I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 25
Aquilo que não se pode ter


Notas iniciais do capítulo

Eu poderia dizer que fui atacada por ETs, por gorilas assassinos ou hipopótamos malignos, mas não, eu atrasei simplesmente por que era capítulo da Elisa e ela não escreveu, então a pavio curto aqui escreveu o dela e o meu seguinte.
Boa noticia: Nesse fim de semana escrevi dois capítulo, o 26 (este) e o 27.
Má noticia: essa é boa só pra mim hue hue. Eu vou viajar durante o fim de semana que vem e continuarei fora até a próxima, onde eu deveria postar o capítulo 27 (já pronto, observem a dedicação da criança aqui) então vou deixar pra Elisa postar. Novamente não me responsabilizo pela responsabilidade dela, sorry gente.
Então ficamos nessa: temos um capítulo adiantado, na responsabilidade da Elisa de postar, e ela ainda tem 3 semanas pra escrever (afinal eu preciso de uma pra corrigir o capítulo). Temos tudo pra isso funcionar, então vamos lá!
Alias, me permitam agradecer SasaCrazy, a garota da foto do gato do pão, pela recomendação fodastica! Obrigada!
Ah, gente, eu gostei bastante desse capítulo.É um capítulo que fecha uma
por parte da fanfic. Se ela fosse dividida em partes, uma delas terminaria aqui.



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Ainda conseguia ouvir os passos dos deuses e Grover me seguindo enquanto descia a colina meio sangue, eu sabia que hora ou outra eles iriam me alcançar. Podia ser mais rápido que as pernas curtas de Artemis ou as finas de Afrodite, mas sem seu disfarce eu sabia que Grover conseguiria correr o suficiente para me alcançar em pouco tempo, assim como Apolo.

Uma lembrança se acendeu em minha mente como uma lâmpada, eu revirei meus bolsos da calça rapidamente.

–Alguns centavos... Contracorrente... Clipes... Por favor, tenha algum... –rezei comigo mesmo até sentir o que pensei ser outra moeda. Quase fui capaz de sorrir ao tatear o que na verdade era um Dracma.

Apolo havia me dado alguns a poucos dias atrás, antes mesmo de toda essa confusão, e eu felizmente ainda tinha alguns no bolso. Tirei um único e os joguei no chão, recitando o velho chamado que nem sabia ainda me lembrar.

–Stêthi -gritei contra o vento que machucava meu rosto naquela noite. –Ô hárma dialolês!

Mais do que nunca meu grego antigo soou perfeito, e eu me culpei mais uma vez pelos benefícios que a divindade me trazia, a passo que suas desavenças eram tão imensamente maiores que cada detalhe bom parecia insignificante. E, na verdade era, por que o que vez com que eu soubesse convocar a Carruagem da Danação não foram poderes, e sim Annabeth Chase.

Ela ainda tinha coragem de dizer que eu não prestava atenção no que ela dizia. Apenas gostaria de agradecê-la em horas como essas.

Bem onde estava o Dracma o taxi negro feito fumaça surgiu. E, dessa vez, não me assustei nem me surpreendi por sua aparição, apenas entrei rapidamente.

–Para o Empire State! –gritei para as irmãs cinzentas. –O Olimpo, rápido!

–Que menino mal educado!

–Custa dizer “por favor”?

–Quem pensa que é, moleque?

As três irmãs gritaram para mim. Duas delas me encaravam com seus rostos cegos, desprovido do olho que a irmã no volante (muito obrigada, era a do volante), tinha. Essa por sua vez não olhava para mim, se concentrava em lustrar o globo ocular com as mãos sujas.

Eu não costumava fazer uma coisa dessas, juro que não, mas meu sangue ardia e cada segundo que passava os demais chegavam mais perto para me arrastar novamente para o chalé, onde estaria desprovido de chances de acertar minhas contas com Zeus. Então me debrucei entre o vão que dividia a irmã do volante das demais e gritei com as senhoras monstro que poderiam no momento me fazer de janta.

–Eu sou Percy Jackson, o deus das ondas. E vocês vão me levar pro Olimpo ou Zeus ficará sabendo que estão negando serviços para um ser divino!

A do volante pós o pé no acelerador e a segunda tomou o olho das mãos da primeira e encaixou na própria cara ao me encarar com pavor.

–Tempestade! É mesmo Percy Jackson! Acelera!

