Diários de Cailtyn escrita por Cielly
Já na delegacia, eu arrumava a papelada sobre a escrivaninha, separando os casos por ordem de "importância". O que não deu muito certo, já que todos falavam sobre pichações na cidade, residências destruídas, falta de luz na cidade... Mas, o que ligava tudo isso? Coloquei as mãos na testa e respirei fundo enquanto fechava os olhos.
–O que diabos você quer na minha cidade? -Soltei o ar e bati com as duas mãos na mesa, me levantando. Olhei para a minha mesa um tanto desarrumada, a papelada toda em uma pilha só, a luminária apagada, o computador desligado e aquela plaquinha dourada de frente para a porta. Aquela que dizia: "Xerife Caitlyn". O cargo que herdei de meu pai, mas que me dediquei muito e me orgulho de ter... É, quando a cidade precisa de alguém, eles decorrem a mim. Caitlyn. A xerife de Piltover.
Suspirei. Fui até a entrada da delegacia e fiquei um tempo olhando a rua calma pela janela semi-aberta. O sol ainda não havia chego até o "centro" do céu, mas a manhã passara muito rápido. E eu estava com fome. Voltei a minha sala, abri o frigobar e me agachei em frente a ele, fitando aquela mini-geladeira branca com nada mais de uma garrafa d'água deitada dentro.
–Me esqueci de trazer algo pra comer... -Falei sozinha enquanto pegava a garrafa, me levantava e fechava o frigobar. Abri a garrafa fitando o nada e bebi um gole daquilo que parecia ser o único alimento até o almoço.
Quando do nada um estrondo que me fez derramar a água em meu uniforme.
–Droga! -Gritei irritada. Além do meu grito, podia-se ouvir os latidos dos cachorros e alguns gritos vindo da rua. Coloquei a garrafa sobre o frigobar rapidamente e corri até a entrada. Já com a mão na maçaneta da porta de entrada, respirei fundo.
–Calma... Mantenha a calma. -Disse girando a maçaneta enquanto soltava o ar. A ansiedade me fez olhar pela fresta da porta enquanto a abria. Em minha visão, uma menina muito pálida de olhos escarlates que se viam claramente de longe, com um sorriso psicótico no rosto e uma risada que deixaria qualquer pessoa um tanto quanto assustada.
–Ei!! -Gritei na esperança de que ela me ouvisse.
A mesma olhou para mim, riu e simplesmente correu até um beco. Corri atras, mas já era tarde. Ela tinha desaparecido, de novo. Deixando para traz apenas a estátua completamente destruída do fundador da cidade, e nas ruínas um recado escrito em tinta-spray rosa. Nele dizia " Vocês não podem me parar. HÁ-HÁ"
Um barulho de motor vinha da rua logo atras de mim. Me virei e vi Vi em sua moto, que freia bruscamente, fazendo com que o auto-móvel derrape de lado. Deixando marcas de pneu no chão e parando na minha frente.
–O que diabos aconteceu aqui?! -Disse ela, tirando o capacete e arrumando a franja cor-de-rosa.
–Quer chutar o que aconteceu? -Falei, lembrando da minha roupa molhada e pegando o lenço em meu bolso. -O mesmo de sempre, aquela menina que anda aterrorizando a cidade. -Suspirei e esfreguei o lenço em meu busto molhado.
–Essa pirralha... - Ela cerra os punhos de suas luvas de metal, fazendo-nas ranger e estalar. -Já estou de saco cheio dessa menina. -Vi socou a palma de sua luva de metal. -Temos que dar um jeito nisso.
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