em casa e vi Enobaria na cozinha bebendo vinho novamente, odeio quando ela faz isso –Você tem que parar de beber, vai virar alcoólatra. –digo entrando na cozinha e procurando minha garrafa de água na geladeira.

–Melhor do que ser uma drogada igual você Clovinha. –ela diz e começa a rir igual uma bêbada, é Enobaria sabia que eu fumava e disse que não ligava só pedia para eu ir com calma, mas agora ela passou dos limites. –Drogada. Minha filha é uma drogada.

–Cala a boca Enobaria. –digo tentando me acalmar, respiro fundo e me sento de frente para ela a encarando como se a examinasse detalhadamente –Cato chamou a gente para ir passar o natal na casa dele. Já chamei meus tios e a família de Katniss, todo mundo vai. –digo e Enobaria apenas assente, tomo a taça de vinho de suas mãos e bebo um gole do mesmo, agora estamos compartilhando do mesmo sofrimento. –Haymitch disse que não veio ontem por causa do jantar que teve com o Plutarch.

–Tudo bem. Não gosto muito do meu irmão mesmo. –ela diz e ri sozinha, sorrio de canto achando a maior graça daquilo. –Ele é um bêbado insuportável.

–E você está ficando igual. –digo rindo e ela faz o mesmo, é nós estamos bêbadas. Mãe e filha bêbadas do mesmo vinho, da mesma taça.

–Agora eu sei exatamente o que fazer, vou recomeçar. Não quero guerra com ninguém. –digo calma e suspiro pesadamente. Enobaria me olhava curiosa e eu a ignorei, bebi o ultimo gole da taça e deixei a mesma vazia sobre a mesa.

Subi para o meu quarto e vi novamente meu mundo desmoronar, agora as coisas estavam vindo a tona com mais força, eu me toquei de verdade que esses vão ser os últimos dias que eu verei Cato ou meus amigos. Essa pode ser a primeira e a ultima vez que faço amor com Cato.

Eu segurei minhas lágrimas
Pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar
E aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor
Sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte
O impossível é só questão de opinião

Deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto do quarto enquanto pensava em cada toque, cada carícia que Cato me proporcionou aquela tarde. Hoje havia sido simplesmente o melhor dia da minha vida.

Levantei-me da cama e tomei um banho, visto meu pijama e me jogo na cama novamente. Debulho em lágrimas sem saber direito o motivo, só sei que chorar vai ser minha única saída.

http://www.polyvore.com/pijama/set?id=70697762

Acabei por dormir muito tarde esse dia e somente acordar no dia seguinte com Enobaria gritando que está atrasada pra se arrumar e que a dor de cabeça dela está insuportável. Levanto-me da cama e me sinto zonza, sim eu também estou de ressaca.

Ouço a campainha tocar e Portia e Cinna sobem até meu quarto e me encaram confusos –Já era pra você estar de banho tomado. –diz Portia colando suas malas de maquiagem no chão próximo a minha escrivaninha - Já fomos na casa de Katniss e ela já está até na casa do Cato junto de Peeta, Haymitch, Effie, Prim, Rue e a mãe dela.

–Desculpe, acordei agora e estou com uma... Dor de cabeça dos infernos. –digo passando minhas mãos por minha têmpora, tomei um banho rápido gelado e depois deixei que Cinna arrumasse meu cabelo e Portia passasse a maquiagem em mim. Logo eu estava pronta vesti o short jeans preto, minha blusa de mangas compridas branca e calcei nos pés uma bota branca.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=105724568 (Roupa #58)

Minha mãe dirigiu até a casa de Cato rapidamente, pois já havia passado do horário marcado para nos encontrarmos. Cinna e Portia foram juntos, pois conheciam a família Masterst e eram sempre muito bem vindos lá.

Assim que chegamos na casa de Cato fomos muito bem recebidos, na verdade minha mãe, Cinna e Portia foram muito bem recebidos, já eu fui recebida muito bem pelo pai de Cato, mas Ellie não gostou de me ver ali em sua casa novamente. Imagina se ela soubesse que passei o dia no quarto do filho dela fazendo amor com ele.

Entrei na casa dos Masterst e logo olhei para a escada onde vi Cato todo sorridente vestindo calça jeans escura, uma blusa vermelha com um desenho do símbolo do infinito de preto na mesma. –Você está linda, e eu estou me sentindo humilhado perto de você. –ele diz se aproximando de mim, solto uma leve risada e beijo seus lábios com paixão.

–Eu estou bonita por causa da Portia e do Cinna, mas me sinto bonita porque você provou pra mim hoje a tarde que eu posso ser uma garota normal, com um namorado em vez de ser uma vadia. –digo e ele sorri e nos beijamos novamente.

–Eu sou louco por você Clove. –ele diz entre o beijo, separei-me dele ofegante e sorri abobadamente - Só os loucos sabem o quanto você me faz bem.

–Eu te amo.

–Eu também te amo pequena.


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Notas finais do capítulo

COMENTEEEEEEMMMMMMM!!!!!!!!

RECOMENDEEEEEMMMMMM!!!!

FAVORITEEEEEEEMMMMMMMM!!!

Beijoos!!

Espero que tenham gostado.

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