Redenção escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 27
Um dia como este


Notas iniciais do capítulo

Demorei bastante para atualizar, mas espero que gostem..Demorei por algumas questoes e entre elas foi um comentario sobre a fic nao ter emoção.. o que eu concordo rsrs por isso acabei mudando algumas coisas e espero que gostem rsrs sem contar que o par romantico sera diferente... medo do que irão achar no decorrer rsrsrsr

Beijos e boa leitura



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Nikko sorria ao olhar para o rapaz temeroso a sua frente. O que mais lhe divertia era ver as pessoas se assustarem em sua presença, e Christopher estava lhe proporcionando um espetáculo e tanto naquele momento. O irmão de Melanie encontrava-se em pé, em frente a Nikko, o qual sorria sentado atrás de sua mesa.

–Já deve imaginar o motivo de estar parado em minha frente – Nikko falou calmo ao ver o semblante de medo de Christopher – Eu não irei demiti-lo, e sabe o motivo? Gosto de ter desafios. Ter tudo fácil não tem graça, acredite. E tê-lo tão próximo a mim, ao ponto de estar vulnerável deixa tudo melhor.

–Tudo isso é um jogo para você? – perguntou pasmo – Desde o inicio tudo tem sido um jogo?

–E o que mais poderia ser? – indagou com indiferença – acha que levei você como uma ameaça verdadeira? Nunca.

–Então porque me colocou aqui? Porque fez tudo para que eu estivesse...a única coisa que pretendia era saber meus movimentos – percebeu por fim, o viu sorrir e em seguida sentiu o sangue congelar em suas veias – como pode agir tão friamente?

–E como você pode agir tão ingenuamente? A sua irmã consegue ser mais atenta que você, o que é uma surpresa.

–Deixe-a em paz. Deixe-a fora disso.

–Porque? Ela é a única que me move.

–Louco bastardo.

–Isso deveria ser uma ofensa? – perguntou ao se levantar da cadeira e olhar para ele – Bem, como já castiguei a sua irmã, agora é sua vez.. Qual castigo você deve merecer receber?

–O que fez a ela? O que fez a minha irmã?

–Nada demais. Ela está bem e viva. Não sei por que todos acham que eu irei matá-la. Não sujaria as minhas mãos com alguém como ela.

–Como..ela é um ser humano, como se atreve a falar dela desta forma? – perguntou ultrajado sentindo a raiva por si mesmo aumentar. Ele odiava sentir-se fraco e vulnerável, mas o que lhe doía era ver toda a dor que Melanie sofria, já que ele deveria estar em seu lugar. – Se deseja tanto vê-la sofrer basta me atingir. A esqueça e faça de mim o seu alvo.

–Eu faria se fosse divertido, mas não será.

–Tudo se trata de diversão?

–Sim – assentiu sorrindo – acha que eu faria tudo isso se não fosse divertido? O que seria de mim se não sorrisse diante do sofrimento dela? Adoro vê-la fingir ser isenta de lagrimas quando no fundo deseja chorar durante horas. Imagino que saiba disso. – ao observar o homem a sua frente Nikko conseguiu identificar culpa em seus olhos e vergonha – Do que sente vergonha? De não protegê-la?

Christopher sentiu-se fraco ao escutar a pergunta que tanto lhe atormentava. A vergonha que ele sentia não era por não protegê-la, mas sim por fazê-la pagar por tudo em seu lugar. Um lugar que era seu.

–Sim – mentiu cabisbaixo – me sinto envergonhado por não a proteger de alguém como você. O que eu poderia fazer para consertar isso? Diga-me.

–Poderia morrer – falou sombrio – apenas uma morte seria capaz de deixá-la livre. Uma morte que a faça sofrer, você faria isso? Morreria para salvá-la? – o viu hesitar e com um sorriso fez um sinal com a mão para ele sair da sala – Você não tem o que é preciso para salvar alguém.

Aturdido e cego por perceber que era verdade, Christopher reprimia a raiva que sentia.

–E o senhor.. morreria para salvar alguém? – perguntou imaginando um sorriso como resposta, mas empalideceu diante da fala de Nikko.

–Se morrer for o bastante então eu morreria feliz por saber que a pessoa que amo estaria bem.

Christopher o olhou e derrotado saiu da sala. Aquela havia sido a sua humilhação, saber que uma pessoa como Nikko Nicolai estava disposto a se sacrificar por alguém enquanto ele hesitava em responder algo hipotético.