–Deixe-me ver! –gritou a terceira.

–Já se passaram quase 3 anos!

–Quase 4!

–Eu disse que o menino seria grande!

–Devolve o olho! Quer que eu bata o taxi com um deus no bagageiro?

–Vira à esquerda!

–Direita!

As irmãs brigavam, dirigiam e tentavam me bajular ao mesmo tempo, e eu já estava enjoado com que eu imaginava ser Tempestade no volante.

–Por que não se transporta pra lá?

–Problemas?

–Nada para se preocuparem... –disse segurando um gemido, pois meu estomago parecia se encontrar na garganta.

–Para! –a terceira irmã havia pegado o olho da segunda e gritado para a do volante, que brecou o taxi no segundo seguinte. Quase voei em direção aos bancos da frente, mas me segurei a tempo o bastante para não vomitar nas velhas senhoras monstro.

–Empire State, Olimpo, para o senhor!

–Cortesia da casa!

–Volte sempre!

–Sim, obrigado. –disse antes de abrir a porta do taxi.

–De nossas referências ao senhor Zeus! –as três gritaram juntas antes do taxi da danação se dissolver novamente em fumaça negra, assim como tinha surgido.

Sabia que ninguém mais poderia me impedir quando cruzei as portas do Empire State. Meus olhos pareciam arder em brasa, eu achava que se tivesse meus poderes teria botado fogo naquele salão sem nem mesmo notar.

Não precisei dizer nada ao porteiro, que como sempre lia um livro em seu posto. O livro da vez, eu pude ver, era negro com um pássaro dourado estampado, que ele abaixou para me dar as chaves do elevador.

Entrei no elevador e apertei o 600º andar. E então segui até o Olimpo.

O salão dos tronos estava completamente vazio, e eu quis gritar ao lembrar-me da voz de Apolo em minha mente: “o que você acha? Que ficamos apenas sentados esperando semideuses ou deuses novatos chegarem com seus problemas?”.

Eu queria berrar. Foi isso o que fiz. Gritei o nome do deus dos céus tão alto que temi não ter voz para discutir com o deus em seguida, mas gritei mesmo assim. Se uma hora dessas as águas ainda seguissem meu humor, eu provavelmente seria causado um tsunami em alguma cidade litorânea. Mas nem isso me importava no momento.

Zeus apareceu no seu trono no segundo seguinte, em sua enorme forma divina. Seus olhos claros estavam vermelhos e dilatados por uma raiva que parecia sair em forma de sangue de seus olhos cristalinos. Seus dedos se fechavam em punhos duros e seus dentes estavam cerrados. Tudo do deus dos trovoes parecia ser feito de raiva.

Mas o mesmo também podia se dizer sobre mim. Zeus parecia querer me matar mais do que nunca, e eu não tinha um pingo de medo.

–Uma mortal está morrendo agora mesmo na cama de um chalé no acampamento Meio Sangue e você não da à mínima? –berrei para o deus.

–Se ela está morrendo é problema seu, é culpa sua, afinal. –disse o deus com indiferença.

–Está morrendo por que você tirou os nossos poderes! Meus, Artemis, Afrodite e Apolo! Ela está assim por que Apolo não controla o Oráculo!

–Ela vai morrer Percy Jackson, assim como todos os outros que você conhece. Quando mais cedo aceitar isso melhor. Mortais morrem, e você não pode fazer nada.

–Devolva os poderes de Apolo e ela não morrerá! E eu não vou permitir que ela morra!

Zeus riu com a voz amarga e irônica.

–Quanta confiança de um ser tão ínfimo. Ha tão pouco estava à beira da morte e agora confronta quem o tirou dela? Você é apenas um deus menor, e ainda mais sem poderes. Só tem controle do atributo cedido por Artemis e Poseidon, só tem a gloria por que outros semideuses o ajudaram. E você ainda tem a audácia de cobrar de mim à salvação de sua mortal?

–Ela não é minha mortal! Ela é uma garota que me ajudou a salvar o Olimpo! O lugar que você mora! Você reina! Você vive! Ela é o oráculo!

–Tiveram oráculos antes e terão oráculos depois dela. Tiveram heróis antes de você e terão heróis depois. Você não é tudo isso, Percy Jackson.

–Que tipo de deus você é? –desafiei-o, sem mais gritar, mas com todo o veneno que minha voz possuía. –Você tem tanto poder para desprezar pessoas que por séculos serviram a você de todas as maneiras possíveis. E agora você as despreza, as deixam morrer, até aquelas que lutaram para defender o seu lar!

