Confined In Me Was Your Heart escrita por abishop


Capítulo 12
Capítulo 12




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Lily tinha a cabeça apoiada no colo de Spencer, que estava encostado na parede, Alec estava com a cabeça na barriga dela, com Joshua apoiado em sua perna. Ela cantava Smile, que tocava em seu Ipod, divido com Alec. Spencer e Joshua falavam besteira e davam risadas.

– Quando o seu irmão chega? - Alec.

– Meu loiro gostoso? - Lily falou animada. - Sei lá. Acho que chega ainda essa semana. Ele quer me fazer surpresa, para variar.

– Se eu falar que não me lembro dele, você acredita? Eu apenas lembro que ele é bonito.

– Claro, meu irmão!

– Meio-irmão.

– É como se fosse irmão.

– Eu ficaria com ele… Pelo menos eu acho isso.

– Com quem? - Joshua levantou rapidamente, olha de forma ciumenta.

– O meio-irmão da Lily… - Spencer. - Não?

– O que tenho eu?

Lily levantou com tudo, assustando Alec. Ela agarrou para garoto loiro, que a tirou do chão, fazendo que ela balançasse os pés em seu all star rosa claro.

– Princesa Lily!

– Tay!

– Meu Deus, onde está minha princesa de 14 anos?

–E la cresceu. Tem 18 anos agora, mas ainda é uma princesa, Julian Taylor Miller!

– Okay.- Ele riu.

Os garotos haviam se levantado e olhavam os dois.Alec parecia meio receoso, Joshua surpreso. Lily se afastou de Julian. Ele olhou os demais garotos.

– Hey. - O olhar dele caiu sobre Joshua. - Joshua?

– Oi Julian... - Joshua passou a mão pelos cabelos, de maneira desconcertada.

– Como você... O conhece, Scarlett? - Ele não a olhou, apenas olhava Joshua.

– Ele é o namorado do Alec! - Lily falou seca.

– Ah… - Olhou Alec. - Oi, Alec, quanto tempo! - Sorriu de leve, de forma meio forçada. - Spencer.

– Oi, Julian. - Spencer, que parecia o único que não entendia nada.

– Você deve estar cansado, vou te levar até o seu quarto. - Lily segurou o braço de Julian.

– Lily... - Ele foi tentar protestar.

Lily apenas o olhou e ele se calou, deixando que ela o guiasse. Spencer olhou para Alec e Joshua esperando uma explicação.

– Alec…? - Spencer.

– O Julian é o ex do Joshua. - Alec olhou o amigo.

– Alec… - Joshua o olhou.

– Você ainda gosta dele.

– Não, Alec! - O abraçou. - Eu estou com você agora.

– E daí?

Joshua olhou com desespero para Spencer, procurando ajuda ou apoio. Spencer aproximou-se, ficou atrás de Joshua para que pudesse ver o rosto do amigo.

– Alec, calma. Não tire conclusões precipitadas…

– Eu não vou te deixar, certo? - Joshua. - Eu gosto de você, Alec Tigrão.

Alec riu de leve. Lily voltou.

– Joshua quero falar com você.

Joshua a olhou, soltou Alec e a seguiu para a sala.

– Oi…

– Joshua, eu vou ser bem direta. Eu não quero saber do Alec machucado no meio disso tudo.

– Lily…

– Se você não gosta dele suficientemente, não o iluda!

– Eu gosto dele, não quero machucá-lo.

– Espero que sim.

Alec e Spencer entraram.

– Josh, estou indo embora. - Alec.

– Eu vou com você. - Joshua o olhou. - Até mais, Lily e Spencer.

Eles se despediram.

– Ficou preocupada? - Spencer.

– Você sabe que sim...

– E se for melhor...?

– Se for, quero que o Joshua acabe logo com isso. Porque o Alec não merece sofrer.

Spencer a abraçou e a beijou no rosto.

– Deixe que eles se resolvam...


– Desculpe se eu fui impulsivo na casa da Lily... Okay, ciumento! - Alec falou enquanto eles entravam no apartamento. - Eu deveria compreender que após todo esse tempo... Eu nem sei direito o que aconteceu entre vocês. É um direito seu...

– Alec... - Joshua tentou lhe chamar atenção.

– Eu vou tomar banho e descansar... Depois a gente conversa.

