Redenção escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 31
Reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Oie..como estão?? ansiosos pelo novo capitulo?? Quem falou cmg ja sabe que os capitulos vao demorar um pouco pq ando realmente ocupada, mas espero que comentem bastante sobre esse capitulo e gostem rsrss
bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/431465/chapter/31

A casa permanecia silenciosa apenas o som da respiração dos dois jovens era escutada. No pequeno quarto, Melanie adormecia com os braços de Alessandro, o qual mantinha o corpo dela próximo ao seu ao abraça-la. Uma pequena fresta na janela fez com que o sol permanecesse no rosto da jovem.

Melanie abriu os olhos ainda perplexa consigo mesma. Aquela era a primeira vez em muito tempo que sentia-se feliz e viva. Fechou os olhos por um segundo para apreciar o calor do corpo de Alessandro. Tudo aquilo lhe parecia um sonho. Um doce sonho. E ela não deseja acordar. Aconchegou-se ainda mais a ele quando o sentiu mover os braços.

Por favor.. que isso não acabe.

Melanie pensou preenchida pela felicidade.

****
O carro esportivo de Nikko chamava atenção de todos que passavam por ele. O semblante sério e impaciente também conseguia assustar a todos. Nikko continuava em pé ao lado de seu carro em frente a antiga casa de Melanie. Ele sabia o quanto a jovem odiava a sua mãe, mas sabia o quanto amava o irmão. Ela iria aparecer em algum momento e então ele a pegaria.

–Ela não vai fugir novamente – murmurou obcecado. Seu olhar mantinha-se fixo na entrada da casa sem dar-se conta da pessoa que se aproximava.

Christopher estancou ao caminhar ate a sua casa e avistar Nikko em frente a ela. O seu coração gelou naquele instante.

Aquele homem...contou tudo a ele.

Pensou estarrecido. Suas pernas não se moviam, o medo lhe corroía ao pensar que poderia ser alvo de todo o ódio do homem a sua frente.

O que farei?

Pensou, mas antes que pudesse agir o viu olhar em sua direção. O medo estava presente em seu olhar, porem se viu andando ate aonde Nikko estava.

–Se ela conseguiu eu também conseguirei – sussurrou para si mesmo antes de parar em frente a Nikko – O que veio fazer aqui? – questionou o mais calmo que conseguiu.

Nikko olhou para Christopher de cima a baixo antes de esboçar um sorriso cruel.

–Vim pegá-la de volta.

–Quem?

–Melanie – esclareceu sem vontade.

–Ela não está aqui – balbuciou confuso ate passar um brilho pelos seus olhos – E você não sabe aonde está – se deu conta assustado e feliz.

–Sim, mas irei pegá-la de volta.

Christopher piscou ate entender o que se passava.

–Acredita que ela virá ate aqui.

–Sim – assentiu sem vontade.

Christopher segurou-se para não rir de Nikko. Melanie dificilmente iria atrás dele, não depois do que conversaram.

–Não precisa esperar aqui, ela não virá – o jovem falou antes de dar as costas a Nikko, o qual não se moveu. Sua persistência era enorme ainda mais quando ansiava tanto por algo.

***
O sorriso preguiçoso estampou a face de Alessandro que ao despertar olhou carinhosamente para a jovem adormecida ao seu lado sem conseguir conter a felicidade que vinha em seu peito. Ele não deixaria o seu irmão destruí-la, ainda mais ao descobrir a verdade. Melanie era tão inocente quanto Nikko naquela trágica história.

Continuou a olhando ate espreguiçar-se e se levantar tomando cuidado para não acordá-la. Ao sair da cama olhou novamente para Melanie, apenas para gravar a cena em sua memoria.

Não vou deixar nada acontecer com ela.

Prometeu a si mesmo ao pegar as suas roupas no chão e seguir para o banheiro.

***
Fabriccio suspirou fortemente antes de olhar para o seu irmão, o qual ainda permanecia em frente a casa de Melanie. Ele sabia que Nikko não estava bem, não após a morte de sua esposa, entretanto não imaginara o quão obcecado ele estaria por aquela menina. Ao ligar para ele, o mesmo logo admitira aonde estava. Nikko não sentia vergonha de seu comportamento, o que era demasiado preocupante.

–Esta aqui a muito tempo? – Fabriccio perguntou assim que parou ao lado do carro.

–Desde o começo da manhã – revelou com o olhar sério. Fabriccio olhou para o seu relógio sem saber como agir em seguida.

–Está aqui a mais de seis horas. Isso é ridículo – disse por fim – Vamos embora.

–Ela virá – disse com força.

