Quando uma história é verdadeira escrita por Defenestr4dora de Sonhos


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu não estou mais demorando tanto para postar, mas eu tenho tantas ideias, ta ficando tão confuso na minha cabeça, que, mesmo quando eu pego o computador eu nem sempre consigo escrever, quer dizer eu fico tipo "vou matar ----", "não, eu gosto muito dele", "mas eu posso faze um acidente", "não, ele tem que ta bem pra fazer tal coisa", gente, quando eu começo a escrever eu fico muito tempo, não porque eu escrevo muito ou devagar, porque eu simplesmente não sei o que fazer para por todas as minha ideias aqui, mas enfim, eu consegui po tudo ai, então leiam e boa leitura, espero que gostem, aceito comentários :)



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~~Alec~~

O encontro com Clary não foi tão estranho, mas encontrar o acompanhante dela foi bizarro, ele usava roupas inteiramente pretas e era um caçador de sombras, assim como eu, como eu consegui descobrir? Simples, tinha uma marca da Clarividência na sua mão, que se fechou como se ele quisesse dar um soco em alguém assim que percebeu o que Simon era. Jace com certeza era novo na cidade, não se tinha noticias de nenhum caçador de sombras na cidade alem da minha família e outros 3 que não paravam nas cidades, iam e vinham, mas seus quartos no instituto estavam com fotos da família deles e eles que ficam com as chaves. Passamos os primeiros minutos em um silêncio desconfortável, Jace observando Simon, esperando ele atacar o pescoço de Clary provavelmente, pelo menos ele se preocupa com ela.

Quando o clima ficou mais leve eu fui falar com Simon.

–O que aquele babaca estava olhando? Eu sei que sou bonito, mas precisava encarar daquele jeito?

Simon realmente era bonito, ele era magro, porem um pouco musculoso, os cabelos emolduravam muito bem seu rosto anguloso, ele não tinha espinhas e poderia facilmente ser modelo de alguma revista mundana se tentasse.

–Ele era um caçador de sombras.

–Eu percebi, mas só porque eu sou um vampiro ele acha que é melhor que eu?

–Não sei o que se passa na cabeça desse tal Jace, mas ele parece ser meio estranho, quando der vou falar com ele.

–Conversa de caçador de sombras para caçador de sombras?-ele tentou fazer piada daquilo, mas ele sabia que varias vezes, caçadores de sombras brigavam por desentendimentos, como na Ascensão.

–Não, Clary parece confiar nele, então eu confio também.

–Ela é bonita.

–Eu sei.

–Você gosta dela.

–Eu sei.

–Ela não gosta de você, pelo menos, não do mesmo jeito que você gosta dela.

–Eu sei.

–Você só vai dizer "eu sei"?

–Não sei mais o que dizer.

–Diga que vai tentar mudar essa situação.

–Vou tentar mudar essa situação.

–Agora vá até ela e se esforce para parecer sedutor e confiante como eu.

Eu sai de perto de Simon rindo, normalmente é isso que acontece, ele sempre fala coisas engraçadas para amenizar situações sérias, e fico grato a ele por isso.

Procuro por Clary e vejo que ela está dançando com Jace, em um ritmo oposto ao da música que está tocando.

Eles estão valsando, enquanto toca Jay Z, não acho que seja uma boa ideia insinuar que eu gosto dela quando um clima romântico está acontecendo entre ela e uma pessoa que não sou eu.

O melhor a fazer é ir para casa, Simon está agarrando uma mundana em algum canto por ai, estou sobrando nesse lugar.

~~Clary~~

Vir ao Pandemônio teve suas vantagens, eu pelo menos pude ver o Alec, não falei com ele na saída pois não estava mais na escola, mas ele não me deu muita atenção, estava perdido em pensamentos, quando eu ficasse sozinha com ele iria perguntar o que estava incomodando ele.

Não entendi o motivo do silêncio, Alec era tímido, isso eu sabia, mas Jace não e Simon provavelmente não também.

Mas tudo bem, Jace me chamou para dançar e percebi uma oportunidade para perguntar sobre a tal novidade.

O problema era que eu não sei dançar.

Quando falei isso para ele, a reação que eu recebi foram risos. Risos?!

