Diários de Cailtyn escrita por Cielly
-Ela é.... -Vi arregalou os olhos e cerrou os punhos com força. -Eu vou lá.
-Não vai mesmo. -Segurei seu braço com força, por mais que ela fosse mais forte que eu e pudesse se livrar facilmente. -Quer criar um tumulto aqui na frente do restaurante? E se não for quem pensamos ser? -Abaixei meu tom de voz, a soltando.
Vi respirou fundo e se sentou, sentei no outro lado da mesa, de frente para ela e fiquei olhando para a menina pálida até demais do lado de fora da janela. Até que a atendente do estabelecimento chega e fazemos nosso pedido. Durante todo o almoço eu e Vi ficamos observando aquela figura sentada no banco do lado de fora, que se deitou no banco um tempo depois, se levantou, olhou para o banco, cruzou os braços, sentou de novo e parecia falar sozinha.
Acabando de comer, me levantei e fui até o caixa pagar a conta. Vi veio logo atras de mim.
-Então, eu vou pagar tudo aqui e amanhã você pa... -Olhei para traz e Vi tinha sumido. -Vi! -Gritei, quando a vi correndo em direção a saída. Deixei o dinheiro no caixa e corri atras. - Volta aqui!
A menina do banco se levantou rapidamente quando viu Vi passar pela porta de saída.
-Olhe Fishbones... -Aquele sorriso volta ao rosto dela. -Parece que elas não são tão tediosas quanto imaginei. -Sussurrou ela para seu canhão e riu irônica.
-Ora sua..! -Vi corre até ela e tenta acertar um soco com suas mãos de metal, em vão. Aquela figura flácida desviou do ataque com facilidade, rindo enquanto Vi tentava outro soco, e outro, errando todos.
A menina então coloca a mão em um de seus compartimentos em um sinto da coxa e retira uma granada um tanto diferente. A joga no chão e sai correndo. A granada no chão se multiplicou, transformando-se em três. Vi tenta correr atrás dela, mas aquela granada explode, prendendo Vi aonde está com um tipo de prisão de luz.
Fiquei sem reação e imóvel ao ver aquilo. Como uma criatura que parecia tão vulnerável poderia ser tão ágil, capaz de desviar de um ataque de Vi e sair intacta, ainda tendo tempo para jogar algum tipo de armadilha no chão que ajudasse ainda mais sua fuga? Era quase impossível.
-Até mais tarde MÃOZUDA! -Disse ela, rindo enquanto via Vi presa em sua tática bem sucedida. -E você também chapeleira... -Ela olhou para mim, que mal conseguia me mexer, quanto menos associar direito o que acontecia... Aquele sorriso, aqueles olhos... Me lembravam alguém. -Tchauzinho! -E correu entre os carros da avenida, desviando de todos e sumindo entre eles.
Sua risada ecoava em minha cabeça, o que me deixou mais atordoada ainda. A prisão de luz aos pés de Vi desapareceram lentamente e ela olhou para mim.
-O que houve? -Ela ofegava pelo excesso de força que havia posto em seus golpes falhos. -Por que ficou ai parada?
Balancei a cabeça, tentando me recompor e olhei para ela, ainda um tanto confusa, mas um tanto mais lúcida que antes.
-Ela... -Olhei para o lado da avenida aonde aquela menina estranha havia sumido. -Me lembra alguém... -Levei a mão a testa e andei na direção de Vi.
-O que você disse? -Vi não parecia ter ouvido o que eu falei.
-Nada, esquece... -Voltei a olhar para ela. -Mas algo me diz que ela vai aparecer novamente por aqui... -Olhei para traz, as janelas do restaurante cheias de pessoas curiosas que assistiam aquilo, respirei fundo. -Ainda hoje...
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