–Quando eu me tornei tão fraco? – questionou-se ao olhar para o nada ao andar pelo corredor.

***
Alessandro sentia o corpo tremulo de Melanie em seus braços. A respiração ritmada dela enfim voltou ao normal, mas nada apagaria de sua mente o semblante aterrorizado dela ao abrir a porta. Ele ainda não conseguia acreditar o quão longe seu irmão estava indo para conseguir a vingança que tanto imaginava e desejava. Ele não estava disposto a deixar uma jovem como ela sofrer ainda mais. Ele iria a levar daquela casa. Ele enfim iria tomar uma posição, não importando o que ela falasse, ela iria com ele. A apertou ainda mais contra seu corpo aspirando o seu perfume, uma fragrância que desconhecia, mas lhe recordava o mar.

–Precisamos sair daqui – Alessandro falou sem afastá-la de seu corpo – Não ficará com ele, e não tente me dizer que precisa. Não sou louca para deixá-la aqui com ele.

Melanie deseja negar e continuar a persistir em sua própria vingança, entretanto se viu concordando em silencio diante da ordem dele. Ela não desejava estar com Nikko, ela começava a temê-lo lentamente, como ele sempre quis. Ao sentir o corpo de Alessandro tão próximo ao seu, imaginou por um instante como seria ser livre. Imaginou como poderia ter sido a sua vida se não tivesse tomado o lugar de Christopher. Em meio aos seus devaneios se pegou sonhando.

–Sacrificaria a sua liberdade pela pessoa que ama? – ela perguntou em um sussurro a Alessandro.

–Se isso me fizesse feliz, sim – falou a surpreendendo – É melhor sairmos antes que ele chegue - Não temos muito tempo, eu acho – ponderou pensativo ao apertá-la ainda mais contra si.

–Então sacrifício é algo bom, não é? – murmurou com os olhos perdidos antes de pousar as suas mãos no tórax dele, o afastando de si – então eu não devo sair daqui.

–Melanie, está louca? O que acha que está fazendo?

–Estou agindo como deveria ter feito desde o inicio. Eu comecei tudo isso então devo terminar.

–O que está dizendo? – questionou confuso ao tentar segurar a sua mão , mas ela se esquivou – Melanie, entende o que está fazendo? Não posso protegê-la se não vier comigo.

Melanie olhou Alessandro com carinho antes de assentir em silencio. Ela enfim havia percebido o que deveria ser feito. Se ela continuasse mantendo a sua postura fria, Nikko jamais a perdoaria e a deixaria ir embora mantendo o seu irmão livre, a sua única alternativa seria sucumbir a ele e aos seus caprichos. Um pequeno preço a se pagar pela sua liberdade. Ela não teria medo, ela seguiria em frente.

–Não se preocupe comigo – disse o encarando fixamente – prometo que ficarei bem.

–Você prometer não significa nada.. Melanie, pense cuidadosamente sobre o que está falando.

–Eu pensei e é o melhor.

–Não pode estar...

–Acho que já chega – a voz rude de Nikko soou atrás de Alessandro fazendo-o virar-se rapidamente e Melanie reprimir um grito de surpresa. Eles não haviam reparado quando na presença de Nikko. O Nicolai mantinha uma expressão seria ao passar por Alessandro e parar em frente a Melanie. O seu sangue borbulhava em suas veias em decorrência da raiva que o consumia. Para Nikko, aquela raiva era apenas o reflexo da traição de seu irmão. Apenas isso e nada mais, apesar de ter escutado desde o inicio e imaginado o que teria feito se ela optasse por fugir dele. – Pelo menos é obediente – disse sério ao olhar para ela com o semblante inexpressivo. Passou o braço pelo pescoço dela, e o puxou para perto de si. Melanie prendeu a respiração com receio do que ele faria, e sentiu um arrepio passar pelo seu corpo ao escutar a voz dele em seu ouvido, em um sussurro. – Esta noite irá deitar-se comigo – falou antes de soltá-la e olhar para seu irmão – Já está na hora de sair desta casa e retornar apenas com minha permissão.

–Eu não irei sem ela. Melanie, venha comigo – implorou ao olhar para a jovem com o olhar cabisbaixo e preocupado.

–Eu.. – Melanie estava pronta para recusar quando viu o sorriso cruel de Nikko nos lábios. – Não posso.