Olhei para ele de maneira incisiva, convidando-o a me mostrar qual era a graça, mas a reação dele foi pegar minha mão e me puxar para perto, envolvendo um braço na minha cintura e se mexendo de forma lenta, fazíamos pequenos círculos enquanto dançávamos, atraímos um pouco a atenção, pois não estávamos dançando de acordo com a música.

–Qual era a novidade?

Ele virou o rosto na minha direção e sorriu.

–Que você é uma das pessoas mais bonitas do Pandemônio.

– Uma das?

–Só perde para mim.

–Amor próprio é tudo.

–A loira que esta nos observando concorda comigo.

Olhei para o lado e vi que uma piriguete estava babando pelo Jace, revirei os olhos.

–Então vá falar com ela.

–É o que eu vou fazer.

Ele estava me soltando, mas puxei sua mão e disse:

–Não sem me contar a novidade verdadeira.

–Já tinha até me esquecido disso...

–Vamos, fale e eu deixo você ir falar com a loira.

–Você vai me deixar ir sem nem lutar por mim?

–Lutar por você? - ecoei.

–Não estou acostumado a ser rejeitado por damas bonitas, perdoe-me.

–Perdoarei quando me contar o que precisa.

–Sebastian está voltando.

–Como é que é?

–Você me ouviu, Clarissa.

–Quando?

–Não sei.

–Você poderia me passar o número do celular dele?

Ele ditou o número e o deixei ir, estava tão feliz, precisava ir para casa de Valentim, gostaria de conhecer mais meu irmão.

Chegando na casa dele, usei a chave que ele me deu e chamei:

–Valentim?

–Entre Clarissa.

Quando entrei reparei no ambiente a minha volta, a sala era muito organizada e limpa, com poucos enfeites, apenas alguns porta retratos ao lado da televisão gigante.

Na mesinha de centro tinha alguns livros, clássicos como O Morro dos Ventos Uivantes e Dom Casmurro, ou alguns mais atuais como Extraordinário.

–Como vai você? - Pergunto.

–Vou bem e você?

–Na medida do possível, como está lidando com o desaparecimento de Sebastian?

–Não é a primeira vez que ele some, depois de um tempo você se acostuma e aprende a esperar ele voltar e contar sobre sua mais nova aventura.

–Normalmente como são as aventuras de Sebastian?

–Ele já foi para o Egito ver as múmias, já foi para o Japão, buscar um novo computador, você sabe, a tecnologia lá é de ótima qualidade, já foi para o Haiti ajudar a reconstruir o país, passou apenas uma semana alimentando as crianças e voltou, já foi para o Brasil durante o Carnaval, e outro que já nem me lembro.

–Como foi a primeira fuga dele?

–Ele fugiu no meio da noite e foi para Orlando, queria ir á Disney - ele riu com a lembrança-, tinha apenas 12 anos, ficou 2 dias fora para perder uma prova de álgebra.

–Como foi ser casado com minha mãe?

–Jocelyn era uma mulher maravilhosa, ela ouvia e dava sábios conselhos.

–O que levou vocês a se separarem?

–Eu era muito rude, egoísta, não dava valor á ela...

–Entendo.

Sei que minha resposta foi um tanto rude, mas, o que se deve dizer numa situação dessas?

–Clarissa, saiba que, apesar de eu não ter sido um pai para você nos ultimos 16 anos, eu estou disposto a mudar, contanto que você me aceite.

–Eu te aceito.

–Ótimo, agora sente-se, vamos assistir um pouco e tentar conversar.

Conversar com Valentin não era tão estranho quanto parecia, ele me fez algumas perguntas sobre minha vida e eu perguntei um pouco sobre a dele, tínhamos alguns pontos em comum: gostávamos de ver filmes, de todos os tipos, como de faroeste, de guerra, de ficção cientifica, de romance, comédias, drama, suspense, terror, o filme favorito dele é 12 é Demais, o meu é Sem Saída, ele falou que também gostava muito, eu não disse que o motivo de eu amar esse filme era o Taylor ser gato, tem coisas que não se pode dizer para um pai.

