Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 5
Enlouquecedor


Notas iniciais do capítulo

Meus amores depois de um tempo simplesmente em abstinência estamos aqui novamente. Os capítulos que vão se seguir são um pouco triste principalmente porque essa é a união de duas pessoas movidas por dois sentimentos pesados e intensos. A fiction é intensa e pesada de certa forma meus amores, então peguem seus lenços, aguentem firme porque o pior vai passar. Eu acredito.
Outra coisa que eu vou avisar, já estou no capítulo 14 da fiction então não vejo necessidade de segurar capítulos, não gosto disso, por esse motivo, domingo temos mais e assim vocês conseguem passar logo por esse momento complicado. A história não foi dividade em temporada como algumas aqui, mas internamente eu dividi as coisas em primeira e segunda fase. Primeira fase vai até o capítulo 8 e depois disso as coisas mudam radicalmente, então para aqueles que me perguntam: a Bella e o Edward vão sofrer para sempre? A resposta é NÃO e as coisas vão conseguir se acertar de alguma forma. Outra pergunta comum: Eles vão ficar juntos agora? A resposta é: Nesse exato momento eles não tem condições de desenvolver nada e vai demorar um pouco para isso, mas quando acontecer será intenso. Como o sofrimento deles.

Fico por aqui, espero que gostem, se gostarem comentem. OBRIGADA PELAS RECOMENDAÇÕES. Leitoras a confiança de vocês é sempre fundamental e escrever para vocês é um privilégio imensurável. Beijos e BOM FERIADO!



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– Acorde.

A voz de Edward me fez abri os olhos. Eu estava ainda em seu carro. Quanto tempo se passou? Eu nem poderia imaginar.

– Vamos, não tenho o dia todo.

Ele saiu do carro e eu saí em seguida ainda sonolenta. Eu havia em alguma hora simplesmente adormecendo, o cansaço emocional me venceu no final. Ele estava parado em frente uma linda casa. Ela era grande e eu não sabia exatamente onde estávamos.

– Onde estou?

– Seattle. Na área residencial.

Olhei ao redor e percebi as outras casas. Uma mulher varria as flores em seu quintal, um homem passeava com o cachorro e tudo parecia estar em ordem. Uma senhora morena saiu da casa, ela sorria e quando me viu ela desviou o olhar para Edward.

– Avise Sam que temos malas no carro. Isabella trouxe algumas coisas, nada demais.

– Sim senhor Cullen.

Ela simplesmente me ignorou e ele pegou em meus braços sem nenhuma delicadeza e me levou para dentro. A casa era bonita e limpa, havia um estilo do sul nela e eu poderia observar a grande influência nos móveis rústicos e na mobília um pouco mais pesada. Tinha mais dois empregados se movimentando e Edward falou com eles simpático. Ainda não tinha visto ele assim. E fiquei ali, sozinha, olhando os móveis e reconhecendo uma sala de jantar a esquerda, uma sala grande a direita e um corredor do lado da escada que deveria levar para uma parte mais reservada.

– Venha.

Ele se dirigiu as escadas e eu estava aliviada de ter que ir para o quarto, por sorte ele me trancaria no quarto e eu nunca mais precisaria sair. Por sorte também ele seria uma pessoa ocupada e eu quase não o veria. Muito literário isso, ele parou no meio do corredor. Havia uma porta branca na nossa frente.

– Meu quarto fica em frente. – disse de maneira quase maligna. – Não quero dormir perto de você. Eu te desprezo Isabella e só de pensar em ter você do lado me dá náusea, por isso vai dormir aqui.

O quarto era só meu, o alívio tomou conta de mim.

– Não saia dele sem permissão ou ser chamada, só circule pela casa quando eu permitir e nunca se dirija aos meus funcionários. Eles te odeiam. – lágrimas queriam cair. – Eles amavam Kate, ela era a verdadeira senhora Cullen, a única que poderia mandar e desmandar.

Isso era doentio demais e engoli meu desespero. Ele sorria e então abriu a porta. O que eu deporia dizer quando vi o que tinha dentro? Era um quarto de bebê, um lindo quarto de bebê e fiquei horrorizado ao perceber que ali estavam ainda as lembranças do filho que nunca chegou a nascer. Tapei a boca sufocando o grito que queria sair de mim.

– Não posso... você é louco...

– Não. – disse firme – Não ouse me chamar de louco Isabella. Esse é seu quarto! Vai ficar aqui e ver como seria. – Os olhos dele percorreram o quarto e eu via dor nas expressões dele. – Anthony. – Ele apontou para uma foto de uma ultra que estava em cima de uma cômoda e eu chorei. Eu não poderia ter feito isso não? Chorei olhando o quarto emocionada e decepcionada, e ele saiu. Eu ouvi a porta ser trancada e fiquei ali parada vendo o berço, uma manta em cima do trocador, as fotos de Kate grávida na parede e os brinquedos e armários. Era tudo um filme de terror, um silêncio que não deveria existir. Sentei no chão sofrendo pelo bebê e por mim, como eu deveria dormir num quarto desse? Como eu poderia dormir?