–Melanie, isso é loucura – Alessandro disse tentando muda-la de ideia, e resultou apenas na negação dela – Por favor, venha. Ficar aqui não lhe trará nada de bom, entende isso?

–Entendo, mas não estou em posição de esperar por felicidade – sorriu levemente segurando as lagrimas ao dar as costas a Alessandro e entrar no quarto de Nikko, fechando a porta e se encostando nela. O seu coração apertou-se ao escutar Alessandro lhe chamar inúmeras vezes. Ela o viu gritar o seu nome e não aguentou. As lagrimas caíram pelo seu rosto e levou a mão a face para esconde-las. – Eu preciso.. viver – Melanie disse a si mesma ao abraçar o seu corpo em meio ao choro. – Eu quero viver – murmurou ainda escutando a voz de Alessandro – eu quero.. viver.

Alessandro não conseguia acreditar no masoquismo de Melanie. Olhou desolado para o seu irmão que apenas sorria como se tivesse vencido uma batalha, que vencera de fato. Ele não conseguia entender no motivo de Melanie em se martirizar tanto. Levou a mão a cabeça em sinal de desespero e se pôs a pensar em como dissuadi-la de sua sentença de morte.

–Isso.. é loucura – murmurou.

–Loucura é continuar aqui – Nikko tornou grosseiro ainda parado encarando o desespero de seu irmão – deveria parar de se envolver com pessoas como ela. Ela é o tipo de pessoa que leva apenas desgraça as pessoas a sua volta. Entenda isso de uma vez.

–Ela é um ser humano.

–E isso deveria dizer algo? Esqueça-a e viva. Quando terminar esta vingança não restará nada, e não espero que você esteja na lista. Eu gosto de você apesar de suas loucuras, irmão. Deixei-a em paz.

–Mas ela.. é muito nova pra tudo isso.

–E minha esposa era nova demais para morrer.

–Apenas agora se preocupa com ela, não é? – o acusou sério aumentando o tom de voz – quando ela estava viva pensava apenas no trabalho. Algum vez a viu feliz, de verdade, ao seu lado? Eu nunca vi. Ela estava sempre implorando pela sua atenção, pelo seu carinho e por seu amor.

–Nunca mais diga isso – Nikko grunhiu.

–Não gosta de escutar a verdade? Sabe quantas vezes ela veio ate mim e falou o quanto se sentia solitária? Ela chorava em meus ombros porque você preferiu ficar trabalhando do que ter um filho com ela. Ela te amava, mas não suportava a solidão.

–Cale-se. Cale-se – Nikko repetiu antes de avançar em Alessandro. Em apenas três segundos viu o seu irmão caído no chão com um filete de sangue escorrendo pelo seus lábios. Nikko havia batido nele e apesar disso não sentia-se satisfeito. Ele precisava de mais.

–Espero que esteja melhor, pois a verdade não irá sumir com a sua loucura.

–Não tem o direito de falar nela. Nunca mais fale sobre ela. – disse ao dar as costas ao seu irmão – e saia o quanto antes dessa casa.

–Eu sairei, mas voltarei para busca-la – Alessandro prometeu ao se erguer com, um pouco, de dificuldade. – Não a deixarei ficar ao seu lado.

Nikko foi em direção a cozinha em silencio rogando aos céus para que Alessandro fosse embora o mais rápido possível. Ele odiava escutar coisas que temiam serem verdades. Ao entrar na cozinha avistou o armário onde guardava bebidas e sem pensar duas vezes foi ate ele. Pegou a garrafa fechada, a abriu e sorveu o liquido quente e amargo. Sentou-se no chão e ali permaneceu ate sentir toda a dor sumir de seu coração.

***
O rosto de Alessandro doía quando parou a moto em frente a antiga casa de Melanie. Não fora difícil conseguir as informações básicas sobre ela com Fabriccio. Ele esperava encontrar algo que pudesse libertá-la do sofrimento de estar ao lado de Nikko. Alessandro não soube por quanto ficou ali parado olhando as pessoas chegarem e saírem ate avistar um jovem ir em direção a casa. Foi em direção a ele decidido e o chamou mais sério possível.

–Christopher? – perguntou ao vê-lo o encarar confuso – Precisamos conversar sobre sua irmã.

–O que quer? Veio da parte de Nikko me atormentar aqui também? – questionou com o sofrimento na face. A cada segundo odiava ainda mais a si mesmo por ter escolhido aquela opção em vez de se entregar.

