Clary narrando

Ok, o tal Jace era bonito, mas ele ainda não me disse o que estava acontecendo com meu irmão, a professora de matemática não ligava muito para conversas paralelas, por isso me sentei atrás de Jace, queria que ele me contasse o que está acontecendo, o que significava ser irmã de Sebastian, e quem era ele? Um sequestrador profissional? Um assassino? Por que ele pegou Sebastian?

a lousa marcava uma equação de primeiro grau, apenas para relembrarmos o ano passado, "equações" foi o tema da nossa feira, falar por bilhete parece mais sensato.

Jace

O que foi Amanda?

Você vai me dizer o que está acontecendo?

Depende, vai me dar o que em troca?

Você sequestrou meu irmão e ainda quer que eu te de alguma coisa?

Não sequestrei ele.

Então você fez o que?

Um favor?

Á quem?

A humanidade.

Eu preciso saber aonde ele está.

Você não precisa, você quer.

Tudo bem, eu QUERO saber aonde meu irmão está.

Melhorou.

Vai me dizer ou não?

Não.

Tudo bem, o que você quer para me dizer?

Não quero mais te dizer.

Mais eu ainda continuo querendo saber.

Você vai desmoronar se eu te contar.

Por que?

Porque você é uma menina doce e frágil, e o destino de seu irmão é mais facil para pessoas com eu.

Pessoas como você?

Rapazes diabolicamente bonitos e elegantes que aparecem para conquistar garotas rebeldes.

Isso não tem graça.

A verdade não é engraçada.

A verdade é que você é um idiota que não quer me dizer onde raios meu irmão esta!

Tudo bem, eu te digo.

Estou toda a olhos.

Preciso ver eles quando estiver te dizendo.

Me espere depois da aula.

Para minha sorte o horário do Jace era quase igual ao meu, o que facilitava conversar com ele, nossa unica aula diferente era a aula extra, eu fazia desenho e ele fazia musica.

Ok, acabou a aula de matemática e eu ainda prefiro dar do que saber disso.

Espero pacientemente até que Jace olhe para mim, eu já arrumei tudo para a próxima aula, ele guardava os materiais calmamente, apenas para me irritar, quando ele finalmente terminou disse:

–Argentina.

–O que tem a Argentina?

–É lá que seu irmão está, ou pelo menos estava indo quando falei com ele pela ultima vez.

–Você o enviou para lá?!?

–Ele foi por que ele quis.

–Como assim?

–A luta foi uma distração, ele estava cansado do pai dele, da vida de riquinho dele e me pediu para ajuda-lo, ele precisava de uma testemunha, no caso você, para contar ao pai dele.

–Isso não faz sentido, ele fez planos para o futuro enquanto conversava comigo.

–Esses planos não incluíam continuar aqui.

–Incluíam sim! Ele disse que iria trabalhar em um restaurante aqui, que iria estudar nessa escola..

–Isso foi inventado na hora, ele não queria parecesse que estava indo embora.

–Mas ele não podia ir embora!

–Não podia? - Jace riu e eu o fulminei com o olhar, ele rapidamente percebeu que me chateou e parou- A questão é, Sebastian faz o que ele tem vontade e no momento que ele tem vontade.

–Como você virou um especialista no meu irmão?

–Estudei muitos anos com ele, ele era meu melhor amigo.

–Mas Sebastian é um ano mais velho que eu, não teria como você ter estudado com ele e agora estar estudando comigo.

–Teria sim, se eu tivesse repetido o 1 ano.

–Tudo bem, mas porque eu fui escolhida como testemunha?

–Porque Valentin me reconheceria se fosse a testemunha.

–Porque ontem?

–Porque ele planejou tudo para ontem.

–Porque me conhecer no dia do meu aniversário e de presente sumir? Ele não imaginou se eu ficaria preocupada?

–Bom, ele não pensa muito nas consequencias dos seus atos, e isso é uma coisa que temos em comum.

–Vocês tem?

–Sim, eu nunca penso muito no que vou fazer, como agora.

–Agora?

E assim que as palavras deixaram minha boca, senti sua boca vir de encontro com a minha, seus braços eram fortes e me envolveram, sua boca tinha gosto de menta, a minha provavelmente teria gosto de café, mas não me importei.