Em algum momento alguém me trouxe as malas e voltou a trancar a porta. Como eles poderiam concordar com aquilo eu não sabia, o tapete era confortável e deitei nele sem preocupação. Eu agora não tinha nada, meu pai me entregou a Edward, esse me odiava e eu não tinha mais amigos para me apoiar. Olhei a mala e então sentei para ver o que tinha dentro, só algumas roupas, não havia fotos, cadernos, meus diários e nada que pudesse me remeter ao passado que tive. Eu queria ler a carta que Mike me enviou no meu primeiro ano, a declaração de Taylor em forma de trabalho escolar, os bilhetes de Jéssica que eu guardava e as fotos minhas e de Tanya. Nada. Eu não tinha nada além de algumas roupas que não davam para sair.

A porta se abriu e Edward apareceu, não olhei para ele, estava ainda pensando sobre as lembranças que não tinha.

– O jantar está servido, ninguém vai trazer nada para você. Recomendo que desça em dez minutos, se não vai ficar com fome.

Ele foi embora e eu estava tonta de fome, quando foi a última vez que comi? Quanto tempo demoramos para chegar em Seattle? Eu tinha perdido a noção de tempo, olhei e vi que estava escuro e a luz das lâmpadas lá de fora iluminavam o quarto, eu não havia tocado em nada. Nem ao menos me dei conta que estava escuro. Olhando ao redor eu não tive vontade de descer apesar da fome. Fiquei ali ainda pensando no meu pai, na foto que minha mãe deixou para mim e em tudo que me mantivesse na sanidade. Quanto tempo eu duraria se continuasse naquele ritmo?

– Não vai me fazer cuidar de você! – Edward gritou e acordei assustada. Olhei ao redor e me situei. Eu estava no chão do quarto. Ele estava furioso, com mais ódio e eu sentei sentindo meu corpo frágil e dolorido. – Levante-se e tome seu café. Não vamos te servir! Não vamos fazer nada além disso ouviu?

Ele saiu deixando a porta aberta. Eu fiquei com medo de alguma agressão física, isso seria o próximo passo não? Me levantei sentindo a fraqueza, estava dia, respirei fundo e procurei algum banheiro e vi uma pequena porta e assim que abri vi um lindo banheiro infantil. Uma banheira pequena, vários produtos, o cheiro de bebê invadiu e eu precisei me controlar para não ter mais um acesso de choro. Tinha no banheiro uma pequena pia e eu fiz o melhor, lavei o rosto e penteei meus cabelos com os dedos.

Abri a porta e não vi ninguém no corredor, eu me forçava a andar em direção a escada, me forçava a descer os degraus e engoli seco quando os empregados passavam por mim. Eu tinha medo deles também, segundo Edward todos pensavam que eu tinha matado Kate e o bebê. Como explicar que eu não tinha matado? Eu não lembrava de nada.

Ele estava sentado tomando café, o jornal aberto e lendo ele.Sentei e fiquei olhando para a mesa, ele pareceu não se importar comigo ali. Continuou tomando o café, alguém veio e perguntou se ele queria mais alguma coisa, Edward só respondeu que estava satisfeito e mandou tirarem seu carro da garagem, eu não sabia em que ele trabalhava e nem conseguia deduzir, o terno preto bem alinhado que ele vestia não dava nenhuma pista.

– Coma.

Me assustei quando ele falou comigo e então comi sem sentir o gosto da comida. Queria tomar café com meu pai, fazer as malas, dirigir até a minha faculdade e ficar lá com minhas colegas de quarto. Detestava conhecer pessoas novas, mas era inevitável numa faculdade, já tinha aceito isso há alguns meses atrás.

– Volte para o quarto. Não desça até chamarem para o almoço.

– Sim. – sussurrei.

E ele saiu e eu subi as escadas, olhei e vi alguns seguranças. Ou seja, não tinha como eu só fugir dele. Eu estava presa naquela casa, confinada ao quarto até a dor dele diminuir ou ele casar. Deitei no tapete fechando os olhos e sentindo um cheiro novo no ar. Era um cheiro cítrico. A janela estava aberta, alguém fez para arejar trazendo alguma essência nova e naquela hora o nome me fez arrepiar: Kate. Eu deveria ficar assustada ou no mínimo horrorizada, mas não. Ainda de olhos fechados, eu não saberia dizer se era loucura ou não, eu poderia jurar que havia alguém comigo. Eu chorei porque tudo que eu mais queria era não me sentir sozinha como agora. As lágrimas desciam quentes e o choro alto era sufocante.

– Me desculpe... eu não lembro...

E falei como se Kate realmente estivesse ali me ouvindo. A imagem da mulher loira e sorridente invadiu meus pensamentos e foi uma sensação estranha que me tomou, Kate não me odiava. Eu sabia que poderia ser o resultado de toda sobrecarga emocional ou meu cérebro tentando me manter sã. Só que eu tinha certeza de que ela pelo menos não me odiava. O cheiro cítrico aumentou e eu tive uma certeza: eu iria enlouquecer em pouco tempo.


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Notas finais do capítulo

Então o que vocês acharam?