–Essas pessoas não me respeitam mais! –Zeus se ergueu de seu trono, se adequando a meu tamanho. –Acreditam no que querem acreditar!

–Vá pro Tártaro!

–Se não ficar quieto é pra lá mesmo que você irá, Percy Jackson!

Zeus fechou ainda mais seus punhos sobre o raio mestre. Mas se Zeus me fuzilasse naquele momento, eu realmente não daria a mínima.

Mas a porta do salão foi escancarada em seguida. Afrodite, Apolo e Artemis invadiram o cômodo e me encaravam espantados por eu ainda estar vivo.

–O que vocês três estão fazendo aqui? –Zeus berrou em fúria.

–Viemos atrás de um deusinho revoltado. –Apolo disse para Zeus.

–O porteiro não deixou Grover subir. –Afrodite avisou para mim. –Está nos dando cobertura lá em baixo.

Eu sabia que dar cobertura nesse caso era simplesmente esperar agoniado em um sofá, mas deixei a questão de lado.

–Mas... –comecei, mas Artemis me cortou.

–Você não é o único que pode pegar a carruagem da danação. –ela disse.

–E pra onde mais você iria? Ao Starbucks? –disse Apolo, e em sua voz havia muita mais preocupação do que ironia, eu sabia disso.

–Alem disso você convocou as irmãs alto demais. –completou Afrodite.

–Silencio! –berrou Zeus. –Eu quero os quatro fora da sala de tronos! Não quero saber quem está morrendo! Eu quero todos fora!

Ele gritou tão alto com tanta voracidade que fez até Artemis recuar alguns passos. Afrodite pareceu se encolher atrás de Apolo, que tinha o queixo caído para o pai.

Eu digo chega!

A voz, para a minha surpresa e a de todos, não foi a Zeus quem gritou em protesto. A voz era feminina, fina e jovem apesar de zangada. A garotinha apareceu entre as chamas dentro do salão. Não se preocupou em sentar-se a um trono, pois não havia um para ela. Nem se quer se apresentou, apenas se rompeu em chamas no salão dos tronos.

Eu reconheci Héstia, a deusa dos lares, enquanto ela me encarava zangada.

–Eu não vou aceitar mais brigas dentro nesse salão! Só nos últimos dias já se teve o suficiente até o próximo milênio! –apesar de ter uma aparecia ainda mais jovem que Artemis, a deusa fez Zeus se calar. –Se acalme Percy Jackson, não precisamos de mais raiva e rancor nesse lugar.

Zeus me olhou com superioridade, como se marcasse um ponto para si mesmo.

–E, você! –Héstia gritou para Zeus ao ver seu olhar sobre mim. -devolva os poderes a eles!

Zeus fez uma careta insultada.

–Por que eu devolveria? Eles não merecem os poderes!

–E Rachel Elizabeth Dare não merece morrer! –protestou Héstia, e eu nunca pensei que a deusa de um atributo tão calmo quanto o lar pudesse ficar tão brava. Na verdade, por muitas fezes os lares não são tão calmos quantos gostaríamos. –Você pode não conhecê-la, mas eu conheço! Ela é uma heroína e eu não permitirei que a deixe morrer por capricho seu, irmãozinho!

Por um momento eu notei, que na verdade, Héstia era sim uma deusa poderosa, ela poderia ser uma deusa menor, mas foi por escolha própria, para salvar sua própria família de um colapso. Héstia não era submissa a Zeus por que ela não era sua filha ou sobrinha distante, era sua irmã mais velha.

–Capricho? Isso não é capricho!

–Você não vai despejar um problema divino em uma criança de 16 anos! –Héstia cruzou os braços, e sem alterar a voz, completou sua ameaça. –quer minha ajuda com os problemas do Olimpo? Devolva os poderes. Não será na minha frente que você destruirá mais um lar.

Zeus suspirou pesadamente, e nos devolveu um olhar de ódio que eu sustentei com o mesmo fervor.

–Vocês venceram, mas apenas dessa fez. –em um estralar de dedos, eu pude sentir um repuxe em meu estomago, e pensei que a janta que eu não comi pudesse ser expelida. Olhei em volta, e os demais se encaravam maravilhados e espantados. –sem agradecimentos ou xingamentos. Vocês sabem o caminho de volta.