–Eu vim para libertá-la dele, e preciso de sua ajuda – confessou e estranhou o semblante irônico na face dele – Você é o irmão de Melanie, não é? – o viu assentir com um sorriso na face – Não deveria estar preocupado com ela?

–Preocupado? Já passei dessa fase.

–Do que está falando?

–Quem é você afinal?

–Alessandro, sou um amigo dela. A ajudei a fugir uma vez de Nikko.

–Não parece que deu muito certo – sorriu irônico ao passar a mão pelo cabelo e olhar para atrás – o que veio fazer aqui exatamente?

–Vim pedir a sua ajuda para colocar juízo nela.

–Juizo?

–Preciso tirá-la de lá. Nikko pode mata-la. Esta tudo bem para você? Está tudo bem ela morrer?

–Se isso acontecer.. eu ficarei mais tranquilo, provavelmente e não me sentiria dessa forma – disse pensativo em meio a suas recordações do fatídico dia. – As vezes a morte possa ser a libertação dela, não pensou nisso?

–Não entendo.. como pode falar isso de sua irmã?

–Irmã? Ela não é minha irmã de verdade. Não se preocupe.

–O que?

–Não deve ser muito amigo dela para não saber deste detalhe, de qualquer forma, a morte dela não sera algo tao ruim no final. Ela ficará livre dele e eu também. Poderei retomar a minha vida sem a culpa que guardo. Isso não seria o melhor? Porque se importa tanto com ela? O que Melanie é para você? Está apaixonado por ela? – perguntou com escarnio – Ela não é do tipo de pessoa por quem deve se apaixonar. Ela guarda tantos segredos que quando abrir a boca não restará ninguém em sua frente. – disse antes de dar as costas a Alessandro – Não volte aqui, sinto muito não ajuda-lo, mas neste momento preciso ser ajudado e não ser lembrado do meu erro – falou assim que afastou-se.

Alessandro ficou sem reação ao ver o irmão de Melanie afastar-se rapidamente. As palavras de Christopher ainda martelavam em sua mente.

–Como.. ele pode ser assim? – Alessandro se perguntou ao ir para a sua moto, mas estancou pálido ao se dar conta de algo – Isso não é possível, é? Ela.. poderia ser.. inocente? – se perguntou apavorado pelo que se passou em sua mente. – Ela não seria capaz disso, seria? Não existe ninguém tão louca como ela. Isso é muita loucura – murmurou extasiado ao perceber, pela primeira vez, que existia alguém tao louca quanto Nikko. Uma pessoa capaz de sacrificar tudo não pela vingança, mas para proteger alguém de sua família.

***
Melanie abriu os olhos ao escutar as batidas na porta e a voz alterada de Nikko. Ela não percebera, mas adormeceu sentada no chão atrás da porta. Ainda confusa levantou-se para abrir a porta, e assim que o fez sentiu o cheiro de álcool.

–Agora começa a diversão – Nikko falou com a voz languida ao segurar-se no batente da porta. – Porque não começa?

Melanie sabia que não deveria demonstrar nada e optou por ignorá-lo. Ela sabia que ele estava bêbado. Assim o fez ao tentar passar por ele para sair do quarto, mas sentiu o seu braço ser segurado e em seguida ser empurrada para dentro do quarto. Cambaleou e olhou para ele temerosa.

–É melhor começar a tirar a roupa – Nikko falou sério ao estreitar os olhos e observar o corpo dela com lascívia – O que está esperando? – perguntou ao vê-la parada ainda o olhando – se não começar, não gostará do que farei com você – sorriu cruelmente ao retirar a sua própria blusa exibindo um físico invejável – sua vez.

Melanie não sabia o que fazer. Ela não pretendia perder a sua primeira vez com alguém bêbado como ele. Suas opções diminuíam a cada segundo e sem perceber Nikko aproximou-se dela parando em sua frente. Com rapidez e força, Nikko, segurou na blusa de Melanie e a rasgou.

–Agora falta pouco. Você tira ou eu devo fazer? – perguntou com a voz arrastada. Melanie segurou as lagrimas ao encará-lo. Ela não tinha outra forma. Não naquele ponto aonde estava não depois que descobriu que queria viver.

Esse será o meu fim ou o inicio do tormento dele para mim? Pensou ao segurar com a mão tremula a alça do sutiã.


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Notas finais do capítulo

E ai? o que acharam???... esta melhor? pior?

Beijos e comentem hein



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