Naty

-Podemos ir para as montanhas, Naty! -Maxi me mostrava o mapa da Turquia entusiasmado.

-Ah, qualquer lugar para mim está bom! Tudo é lindo e diferente aqui! -dei uma girada sorrindo.

-Você é diferente, Naty. -Maxi estava um pouco estranho.

-Diferente como?

-Não sei. Só diferente. Não é como as outras garotas, que se preocupam com o que pensam delas e deixam de fazer o que querem ou serem quem sao. Você é simplesmente você.

-E...

-Amo seu jeito! -Maxi me deu um beijo na bochecha. -agora vamos! -saímos correndo pelas movimentadas ruas da Turquia.

Eu já estava a 1 semana com Maxi. Nos conhecemos melhor e nos damos super bem! Maxi é um garoto incrível! Inteligente, educado, lindo e me faz rir. 

-Nossa! Aqui é lindo! -falei. Estávamos no topo de uma montanha. Maxi sorriu ao olhar a paisagem.

-Sim! É muito bonito!

-Qué incrível! É demais!

-Vamos descer? -desemos a montanha e nos vimos em um imenso prado. Cheio de girassóis! Rodopiei e deitei na grama. Maxi sorriu, tirou o casaco e deitou ao meu lado.

-Obrigada por me trazer aqui, Maxi!

-De nada, Naty! -nos demos as mãos. 

Depois de uma tarde toda nas montanhas, voltamos para casa. Os familiares de Maxi iriam jantar hoje aqui. Estava me arrumando quando bateram na porta.

-Entra! -gritei. Angie entrou e se sentou na beirada da minha cama.

-Naty, queria te agradecer.

-Pelo que?

-Por estar aqui! Você trouxe de volta a alegria e as risadas dessa casa. Maxi era muito fechado e agora está sempre sorrindo e você faz muito bem a ele. -ela sorriu e uma lágrima escorreu de seus olhos.

-Bom, não tive escolhas em vir para cá, mas fico feliz de ter vindo. Mesmo sendo drogada e tals. Obrigada! -nos abraçamos. 

-Agora, vamos descer! O pessoal já chegou!

-Ok! -disse. Eu e Angie descemos. Maxi me viu e sorriu feliz, sorri de volta. 

O jantar correu perfeitamente, Maxi falou bastante com os primos e tios. Eles eram simpáticos e me trataram super bem! Angie e Germán também estavam a vontade. Fiquei um pouco triste, pois senti saudades da minha familia. Meu pai, minha mãe e meus amigos. Sem contar o Diego, meu namorado. Maxi fez alguns sinais estranhos. Saquei que era o codigo que criamos para falarmos coisas sem o Germán saber. Fiquei tentando decifrar e entendi: cozinha.

-Mãe, vou para a cozinha e já volto! -ele disse se levantando. 

-Angeles, vou falar com Vilu. -levantei também e fui para a cozinha. Maxi estava em cima da mesa de café da manha.

-Qué houve, Naty? 

-Como assim?

-Você não está com aquele brilho nos olhos de hoje mais cedo. Você não está feliz.

-Claro que estou! Só me lembrei da minha familia.

-Aham.

-Tenho saudades deles. Mas é normal, Maxi! Não se preocupa, tá?

-Ok, agora volta a sorrir. -abri um soriso. -Agora sim! Vem, vamos voltar! -ele me estendeu a mão. Dei a minha para ele e voltamos para a sala de jantar.