O Meu Eu escrita por Giulya Black


Capítulo 8
Finalmente... formatura! POV Paulo


Notas iniciais do capítulo

Heey, leitores (as)... Depois de umas semanas sem postar nada e nem falar nada, eu voltei o/ Peço perdão por ter abandonado a fanfic, eu estava desanimada e sem criatividade nenhuma pra escrever mais, mas, de repente, eu comecei a escrever o oitavo capítulo... Enfim, não sei se as leitoras do meu coração continuam acompanhando a fic mas, se estiverem, aqui está um capítulo fresquinho, acabou de sair da minha cabeça.
O capítulo inteiro está no ponto de vista do Paulo sobre o baile, a formatura, etc.
P.S: Neste capítulo entrará uma personagem que será muito importante para Paulo e Giulia.
Boa leitura!



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Era uma sexta-feira, dois dias para a formatura e três para o baile... Sim, o tão esperado Baile, aonde namoros “adiados” podem começar, aonde uma pessoa que ama a outra pode se “declarar” para ela. Infelizmente, eu não havia pensado desta forma e havia chamado a Pam – sim, a melhor amiga da garota que eu gostava – para o Baile. O motivo? Não tenho. Apenas achei melhor assim, já que a Giul nunca me deu uma pista sobre o que sentia e nem um pouco de chance ou esperanças para o nosso amor. Eu estava deitado, ainda eram 22h da noite, mas eu havia me trancado no quarto assim que cheguei da rua, já que toda essa semana não teve aula – preparação para o Baile e a Formatura, na escola.

– Filho? – minha mãe perguntou, abrindo a porta devagar para ver se eu estava acordado, provavelmente. – Posso entrar? – eu assenti e ela se sentou ao meu lado na cama – Você está bem? Não te vi o dia inteiro hoje.

– Estou bem mãe, – respondi – apenas pensativo. Preciso ficar um pouco sozinho. – ela assentiu, me deu um beijo na testa e murmurou um “eu te amo” e “se cuida”.

– Pelo menos coma algo. – falou e saiu do quarto, fechando a porta.

Passado uns quinze minutos, eu me levantei e fui até a cozinha, onde eu fiz um lanche rápido e tomei leite, apenas para não passar mal durante a noite. Voltei pro quarto, tirei minha roupa e me deitei, sem me preocupar em me cobrir ou não.

~~*~~*~~

Acordei bem cedo na manhã seguinte, afinal, amanhã seria a Formatura. Fui ao banheiro e tomei um banho de tempo médio. Coloquei uma roupa limpa de ficar em casa e penteei os meus cabelos. Não estava a fim de ficar trancado no quarto hoje, então decidi ir tomar café com a minha família. Cheguei à cozinha e minha mãe tinha feito ovos com bacon e havia suco de uva em cima da mesa. Murmurei um “bom dia” e me sentei. Recebi um beijo da minha mãe na testa e a ouvi perguntar:

– Você está melhor, querido? – assenti – Comeu ontem à noite? – assenti novamente, mas ela não parecia ter acreditado muito, então lhe dei um sorriso. Acho que isso bastou e ela parou de me fazer perguntas.

– O Que você vai fazer hoje, “filhão”? – meu pai perguntou.

– Não sei, acho que vou ao shopping... sozinho. – acrescentei logo ao ver o “sorriso maroto” que ele me deu, querendo ir comigo.

“Aí!”, minha mãe exclamou, “Porque você o responde normal e comigo é só um simples sorriso?”, perguntou indignada, e imediatamente começou a rir: ela estava só brincando. Terminei de tomar meu café em silêncio, pedi “licença” e fui para o meu quarto. Escolhi uma roupa básica e com cores neutras (preto, cinza e branco) para ir ao shopping, apenas para andar. Dei tchau pra minha querida “family” e sai de casa.

~~*~~*~~

Chegar ao shopping foi mais rápido do que eu pensei, e era frustrante estar ali tão cedo e, ao mesmo tempo, reconfortante. Ver que eu estava ali quase sozinho me deixava pensar, andar por onde eu quisesse, mas respeitando os funcionários e os lugares fechados a eles. Depois de umas duas horas andando, resolvi me sentar um pouco, mas só um pouco. Eram 13h20 da tarde e, ao longe, eu vi minha pequena e Pam – minha namorada; esqueci de mencionar isso... além da burrice de não convidar a minha Giul para o baile, eu ainda havia pedido para Pam namorar comigo, por impulso, e ela, infelizmente, aceitou – vindo em minha direção, rindo e conversando alegremente. Levantei-me e fui falar com elas, afinal, Pam – pensar nela daquela forma me enjoava um pouco, não que eu não gostasse dela, mas eu amava a Giul – era a minha namorada.