–Ela provavelmente esta bem longe agora com Alessandro.

–Eu a terei de volta – praticamente gritou assustando o seu irmão – Ninguém escapa de mim.

Fabriccio assentiu.

Ele está pior do que imaginei.

–Nikko, porque acha que ela virá ate aqui? Com toda a certeza ela deve imaginar que você esta esperando por ela. E não esta sendo nenhum pouco discreto. Vamos para casa, e depois pensaremos juntos, que tal?

Nikko ponderou a ideia de Fabriccio.

–Ficarei mais alguns minutos depois irei para casa.

–Eu irei ficar com você então – disse ao se encostar no carro ao lado de seu irmão.

Como poderei ajudar aos dois desta forma? Um obcecado por uma menina e o outro rebelde. O que eu deveria fazer?

Perguntou-se angustiado.

***
Melanie andou na ponta dos pés apreciando a vista. Alessandro encontrava-se de costas para ela, sem camisa cozinhando algo. Sorriu timidamente ao andar ate ele, e o abraçar pela cintura. Encostou a cabeça em suas costas ligeiramente frias.

– Não imaginei que fosse tão dengosa – Alessandro disse sorrindo ao depositar a sua mão por cima da dela.

–É muito bom, sentir – murmurou.

–Sentir?

–Sim, sentir algo diferente de medo e arrependimento.

Alessandro virou-se e a abraçou.

–Nunca mais sentirá nada disso, não enquanto eu estiver ao seu lado.

Melanie assentiu ao sentir que era verdade. Alessandro tinha uma característica única: ele conseguira ser extremamente sincero e caloroso. Algo que Melanie precisava em sua vida.

–Eu sei – confessou antes de sentir os lábios dele sobre os seus. Beijaram-se apaixonadamente ate Alessandro a afastar.

–Tenho que terminar de cozinhar, se não tudo pegará fogo – esclareceu – e não estou falando de nós – sorriu largamente ao vê-la enrubescer.

–Vou..tomar um banho – gaguejou ao dar as costas a ele e fugir para o banheiro. Alessandro gargalhou diante da timidez dela.

–Ela é realmente única – sorriu ao voltar a cozinhar.

***
A cabeça de Nikko começava a latejar quando sentou-se no chão da entrada de sua casa acompanhado de uma garrafa de uísque. Sorveu a bebida sem preocupar-se com o gosto amargo que descia pela sua garganta, queimando-a.

Seu estado de loucura começava a lhe atormentar quando um barulho em seu celular o fez sorrir. Abriu a mensagem, e a gargalhou.

–Ninguém consegue escapar de mim – bebeu mais um pouco do uísque antes de se levantar e enviar uma mensagem para Fabriccio.

Eu os encontrei.

****
Fabriccio continuava sentado em sua cama assistindo a um programa de televisão quando leu a mensagem de Nikko. Ele sentiu que aquele seria o momento para pará-lo. Discou rapidamente e logo escutou a voz de seu irmão.

–Theo, estamos com problema – disse com a voz calma – Nikko.. ele está louco. Acho que ele pode matar Alessandro e a garota.

Do outro lado da linha, Fabriccio nada escutou por alguns minutos ate a voz de Theo ser escutada.

­-Sabe que não posso permitir que ele continue com isso, não é? A nossa família não pode pagar pela loucura dele.

Eu sei, e por isso estou te ligando. Temos que conseguir fazer algo.

Estarei em poucos minutos. Se nada der certo, chamarei a nossa mãe.

Fabriccio não poderia negar. A mãe deles seria a ultima chance para que Nikko recobrasse a consciência, mesmo que a odiasse, ele a respeitava.

–Eu concordo com isso – disse por fim antes de desligar – Perdoe-me, Nikko, mas não posso deixar isso seguir em frente.

***
Alessandro vestiu a camisa já surrada fazendo uma leve carreta. Ele teria que comprar algumas coisas se pretendia continuar ali com Melanie, pelo menos por um tempo ate conseguir tirar dinheiro do banco, sem Nikko interferir, e leva-la para longe. Olhou em volta para o quarto aonde estava e indagou-se por que não havia ido ate aquela casa por tanto tempo.

–No que esta pensando? – Melanie perguntou com os olhos curiosos ao parar no batente da porta e encará-lo.

–Em como estou louco para beijá-la – sorriu – E que tenho que ir comprar algumas coisas. Não conseguiremos sobreviver com tão pouco.

–Vou me arrumar então.

–Não precisa, vou comprar algumas coisas e volto, não se preocupe – disse antes de puxá-la ate si e a abraçar – Eu não aguentaria ficar longe de você, de qualquer forma.