Depois de assistir ao primeiro filme de Harry Potter decidimos ver o jornal, previsão do tempo, noticias do mundo inteiro que não me interessavam, mas eu vi isso pois era bom ter a companhia de meu pai.

Quando a repórter falou “Argentina” prendi minha atenção na tela gigante:

–Nessa tarde um avião que partia da Argentina com destino nos Estados Unidos despencou, deixando 8 mortos, pelo que se tem notícia, outros 23 passageiros sobreviveram com ferimentos variados...

E continuou dando a notícia. A lista dos passageiros se encontrava disponível na internet no site do jornal, eu precisava ir para casa verificar se Sebastian estava no meio, ele disse que estava voltando e ele tinha que chegar aqui, ele não podia morrer.

–Preciso ir agora, foi muito bom conversar com você.

–Tudo bem, bom falar com você Clarissa.

–Por favor, me chame de Clary, e até.

Fui para casa a pé, já que não ficava muito longe, chegando lá tinha um bilhete de minha mãe, ela ia passar a noite na casa de Luke, mal assumem o namoro e já estão assim.

Precisava ligar para Jace.

Mas talvez ele tenha passado a noite com aquela loira.

Talvez ele ainda estivesse com ela.

Vou primeiro verificar se Sebastian estava realmente naquele avião e depois falo com Jace, afinal, ele tinha o direito de saber, pois ele afirmara ser melhor amigo do meu irmão.

As vezes eu gostaria que as coisas estranhas e inacreditáveis parassem de acontecer comigo, quer dizer, descobrir que tem um irmão, ele ser “sequestrado”, conhecer o sequestrador do seu irmão e beijar ele, seu irmão estar voltando para você e o avião dele cair, meu Deus, minha sorte as vezes me surpreende.

Mas ainda nada confirmado, o computador ainda está ligando, preciso me acalmar.

“Contar até 10, respirar fundo, expirar, fechar os olhos e me acalmar.”

Meu mantra para tudo.

Ligar para Sebastian antes de verificar se ele estava no avião, ok, vou ligar para ele, vou falar com ele e vou descobrir que não passava de uma preocupação sem sentido, ele estará bem.

Disquei para o número que Jace havia me dado, ninguém atendeu, disquei de novo e de novo, ninguém atendeu.

Quarta vez, estou ficando sem esperanças.

–Vamos Sebastian, por favor, atenda.

Obviamente ele não atendeu.

Hora de ver a lista dos passageiros, para o meu azar Sebastian estava na lista, mas não na dos mortos (Graças a Deus), na dos feridos, de acordo com aquilo, ele quebrou apenas a perna e está no México sobre cuidados, e quando estiver bem completará a viagem.

Eu disse a mim mesma que ligaria para Jace, mas não parece certo dizer “ei, seu melhor amigo está no México com a perna quebrada depois de um acidente de avião” pelo telefone, amanha na escola contarei a ele.

Contar as coisas, não parece tão fácil assim considerando que vamos ter plateia amanha, embora eu não fique sempre rodeada de pessoas, a NYHS não tem muitos lugares para ficar sozinho.

Vou me encontrar com ele na cafeteria perto da escola, a mesma que eu usei para matar o primeiro tempo com Alec hoje de manhã.

Alec, eu ainda não contei o que aconteceu com Sebastian para ele, eu praticamente o ignorei no Pandemônio, sai sem nem dizer adeus.

Ele definitivamente não merece uma amiga como eu, ele sempre fala comigo, me da atenção e é desse jeito que eu retribuo?

Vou ir ao cinema com ele amanha, tentar compensar o tempo perdido.

Preparei as mensagens:

“Jace,

amanha me encontre na cafeteria perto da escola as 07:30.

É importante.

Clary.”

“Alec,

Amanha, eu você, cinema.

Topa?

Clary.”

A mensagem de resposta foi a mesma dos dois:

“Combinado.”

Eu me preparei para dormir e encarar o dia de amanha, dar más notícias, contar o que estava se passando na minha vida, ouvir a vida, encarar a escola.


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Notas finais do capítulo

Bom, provavelmente não postarei antes do Natal, então, Feliz Natal adiantado, tenham um bom 2014 e sejam felizes :)



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