Suas mão emaranhou-se no meu cabelo e me pressionou ainda mais contra ele, coloquei os braços ao seu redor e senti sue corpo pressionado no meu, ele era muito musculoso, sua blusa larga disfarçava o que parecia ser mármore quente, não um corpo, se ele quisesse, me esmagaria sem dificuldade, mas ele apenas me apertava levemente, como se quisesse ter certeza de que eu era real.

Eu estava quase toda rendida a ele quando um barulho me fez perceber o que eu estava fazendo.

EU ESTAVA FICANDO COM O JACE? ELE NÃO SABIA NEM MEU NOME VERDADEIRO E JA ESTAVA COM A LINGUA NA MINHA GARGANTA???

Não isso não podia estar acontecendo, não hoje, não agora.

A professora apareceu na sala e estava nos encarando.

A Srta.Marvor era amiga da minha mãe, o que significa que com certeza contaria para ela o que viu quando veio se preparar para dar aula de fisica na sala que deveria estar vazia.

Puta merda, mulher chata, custava esperar na sala dos professores só mais uns minutinhos?

–Entendeu o que eu quis dizer? -Jace perguntou, ainda sorrindo.

–O que? - eu estava atordoada demais para falar.

–Amanda? O que foi? - ele ja começou a se inclinar na minha direção, para ver se eu estava bem, porque eu estava meio aérea quando ele estava falando, achava que ia desmaiar.

–Nada é que... - não consegui terminar a frase, eu simplesmente fechei os olhos e desmaiei.

Jace narrando

Tudo bem, hoje o dia está meio estranho, são só 11 da manhã e só de vir á escola consegui ficar com uma gatinha antes do primeiro tempo, no segundo conheci a irmã do Sebastian, meu melhor amigo deis de os 5 anos e meu Parabatai, no terceiro tempo, fiquei com ela, caramba, ela era perfeita, seu corpo não era volumoso, mas era lindo, nada de mais, nada de menos, ficar com ela foi muito melhor do que ficar com a Aline, e nesse mesmo tempo fomos pegos durante a travessura, na New York High School era proibido contato físico entre alunos de sexo oposto, e ela simplesmente desmaiou em meus braços.

Para sorte dela, ser caçador de sombras exige reflexos rápidos, então a peguei antes que ela caísse no chão e dei uma desculpa qualquer a professora bonita que nos encarava, levei Amanda até a enfermaria e descobri que ela só não tinha se alimentado muito, quando ela acordou disse que só tinha tomado café nas ultimas 18 horas e a enfermeira Johanna perguntou se eu me incomodaria de levar Amanda até a casa dela, eu concordei prontamente, não queria ficar na escola e gostaria de saber mais sobre ela.

Mas querer não é poder, o que meu pai já me ensinou, ela estava fraca demais para falar, então apenas perguntei seu endereço, entramos no apartamento dela e tanto a mãe quanto o padrasto não estavam, a deitei delicadamente na sua cama e fui até a cozinha preparar alguma coisa para ela comer, preparei um sanduíche e um suco natural de laranja, ela já não estava bem, uma Coca só iria piorar a situação, quando tudo estava pronto levei para o quarto dela e me sentei na poltrona ao lado da cama dela enquanto ela comia, quando acabou eu peguei a louça suja e fui lavar, quando voltei para avisar que teria de ir embora ela tinha cochilado, á observei enquanto dormia, ela parecia um anjo, a mais linda jovem que eu já vi, dei um leve selinho em sua boca e procurei papel e caneta para escrever um bilhete, quando achei, estavam em cima de uma mesa de desenho com vários livros e desenho, algumas coloridas, outras em preto e branco, algumas dela mesma, outras reproduzindo obras famosas, atrevo-me a dizer que as dela superam as originais.

Finalmente tomei coragem para ir embora, e escrevi um bilhete pequeno:

"Amanda,

Tive que ir, se você se sentir mal novamente me ligue e eu venho imediatamente:

305721038.

Melhoras,

Jace.

P.S.: Espero te ver amanha na escola :)"

E esperava mesmo.