Todas as palavras foram proferidas sem que Alec olhasse para Joshua. Havia sido assim o caminho todo, não havia trocado uma palavra ou olhar. Joshua sentia-se incomodado com aquilo, mas não podia fazer nada. Tentava sempre controlar seu lado impulsivo quando se tratava de Alec, só que isso se tornaria uma tarefa complicada se o outro não cooperasse.

Também não poderia culpá-lo, de fato. Tinha mesmo se surpreendido quando vira Julian. Ele ainda era lindo de qualquer forma, e gostaria de conversar com ele. Não estava falando em ter qualquer tipo de relação, apenas falar com ele.

Lembrou-se que achara os olhos de Lily muito parecidos com os dele. Ali estava o motivo, eram meio-irmãos. Agora se lembrava também da época que estudava com Julian e ele falava com total orgulho da sua “princesa” Scarlett. Claro que não ligaria os fatos, a garota mudara tanto comparada com as fotos que o garoto lhe mostrava.

Tudo aquilo o estava confundindo. E ele não queria aquilo.

– O que eu faço agora...? - Sussurrou. Entretanto, não havia ninguém ali para lhe responder.


Joshua estava sentado numa mesa “excluída”, num café. Era totalmente diferente do que seu pai mantinha. Ele diria que era até mais aconchegante. Ele bebia um pouco de café, enquanto olhava a rua.

– Posso me sentar aqui? - A voz já era conhecida.

Joshua olhou. Era quem ele achava que fosse. Julian. Ele tinha um sorriso encantador. Joshua apenas confirmou com a cabeça. Analisou um pouco o rapaz que estava a sua frente, ele faria 22 anos em breve, pelo que podia lembrar.

– Como você está? - Julian.

– Bem... E você?

– Também. E o Alec?

– Ficou dormindo, estava cansado...

Julian apenas murmurou alguma coisa, para que o outro soubesse que ele ouvira. Ficaram silêncio.

– A vida é estranha... Tantos lugares para a gente se encontrar, com tantos motivos... E nós nos encontramos aqui. Porque você é o namorado do melhor amigo da Scarlett... - Julian.

– É...

– Claro que você nem fazia idéia que a Lily seria a minha meia-irmã, de quem eu tanto falava.

Silêncio mais uma vez.Era algo meio constrangedor.Joshua não sabia o que falar afinal.

– Foi para onde... Depois de tudo? - Joshua.

– Montreal. Não foi tão ruim lá... Eu gostaria de ter falado com você.

– Meu pai deu jeito em tudo afinal... Até numero de telefone trocou.

– É, eu percebi... Você fez o que, desde então?

– Nada demais...

– Conhece o Alec há quanto tempo?

– O conheci em Fevereiro. Quase sete meses...

– E os seus pais?

– Minha mãe acabou aceitando, mas meu pai não. Então viemos para cá...

– E conheceram a Lily. - Sorriu.

– É. - Sorriu de volta. - Já fomos até em show com ela.

– Fall Out Bad?

– É... Faz duas semanas, mais ou menos.

– Ela simplesmente ama.

– Eu percebi. Parecia uma criança.

– Ela sabe bem como ser uma. Mas também sabe ser bem séria quando quer. Levei uma bela bronca dela, ontem. Não é minha intenção atrapalhar você e o Alec, Joshua. De forma alguma, você sabe...

– Sim, eu sei... Mas parece que tanto a Lily, quanto o Alec, pensam ao contrário.

– Ela sempre se importou demais com ele. Demorei a perceber isso. Quando ela fala que ele é como um irmão, eu consigo vê-lo muito mais como irmão dela do que eu. Depois que a mãe dela morreu, acho que foi a pessoa que mais conseguiu apoiá-la.

– A mãe dela morreu do que?

– Câncer no pulmão. Ela fumava...

– É por isso que a Lily odeia tanto que fumem?

– Sim. Depois da mãe dela, morreu um tio e um primo pelo mesmo motivo, e no ultimo ano foi à irmã dela, Gabrielle.

– Ela tinha irmã?

– Sim... Uns oito anos mais velha. Eu nunca gostei muito da Gaby, e ela estava a um bom tempo na Europa já. Por isso a Lily não se abateu tanto, não como quando a mãe dela morreu...