Zeus se desfez no segundo que se passou, e eu só pude olhar Héstia com tamanha gratidão que não cabiam em palavras. Eu queria abraçar a deusa e gira-la no ar, e implorar de gratidão.

Contudo, Héstia apenas me deu um olhar piedoso, como se tivesse me feito um mal tremendo. Não aparecia ter salvado uma das pessoas mais importantes para mim no momento. Ela me olhava como se visse minha sentença de morte.

–Ouçam o que eu digo. –ela disse se dirigindo aos demais deuses. –E fiquem de olho nele.

Me surpreendei ao notar que ela falava de mim. E em outro show de fumaça Héstia havia ido. Tinham apenas nos quatro naquele salão.

–Vocês estão esperando o que? –protestou Apolo. -Artemis, volte com Grover, sim?

E então desapareceu também. Não precisei encarar Artemis e Afrodite, todos nos sabíamos par aonde ele tinha ido.

...

Estávamos novamente em meu chalé, e a cena, quase exatamente como antes da conversa com Zeus, me apavorou. Afrodite se postava a meu lado, assim como Grover, graças a Artemis. Afrodite roia o dedo mindinho, sem dar a mínima para o esmalte da unha, e Grover possuía um tom pálido esverdeado doentio, talvez pela viagem com as irmãs cinzentas, talvez pelo transporte aqui, e ainda talvez pela situação em si. Artemis se postava próxima à cama, apoiada em uma das colunas do beliche, dando espaço para o irmão trabalhar.

Apolo tinha as mãos ágeis trabalhando magicamente, movia dos dedos e as mãos de maneira bela e graciosa. Sua boca se mexia, em uma sonoridade antiga, baixa e quase até cantada, nem se quer parecia a voz do deus. Quando seus olhos subiram aos meus, suas mãos se postavam no ar, bem em cima do coração de Rachel. Ele me perguntava com os olhos se eu estava pronto.

Apenas quando concordei com a cabeça, notei que, na verdade, não estava. Apenas naquele momento pensei que, talvez, já fosse tarde demais. Quando fui atacado pela aranha gigante, quando minha vida corria perigo por que veneno corria por minhas veias, por um corpo já quase por inteiro destruído, meu pai afirmou que não havia salvação, nem com ajuda de Apolo. Se naquele momento Apolo não conseguiria curar um semideus envenenado por um monstro, será que poderia mesmo curar uma mortal de algo tão forte como o oráculo?

Enquanto todos esses pensamentos giravam minha mente, Apolo de olhos fechados sussurrava sua ultima benção, a ultima chance de Rachel.

Após seus lábios se calarem, seus olhos ainda fechados e mãos posicionadas se congelaram. Segundo agonizantes se prolongavam como uma maldição de Cronos.

Então, ao mesmo tempo, Apolo já de joelhos pareceu tombar para traz, e Rachel emitiu um gemido fraco, e seus olhos verdes se abriram doloridos e cansados.

Artemis acudiu o gêmeo, que pálido e fraco se sentou ao chão. Eu me ajoelhei na cama de Rachel, onde a menina me olhava confusa. Peguei sua mão e senti sua temperatura voltar ao normal aos poucos, ela já parecia mais morna. Enrolei nossos dedos e sorri para ela.

–Que bom que está de volta... –Rachel sorriu tristemente para mim. –Muito obrigada mesmo, Apolo.

Disse ao deus, que com a ajuda das deusas se levantava do chão gélido. Apolo ainda conseguiu sorrir irônico para mim.

–Diga uma única coisa que eu não consigo fazer. –em seguida, seu sorriso ficou doce ao completar: - não há de que, Percy.

–Vocês dois tem muito que conversar, aposto que Rachel quer saber o que aconteceu. –Artemis disse bondosa ao olhar para Rachel e para mim. –Nós cuidamos de Apolo, certo?

–Sim, mamãe. –Apolo brincou, e Artemis lhe deu um tapa fraco no braço que lhe apoiava. Era fraco talvez por que fosse um momento feliz demais para discussões, ou talvez por que soubesse que Apolo estava fraco demais para um tapa digno de Artemis.

–Percy? –Afrodite chamou por mim enquanto conduzia o deus para fora. –Lembre-se do que conversamos, sim? Grover, querido, não quer nos mostrar o caminho para a Casa Grande?

