Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3 O homem


Notas iniciais do capítulo

Bom meninas tenho ótimas notícias, estou com oito capítulos prontos poderei postar duas vezes na semana se continuar com esse ritmo! Espero que estejam gostando, vamos conhecer um pouco mais do que vai acontecer?



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- Como isso foi acontecer?

Eu estava com meu coração acelerado com as informações do médico. Eu estava apavorada com o que meu pai tinha me contado. Eu não sabia. Perdi memória? Revi todos os números, datas e acontecimentos na minha memória. Eu lembrava de brincar com minha mãe, do meu pai quando ela foi embora, da minha avó e depois dele. De nós dois. A maioria das lembranças que eu tinha era de Charlie e eu. Eu lembrava de tudo. Por que eu não conseguia lembrar como a noite com o pessoal da escola terminou?

- Você... como eu estou decepcionado!

- Eu não lembro...eu não sei como...

- COMO NÃO LEMBRA? VOCÊ CHEGOU AQUI EM COMA ALCOOLICO!

Eu não estava entendendo. O médico havia dito a mesma coisa, só que eu não bebi. Eu tinha certeza. Eu ia para fora beijar Tyler e depois um nada. Eu verifiquei se era água realmente antes de tomar.

- Eu não bebi nada. – disse ainda relembrando como se aquela lembrança me desse confiança para continuar essa conversa com meu pai.

- Você bebeu! Todos beberam!

- Onde...

- Você foi a que mais se machucou. Estamos a uma semana esperando a bela adormecida acordar. Como pode fazer isso comigo? Como vou conseguir olhar para cara dos meus clientes? Dos meus amigo? Você matou uma mulher grávida. Grávida, ISABELLA!

Eu não tinha matado ninguém. Mas a informação era horrível. Como na volta. Que não lembro, matamos alguém? Isso é impossível.

- Eu não me lembro de ter saído...

- O policial disse que você chegou aqui num estado deplorável, seus amigos igualmente. Era isso que pretendiam para estragar a vida de vocês? Mike Newton já foi recusado na universidade que passou por se envolver num crime. Ele vai morrer preso naquela loja do pai Isabella! Era isso que pretendia? Morrer nessa cidade? Casar com algum desses idiotas sem futuros e o tempo todo dar filhos a ele? Conseguiu!

Então eu chorei. Não pelas palavras duras, mas porque eu decepcionei meu pai. Porque ele estava pensando que eu seria tudo que sempre lutamos para mim não ser. Não engravidar aos quinze como Bree e ter que casar forçado para não ter mais escândalos, não beber como as outras meninas da minha idade ou ser promíscua. Eu não era nada daquilo, mas olhando para meu pai e toda a sua expressão de decepção, eu sabia que para ele eu era isso. Isso e mais um pouco. O meu choro não fez ele se mover, apenas ficou olhando para a janela imerso nos seus muitos pensamentos.

Não duvidaria se nos mudássemos. Forks o viu ser abandonado pela esposa e agora a filha se tornava uma assassina. Eu matei alguém. E isso me fez ficar louca. Eu, logo eu que não conseguia ver sangue sem sentir náusea acabei matando uma mulher grávida. Isso era horrível.

- Onde... quem estava...

- Quer saber dos detalhes do seu fim de noite? Eu vou dizer.

Eu não queria, mas eu precisava que ele me contasse o que tinha acontecido.

- O policial informou que o carro era o seu, mas ele explodiu e a perícia não conseguiu identificar a pessoa que estava dirigindo e é só por isso Isabella que está aqui e não na cadeia. Não predemos cinco pessoas por acharmos quem estava dirigindo. Ninguém se lembra do que aconteceu e você estava em coma, todos falaram que não lembram. Um celular foi apreendido como provas e contém vídeos da mulher deitada no chão gemendo e dizendo que não queria perder, implorou! IMPLOROU pelo filho e todos estavam tão alterados que foi preciso o senhor Palmer passar por acaso e socorrer ela vendo todo o horror que foi o carro explodindo e vocês alterados com uma mulher quase morta no chão. Todos estão fazendo trabalhos comunitários porque o pai de Tyler chorou na frente de algum Juiz, apelando para a idade e imaturidade. Quando sair daqui, irá direto para algum orfanato pintar ele como Tanya ou melhor ainda, varrer ruas com o garoto dos Newtons. Parabéns minha querida.