Silêncio. De novo. Joshua moveu-se de forma desconfortável na cadeira. Julian o olhou e deu um sorriso doce.

– Você mudou bastante...

– Mudei? - Joshua o olhou surpreso.

– Você amadureceu de uma forma interessante, eu acho... Talvez se a gente tivesse enfrentado tudo que enfrentamos há quatro anos agora, tudo seria diferente. Porém as coisas aconteceram como tinha que acontecer.

– É... Acho que sim.

Julian olhou o relógio em seu punho, depois voltou a olhar Joshua, que voltara a observar a rua de forma distraída.

– Seu namorado deve estar o esperando... - Julian disse se levantando. - Foi bom falar com você, Joshua. Apesar de já não termos tanto em comum quanto antes. Vou dizer para Lily parar de se incomodar. Até mais...

– Até... - Joshua apenas o viu sair, antes de se levantar, pagar a conta e seguir para o apartamento.


– Dorminhoco... - Joshua sussurrou no ouvido de Alec, depois deu um leve beijou em seu pescoço.

Alec meio que ronronou antes de se virar para ver Joshua:

– Oi... Onde você estava?

– Fui andar um pouco. Está tudo bem?

– Minha garganta está doendo um pouco. Acho que é gripe... - Sussurrou. - Eu já tentei me levantar algumas vezes, mas me dá preguiça e eu volto para cá. – Sorriu de leve.

– Vou pedir que a Meg faça um chá para você... - Passou a mão pelo rosto dele. - Pelo menos parece que você não tem febre.

– Joshua, calma... - Sorriu de novo. - Eu só estou um pouco mole, não estou morrendo ou qualquer coisa do gênero.

– Desculpa... - Levantou-se. - Já volto.

– Eu não vou fugir, prometo. - Disse afundando a cabeça no travesseiro de novo.

Joshua deu uma ultima olhada e saiu do quarto, sorrindo. Ele estava em dúvida no que mesmo?J ulian ou Alec? É, era isso. Mas para que pensar? Entrou na cozinha, lá estava Meg.

– Joshua, tudo bem?

– Sim, Meg e com você?

– Estou bem. Saiu cedo essa manhã...

– Queria andar um pouco... Deixei o Alec dormindo.

– Foi até bom, ele parece estar ficando gripado... Estou fazendo um chá para ele.

– Eu ia lhe pedir isso mesmo. - Sorriu de leve.

– Não se preocupe. Alec costuma ficar gripado com facilidade, mas nunca é nada demais.

– Eu sou meio exagerado quando se trata dessas coisas... - Ficou sem jeito.

– Você gosta dele, normal que se preocupe. Quando ele tinha uns 12/13 anos, ele e a Lily viviam gripados, um ficava gripado o outro também ficava. Conviviam demais...

Joshua apenas assentiu com a cabeça, sem ter o que falar.

– Aqui está. - Meg lhe entregou uma xícara. - Qualquer coisa me chame, certo?

–Sim, obrigado. - Voltou para o quarto.

Alec estava sentado na cama, de forma mole, olhando a TV:

– Pernalonga. - Sorriu, indicando a TV.-Faz tanto tempo que não vejo isso!

Joshua sorriu para ele, aproximando-se da cama.

– Cuidado, está quente! - Entregou-lhe a xícara.

–Joshua... Eu sei. - Pegando a xícara.

– Okay...-Sentou-se do lado dele.

– Então, onde você foi? - Olhava a TV, enquanto esfriava o chá.

– Andar um pouco. Parei num café... O Julian apareceu...

– Quem? - Alec virou de forma rápida para ele, o olhando surpreso.

– É, o Julian, Alec!

Alec olhou para o chá, e o bebeu um pouco. Estava sem açúcar.

– Estou gripado, não com dor de estomago!-Levantou-se.

– Aonde você vai? - Joshua o olhou.

– Pegar açúcar! Está sem doce algum.

– Eu vou para você...

– Não! - O olhou. - Pode deixar... - Saindo.

Joshua encostou a cabeça na cabeceira da cama:

– Parabéns, Joshua!Super inteligente você! - Falou baixinho. - Agora se explica para ele, vai.

Pouco depois Alec voltou.

– Alec...

