Dulce Antidoto Para Olvidar escrita por Miaesposito


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

dois capítulos bem grande para recompensar o atraso



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Quinn acordou em um quarto branco, cortinas da mesma cor que deixavam passar os raios do sol ainda que estivessem fechadas.

Sentia-se como se tivesse dormido por uma semana inteira mais a realidade é que não sabia quanto tempo havia dormido.

Paralisou ao pensar que havia sido capturada de novo por aquelas pessoas, porque se encontrava atada a uma cama, com uma camisola branca e descalça.

Olhou bem para todos os lados, não havia nada além dessa cama e uma mesinha afastada. Um teto alto com uma lâmpada acesa.

Voltou a situação em que se encontrava. Olhou para seus pulsos que estavam presas a cintos que a apertavam fortemente, quase a machucando. Suas pernas estavam separadas, seus calcanhares do mesmo modo que seus pulsos. Não disse nada, só tentou pensar que lugar era esse, já que o pânico não a deixava nem sequer gritar.

Quando voltou a si já ia gritar, mais antes de alguma palavra saísse de sua boca, a porta se abriu dando entrada a uma mulher de uniforme branco que a olhou e não disse nada, somente pegou uma seringa e a injetou em seu braço. Não lhe deu tempo a nada, agora sentia suas pálpebras pesadas e tudo dava voltas, levando-a a um lugar desconhecido, obscuro, onde ela se encontrava sozinha... E assustada.

Quando voltou a acordar se encontrou no mesmo estado, na mesma posição, no mesmo lugar mais já não havia claridade. Agora uma luz fraca entrava pelas cortinas que estavam naquele quarto. Não sabia o que fazer, sentia a boca seca, precisava ir ao banheiro e estava incomoda ai, assim o que fez foi gritar e gritar por vários minutos ate que apareceu a mesma mulher, com o mesmo olhar frio, olhando-a como se a tivesse interrompido em algo. Dormir talvez? Mais, onde estava? Encorajou a perguntar, mais essa não respondeu, então voltou a tentar.

– onde estou?-

A mulher a olhou com indiferença enquanto preparava a seringa.

– não, espera-

Quinn olhou a grande agulha e tragou saliva.

– preciso ir ao banheiro e quero água, por favor-

A mulher deixou a seringa.

– vai se comportar?-

Quinn franziu o cenho. Que pergunta era essa?

– me diga onde estou-

– em Geneve, é um centro de recuperação mental-

– um hospício?-

– se quiser chamá-lo assim-

Quinn desviou o olhar, queria entender o que fazia ali. Enquanto a mulher a soltava.

– se tentar fazer algo, vai ser pior-

A olhou e tragou saliva, logo concordou.

Ela não estava louca. Porque estava naquele lugar?

– quem me trouxe?-

– escuta. Acha que estamos aqui para conversar?-

Lhe perguntou com o mesmo olhar frio.

– vamos-

A tomou fortemente pelo braço e a fez descer da cama. As pernas de Quinn fraquejarão. A quanto tempo estava deitada a ponto de não poder caminhar?

Ao descer da cama e não sentir suas pernas, caiu no chão. A mulher a levantou pelos braços e a fez caminhar.

– porque estou aqui?-

A mulher segui seu caminho e fingiu não a ter escutado.

– eu não estou louca-

A senhora de aparentemente 40 anos, sorriu ironicamente.

– todos dizem o mesmo-

Respondeu com um sorriso brincalhão.

– não estou louca-

Insistiu Quinn, mais esta não voltou a falar.

Ao voltar a seu quarto, a enfermeira voltou a amarra-la mais a entregou um medicamento forçando Quinn a tomá-lo. Depois disso, não lembrou de mais nada. Até no dia seguinte, que acordou no mesmo quarto.

Segundos depois apareceu um homem, ao que parecia ser médico do estabelecimento e uma jovem que o acompanhava.

– quem são vocês?-

Perguntou alarmada Quinn, abraçando a si mesma no canto da cama.

– o diretor desse estabelecimento-

– porque estou aqui? EU NÃO SOU LOUCA!-

– algo mais convincente que isso?-

Perguntou o homem, mais velho, de aparentemente 60 anos, de cabelos brancos e barba da mesa cor, acompanhado de uma gargalhada. Quinn franziu o cenho e o olhou seriamente.