Grover, que se postava próximo a mim, abriu a boca antes de concordar com a cabeça. Afrodite sabia o caminho para a Casa Grande, mas foi uma boa deixa para me deixarem sozinho com Rachel. Eu os amava demais, mas fiquei aliviado quando os vi fecharem a porta atrás de si.

–Como se sente? –foi a única coisa que o alivio mesclado ao pânico preocupado em minha garganta seca pode perguntar.

–Meu corpo dói, minha cabeça gira... –ela disse fracamente. –mas em um geral, bem.

Sorri e agradeci mais uma vez mentalmente a Apolo e Héstia por aquilo.

–Está com frio? Fome? Sede...? –Rachel negou e apertou minha mão mais uma vez contra a sua.

–Estou bem. –ela confirmou. –como melhorei?

–Zeus devolveu nossos poderes hoje, e Apolo a curou. -expliquei.

–Quanto tempo fiquei apagada? –apenas naquele momento olhei para a janela para notar que a luz da manha não apenas havia chegado, como também desaparecia aos poucos, dando lugar ao sol quente da tarde. Já deveriam ter passado das 11.

–Um tempinho. Já o inicio é uma longa historia...

Ia começar a contar, mas Rachel me impediu antes que começasse.

–Eu sei o que aconteceu, Percy. –ela me olhou com os tristes olhos esverdeados. –Eu não lhe contei, mas eu sabia o que poderia acontecer comigo.

Meus olhos se arregalaram, e ela continuou a explicar.

–As vozes do oráculo sussurram em minha mente, às vezes até gritam. O oráculo estava gritando que o que estávamos fazendo era errado, e eu já não me sentia perfeitamente bem desde o nosso beijo na festa.

–Por que você não me contou? Eu poderia ter impedido, falado com Apolo...

–Não era esse o problema. –ela sorriu mais uma vez triste para mim. –Eu amo você, Percy, não faria nada que pudesse afastar a chance de você me amar também. E se você soubesse que isso poderia acontecer... Você sabe que jamais tentaria nada.

–Mas... O que mudou? –perguntei confuso, e Rachel fechou só olhos antes de responder.

–Admita, nos não podemos viver assim. –seus olhos se abriram, e marejavam-se levemente. –Eu sou o oráculo, e não posso viver enquanto estiver com você.

–Mas com Apolo com poderes pode funcionar. –eu tentei, mas sabia que Rachel já tomara sua decisão.

–Não pode, você sabe disso. Eu não posso viver minha vida sabendo que a qualquer momento posso parar em uma cama como essa, que posso morrer. Morrer por amor é lindo, é poético, mas não sei se funciona. –ela negou com a cabeça. –Eu ainda amo você, e por isso estou fazendo isso. Por que você sabe que não me ama, que nunca me amará como ama Annabeth.

–Eu não...

–Não minta para si mesmo, você sabe que é verdade. E eu nem mesmo que importo com isso, se quer saber. Você poderia amar quem fosse, eu ainda te amaria. Eu não quero morrer por pedaços de amor. –seus olhos eram tristes, mas ela não aparentava magoa ou nem mesmo rancor, apenas tristeza em seus olhos sempre doces. –Não se sinta mal por mim, eu vou viver.

Rachel ainda conseguiu sorrir, e aquele sorriso triste era algo capaz de fazer com que todas as minhas juntas doessem.

Apenas concordei com a cabeça.

–Ainda posso ficar com você até você melhorar? Ainda sou responsável pelo que te aconteceu. –pedi, quase implorando.

–Eu adoraria, mas como amigos. Pode ser? –concordei com a cabeça e pude até sorrir. –Apenas não se culpe, ok? Eu assumi o risco que é estar com você. Você sabe que isso é sempre um rico, principalmente no seu caso. –Sorri de lado, e me inclinei e a beijei no topo da cabeça. Mais uma fez ela sorriu para mim, quase piedosa dessa vez. –Você tem uma queda por aquilo que não pode ter, não é mesmo?

–É, acho que tem razão.


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Notas finais do capítulo

Voces concordam com a Rachel ou são contra? Acha que ela fez o certo?
Ok, sessão oráculo, para onde voces acham que a historia será direcionada? Um dica: onde voces acham que nossa amada Annabeth Chase tem se metido a tanto capítulos?
Até o próximo capítulo! Comentem e recomendem para me deixar feliz! Seus lindos!



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