– Não precisa se explicar. Você é meu namorado, mas isso não significa que você deva explicar tudo que faz para mim.

– Não é questão de explicar, Alec. Não me irrita, okay?

Alec o olhou surpreso:

– Você já está irritado.

– Desculpa... Mas... A gente conversou. E eu pude perceber que tudo já passou, eu não sinto mais nada por ele. Ele mesmo disse: “A gente já não tem mais nada em comum”. Eu acho que é verdade.

– Você está querendo dizer que…?

– Que estou muito bem com você, obrigado! - Sorriu.

A cara de Alec era totalmente de descrença. Joshua riu de leve e o beijou.

– Eu também fiquei assustado, Alec. Mas tudo só me fez perceber que eu gosto realmente de você.

Alec largou a xícara sobre o criado-mudo ao lado da cama e abraçou Joshua.

– Você está falando sério?

–Claro que sim. Você realmente acha que eu teria coragem de ferir seus sentimentos? Não, eu já fui até ameaçado de morte, caso o fizesse. Mas a ameaça foi desnecessária.

– Isso tem cara de Scarlett.

Joshua concordou:

– Agora você pode ficar sossegado... Eu não vou te deixar por Julian, nem por nenhuma outra pessoa.

Alec sorriu.


– Grace, por Deus, fale onde nosso filho está... - Boyd pedia.

Estava tentando obter aquela informação desde o dia que Grace fora na casa de Lisa, para conversarem. Mas estava sendo quase impossível conseguir isso. Pelo menos até agora.

– Não faço idéia de onde ele esteja... - Grace falou calmamente, já era algo meio automático. Pronto para sair de seus lábios a qualquer momento que fosse questionada, por quem quer que fosse. Não precisava ser Boyd. Claro que para suas amigas variava para: “uma viagem pela Europa”.

– Eu sei que você sabe. Aquela mulher falou para você.

– Ótimo, se você sabe disso, deveria saber que se não falei ainda é porque não vou falar, mesmo que v continue insistindo.

– Grace, é para o bem do nosso filho...

– Bem? Ele está bem lá, com o Alec. Você consegue entender isso? Que não precisa ser uma garota para fazer o Joshua feliz? O que adianta separá-lo de Alec e trazê-lo de volta? Só ia causar a infelicidade dele. Boyd, largue de ser tão preconceituoso e pense na felicidade do nosso filho. Deixe-o fazer aquilo que ele acha certo.Se você não que apoiar, não apóie, mas ao menos o deixo em paz. Pare de tentar fazê-lo infeliz. Veja quantos problemas esse seu jeito tem causado. Ele foi embora, e nós não paramos de brigar. Acha isso certo?

Boyd a olhava, meio perplexo. Grace caminhou até a escada, rumando para seu quarto. Ele sentou-se na poltrona de seu escritório, pensativo.Apoiou a cabeça na mesa.O que podia fazer agora?Lembrou-se de um velho amigo, Manfred. Pegou o telefone. Discando o número do amigo.

– Manfred, é o Boyd.

– Boyd, quanto tempo. -A voz de Manfred soou de forma animada, do outro lado da linha.

– Sim, bastante. Como estão as coisas?

– Estão indo bem. Julia resolveu passar um tempo na Flórida com a minha irmã Anne. Acho que está colocando um pouco de juízo na cabeça. O que a Kelly não me deu de trabalho a Julia me deu, você sabe.

– Sim, sim.

– E as coisas ai? Como estão?

– Grace e eu estamos tendo alguns problemas com Joshua, aquelas velha história é até vergonhoso lhe falar isso...

– Vergonhoso? Oras, Boyd, essas coisas acontecem nas melhores famílias. Se ele está bem assim, então não vejo mal nisso.

– Você tem razão... - Concordou. - Mas, a real intenção do meu telefonema, é para pedir um favor... Posso?

– Claro, se estiver meu alcance você sabe que eu faço.

– Gostaria que você descobrisse se o meu número de telefone tem feito ou tem recebido telefonemas de outras cidades ou estados do país. Depois eu te explico.

– Certo, vou ver agora mesmo. Já te retorno Boyd.

– Obrigado.

O telefone foi desligado. Boyd começou a esperar ansiosamente pelo telefonema do amigo. Sabia que era o único jeito que tinha para descobrir agora.




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