(...)- Ele... Ele está morto! - eu agora estava assustado.

(P.O.V. Nina)

Ao ouvir aquilo levei a mão a boca e soltei um suspiro de horror. Ian estava tremulo e perplexo com o que acabara de fazer.

Fui até ele que abaixou a cabeça quando cheguei perto coloquei a mão em seu ombro e falei:

– Ian, você está bem? - minha voz estava tremula, era obvio que ele não estava bem.

Não obtive resposta. Ele apenas continuou de cabeça baixa, seu corpo ainda tremia e alguns segundos depois vi gotas cairem de seus olhos e aterrisarem no chão.

Puxei seu rosto para cima com a maior delicadesa que pude para poder olhar seus olhos.

– Você está chorando? - disse numa vozinha meiga, estava com dó dele.

– Não! - ele levantou a mão e começou a enxucar as lagrimas de seus olhos.

Ele tirou minha mão que ainda estava em seu rosto com brutalidade e ficou de pé.

Puta que pariu! Eu mó sendo carinhosa com ele e ele faz isso comigo? RUNS!!

Ele passava a mão em suas pernas para limpar a terra e a grama que estavam grudadas em suas coxas e em seus joelhos.

Fiquei lá olhando ele se limpar até que ele percebeu.

– O que foi? - ele disse arrogante.

– Nada! Só estou pensando em como você é idiota. - disse isso e comecei a caminhar de volta ao acampamento.

Senti ele pegar meu braço e puxa-lo.

Do jeito que ele me puxou fui parar colada em seu corpo. Minha boca estava a centimetros da dela, sua respiração estava lenta e ricocheteava em meu rosto, ele abriu a boca e eu pude sentir seu alito de menta.

Ele me prendia ao seu corpo pela cintura.

– Me desculpe! - Ele disse num sussurro.

Ele disse isso e me libertou da ipnose que eu estava pelos seus labios.

– Me solta! - eu disse com raiva e me libertando de seus braços.

Estava com raiva que nem sabia para onde estava indo, só queria me distranciar dele. A raiva que sentia era de mim mesma por ter deixado aquilo acontecer.

Ouvi os passos dele atrás de mim.

Ele pegou novamente em meu braço, mas desta vez não me puxou nem me virou, eu apenas parei de andar. O toque dele era quente e irradiou calor pelo meu corpo.

– Me desculpa! - ele disse de novo numa voz meiga

– Me solta! - eu disse irratada e instantaneamente ele me soltou.

Recomecei a andar.

Andamos por mais alguns minutos e percebi que não chegavamos a lugar nenhum.

Parei de andar e virei-me para trás. Ian estava a pelomenos 1 metro de distancia, olhei atravez dele e não não consegui ver nada além de arvores e uma escuridão densa. Não conseguia mais ver o caminho que tinha seguido.

– Onde estamos? - disse preocupada

Ian deu de ombros indicando que não sabia também.

Estavamos perdidos.