O Meu Eu escrita por Giulya Black


Capítulo 11
Olha por onde anda!


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!
Capítulo fresquinho para vocês! Devo dizer que neste capítulo as coisas ficaram um pouco complicadas? Sim! Devo preparar vocês para qualquer coisa? Também!
Então, preparem-se por que este capítulo promete muita emoção.
Boa leitura, beijos.



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POV Pam

– Sim, vamos te levar em casa, quer você queira ou não!

Giul estava tentando nos convencer a não levá-la pra casa, nos disse que já era adulta o bastante para conseguir sair do Ibira e ir sozinha até em casa. Tudo bem, ela era a mais velha de nós três, mas não era por isso que íamos deixar ela sozinha abandonada por aí. Além disso, nós morávamos na mesma rua, não custava nada acompanharmos a garota até a porta de casa, ou até a cozinha, por que a mãe dela sempre está nos esperando com algum lanche delicioso. E OUTRA, eu estava na casa dela desde um dia antes da formatura, dormi lá depois de nos formarmos, fiquei até o baile, voltei pra lá para dormir, e agora estamos no parque, OU SEJA, já são quatro dias de Giulia toda manhã. Minha bolsa (vulgo mala enorme de viagem de quinze dias) estava lá, na casa dela, no quarto dela, em cima da cama dela, pertinho do banheiro dela, e eu não ia dormir lá esta noite, então eu tinha que buscar e eu não podia ir entrando assim, que qualquer jeito, na casa dos outros, mesmo ela sendo minha melhor amiga.

– Não. Precisa. Me. Levar. Pam. – ela falou, pontuando cada palavra depois que eu falei pra ela que íamos levá-la sim.

– Mas você não pode ir sozinha, Giul. É perigoso, e nós precisamos da tua companhia. – desta vez quem falou foi Paulo, nosso melhor amigo de infância e meu namorado.

– Só porque você está com medo, Paulo, não quer dizer que eu esteja também. – Giulia retrucou, cruzando os braços e levantando o queixo em uma forma clara de teimosia e orgulho.

Eu não estou com medo, porém, já que você quer ir sozinha, tudo bem, o problema não é meu! ­– Paulo praticamente gritou com a ruivinha, o que, com certeza, a magoou, eu pude ver isso em seu olhar, mesmo assim ela continuou com a pose orgulhosa e marrenta.

– ÓTIMO! – ela gritara. O clima não era o dos melhores entre eles. – Bom, já que nos acertamos, vou indo. – Ela descruzou os braços apenas para abrir a bolsa e tirar de lá tudo meu que estava com ela. – Vou avisar minha mãe que você vai passar lá pra pegar sua mala. – me entregou tudo, nos olhou com a teimosia ainda no olhar, se virou e saiu andando.

POV Giulia

Ah, quem eles pensam que são para me tratarem como se eu fosse uma criancinha que nem sabe se virar? Sou mais velha que eles e ponto. E eles ainda acham que eu decidi vir sozinha só para me “provar adulta”, mal sabem eles que eu marquei um encontro com o “meu ruivo”, e era pra lá que eu estava indo agora.

“Ah, mas é perigoso!”. E daí? Não vai ser menos perigoso se eles vierem comigo.

“Seria sim, se o Paulo viesse com você. Ele poderia te abraçar para espantar o frio, poderia te deixar segura apenas te olhando com aqueles olhos lindos e cinzas. Poderia te fazer mergulhar no mais profundo oceano ou flutuar na mais alta nuvem apenas sorrindo para você. Sim, seria menos perigoso.”. E ainda por cima eu fico pensando esse tipo de coisa do namorado da minha melhor amiga!

Voltando ao meu consciente, atravesso a rua, ando por uns cinco minutos e já encontro quem eu vim ver: Cauã. Ele estava lindo: calça jeans preta, camiseta branca lisa (sem estampa) e uma blusa de frio xadrez vermelha e preta (nem preciso dizer que combinou com minha roupa, né?), um tênis normal preto, com o cabelo bagunçado e seus olhos azuis lindos olhando em minha direção.

– Uau! Você está linda! – ele me disse assim que cheguei perto o suficiente para escutá-lo. Que sorriso maravilhoso estava estampado em seu rosto.

– Você também está lindo! – eu respondi logo depois de me soltar de seu abraço. Um sorriso também brotou dos meus lábios.

– Ah, não faz isso comigo. – ele colocou a mão no coração e fingiu dor, fechando os olhos.

– O que houve? – fiquei preocupada e minha expressão mudou de “maravilhada” para “meu Deus, o que eu fiz?”. Ele começou a rir e a balançar a cabeça.

– Nada não, princesa! É que esse seu sorriso me desmonta inteiro. – sorriu de novo. Eu dei um tapinha no ombro dele, rindo também e balançando negativamente a cabeça.

