Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4 O princípio das dores


Notas iniciais do capítulo

Bom meninas eu estou aqui novamente, feliz por postar mais esse capítulo para vocês! Espero que gostem, a partir daqui é um pouco intenso, vocês entenderão o Edward, sofreram com a Bella, mas o que posso garantir que no capítulo 8 e espero ainda ter leitoras até lá as coisas mudam. Uma linda e atenciosa já está fazendo o trailler da segunda fase... não é temporada, é segunda fase e para quem não viu o trailler ainda da primeira fase vou colocar no final o link.



Comentem se puderem meninas lindas!



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Eles não disseram nada enquanto a cafeteira trabalhava. O homem olhava minha sala como se estivesse tentando ver algo mais nela, uma arma por exemplo, não sei exatamente o que. Tentei pensar nos policiais que falaram comigo ou no investigador. Não. Ele não era nada disso. O seu terno me dizia que era alguém com muito dinheiro e se isso tivesse passado desapercebido, o relógio antigo que usava teria me dito que ele tinha posses. Respirei fundo e coloquei tudo em xícaras adequadas. Quando cheguei na sala para servir ele somente apontou para a pequena mesa baixa que tinha na frente e meu pai me olhou com ainda mais desconfiança. Não servi o café, ninguém tomou o maldito café.

- O senhor não foi muito claro quando nos encontramos. – meu pai começou depois de alguns segundo no silêncio.

- Serei. – ele me olhou – Você matou minha esposa e meu filho.

O choque me fez congelar. As lágrimas estavam lá, ele era o marido. O pai. A vida que sobrou daquela família e então percebi como ele estava vestido. Preto. Luto. Meu Deus o horror me fez chorar alto. Tapar o rosto de vergonha e querer sair de vergonha. Por mais que eu não lembrasse de nada, o carro era meu com certeza, a imprudência foi minha também e a culpa me invadiu. Uma culpa quase arrebatadora!

- Eu... desculpa... eu sinto muito...

Entre os soluços altos e as lágrimas o homem me olhava com desprezo, um pouco maior do que meu pai nos últimos dias. Eu achava que por seu pai aquilo abrandou em seu coração, só que ele não era nada meu. Ele sabia o que os relatórios diziam e eu era culpada. Alguém pelo menos era.

- Não. – ele disse firme. – Você não sente. Mas sentirá.

Olhei para meu pai tentando entender, mas ele desviou o olhar. Me senti indefesa e sozinha, o que ele queria dizer com aquilo? Eu sentiria?

- O que o senhor quer dizer?

- Eu ouvi Mike Newton contar a sua amiga Jéssica que você estava dirigindo e que todos iriam mentir porque você. – o desprezo aumentou – Você tinha um brilhante futuro pela frente. A melhor aluna não?

Eu nunca tinha ouvido isso de mais ninguém além de meu pai. Como ele sabia? Quando ele ouviu aquilo? Um pânico tomou meu corpo e eu me vi correndo para longe daquele homem e meu pai como se daquilo dependesse minha vida. Ele não parecia abalado com nada, nenhuma lágrima minha ou desespero. De repente eu me perguntei se ele era assim antes ou a perde de sua família o tornou nesse homem frio?

- Kate tinha um lindo futuro com nosso filho. Ela estava radiante com a chegada do nosso filho. – as palavras de faziam chorar mais e mais. Eram socos em mim. – Então eu fiquei pensando o que a torna melhor que ela? O que faz com que seu futuro seja mais importante do que o dela?

- Senhor... eu... nós não...

- Não planejaram? Não quiseram? Se arrepende? Claro.

Eu estava morrendo de medo dele. Suas expressões eram gélidas demais para um ser humano.

- Por isso vim aqui, seu pai já assinou o que precisava.

Olhei para meu pai pedindo uma ajuda que não viria. Ele desviou mais uma vez o olhar e então se levantou.

- Ela ainda precisa cumprir a condicional senhor Cullen.

- O que... como...

- Meus advogados cuidarão disso, nada que uma cesta básica e boa doação ao centro de reabilitação infanto-juvenil no Estado não resolva. Vamos?

- Como... pai...