Melanie sentiu seu coração bater mais forte. Ficar com Alessandro era o mesmo que sentir-se viva.

****
O barulho do carro sendo estacionado fez com que Melanie corresse para fora da casa. Em sua imaginação era Alessandro que retornara, mas ao abrir a porta estancou. O seu carrasco encontrava-se em sua frente. Nikko saia do carro com os olhos fixos nela. Em um impulso, ela fechou a porta e ficou com as costas contra a porta. O seu olhar demonstrava o medo que sentia. Seu coração batia descompassado.

–Eu não vou voltar... eu não quero voltar.. – balbuciava com medo ao escutar os passos de Nikko se aproximando da casa. Em total desespero correu para o quarto e ao olhar para o espelho viu o seu reflexo. – Estou apavorada – percebeu – e isso é ridículo. – respirou fundo e ergueu o queixo – se eu quero me ver livre tenho que deixa-lo fora da minha vida primeiro. – abriu a porta do quarto e caminhou para a sala. Ignorou o medo e seguiu ate a porta da sala. A abriu se deparando com Nikko parado. Ele não havia feito nenhum movimento desde que ela fechou a porta. Encararam-se por alguns instantes ate Melanie sorrir ironicamente. – Não aguentou ficar longe de mim?

–Foi exatamente isso – Nikko disse sério – Você é minha, tem que ficar ao meu lado.

–Não sou um objeto.

–É desde o instante em que se comprometeu a ser.

–Isso não importa mais. Não vou voltar com você, se é por isso que veio – cruzou os braços em frente ao seu corpo decidida.

–Me enganou uma vez e acha que poderá continuar com isso sem ter consequências? Não sou um bom homem. Eu vou o vilão, lembre-se sempre disso.

Melanie sorriu tristemente ao encará-lo.

–Eu nunca me esqueço disso, e nem você deveria. Eu sou a culpada também. Não sou a mocinha e por isso, apenas por isso, não acha que eu seguiria as regras, achou? – um lampejo de ódio passou pelos olhos de Nikko – Apenas vá embora. Eu não vou me submeter a você. Não mais. Não importa o que diga. Eu quero a minha vida de volta.

Nikko gargalhou.

–Vida? E desde quando você tem uma? – questionou realmente surpreso - A sua mãe lhe vendeu para mim, o seu irmão lhe despreza e não existe mais ninguém. Que tipo de vida é esta?

Melanie segurou as lagrimas ao perceber que ele tinha razão, mas logo a imagem de Alessandro passou por sua cabeça.

–Eu tenho alguém e por essa pessoa eu quero viver. Quero viver por mim também.

Nikko bufou impaciente e agarrou o seu braço.

–Vamos embora – disse ao puxá-la em direção ao carro apesar de seus protestos. – Pare de resistir – gritou ao parar e a encarar – Você é minha, apenas minha.

Melanie empalideceu. Ela enfim percebera o quão louco ele estava.

–Esta louco - murmurou – eu não sou sua.

Nikko a encarrou antes de a puxar para perto dele. Sentiu a fragrância dela e o calor de seu corpo.

–Você é minha, se aceitar isso mais rápido poderemos seguir em frente.

Melanie negou veementemente com a cabeça. Ela não havia percebido aonde se metera, não ate aquele momento.

–Eu já sofri o bastante, não acha? – perguntou ao puxar o seu braço com força, soltando-se – Não acha que é o suficiente?

–Nunca será. Não ate vê-la morta – revelou com o olhar sombrio.

–Então esse é o problema – percebeu com o olhar perdido. – Eu já volto – disse com a voz baixa ao seguir para dentro da casa retornando poucos segundos depois – Se esse é o problema vamos resolver. Esta dizendo que deseja me ver sofrer, encarar a morte, não é?

–Sim, exatamente isso.

–Espero que cumpra isso – falou ao expor a faca que havia pegado. Levou ao seu pulso e sorriu diante do olhar incrédulo dele – Este é o fim para nós – com força cortou o pulso e ficou olhando o sangue cair no chão. – Posso ser livre agora? – perguntou ao se ajoelhar no chão – eu quero ficar longe de você – se viu falando com a voz ansiosa.

–Isso não sera o bastante – Nikko falou ao ver o sangue dela no chão – Isso não a matará.

O desespero começava a preencher a racionalidade de Melanie.

–Então me mate – falou ao estender a faca em sua direção – Me mate e deixe-me livre.

Alessandro parou a moto perplexo com o que via em sua frente.

–O que.. diabos é isso? – se perguntou pasmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Redenção" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.