– Você me deu um susto. Achei que tinha acontecido alguma coisa séria contigo. – ele riu mais ainda, me puxou pela cintura, me abraçou e enterrou o rosto no meu pescoço. Depois disso levantou o rosto, me olhou nos olhos e me beijou. O melhor de todos os beijos que tivemos juntos.

– GIULIA AMÉLIA DUARTE! – uma voz feminina gritou atrás de mim (era Pam) – QUER DIZER ENTÃO QUE VOCÊ “VAI PRA CASA SOZINHA”? MAS VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!!

– Pam! Você estava me seguindo? – ela parecia furiosa e, atrás dela, vinha um decepcionado Paulo. – POR QUE você estava me seguindo?

– Não sou eu a errada, a errada é você, que mentiu pros seus melhores amigos só pra se encontrar com esse guri estranho de cabelo ruivo. – ela parou de gritar, mas continuou extremamente nervosa. – Não acredito nisso!

– Quem não acredita em nada SOU EU! – eu também estava ficando extremamente furiosa com ela. – VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO, EU FAÇO O QUE EU QUISER. E, QUER SABER? CANSEI DE VOCÊ AGINDO COMO A MINHA MÃE! – agora quem estava gritando era eu. – ME DEIXA EM PAZ!

Dito isso eu saí andando, de novo, com raiva dela. Nem sequer esperei o Cauã, mas eu estava tão nervosa que nem sabia se ele estava me seguindo ou não. No segundo seguinte, desejei que ele realmente não estivesse.

Fui atropelada por um caminhão – ou, pelo menos, pareceu um caminhão –, o carro estava a uma velocidade tão alta que o impacto foi tremendo.

POV Paulo

Pâmela resolveu seguir a ruiva só pra ver até onde ela iria sozinha, mas não foi sua melhor ideia. De longe, eu pude ver a linda ruivinha se encontrando com um rapaz também ruivo, ela estava sorrindo e ele também. Ela parecia tão feliz.

E então ele a puxou para um abraço e depois a beijou. Ele a beijou. Beijou a minha ruiva, minha pequena.

– GIULIA AMÉLIA DUARTE! – eu estava tão chocado e tão decepcionado que nem percebi que Pam estava gritando. – QUER DIZER ENTÃO QUE VOCÊ “VAI PRA CASA SOZINHA”? MAS VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!!

– Pam! Você estava me seguindo? – Giul, no primeiro momento, ficou surpresa, logo depois sua expressão mudou para fúria. – POR QUE você estava me seguindo?

– Não sou eu a errada, a errada é você, que mentiu pros seus melhores amigos só pra se encontrar com esse guri estranho de cabelo ruivo. – ela parou de gritar, mas continuou extremamente nervosa. – Não acredito nisso!

– Quem não acredita em nada SOU EU! – Giulia gritou, estava ficando realmente furiosa com a morena. – VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO, EU FAÇO O QUE EU QUISER. E, QUER SABER? CANSEI DE VOCÊ AGINDO COMO A MINHA MÃE! – gritou (se é que é possível) ainda mais alto. – ME DEIXA EM PAZ!

Ela se virou e nem esperou o garoto pensar em ir atrás dela. Ele ficou parado, tentando entender o que havia acontecido ali (devo admitir que estava do mesmo jeito). Quando ele percebeu que ela estava indo embora, ele viu que era tarde demais pra qualquer coisa: a ruiva ficou com tanta raiva que se distraiu. Quando o “namoradinho” dela se virou, um carro em alta velocidade estava a centímetros dela.

O barulho do impacto foi aterrorizante. Ela voou alguns metros para frente (não sei quantos exatamente por que eu fiquei tão apavorado que não pensei em mais nada. Saí correndo atrás dela. O motorista não prestou socorro, mas Pam foi mais rápida e conseguiu anotar a placa do idiota que atropelara minha ruivinha.

Chegamos nela alguns segundos depois do guri que estava com ela. Pam ligou para a ambulância e eles estavam a caminho. Ninguém encostou nela (ela estava sangrando muito e era provável que se algum de nós tocasse nela pudesse piorar sua situação). A ambulância demorou em torno de vinte minutos.

– Quem vai na ambulância com a garota? – um dos médicos, enfermeiros, não sei, perguntou para nós, depois de colocá-la na maca.

– Eu vou! – Pam levantou a mão e, antes que um de nós pudesse protestar, ela já havia subido e sentado do lado da amiga.

– Para que hospital vocês estão indo? – Cauã, o garoto que a beijara, perguntou para o enfermeiro.

– Para o Hospital Geral mais próximo, garoto.


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Notas finais do capítulo

E aí, amores? O que acharam?
Não se esqueçam de comentar (criticas, elogios, sugestões, perguntas, enfim). Responderei todas e todos que me fizerem perguntas nos comentários, mas já vou avisando que não darei spoilers pra ninguém u.u
Um beijo, amores! Até semana que vem!



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