O Meu Eu escrita por Giulya Black


Capítulo 2
Um café da manhã com muitas risadas


Notas iniciais do capítulo

Aí está o segundo capítulo! Se tiver algum erro, me desculpem..
Bom, espero que gostem!!



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_ Obrigada Paulo, e Pam _ acrescentei rapidamente ao ver o rosto dela _ Obrigada mesmo, aos dois. Mas, será possível eu ter esquecido o meu próprio aniversário? _ Nós três rimos e assim terminou a nossa noite: com uma festa surpresa que eu nem imaginava ter, por uma coisa que eu havia esquecido completamente.

POV Giulia

Após festa surpresa para mim, eu, meus irmãos, Pam e Paulo arrumamos a bagunça deixada pela casa, já que todos tinham ido embora e meus pais estavam cansados demais para ajudar, pois correram atrás de tudo para a festa, mesmo depois do trabalho. Quando terminamos de arrumar tudo, deixei meus irmãos em seus quartos e eu e meus amigos fomos para o meu.

Meu quarto era um tanto colorido: Minha cama tinha cores azuis e cinzas, que são minhas cores favoritas por causa da cor dos olhos dos meus melhores amigos, a minha parede tinha uma cor gélida, na cor da neve mesmo, dando mais destaque para as fotos das minhas bandas favoritas e para o meu mural. Meu mural tinha dois metros quadrados, numa cor meio roxa, cheia de fotos dos meus amigos, meus pais, meus irmãos e minhas. Fiz aquilo após tê-los conhecido, com meus oito anos, na segunda série, nesta mesma escola que estamos.

Depois de uns minutos de silêncio, arrumando as camas deles, eu disse, tacando um travesseiro em Paulo:

- Vocês sabem que eu detesto o silêncio profundo, falem alguma coisa logo. - fiz uma cara emburrada que os dois logo começaram a rir. - Não estou brincando, isso é sério.

- Tudo bem Giulia, sobre o que você quer conversar? - disse Paulo, num tom ligeiramente divertido, com certo sorriso maroto nos lábios.

- Primeiramente, não me chame de Giulia, parece que você nem me conhece há oito anos, segundo, quero terminar meu aniversário com algo que fique por um bom tempo na memória.

Paulo, um pouco contrariado, mas divertido, respondeu:

- Tudo bem, nossa rainha Giul, mas, como quer terminar o seu aniversário, oh grande garota? - perguntou ele rindo, às gargalhadas.

- Com... uma... - disse eu, um pouco pensativa, mas com o mesmo sorriso maroto dele - GUERRA DE TRAVESSEIROS!

Foi só eu dizer isso que nós três começamos a atacar uns aos outros, rindo muito, quase perdendo o fôlego. Penas começaram a voar por todos os lados, eu em cima da cama, praticamente pulando, e Pam tentando me puxar, mais apanhando do que qualquer outra coisa. Depois de demorados trinta minutos brincando, nós paramos, sentamos no chão e ficamos rindo um pouco mais, até um de nós ter a iniciativa de falar:

- Realmente, essa foi uma forma de encerrar seu aniversário, para que nunca mais a gente se esqueça do que aconteceu, - era a Pam - vejam: penas para todos os lados. Tem até em sua cabeça ainda Giul. Acho melhor a gente arrumar logo toda essa bagunça aqui né?

Depois de Pam falar, eu concordei que deveríamos arrumar o quarto agora, colocar todas as penas nos travesseiros e terminar de arrumar todas as camas. Mas, no meio dos meus pensamentos veio outra ideia: fazer pipoca e trazer refrigerantes que restaram da festa, e fazer uma “Sessão Corujão”, assistindo filmes até que fiquemos com sono o suficiente para adormecer.

Os dois concordaram com a minha ideia. Arrumamos o quarto todo e terminamos de arrumar as camas no chão. Após fazermos isso, fomos direto para a cozinha fazer a pipoca e pegar os refrigerantes. Eu fiz pipoca em uma panela e Pam em outra, assim ficaria mais, e Paulo ficou responsável pelo refrigerante e os copos que deveríamos levar para o quarto. Fizemos tudo e subimos, no meio do caminho encontramos minha mãe, explicamos o que queríamos fazer e ela concordou, até disse que se pudesse, iria junto conosco, mas tinha de voltar a dormir para trabalhar no dia seguinte.

Por sorte, meu aniversário caiu em uma sexta-feira, por isso não tínhamos horário para dormir e tampouco para acordar. Assistimos a três filmes seguidos e dormimos no chão mesmo, eu nem voltei para a cama, e, por sorte, fiquei no meio dos dois, sendo abraçada por eles. A última coisa que me lembro, é eu dando um sorriso muito largo, depois disso, apenas me lembro de ter dormido.

*~~*~~*~~*

POV Paulo

Acordei no dia seguinte deitado no chão, na casa da Giulia, abraçando a mesma. Quando olhei pro outro lado dela, pude ver Pam, ainda dormindo. Olhei mais uma vez para o rosto de Giulia, com os olhos ainda fechados, mas mesmo assim, expressando a mesma esperança e alegria de quando ela me olha nos olhos. Ela era tão linda, com seus olhos verdes e seus cabelos ruivos, tudo combinava tão bem, deixando-a tão maravilhosa...

Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos, não que eu não gostasse de pensar nela, mas não podia dizer a ela que estava começando a me apaixonar, não depois de oito anos de amizade, ela me vê só como um irmão, apenas isso.

Levantei-me e fui ao banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto. Quando voltei, Giul estava acordando, eu respirei fundo para que ela não percebesse nada e fui falar com ela:

- Bom dia Giul, dormiu bem?

- Bom dia Paulo. Dormi bem sim, e você? - ela me respondeu com aquela voz suave e de sono. - Acordou agora?

- Dormi bem sim, e sim, acordei agora, - olhei sorrindo para ela - quer acordar a Pam agora ou deixar ela dormindo?

- Ah, deixa ela dormindo, deve estar com sono, vamos descer e tomar café da manhã, daqui a pouco ela acorda.

- Tudo bem então, vamos descer. - respondi a ela, estendendo um braço para que ela o segurasse.

POV Giulia

Acordei um pouco atordoada, sem saber exatamente o que tinha acontecido comigo para que eu parasse no chão. Quando olhei para os lados, apenas vi Pam e lembrei-me de tudo: da festa, da guerra de travesseiros, dos filmes, pipoca e refrigerantes, enfim.

Levantei e vi Paulo saindo do banheiro, percebi que ele respirou fundo, acho que não queria que eu visse algo estranho com ele, em seguida, ele veio dizendo:

- Bom dia Giul, dormiu bem?

- Bom dia Paulo. Dormi bem sim, e você? - respondi a ele com uma voz um tanto suave e de sono, sempre fico assim quando acordo. - Acordou agora?

- Dormi bem sim, e sim, acordei agora, - ele me olhou sorrindo, aquele sorriso maroto e divertido que amo - quer acordar a Pam agora ou deixar ela dormindo?

- Ah, deixa ela dormindo, deve estar com sono, vamos descer e tomar café da manhã, daqui a pouco ela acorda.

- Tudo bem então, vamos descer. - respondeu ele, me dando o braço para que eu o segurasse. Dessa forma, fomos até a cozinha.

Chegamos à cozinha e fizemos uma omelete com bacon e cebola e um suco de maracujá, que por acaso é meu favorito. Enquanto estávamos comendo, surgiu ao pé da escada uma sonolenta Pam, com os olhos quase fechados, murmurando algo quase inaudível, mas que foi entendido como:

- Por que vocês não me chamaram? Desci correndo, estou descabelada e ainda nem escovei meus dentes. Eu odeio os dois.

Logo começamos a rir. Pam sempre dizia que nos odiava quando estava com raiva de um de nós.

- Também te amo Pam. _ dissemos em uníssono, o que nos fez rir.

- Sabe, nem parece que vocês têm dezessete anos, são muito palhaços e brincalhões. Parecem mais as crianças de oito anos que conheci. - disse Pam mal-humorada.

- E somos, - respondi - qual a graça de se ter dezessete anos sendo responsável, chato, parado...? O legal é rir e se divertir, brincar, fazer idiotices. Francamente Pam, quantos anos você tem? 50? - eu e Paulo começamos a rir, mas Pam não achou nenhuma graça em nada que eu disse.

- Haha, muito engraçado Giulia. Sabe, é melhor ser responsável, por que brincadeiras não garantem o emprego. - disse Pam, num tom um tanto assustador, mas logo ela começou a rir. - Você sabe que estou brincando né? Eu sou tão criança quanto vocês, mas sou um pouco mais... centrada. - disse ela por fim.

Terminamos o nosso café as gargalhadas, subimos, arrumamos tudo e nos arrumamos para dar uma volta pela cidade.

*~~*~~*~~*

Depois de um tempo no parque com meus amigos, voltamos para minha casa, e encontramos apenas meu pai na mesma.

- Olá pai, tudo bem com o senhor? - o cumprimentei, dando um beijo em seu rosto. - Como foi seu dia?

- Ah! Oi Giul. Estou bem sim, e você? Meu dia foi tranquilo, pude sair mais cedo do trabalho hoje. - me respondeu, dando um sorriso e um abraço. - E seu dia? Divertiu-se bastante querida?

- Estou bem papai... Ah sim! Me diverti bastante no parque. Fizemos até corrida por lá! - falei retribuindo o sorriso.

- Você nunca cansa de brincadeiras né? - perguntou ele, rindo.

- Não mesmo pai, brincar é legal... - respondi - Onde está a mamãe?

- Está lá em cima. Vocês já vão embora?

- Sim, já vamos. Viemos apenas buscar nossas coisas. - era a Pam - obrigada por tudo Sr. Duarte.

- Oh, de nada querida, voltem sempre aqui em casa.

Subimos e meus amigos pegaram suas mochilas em meu quarto. Levei-os até a porta e depois voltei para cima.

*~~*~~*~~*

Duas horas se passaram e eu ainda estou deitada, sonhando acordada, pensando em apenas uma coisa: aqueles lindos olhos, os olhos do Paulo. Por que aquilo mexia tanto comigo? Conhecíamos-nos há exatos oito anos, e eu nunca fiquei assim antes. Mas, de qualquer forma, só minha mãe sabia desse “inicio de paixão”, pois posso ter Pam como melhor amiga, mas a minha Lily sempre irá me escutar e compreender, independente do que for. Isso é uma de suas melhores qualidades.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3'



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