Meu pai saiu depois de me contar tudo. Tinha um vídeo. Tinha o meu carro e várias pessoas que estavam alteradas. Eu estava arrasada, não me sentia nem um pouco bem e depois de chorar por horas uma enfermeira do novo plantão em deu algo e não sorriu ou fez cara de simpática em nenhum momento. Eu recebi o médico, ele foi igualmente frio e profissional, a enfermeira do lado dele anotava sem olhar para meus olhos. Todos achavam que fui eu apesar de não termos provas e minha lembrança não ajudar. Quando eu contei para o delegado tudo que lembrava ele somente disse:

- Que conveniente ninguém se lembrar de nada não é senhorita Swan? Todos deveriam fazer direito, conhecem bem as leis do nosso país. Principalmente a que diz que não podemos condenar mais de um suspeito sem provas conclusivas. Não temos provas para incriminar ninguém específico, ou seja, todos se salvam.

- Eu...

Naquela hora eu tentava explicar que eu realmente não lembrava, mas ele deu as costas como meu pai e me deixou naquele quarto, sozinha. Eu então pensei que se ligasse para alguém um dos meus amigos poderia me ajudar. No entanto, parecíamos forçados a estar distantes. Os pais de alguns se mudaram, outros não atenderam e outros me disseram que não poderiam passar a ligação. Eu não tinha ninguém.

No dia em que me deram alta, não foi um dia festivo. Nem poderia, meu pai mandou um taxi me buscar e como meus itens pessoais cabiam dentro de uma pequena mala de mão não foi necessário muito tempo para me arrumar. Meu corpo doída e o médico mandou eu tomar Tylenol que uma hora isso simplesmente passaria. Uma hora nada passaria eu quis gritar, uma mulher morreu, uma criança não nasceu e eu estava praticamente sem pai.

A casa estava arrumada, não tinha nenhum livro meu pelo canto, nada fora do lugar e o que mais me chocou. Minha mesa de estudo não estava no meu quarto. Era como se meu pai dissesse: para que isso? As caixas estavam vazias e empilhadas, os armários com as roupas arrumadas. Nada da alegria da mudança ou coisa do tipo. Deitei na cama olhando para o teto. Eu não tinha mais vida, ou tinha, e ela não tinha mais rumo. Simples assim.

Na segunda eu comecei os trabalhos comunitários. Todos que estavam ajudando a limpar a praça usavam uniformes feios, laranjas que faziam todos que passavam olhar para nós. Não encontrei com ninguém, como imaginei que aconteceria, e concentrada na função de varrer eu nem vi o tempo passar. Terminei, troquei de roupa antes de chegar em casa e voltei a pé mesmo. Meu carro chegou, o seguro tinha mandado outro, mas pegar no volante me deixava com as mãos tremendo e com medo da lembrança de que eu matei alguém. Numa briga com meu pai ontem a noite ele revelou que Mike Newton era um homem fiel, ele tinha ido consolar meu pai e dizer que apesar de eu estar no volante nunca contaria a ninguém por mais pressionado, e todos mentiriam até o fim. Eu queria ser presa.

- Quem é você?

Tinha um homem alto, jovem e muito sério na minha porta quando cheguei.

- Seu pai já chegou?

- Não sei. – o carro dele estava na garagem.

- Penso que sim...

Ele não esperou a resposta. Saiu entrando como se fosse dono do lugar, quem ele pensava que era? Entrei logo atrás e assim que cheguei vi meu pai pálido olhando para o homem.

- Não pensei que viria realmente senhor Cullen. – nunca vi meu pai tão receoso como estava. O homem não mudou suas expressões nem por um segundo. A tensão no ar estava sufocando.

- Me sirva um café por favor. – ele disse falando para mim. O homem não olhava para mim por nada.

- Isabella faça isso e sente-se.

Sente-se? O que esse senhor queria e por que eu tinha alguma coisa haver com isso? Com a demora ele me olhou impaciente. E quando ele fez isso eu vi o ódio que tinha nele. O homem poderia ser a morte ou o demônio, com ele boas coisas não viriam. Eu tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Então meninas grandes emoções virão! Comentem se der! Beijos!