- Bella o Edward agora é seu guardião. – ele fez uma pausa como se pensasse melhor nas palavras e olhei para Edward que o repreendia com apenas um olhar. Meu pai, o homem mais valente que já vi, tossiu. – Na verdade, nós casamos vocês.

Eu não estava ouvindo aquilo. Casamos? Com que permissão? Eu não assinei nada em momento algum. Lembrando bem meu pai disse que tinha algumas pendências e eu assinei pensando ser da condicional ou algo relacionado ao processo já que ele fez questão que eu fosse poupada ao máximo.

- Isso não é legal...

- Claro que sim, acha que daria chance de escapar?

- Senhor... eu...

- Edward, me chame pelo nome. O nome que estará em sua mente para sempre.

- Eu não posso...

- Por que tem uma faculdade de medicina não?

Não era bem isso que eu tinha em mente, mas havia minha faculdade.

- Não se preocupe, eu já tranquei.

- NÃO!

Ele sorriu.

- Viu? Estamos nos entendemos.

- Não pode fazer isso! Não pode chegar aqui e fazer tudo isso!

Ele se levantou.

- Já fiz. Farei muito mais e se não quiser sair com a roupa do corpo eu recomendo que você suba e faça uma pequena mala. Não pode levar muita coisa já aviso.

- Bella obedeça o senhor Cullen.

- Você vai me entregar assim para ele? Vai me deixar sair dessa casa com um homem que claramente me odeia. Me despreza e que pode me bater ou fazer o que quiser.

- Ele é seu marido agora, se fizer alguma coisa, ele responderá pelos seus atos de acordo com a lei.

Edward sorriu vitorioso.

- Não entendo... como vou... o que vai acontecer?

- Simples, vamos para minha casa.

- Só isso?

Ele tinha um olhar perverso para mim.

- Sim.

- Pai...

- Isabella eu não quero mais você aqui.

Aquilo foi pior que um tapa.

- Pai.. eu...

- Não posso viver sabendo que matou uma mulher.

- Você me entregou porque...

- Isabella entenda uma coisa. Edward pode colocar você na cadeia e lá você não duraria nem um minuto. Ele tem provas que você estava dirigindo, Jéssica está disposta a mudar o testemunho dela e nada do que seus amigos disserem vai te inocentar, o carro era seu. – meu pai parecia cansado e abatido demais. Eu chorava, mas sem tirar os olhos dele um momento. Eu queria entender o que estava acontecendo, minha mente não processava nada daquilo.

- E ele.. acha que ele...

- Ele vai ser um marido.

Tinha por trás da fala do meu pai algo mais que eu não conseguia entender. Uma história ou conversa não revelada.

- Não pode ficar aqui. Sua casa não é mais essa e Edward é ocupado demais para ficar aqui mais algumas horas. Eu separei uma mala.

- O senhor está me expulsando? Por... eu nunca te fiz nada! Pai não faz isso comigo! Por favor... eu te imploro!

Ele se comoveu. Eu conhecia meu pai. Ele não aguentava me ver naquele estado.

- Tenha um bom dia senhor Swan.

Edward me pegou com força e me arrastou. Eu me debatia e gritava, mas ele era mais forte e em nenhum momento meu pai me socorreu. Aquilo me deixou tão abalada, meu pai. Ele era meu pai e quando Edward começou a dirigir para longe da casa em que cresci eu fiquei mais desolada, chorando e gritando alto. Edward não se comoveu ou olhou para mim, a estrada era seu ponto e ele só olhava e dirigia. O carro se movia rápido e quando pensei em me jogar daquele carro em movimento eu percebi que ele havia travado as portas, eu estava nas mãos daquele homem louco e que tinha em mim o que ele achava que seria a cura para sua dor.

Eu perdi minha mãe, eu poderia culpar ela o resto da vida por me abandonar, mas nada faria ela voltar e me abraçar como sempre quis. Tudo que ele teria planejado para mim não traria sua esposa de volta e eu tinha certeza que mais cedo ou mais tarde Edward descobriria isso de alguma forma. Entre um soluço e outro eu rezei para ele perceber isso rápido e me deixar sair.


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Notas finais do capítulo

Me dima meninas o que vocês estão achando...



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