– Paulo?! – Giul falou, surpresa a me ver aqui. Seus olhos brilhavam ao olhar para mim, mas meu consciente decretou que só podia ser loucura minha e que só comer besteira havia feito mal para meus neurônios.

– Ah, oi Giul! Oi Pam – abracei-a, sentindo seu perfume cítrico (ela odiava perfumes doces, e eu também), e querendo ficar ali para sempre, mas eu não podia, então a liberei de meu abraço e dei um “beijo” (não sei bem se aquilo foi mesmo um beijo) em Pam, olhei para a Giul rapidamente e vi que seus olhos haviam perdido o brilho lindo que estava neles e ficaram, eu percebi, decepcionados pelo o que viram – Não esperava encontrar vocês aqui... – disse, com um falso sorriso no rosto.

– Pois é – minha pequena disse –, nem eu. – e sim, eu percebi de novo a decepção nela, mas, dessa vez, havia também amargura.

– Nós viemos passear um pouco antes do dia do Baile. – Pam me disse, me olhando de um jeito meigo, que eu até acharia fofo se eu não fosse seu namorado.

– Ah, sim! – eu sorri de novo – Bom, vou deixá-las sozinhas então. Dito isso, me virei e fui em direção à saída do shopping. Eu não conseguiria ficar lá sabendo que Giulia também estava lá. Resolvi então voltar pra casa, para almoçar. Liguei pra minha mãe para avisá-la e pedir um favor.

– Hey, mãe. Só liguei pra avisar que estou voltando pra casa e que vou fazer o almoço, e não vou dizer o que vou fazer. Me espera na sala, com o papai. Beijo, te amo. – desliguei rapidamente e fui ao mercado... eu ia fazer algo que nem minha mãe sabia que eu sabia fazer.

~~*~~*~~*~~

Cheguei em casa e fui direto pra cozinha, apenas pedi pros meus pais continuarem na sala. Peguei tudo o que havia comprado e comecei a fazer umas “misturebas” no fogão; deixei algumas coisas caírem sem querer e ouvi meus pais vindo à cozinha, mas gritei um “está tudo em ordem” e voltei minha atenção ao fogão. No final, eu cosegui fazer o que queria, só faltava saber se estava bom. Arrumei a mesa e coloquei o “prato especial” ao centro junto com o refrigerante. Só ai eu chamei meus pais.

– Demorou, hein?! – minha mãe disse – Estou morrendo de fome. O Que você fez? – e parou à frente da mesa ao ver meu feito – Você fez lasanha, meu filho? Quer nos envenenar? – todos nós rimos pela “piadinha”.

– Não julgue antes de experimentar, querida. – meu pai me apoiou – Talvez ele só queira nos deixar doentes por alguns dias, não nos matar. – ou, pelo menos, por alguns segundos.

– Obrigado, obrigado! – comecei a rir – Mas, agora vamos comer. – Sentamos e nos servimos e, para a surpresa de todos, estava ótima. Olhei para eles com cara de “ganhei” e eles riram. Após uma tarde maravilhosa com a minha família, fui para o quarto me deitar, o meu dia havia sido muito cheio.

~~*~~*~~

Chegou o dia da Formatura e estávamos todos muito animados, pois isso nos lembrava que uma nova “era” estava por vir. Já estávamos todos sentados e ansiosos para o inicio da esperada formatura, ao lado direito do nosso anfiteatro, ao meio estavam os professores, o diretor, a coordenadora, as secretárias e mais alguns funcionários que não conseguir definir, acho que foi mais pelo o nervosismo. Do outro lado, estavam dispostas cadeiras para os formandos se sentarem após pegarem os diplomas. Alguns de nós fizeram as homenagens e a coordenadora se levantou para nos chamar.

– Abbout, Ana. – uma garota se levantou e foi buscar seu diploma com um sorriso no rosto; juro que nunca a vi na escola – Black, Caio; Black, Cauã; – foram chamados os gêmeos, um deles, dono do coração da minha pequena; senti meu coração pesado, mas eu era culpado por parte disso e não podia negar – Duarte, Giulia; – vi a minha princesa se levantar para pegar seu diploma e sua rosa branca, assim que fez isso, deu um abraço na coordenadora e foi para o lado esquerdo – Fernandes, Jéssica; – continuou a chamada e, mais uma vez, chamou alguém que eu nunca vi – Garcia, Pâmela; – chamaram a Pam e, assim que ela pegou o diploma e a rosa e deu um abraço rápido na coordenadora, saiu “correndo” para ir ao seu lugar – Oliveira, Paulo; – E finalmente me chamaram; me levantei e fui pegar meu diploma, só não ganhei uma rosa, dei um abraço e um beijo na doce mulher que havia me dado o diploma e segui para meu lugar – Salles, Stefannie. – e foi o último nome a ser chamado.

