Diários de Cailtyn escrita por Cielly


Capítulo 5
Capítulo 5 - Apenas uma noite incomum




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Já eram sete horas e meia da noite, eu e Vi estávamos na delegacia. Decidimos não discutir sobre o que aconteceu durante o almoço, já que não era culpa de nenhuma de nos duas que aquela garota conseguiu escapar ilesa. Me levantei da cadeira com um pouco de preguiça e fui até a recepção do lugar, onde Vi se encontrava em sua mesa um tanto quanto desorganizada, com uma papelada amontoada em três ou quatro bolos diferentes, e ela ali checando apenas uma caixa de rosquinhas que comprara mais cedo. Coloquei alguns papeis de lado e me sentei sobre sua mesa, cruzando as pernas e olhando pra ela sem expressão alguma.

Ela levantou o rosto lentamente, olhando para mim de uma maneira um tanto estranha e ao mesmo tempo engraçada.

—Wow. -Vi encarava minhas pernas cruzadas e subia os olhos lentamente até meu rosto. -Que visão... -Ela pisca como se estivesse tonta, eu rio.

—Engraçadinha... -Tentei controlar a risada. -Já se passa das sete, vamos voltar pra casa antes que alguém resolva aparecer aqui. Não estou com muita vontade, realmente, de escutar alguém até tarde hoje.

—Tem razão, nem eu. -Vi fechou a caixa de rosquinhas. -Vamos?

—Vamos. -Me levantei devagar.

Me dirigi até minha sala, trancando a porta e guardando a chave em meu sutiã. Eu e Vi saímos da delegacia e vamos até a garagem da mesma. Coloco meu capacete e subo na minha moto enquanto Vi faz o mesmo, subindo em sua moto.

Íamos voltando normalmente até que uma luz seguida de um barulho de explosão que parecia vir do banco da cidade nos chama atenção. Olho para os olhos de Vi sob o vidro do capacete, vendo que ela também vira o que aconteceu. Nós aceleramos as motos, indo rapidamente até o local da explosão e freando bruscamente de frente para a porta do banco em pedaços. Desço da moto com pressa, tirando o capacete e apoiando no banco da moto, dando uns passos a frente e encarando aquele ser flácido de cabelos esverdeados novamente, mas dessa vez ela estava dentro do banco, segurando seu canhão

—Olá chapeleira. -Ela ri cinicamente enquanto caminha em minha direção. -Já deve ser hora de você saber meu nome, né? -A menina chegava a um passo de mim, olhando fixamente em meus olhos. -Jinx! E o prazer é todinho seu. -Sua risada já me irritava os ouvidos. Fiquei imóvel enquanto ela se aproximava ainda mais, levando sua mão direita até meu rosto lentamente, encostando seu dedo indicador na parte de baixo de meu queixo, empurrando-o e fazendo com que eu levantasse o rosto. -O que foi chapeleira? -Ela olha fixamente meus olhos sob uma distância mínima onde nossos lábios quase se encontravam, o que arrepiou minhas costas. -Não está animada em me ver? - Ela sorri ironicamente, ficando ali parada segurando meu rosto.

—Tire suas mãos dela, sua pirralha branquela! -Vi segura meus braços com força, me puxando para traz e me afastando de Jinx.

—Ora, Fishbones! Olhe só quem mais veio para a festa! -Ela pega seu canhão, apoiando-o novamente no ombro direito, dando dois passos atras. -Parece que a mãozuda vai querer se divertir com a gente hoje. -Como ela conseguia ser tão inconveniente? O modo como ela usava as palavras me deixava consideravelmente irritada.

Vi olhava para mim, que saia lentamente do estado de choque e me recompunha mais rápido do que eu mesma imaginei. Ela solta meus braços e eu pego a pistola no acolchoado do cinto em minha coxa

—Vamos dar logo um jeito nisso, não aguento mais ouvir essa risada irritante zumbindo em meu ouvido. -Apontei a arma para Jinx, que me olhava ainda com o mesmo sorriso sádico no rosto. Era como se ela gostasse daquilo.


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