– porque estou aqui?-

–porque acha que está aqui?-

Respondeu o homem com outra pergunta.

– não estou louca-

Sussurrou quase inaudível, como se tentasse convencer a si mesma.

– seus pais não pensam o mesmo-

–Meus pais?-

– eles te trouxeram para cá, precisavam te controlar de alguma forma. Mais não se preocupe, esse é o melhor lugar onde poderia estar-

Melhor lugar? Um sanatório seria o melhor lugar para ela?

– você tentou matar seu pai em um de seus ataques de loucura- comentou o homem, olhando- a fixo e expressão séria.

– continua achando que não está louca?-

Não, porque ela não estava louca... E... Isso era impossível! Ela não pode ter tentado matar seu pai. Ou sim? Era consciente de que tido vários ataques de pânico, medo, de loucura... De loucura? Isso foi o que acabou de dizer o homem, mais ela não Se lembrava de nenhum ataque de loucura.

– não temos nenhum... -

O homem fechou os olhos e pensou, buscando a palavras certas.

– não temos nenhum antídoto para que deixe de ser louca, porque os loucos permanecem assim para sempre, não há maneira de curá-los. Mais, nesse lugar estará acompanhada por pessoas como você. E estará controlada, assim não tentará matar a ninguém, como tentou fazer com seu pai-

– quero ver meus pais-

Gritou desesperada.

– eles não podiam ter feito isso comigo, não podiam me prender aqui!! Eu não... Não estou louca... E não sou uma assassina -

–lamento dizer que seus pais não virão. Não agora.

Assim que descobriu, Rachel abandonou tudo, na realidade deixou tudo nas mãos de uns amigos jornalistas que estavam na busca junto a ela, e pegou o primeiro avião com destino a Nova York. Estava furiosa, pensava ter a deixado em boas mãos, com pessoas que cuidariam dela, que a entendessem e a protegessem... Mas acabaram a levando a outro lugar espantoso, logo depois de ter saído do inferno. Bastaram somente umas horas para chegar a seu país, e nem sequer passou por sua casa. Seu chofer a estava esperando no aeroporto e a havia levado diretamente a casa dos Fabray.

– não podíamos ter feito outra coisa, era perigosa-

Falou o senhor Fabray.

– perigosa?-

– tentou e matar e talvez tentaria algo outra vez se não a tivéssemos internado.-

– mais... -

Passou as mãos pelos cabelos e suspirou.

– entendem que ela precisa de apoio? Não entendem todo o inferno por qual ela viveu?-

Rio ironicamente.

– claro que não entendem. Os senhores não viveram o que ela teve que viver-

Respondeu furiosa.

A senhora Fabray a olhou comovida.

– eu não estava de acordo-

Expressou a mulher.

– Rachel, ela sofreu várias crises. Não quisemos te dizer para que não se preocupasse, para que não fizesse o que fez, abandonar tudo.- confessou Judy.

– a levamos para lá por não sabermos o que fazer-

Disse o homem.

– a única que conseguia acalmar seus ataques de pânico era Lupe, mais logo já não podíamos controlá-la.

Contou a mulher.

– deviam ter me falado. Eu voltaria assim que soubesse-

– Quinn não quis-

Rachel bufou.

– alem do mais Rachel, ela começou com esses ataques assim que você foi-

– teve pesadelos, um atrás do outro, quase não dormia-

Seguiu Russel Fabray, sentando-se no sofá, com expressão seria.

– comigo não teve pesadelos. -

– com você ela se sente protegida, isso foi o que ela nos disse, não teve paz desde que você foi embora.-

– não devia ter a deixado-

Reprovou-se a jornalista.

– preciso tirá-la desse lugar.

– não podemos-

Negou o homem.

– acabamos de interna-la-

– não me importa. Ela não ficará nem mais um segundo ali. Onde esta?-

Perguntou seria e com um tom impaciente.

Não ia permitir que Quinn voltasse a sofrer, havia a prometido, havia prometido que sempre estaria com ela e que a cuidaria... E que jamais a deixaria... E essa não seria uma exceção. Não iria decepcioná-la.


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