Assim que Célia (a coordenadora) terminou de entregar os diplomas, ela se sentou e deu lugar para o diretor falar algo:

– Parabéns, Formandos!

~~*~~*~~

Era dia – ou noite, como preferir – de baile. Acordei cedo, tomei meu café da manhã, fiquei um pouco meus pais e depois fui direto pro meu quarto me arrumar. Eu havia falado com Pam e ela iria de vestido preto, ou seja, minha gravata deveria ser da mesma cor. Senti-me sendo vestido para um velório, mas eram as “regras”. Pelo menos na minha escola não havia a “babozeira” de Rei e Rainha. Eu não tinha o mínimo de paciência para isso. Terminei de me vestir após o banho, passei meu melhor perfume e “arrumei” meu cabelo, se é que um cabelo deste tamanho poderia ficar do jeito certo. Como a casa de Giul era na minha rua, eu fui andando para lá... buscar a Pam, que havia dormido ali. Cheguei à porta ao mesmo tempo em que o Cauã chegou. Cumprimentamos-nos brevemente com a cabeça e tocamos a campainha. Quase que imediatamente, uma apressada e perfeita Giul abriu a porta.

– Oi rapazes! Entrem. – ela sorriu e deu espaço para que a gente pudesse entrar. Ela estava simplesmente incrível: com uma maquiagem simples com uma cor branco-perolada, um delineado fino e lápis preto na linha d’água e um batom bege. Estava com o cabelo solto, um vestido verde esmeralda, que tem uns detalhes de pedrinhas na cintura e é “tomara-que-caia” até os pés que lhe serviu perfeitamente. Um brinco combinando com a cor do vestido e um salto preto eram as “chaves de ouro” para completar o look, e pude perceber que suas unhas estavam brancas e com glitter.

– Você está linda Giul! – disse o Cauã, consegui apenas concordar com a cabeça, eu estava pasmo.

– Ah! Vocês já estão indo? – a mãe de Giul perguntou, com um tom triste na voz.

– Sim, mamãe – Giul respondeu – não espere por nós, não sabemos que horas iremos chegar. – e nessa hora pude ver Pam; ela também estava linda, mas não tanto quanto a minha pequena. Estava com um vestido preto que ia até um pouco acima do joelho, um salto preto fechado com um zíper ao lado, esmalte preto, brinco preto, o cabelo estava com uma parte presa atrás da cabeça, usava uma sombra de tom dourado, lápis preto na linha d’água e um batom vermelho. Basicamente, ela vestia preto, mas não posso negar que estava em seu estilo.

– Tudo bem então! – o pai de Giulia falou – Divirtam-se! – assenti com a cabeça e senti as mãos de Giulia nos empurrando para fora, dizendo:

– Vamos, vamos!

*~~*~~*~~*

A escola estava realmente maravilhosa para um baile. Havia TNT preto por todos os cantos visíveis da escola, assim ficou tudo escuro e quase não se enxergava nada ali dentro. Havia, também, luzes de variadas cores “iluminando” o local – eu diria mais assombrando o local, mas tudo bem. A DJ também estava ótima, afinal, pedira o pen drive da minha pequena para tocar as músicas que os adolescentes gostam mais hoje em dia. Consequência disso? Estavam tocando: Muse, Imagine Dragons, Arctic Monkeys, The Killers e um clássico: Bon Jovi. Não demorou muito para que eu e Pam nos separássemos de Giulia e Cauã, nós fomos por um lado, e ela foi, provavelmente, procurar o irmão gêmeo de seu acompanhante. Ficamos em um lado próximo da porta de entrada para o salão, dançando, brincando e nos divertindo. Não posso negar que também rolaram um ou outro beijo entre nós, mas eu tentei não pensar nisso. Estava olhando distraído para a porta em uma pequena pausa entre músicas enquanto Pam ia ao “toilet” – que frescura falar assim – e vi uma garota magnífica entrar, e ela, dessa vez eu sei, nem estudava aqui. Ela estava com um vestido violeta azulado que ia até a altura do joelho, com as mangas indo até o cotovelo e com renda e também um cinto, o sapato era parecido com uma bota até a canela e de salto, parecido com o da Pam, mas em minha opinião era mais bonito, usava uma touca, uma bolsa e um esmalte da mesma cor do vestido, a maquiagem era neutra e ela usava um batom rosinha, sem mencionar que seus cabelos tinham um tom também violeta, junto com o preto.

Além de tudo isso, ela estava sorrindo e vindo em minha direção – por que em minha direção? –, parou do meu lado, e falou:

– Oi, Paulo! – ela me olhou. Seus olhos eram cor de âmbar.

– Thalia? – perguntei surpreso – O que você está fazendo aqui, garota? – nós rimos e eu a puxei para um abraço. Thalia era minha prima, quase como minha irmã, quatro anos mais velha que eu. Crescemos juntos (seus pais moravam aqui perto), mas, infelizmente, há três anos seus pais se mudaram para o exterior e ela foi junto.

– Eu vim te visitar, garoto – fez uma imitação da minha voz, sem sucesso –, eu estava com saudades de você, da Pam, e claro, da Giul. Você ainda tem aquela paixonite por ela? – ela riu.

– Na verdade, eu estou namorando com a Pam – ela me olhou desacreditada –, não me julgue, Giulia nunca me deu esperanças de nada. Foi impulso.

– Eu não acredito Paulo, você sempre a amou, me falava como amava os seus olhos, seus cabelos. Você desistiu de tudo por isso?

– Não foi fácil, oito anos nutrindo um amor que não será correspondido. E foi por isso que eu pedi à Pam que namorasse comigo. Foi por impulso. – repeti, tentando fazê-la acreditar.

– Ah, ótimo! E aí você começa a namorar com a melhor amiga dela. Foi fácil pedir ela em namoro, não é mesmo? Por que é tão difícil se declarar pra Giul? Não quero te julgar – disse, provavelmente pelo meu olhar –, quero apenas abrir seus olhos. Escute seu coração.

– Bom, obrigado! – dei-lhe um abraço e um beijo na bochecha e, ao longe, pude ver Pam se aproximando, sorrindo pra mim. – E eu lhe agradeceria se não mencionasse nada sobre isso, com ninguém. – ela sorriu e assentiu.

– Oi amor! – Pam chegou – Demorei muito? – balancei a cabeça, e ela viu a “garota” ao meu lado. – Ah, e... quem é você?

– Você se lembra de minha prima, Thalia? – o rosto se clareou e elas se abraçaram. Depois disso, foi um baile normal: dançamos, tomamos ponche, nos divertimos, enfim, foi fácil não prestar atenção no horário. Só vimos que horas eram quando parou de tocar música e a responsável nos disse que havia acabado. Thalia se despediu de mim e foi embora, eu e Pam fomos encontrar Giul, Cauã e quem mais estivesse com eles. No final, estavam o Caio e a Laura conosco também. Caio nos levou de carro para casa, por educação. Estávamos todos prensados dentro do carro, sem quase respirar. Eu e as meninas, com exceção de Laura, “ficamos” na casa da Giul; Pâmela dormiria lá de novo.

– Tchau Pam, Paulo e Giul! – despediu-se Caio, de dentro do carro mesmo, Laura também. O único que saiu para se despedir de verdade foi Cauã.

– Tchau Giul – disse Cauã e, em seguida, deu um abraço na minha pequena e um beijo em sua bochecha. Vontade para pular em seu pescoço não me faltou –, tchau Paulo, tchau Pam – apenas disse isso e voltou pro carro. Eles foram embora e eu levei as meninas até a porta da casa de Giul. Pam me deu um beijo, murmurei “uma boa noite” e segui meu caminho. Cheguei em casa em menos de dez minutos. Não havia ninguém acordado, ou, pelo menos, ninguém acordado aqui em baixo. Fui à cozinha comer algo e fui me deitar, lembrando de tudo do meu dia.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que me perdoem e que tenham gostado do capítulo, vou tentar postar outro capítulo amanhã ou depois.
Aqui está o link do look da nossa nova personagem: http://www.polyvore.com/my_style_ii/set?id=125982235
Ah, preciso de uma ajudinha de vocês: nós temos alguns casais na fic, e eu preciso que alguma mente brilhante (que com certeza não é a minha) para fazer a junção dos seguintes nomes:
Caio+Laura;
Cauã+Giulia
Pâmela+Paulo
Paulo+Giulia
Sarah+Gustavo
Obrigada rs '
Até o próximo capítulo.
~ Srta. Weasley



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